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[São Paulo] Arranha-céus em São Paulo?

9K views 26 replies 20 participants last post by  Fakroef 
#1 ·
03/04/2009 - 18:57 - Atualizado em 03/04/2009 - 22:22

Mais arranha-céus em São Paulo?

Revisão do Plano Diretor proposta pelo prefeito Gilberto Kassab é acusada por entidades da sociedade civil e pela oposição de favorecer as construtoras. Saiba o que pode mudar no uso do solo da cidade e como isso pode afetar a qualidade de vida de seus habitantes

José Antonio Lima

Construir prédios mais altos em São Paulo não é, em si, um problema, já que a intenção é permitir que mais gente more em áreas da cidade onde há infraestrutura adequada. O problema, segundo um grupo de quase 150 entidades da sociedade civil, está na forma como a Prefeitura pretende fazer isso, por meio de uma proposta de revisão do Plano Diretor, que pode ser votada na Câmara Municipal ainda este ano. Esse grupo acusa a administração de favorecer as construtoras ao sugerir a ampliação do processo de verticalização da cidade.

O urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, uma ONG que estuda estratégias de desenvolvimento urbano, diz que o principal problema da proposta de Kassab acerca da construção de arranha-céus é a dúvida criada sobre a necessidade dos Projetos Urbanísticos Específicos (PUEs), pelos quais as construtoras eram obrigadas a avaliar os impactos de suas obras e sugerir melhorias na região para evitar problemas como o trânsito, por exemplo. “Na revisão do plano, a obrigatoriedade do projeto específico não está clara”, diz Nakano. “Sem o PUE, as construtoras podem adensar a área sem se preocupar com o que vai acontecer na região.” Isso pode trazer ainda mais problemas para distritos com grande expansão imobiliária, como é o caso de Perdizes, na zona oeste da cidade, que tem sofrido com o aumento do trânsito.

Os PUEs devem ser providenciados sempre que a construtora pretende superar, em determinado terreno, o Coeficiente de Aproveitamento – área erguida em relação ao tamanho do lote – da região. O coeficiente básico é especificado pelo Plano Diretor e costuma ser igual a 1. No entanto, nas áreas ao redor de estações de metrô e terminais de ônibus e ao longo de corredores de transporte, pode chegar a 4 – ou seja, a área erguida pode ser quatro vezes maior do que o tamanho do lote. Para isso, a empreiteira tem de pagar à Prefeitura por essa área excedente e apresentar o PUE.


Outro item da revisão que preocupa os urbanistas é o que permite a superação do coeficiente de aproveitamento máximo (4) caso a média de toda a quadra não ultrapasse esse limite. Isso quer dizer que o tamanho do prédio não vai depender só do terreno comprado pela construtora, mas dos outros construídos no quarteirão.
“Isso vai ser nefasto para a cidade”, diz Lucila Lacreta, diretora técnica do Movimento Defenda São Paulo. Segundo Lucila, pelo plano atual, a construtora é obrigada a adquirir um amplo terreno para erguer grandes empreendimentos, mas, se o novo projeto for aprovado, a mesma edificação poderá ser construída em uma área bem menor.

continua ...
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI67030-15228,00-MAIS+ARRANHACEUS+EM+SAO+PAULO.html
 
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#2 ·
...continuando

Plano pode dar brecha para manutenção de terrenos ociosos
O artigo 201 do Plano Diretor atual, em vigor desde 2002, determina que terrenos com área superior a 250 metros quadrados não podem ficar ociosos. A partir do momento em que a Prefeitura vistoria o terreno e notifica o proprietário, ele tem um prazo de sete anos para regularizar a situação (cinco deles pagando IPTU progressivo), sob pena de ter o terreno desapropriado. Mas essa exigência dependia de um decreto regulamentador, que até hoje não foi publicado – aliás, algo nada incomum: dos 43 artigos que exigiam regulamentação, 37 ainda não se tornaram lei, como, por exemplo, os planos de habitação, de circulação e transportes e reúso de água não potável. O artigo em questão foi inteiramente suprimido na revisão de Kassab. “Com isso, não será possível identificar que tipo de terreno ocioso será passível de desapropriação. E áreas sem uso poderiam ser aproveitadas para a construção de equipamentos urbanos. São Paulo está há 20 anos em processo de esvaziamento de várias regiões, desde o centro até distritos distantes, como Artur Alvim (zona leste), Santana (zona norte) e Jabaquara (zona sul)”, afirma Kazuo Nakano, do Pólis.

A revisão do Plano Diretor também exclui um artigo que divide a cidade em quatro “macroáreas”: as de reestruturação e requalificação urbana; urbanização consolidada; urbanização em consolidação; e urbanização e qualificação. Cada uma delas tem regras próprias para permitir novas construções, levando em consideração o grau já existente de ocupação e a infra-estrutura disponível. A macroárea de urbanização consolidada, por exemplo, é formada pelos 15 distritos mais ricos da cidade, como Pinheiros, Alto de Pinheiros, Morumbi, Consolação, Itaim Bibi e Jardim Paulista. Nessa área, a proposta de revisão determina que as transformações urbanísticas devem ter como objetivo o controle “da expansão de novas edificações e da saturação da infra-estrutura”. Pelo texto vigente, é preciso controlar a construção de novos prédios, permitindo uma obra apenas onde “ainda for viável”, e preservar as áreas estritamente residenciais e verdes. “Distritos como o Jardim Paulista e o Alto de Pinheiros não podem ser adensados. Por sua arborização, eles são importantes para equilibrar o clima da cidade”, diz a urbanista Lucila Lacreta.

Oposição critica omissão sobre função social da cidade

As críticas à revisão proposta pela Prefeitura não se restringem apenas a questões estritamente técnicas. Boa parte dos ataques feitos ao texto pelas entidades civis e por vereadores da oposição se deve ao fato de que a revisão não propõe políticas públicas para setores como turismo, desenvolvimento humano, emprego, renda, educação e agricultura urbana, entre outros. Isso, segundo os críticos, fere o Estatuto da Cidade, uma lei federal de 2001 que determina, para os planos diretores, a garantia de “qualidade de vida, justiça social e desenvolvimento das atividades econômicas” nas cidades.

O projeto de lei com o texto da revisão foi aprovado em 28 de março na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, com sete votos favoráveis de vereadores governistas e dois contrários, de parlamentares do PT. Os oposicionistas conseguiram, no entanto, que o projeto, ao seguir para votação em plenário, receba uma emenda com a inclusão dessas políticas sociais. A base governista ainda prometeu fazer audiências públicas antes de votar o projeto – pelo menos uma em cada uma das 31 subprefeituras.

As entidades da sociedade civil, algumas ligadas a partidos de oposição, entraram com uma ação na Justiça para derrubar o projeto, alegando que a revisão tem tantas mudanças em relação ao Plano Diretor vigente que é ilegal. Para elas, uma reformulação completa só poderia ser feita dez anos após a entrada em vigor do plano atual, como manda o Estatuto da Cidade – ou seja, apenas em 2012. Além disso, esse grupo de organizações reclama que as audiências públicas deveriam ter ocorrido quando o projeto ainda estava no âmbito do Executivo – o poder responsável pelo planejamento da cidade –, e não ao ser analisado pelos vereadores. “O Plano Diretor não pode ser só econômico e discutir o valor da terra”, afirma o diretor do Movimento Defenda São Paulo, Heitor Tommasini. “É preciso garantir sustentabilidade social, ambiental e urbana”, afirma. Lucila Lacreta dá um exemplo de como as diretrizes de um Plano Diretor podem afetar diretamente a vida dos paulistanos: a existência das Marginais dos Rios Pinheiros e Tietê e das Avenidas Sumaré (zona oeste) e Aricanduva (zona leste). As quatro vias estão em fundos de vale, e tiveram sua construção autorizada pelo primeiro plano, de 1971. Construídas em áreas de várzea dos rios ou sobre o curso d’água – caso da Avenida Sumaré, que está em cima do córrego da Água Branca –, elas sofrem até hoje com enchentes, o que não ocorreria caso as bacias hidrográficas tivessem sido respeitadas.
Plano Diretor tem histórico de votações polêmicas
O debate acerca do Plano Diretor de São Paulo, provavelmente o mais complexo do Brasil, escancara alguns graves defeitos do processo legislativo municipal brasileiro. A participação popular é mínima e as audiências públicas não funcionam como deveriam, o que restringe o debate aos momentos que antecedem as votações na Câmara. E, nesses casos, os projetos de lei se tornam vítimas de pressões políticas e econômicas.

Em 2002, para aprovar o atual Plano Diretor, a gestão Marta Suplicy (PT) aceitou, na calada da noite, a inclusão de emendas que alteravam o zoneamento em alguns distritos. Em troca, muitos vereadores contemplados com as emendas ajudaram o projeto a ser aprovado, às 5h24 da manhã, após mais de 15 horas de sessão. Em 2009, a discussão é permeada por acusações de que o lobby das construtoras está influenciando a revisão. Uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que 27 dos 55 vereadores paulistanos receberam, em suas campanhas, doações legais de empreiteiras; o Democratas, partido do prefeito Gilberto Kassab, angariou R$ 11,8 milhões em contribuições de construtoras.

Em resposta por e-mail, a secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) afirmou a ÉPOCA que não vê “dubiedade alguma” sobre a obrigatoriedade dos Projetos Urbanísticos Específicos e que, segundo seu entendimento, a necessidade do documento está explícita nos artigos 188 e 189 do projeto de revisão enviado à Câmara. A secretaria afirmou ainda que a crítica de que a revisão beneficia as construtoras “não procede”, pois a proposta “é mais restritiva que a lei que está em vigor”. Segundo o governo municipal, a revisão determina que o coeficiente de aproveitamento máximo (quatro) realmente pode ser superado, mas em relação à área de uma quadra – menos abrangente que a área bruta prevista no Plano Diretor vigente.

Prefeitura contesta críticas à revisão do Plano Diretor
A SMDU afirmou também que a proposta de revisão não alterou o artigo que trata de terrenos ociosos com área superior a 250 metros quadrados pois é “matéria referente à lei de zoneamento (13.885/2004)”. No entendimento da secretaria, as macroáreas retiradas na revisão do Plano Diretor foram importantes para a elaboração de outros instrumentos de urbanismo, mas diante da aprovação da lei de zoneamento, “perderam a sua relevância”.
Em resposta por e-mail, a secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) afirmou a ÉPOCA que não vê “dubiedade alguma” sobre a obrigatoriedade dos Projetos Urbanísticos Específicos e que, segundo seu entendimento, a necessidade do documento está explícita nos artigos 188 e 189 do projeto de revisão enviado à Câmara. A secretaria afirmou ainda que a crítica de que a revisão beneficia as construtoras “não procede”, pois a proposta “é mais restritiva que a lei que está em vigor”. Segundo o governo municipal, a revisão determina que o coeficiente de aproveitamento máximo (quatro) realmente pode ser superado, mas em relação à área de uma quadra – menos abrangente que a área bruta prevista no Plano Diretor vigente.

A SMDU afirmou também que a proposta de revisão não alterou o artigo que trata de terrenos ociosos com área superior a 250 metros quadrados pois é “matéria referente à lei de zoneamento (13.885/2004)”. No entendimento da secretaria, as macroáreas retiradas na revisão do Plano Diretor foram importantes para a elaboração de outros instrumentos de urbanismo, mas diante da aprovação da lei de zoneamento, “perderam a sua relevância”.
 
#3 · (Edited)
uôoowwwww :shocked:

Pois é... São Paulo já é uma cidade extreamente densa, com vias insuficientes, com aumento gritante de carros, com graves problemas de deslocamento.

A permissão para construção de arranha-céus, pode ser um desastre para a nossa cidade, porque aqui já existe o lobby das construtoras fazendo pressão política através de "seus" deputados e vereadores; Já existe a corrupção escancarada em várias esferas; existe a falta de fiscalização e tudo mais.

Enfim, infelizmente não pertencemos a um país mais maduro e menos corrupto que possa através de leis impedir abusos na permissão ao aumento do volume e tamanho das construções e em uma cidade sofrendo seriamente com o limite do tráfego, a construção de um conjunto de arranha-céus pode ter que obrigar a prefeitura a fazer obras viárias e outras adapatações, deslocando dinheiro público de áreas mais importantes para bancar estas estripulias das construtoras e incorporadoras.

Sei lá, não sou contra a permissão para que se construa um prédio mais alto, porém é preciso tomar muito cuidado ao achar "qualquer" tipo de permissão uma maravilha.

Outro assunto que me preocupa muito nesta revisão do plano diretor; É a quarta vez que leio em artigos diferentes sobre a ausência de função social neste novo plano. É isso muito me assusta, porque pode ser um grande sinal de que exista mesmo uma forte pressão política baseado no lobby da construção civil na elaboração desde texto. Uma pena.
 
#5 ·
se o terreno for bem grande que tenha infra-estrutura adequada ao redor de alto nível, nao vejo problema algum construir a altura que quiser, até o infinito se for o caso, mas o terreno tem que ser proporcionalmente grande. Outra New York tudo alto e encostadinho também nao gostaria de ver, mas se for como na área de Pudong em Shanghai, tudo bem, vamos lá-
 
#8 ·
uhAuhahuauhaUHAAUHauh, sério? Jurava que Pundong era uma área da cidade que tinha justamente centenas de arranha-céus gigantes cobrindo-a.


Acho que as pessoas devem parar com frescura, a cidade crescer horizontalmente não é tão pior assim para o trânsito que a crescer verticalmente, já que a pessoa tem que se deslocar por dezenas de kilômetros pra ir pra onde trabalha ou pro centro comercial, ao invés de ficar perto do local.
 
#10 ·
Quanta marmelada!!! Esses urbanistas querendo destruir a cidade só por causa da sua ideologia ultrapassada! :eek:hno:

O povo em SP (e em todo o Brasil!) precsa ACORDAR pra realidade e ver que construir horizontalmente NAO É mais a solucao nesse país, pois traz consigo gastos exponenciais de execucao de infra-estrutura e outros problemas de adensamento disforme! CRESCAM PRA CIMA, PELO AMOR DE DEUS! :gaah:

Sabe, eu vou é torcer mesmo, torcer que o Plano passe com o lobby das construtoras mesmo, e tudo debaixo dos panos, porque parece que só assim as coisas boas acontecem no Brasil, é contra a lei o progresso no país do futuro!!
 
#11 ·
Em minha concepção, São Paulo não pode permanecer ainda, refém de idéias sem fundamentos estatísticos e da necessidade para o desenvolvimento real da cidade.

Quase todas as grandes cidades do mundo, possuem pelo menos uma região a ser destinada para a construção de grandes arranha-céus.

Aqui, isto não ocorre sob o pretexto de que isto pioraria o tráfego na cidade, o que não é necessariamente correto. O plano diretor da cidade deve ser feito visando o bem geral de toda a população, e o desenvolvimento da cidade de São Paulo tendo em vista a te-la como uma cidade global, e não como uma vilinha mediocre de terceiro mundo, que tem como maior arranha-céu um caixotão chamado Mirante do Vale.

O que deve ser feito é aliar as estruturas aexistentes na cidade para sancionar o novo plano, ou seja, onde houvesse Metrô e/ou CPTM, seriam permitidos a construção de edifícios maiores.

Muitos urbanistas defedem que São Paulo optou pelo pior caminho possível em termos de verticalização durante sua história, que é a chamada verticalização mediana, onde apesar de a cidade não possuir grandes arranha-céus, é dominada por um mar de edifícios e avançam até onde a vista alcança, isto implica em dizer que, a demanda geral, apesar de ser a mesma, não será concentrada, e portanto isto implica em dizer que, o investimento em metrô, ou transportes coletivos, demandará muito mais dinheiro e tempo para serem construídos, logo, a melhor alternativa seria a criação de áreas, e isto anteriormente, no passado, onde fosse permitido a construção de grandes arranha-céus, e outras, aliás, a maior parte, onde simplesmente fossem permitidos construir apenas no máximo pequenos prédios, ou seja, sem a utilização de elevador, de no máximo quatro andares.

Mas enfim, São Paulo optou pelo caminho errado, e hoje paga as consequencias.
Temos a oportunidade de avançar, não podemos e não devemos permanecer reféns das idéias de urbanistas mediocres que veem São Paulo como uma cidade de terceiro mundo e mediocre. Precisamos avançar, com o objetivo do desenvolvimento, mas naturalmente com coerencia. Digo, não é para permitir isto em todas as regiões da cidades, mas deveria sim, ser destinado algumas regiões para se faze-lo. São por essas e mais várias outras que voto no Kassab: Ele sempre viu São Paulo como uma cidade global, e sempre a ve desta maneira, ao contrário de outros políticos(as), que tem uma visão atrasada sobre nossa cidade. São Paulo merece muito mais do que isto.
 
#13 ·
Em São Paulo o erro já foi feito ; permitir que construíssem tantos prédios pequenos fazendo com que a cidade fosse tomada por eles, eu sou a favor de cidades que possuem prédios altos mas em pequeno número e localizados no mesmo lugar...

O que acontece é que todas as cidades estão seguindo este mesmo caminho e partindo para o mesmo erro, pois para elas seguirem o modelo de cidades americanas precisam ter ótima infra estrutura, o que elas não tem.
 
#16 ·
Em São Paulo o erro já foi feito ; permitir que construíssem tantos prédios pequenos fazendo com que a cidade fosse tomada por eles, eu sou a favor de cidades que possuem prédios altos mas em pequeno número e localizados no mesmo lugar....
São Paulo é uma das maiores metrópoles do planeta, como não ser tomada por prédios (pequenos ou grandes)???
 
#14 ·
Por N razões já expostas aqui não podemos persistir na mesma ideologia urbana que nos levou ao estágio de caos que estamos hoje, quero mais que haja mesmo mais verticalização para que os últimos bairros onde ainda é possivel de se comtemplar o por-do-sol sejam poupados desses predinhos meia-boca que se espalham feito cancer por toda a parte!
 
#15 ·
^^ Ai eu condordo contigo GUI-Piarí do Sul, queria que as cidades brasileiras fossem assim, um centro de predios comerciais altos, bem altos, com muito bom espaco em volta ajardinado, que fosse bem agradável, e os arredores de bairros residenciais de casas e edificios que nao passassem de 8 andares, tendo uma melhor infra-estrutura agradável a todos, e nao como está, um monte de predinhos de 20 andares amontoados uns sufocados nos outros. Realmente é ai que acho que sempre faltou planejamento às cidades brasileiras. Agora parece ser tarde e nao ter mais conserto. E olha que ficaram cidades gigantes, cheias de problemas socias graves e com infra-estrutura a desejar, mas o Brasil como um todo, um grande vazio. Gostaria que as cidades fossem mais espalhadas, mais bem pensadas e menores mas com grandes empreendimentos que se destacassem. Infelizmente temos o que temos, e sempre o consolo é culpar a tal colonizacao, que já foi há mais de 500 anos, tempo suficiente que fosse diferente, como aconteceu em algumas cidades dos EUA, disse algumas mais centrais, que é um pais mais novo... Bem enfim é isso.
 
#18 ·
A diferenca é que a maioria dos predios de NY está extremamente concentrado em Manhattan, uma ilha no mar entre rios, e com altura, Sao Paulo está entre 2 rios também, mas nunca perto do mesmo volume d'água, assim sao cidades que nao dá para se comparar, na minha humilde opiniao, devido à diferente geografia.
 
#19 ·
Estranho citarem como exemplo o Sumaré, que sofre com o trânsito, e a estação Sumaré do metrô ser tida como uma das "estações-fantasma" (não lembro onde li, mas foi aqui no SSC, numa reportagem transcrita). Ainda mais numa região que fica ao lado do maior centro de negócios de SP, a Paulista... Acho que nós, paulistanos, somos preguiçosos demais, não abrimos mão do carro para nada, às vezes para ir à padaria, a 500 metros de distância, vamos de carro. Dessa forma, não adianta ter o maior planejamento urbanístico, vamos continuar com trânsito, caos e poluição.
Mas honestamente, em relação ao plano do Kassab... Prefiro uma cidade com um centro comercial adensado e moderno que uma cidade completamente esparsa, com TRÊS centros, difusa e ao mesmo tempo confusa como SP!
 
#22 ·
Eu acho que se ainda não se constroem arranha-céus GRANDES de verdade no Brasil pode ser que ainda não haja muito interesse (digo realmente um grande interesse) da iniciativa privada nisso, em geral se vê que as grandes corporações do Brasil quando não tem seus departamentos desmenbrados em vários edifícios, acabam fazendo um somente para abrigar suas empresas então os edifícios acabam ficando do mesmo tamanho da média quase sempre, sem contar fatores como disponibilidade de terrenos em novos CBDs que toda hora surgem, ou quem sabe a legislação mesmo etc...
 
#24 ·
Marcos arquitetônicos a nível mundial a cidade tem. O Banespa, quando foi construído foi considerado a maior estrutura de concreto armado do mundo; Atualmente o Copan é a maior estrutura de concreto armado do Brasil e ainda foi ummarco do modernismo quando surgiu. A Ponte Estaiada é a única no planeta com duas pistas em curva ligadas ao mesmo mastro, essa dispensa comentários assim como o MASP. Entre outras construções.

Mas claro que eu concordo com você e que queremos mais e maiores símbolos para São Paulo, fato. Mas também não se pode dizer que a cidade não contém grandes e importantes símbolos em arquitetura a nível mundial.
 
#25 ·
E concordo com o que foi dito em outros post's. Que deveriam existir áreas para que se pudesse construir arranha-céus. Eu aposto na região do Brooklin (ou abaixo dele, onde estará o CBT) e no centro, pois essas regiões pelo menos não estão tão próximas assim dos aeroportos e nem interferem na altura na qual os aviões passam.
 
#27 ·
São paulo é uma cidade muito bela ao nivel da rua, porem olhando fotos de cima, com aqueles monte de edificios iguais, se destacando na paisagem apenas as antenas, me deprime. ele mostra a realidade de quase todas cidades brasileiras em um nivel maior. Do que adianta areas novas, se acabam empilhando de predios baixos, 150m maximo. o maior prédio sendo construido hoje na cidade está num lugar totalmente fora do contexto... na verdade eu nao conheço a area, mas ouvi varios comentários sobre.

é dificil ter alguma solução para o skyline de sp, a cidade ja cresceu demais!
nos anos 50 tinha um dos skylines mais bonitos do mundo, lembrando o de nyc, com o mini-empire state do banespa :) (já foi o maior predio fora dos EUA).
 
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