Passará a ser um dos ex-libris, ao nível dos edifícios, da cidade albicastrense. A Biblioteca Municipal vai, finalmente, abrir portas. Um edifício moderno e funcional que é um dos pontos de referência do centro cívico de Castelo Branco. São 150 mil obras que ali podem ser encontradas, para além do Reservado, que conta com obras entre os séculos XVI e XIX.
Uma das obras mais emblemáticas do Programa Polis, orçada em cerca de quatro milhões de euros, abre finalmente, as suas portas. Este edifício era uma das relíquias do presidente da Câmara e apesar de mais tarde do que o esperado ele aí está para servir a população albicastrense. E não só. Uma edificação de luxo, que já fez esquecer o anterior local onde estava instalada, na Praça de Camões.
Joaquim Morão explica o atraso da abertura, mais de meio ano depois, relativamente àquilo que inicialmente estava previsto, com a morosidade de todo o processo de instalação de uma biblioteca. O autarca lembra que desde Outubro de 2006 que está a decorrer a mudança e depois do transporte dos livros para o local, houve que proceder à sua desinfestação. Posteriormente, entrou-se em quarentena e a seguir houve que instalar os diversos técnicos e proceder à organização das obras, nas respectivas prateleiras. Também o concurso de aquisição do material e equipamento para o edifício levou o seu tempo. A colocação e ligação do material informático foi, igualmente, demorada. E tudo isto se foi arrastando no tempo e, como destaca Joaquim Morão, era impossível ser de outra forma, contrariando todas as expectativas da Biblioteca abrir mais cedo.
A entrada da Biblioteca é grandiosa e para além da recepção encontram-se ali diversos postos com computadores para servir os utilizadores. Um espaço onde se pode navegar, conversar com os amigos, via chat, criar ou aceder ao e-mail, ou simplesmente jogar. Escadas rolantes dão acesso ao piso superior, local a ser mais utilizado pelos utentes e onde se encontram áreas diferentes de consulta. Nomeadamente, o espaço infantil, a Ludoteca, onde para além dos livros, DVD e outros documentos, existe o espaço para as actividades lúdicas e didacticas. É o recanto dos miúdos, apelidado de “Hora do Conto”. Um sítio alegre e apropriado para os mais pequenos ouvirem calmamente as histórias ou outras dramatizações que a equipa da Biblioteca tem preparadas para eles.
Uma outra escada, para baixo, dá acesso ao espaço juvenil. Grandes ecrãs esperam que os jovens seleccionem o DVD pretendido e se sentem comodamente para o ver. Logo ao lado, o local de consulta dos livros e o respectivo balcão para fazer a requisição da obra pretendida a levar para casa, ou mesmo para ser consultada no local.
Ainda no piso superior existe espaço idêntico, destinado aos adultos. Também com o seu balcão e as diversas obras de selecção, com os livros espalhados pelas prateleiras e com um varandim por cima.
Os autores locais têm igualmente, uma área própria. Uma das salas é composta só pelas obras de autores locais e outras só de consulta. Claro que este é o local mais imponente da Biblioteca e onde está a maior parte do acervo literário.
A Biblioteca Municipal de Castelo Branco é um dos maiores projectos em curso a nível nacional. Tem capacidade para que entre 100 a 120 pessoas possam estar em consulta simultaneamente. Mas com a diferenciação dos espaços infantil e juvenil, a mobilidade torna-se muito maior. A partir desta quinta-feira, entre as 10H00 e as 12H30 e entre as 14H00 e as 18H30, pode aceder à Biblioteca, um espaço maioritariamente utilizado por estudantes e investigadores, mas a aberto a toda a população. Nem que seja só para ler o jornal.