Aportes possibilitam a ampliação e diversificação do parque, hoje concentrado em mineração e siderurgia.
Num total de R$ 50 bilhões em investimentos privados foram e deverão ser anunciados no Estado no primeiro semestre de 2010
Com os cerca de R$ 50 bilhões em investimentos privados, que deverão ser anunciados no Estado no primeiro semestre de 2010 - resultado já superior à soma dos aportes realizados nos dois últimos anos (R$ 41 bilhões), sendo R$ 25 bilhões em 2008 e R$ 16 bilhões em 2009 -, Minas Gerais pode dar um novo salto industrial nos próximos anos, possibilitando a ampliação e diversificação do parque industrial, atualmente concentrado em mineração e siderurgia. É o que avaliam economistas ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO.
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), de 2003 até junho deste ano (governo Aécio Neves), o Estado recebeu investimentos que chegam a R$ 210 bilhões. Os aportes contribuíram para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro no primeiro trimestre, que atingiu 12,2%, superando a média brasileira que foi de 9%.
Dentre os principais investimentos anunciados recentemente estão a assinatura de protocolos de intenções com a Fertilizantes Fosfatados S/A (Fosfertil), controlada pela Vale S/A (Vale), no valor de R$ 2 bilhões; além dos cerca de R$ 7 bilhões da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para ampliação dos aportes já em andamento na planta de Congonhas, no Campos das Vertentes; e outros R$ 2,4 bilhões da ArcelorMittal, para inversões na planta de João Monlevade, no Vale do Aço.
A Companhia Brasileira de Semicondutores (CBS) também está na iminência de anunciar US$ 500 milhões em aportes para a implantação de uma unidade em Vespasiano, na RMBH. A empresa já firmou parceria com a Telefunken AG para o empreendimento, que produzirá waffers, equipamento utilizado por diferentes segmentos da economia, sobretudo indústria automotiva e telefonia.
Oportunidade - Em Vespasiano, está prevista a instalação de um Parque Industrial de Tecnologia, em um terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, que vai abrigar um polo de microeletrônica. Conforme o Indi, pelo menos outros dez investidores dos setores de nanotecnologia, energia solar e biotecnologia, já teriam negociado a instalação de unidades no local.
Nesta semana, o presidente Lula confirmou que a Petrobras instalará fábrica para produção de amônia e ureia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mediante aportes de US$ 2,5 bilhões.
"Minas está com boas oportunidades para desenvolver projetos que gerarão avanços na produção de bens intermediários e industrializados, e a criação de novos polos de desenvolvimento do parque industrial", afirmou o professor de economia da Fundação João Pinheiro (FJP), Fabrício Oliveira.
Ele lembrou que desde que a Fiat Automóveis S/A (Fiasa) foi instalada em Minas na década de 1970, e trouxe com ela vários outras indústrias fornecedoras de autopeças possibilitando a criação de um polo automotivo em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Estado não experimenta uma grande arrancada industrial, e se mantém ainda muito dependente da exploração de commodities.
"Esse novo ciclo industrial que o Estado está entrando pode acelerar o desenvolvimento de outros setores além do extrativo mineral e siderúrgico que lideraram nos últimos 30 anos os investimentos em Minas", disse. Segundo ele, somente diversificando as áreas de atuação, o parque industrial mineiro irá se desenvolver verticalmente.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sergio Barroso, disse em entrevista recente que este é exatamente o objetivo do governo, que visa transformar Minas em uma opção cada vez maior para investimentos fora de São Paulo.
Para o professor de economia brasileira da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Ário de Andrade, Minas tem vários pontos que o favorecem como boa opção de investimento, entre eles, a logística. "Estamos localizados em um ponto de logística muito favorecido, no coração do Sudeste, próximo ao Centro-Oeste e Nordeste, o que facilita o trânsito de produtos pelas demais regiões brasileiras. Essa questão tem que ser mais explorada", afirmou.
O professor da faculdade Ibimec, Márcio Antônio Salvato, ressaltou que para aproveitar melhor as vantagens competitivas que apresenta o Estado vai precisar de apoio das instituições de fomento, tanto nacionais como internacionais. "Além disso, a política de atração de investimentos tem que facilitar os financiamentos e ampliar o crédito para as empresas poderem se estruturar, já que se tratam de empreendimentos de médio e grande portes", afirmou.
Link: www.diariodocomercio.com.br
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Num total de R$ 50 bilhões em investimentos privados foram e deverão ser anunciados no Estado no primeiro semestre de 2010
Com os cerca de R$ 50 bilhões em investimentos privados, que deverão ser anunciados no Estado no primeiro semestre de 2010 - resultado já superior à soma dos aportes realizados nos dois últimos anos (R$ 41 bilhões), sendo R$ 25 bilhões em 2008 e R$ 16 bilhões em 2009 -, Minas Gerais pode dar um novo salto industrial nos próximos anos, possibilitando a ampliação e diversificação do parque industrial, atualmente concentrado em mineração e siderurgia. É o que avaliam economistas ouvidos pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO.
De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), de 2003 até junho deste ano (governo Aécio Neves), o Estado recebeu investimentos que chegam a R$ 210 bilhões. Os aportes contribuíram para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro no primeiro trimestre, que atingiu 12,2%, superando a média brasileira que foi de 9%.
Dentre os principais investimentos anunciados recentemente estão a assinatura de protocolos de intenções com a Fertilizantes Fosfatados S/A (Fosfertil), controlada pela Vale S/A (Vale), no valor de R$ 2 bilhões; além dos cerca de R$ 7 bilhões da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para ampliação dos aportes já em andamento na planta de Congonhas, no Campos das Vertentes; e outros R$ 2,4 bilhões da ArcelorMittal, para inversões na planta de João Monlevade, no Vale do Aço.
A Companhia Brasileira de Semicondutores (CBS) também está na iminência de anunciar US$ 500 milhões em aportes para a implantação de uma unidade em Vespasiano, na RMBH. A empresa já firmou parceria com a Telefunken AG para o empreendimento, que produzirá waffers, equipamento utilizado por diferentes segmentos da economia, sobretudo indústria automotiva e telefonia.
Oportunidade - Em Vespasiano, está prevista a instalação de um Parque Industrial de Tecnologia, em um terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, que vai abrigar um polo de microeletrônica. Conforme o Indi, pelo menos outros dez investidores dos setores de nanotecnologia, energia solar e biotecnologia, já teriam negociado a instalação de unidades no local.
Nesta semana, o presidente Lula confirmou que a Petrobras instalará fábrica para produção de amônia e ureia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, mediante aportes de US$ 2,5 bilhões.
"Minas está com boas oportunidades para desenvolver projetos que gerarão avanços na produção de bens intermediários e industrializados, e a criação de novos polos de desenvolvimento do parque industrial", afirmou o professor de economia da Fundação João Pinheiro (FJP), Fabrício Oliveira.
Ele lembrou que desde que a Fiat Automóveis S/A (Fiasa) foi instalada em Minas na década de 1970, e trouxe com ela vários outras indústrias fornecedoras de autopeças possibilitando a criação de um polo automotivo em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Estado não experimenta uma grande arrancada industrial, e se mantém ainda muito dependente da exploração de commodities.
"Esse novo ciclo industrial que o Estado está entrando pode acelerar o desenvolvimento de outros setores além do extrativo mineral e siderúrgico que lideraram nos últimos 30 anos os investimentos em Minas", disse. Segundo ele, somente diversificando as áreas de atuação, o parque industrial mineiro irá se desenvolver verticalmente.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sergio Barroso, disse em entrevista recente que este é exatamente o objetivo do governo, que visa transformar Minas em uma opção cada vez maior para investimentos fora de São Paulo.
Para o professor de economia brasileira da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Ário de Andrade, Minas tem vários pontos que o favorecem como boa opção de investimento, entre eles, a logística. "Estamos localizados em um ponto de logística muito favorecido, no coração do Sudeste, próximo ao Centro-Oeste e Nordeste, o que facilita o trânsito de produtos pelas demais regiões brasileiras. Essa questão tem que ser mais explorada", afirmou.
O professor da faculdade Ibimec, Márcio Antônio Salvato, ressaltou que para aproveitar melhor as vantagens competitivas que apresenta o Estado vai precisar de apoio das instituições de fomento, tanto nacionais como internacionais. "Além disso, a política de atração de investimentos tem que facilitar os financiamentos e ampliar o crédito para as empresas poderem se estruturar, já que se tratam de empreendimentos de médio e grande portes", afirmou.
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