CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2008
Atlas investe e abre postos em Lajeado
Projeto de R$ 11 milhões revigora o setor coureiro-calçadista em Lajeado, município com 70 mil habitantes. A Atlas Brasil Calçados Ltda. inaugurou ontem as suas novas instalações, no bairro Campestre, com a presença da governadora Yeda Crusius e 25 pessoas vindas da Alemanha. Até meados do ano, a empresa vai gerar 250 novos empregos diretos – desde a instalação no município, em 2006, a Atlas já concedia trabalho a 350 pessoas. A produção será duplicada de 3,5 mil pares de sapatos para 6 mil diários.
A empresa é subsidiária da Atlas Schufabrik, sediada em Dortmund, na Alemanha. A Atlas Brasil confecciona sapatos que são utilizados por trabalhadores nas áreas da segurança, construção civil, ramo automobilístico e eletrônica. Segundo o diretor Tarcísio Bildhauer, a filial em Lajeado dará o suporte de toda a produção para a matriz na Alemanha. Tudo o que a Atlas vender no mundo será fabricado no Vale do Taquari. Os diretores Tarcísio Bildhauer e Paulo Ricardo Wendt salientam que o investimento de R$ 11 milhões em aquisições de área, prédios e máquinas vai dar fôlego ao mercado das exportações.
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CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2008
Capital terá mais 2 unidades de conservação
Ainda em 2008, Porto Alegre deverá ganhar mais duas unidades de conservação, que se somarão às três já existentes, administradas pela prefeitura.
Uma delas ficará no Morro São Pedro, na região Extremo Sul da cidade, entre os bairros Restinga e Lami. Além de uma vegetação rica, o local abriga cerca de 900 bugios, animais ameaçados de extinção. Serão 400 hectares de unidade de conservação, uma contrapartida do Programa Integrado Socioambiental do município, que abrange a melhoria da qualidade das águas do Guaíba, gestão ambiental e desenvolvimento urbano e drenagem. Assim como outros morros, o São Pedro tem problemas de invasão. A transformação de parte da área em unidade de conservação pretende conter esse processo.
Outro morro que terá parte de sua extensão transformada em unidade de conservação neste ano será o Santana. A ação compreenderá 350 hectares. O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, ressalta que a transformação faz parte da contrapartida do Plano Diretor do Campus do Vale da Ufrgs, que está em elaboração e representará a ampliação do espaço da universidade. Segundo o secretário, existe a possibilidade, nesse caso, de a gestão da unidade ser compartilhada entre município e União. 'Será um espaço também para pesquisa e uma forma de evitar tentativas de invasão e o corte irregular de vegetação', salienta Moesch.
As outras três unidades de conservação municipais já existentes são o Morro do Osso, com 90 hectares, a Reserva do Lami, com 220 hectares, e o Parque Saint’Hilaire, com 1,2 mil hectares, uma das maiores reservas em área metropolitana do mundo. No caso do Morro do Osso, está prevista a ampliação para 125 hectares, o que esbarra no problema judicial envolvendo a ocupação dos índios caingangues.