PARA QUEM QUISER VER NA ÍNTEGRA(com direito as fotos, é claro!):
http://www.kalunga.com.br/revista/revista_jul06_14.asp
Caderno Especial
Saúde e educação são as palavras- chaves no planejamento estratégico da atual administração de Sorocaba, o mais novo endereço da Kalunga. Em torno desse binômio, ergue-se uma das cidades que mais crescem no Estado de São Paulo, tanto no setor industrial, quanto no co*mercial ou da prestação de serviços. Quem duvida dos números impres*sionantes apresentados pelo prefeito Vitor Lippi, no papel, pode ratificá-los num simples passeio pelas ruas limpas e bem cuidadas ou pelos seus fervilhantes centro comer*cial e distrito industrial. O sonho do admi*nis*trador, se cumpridas todas as suas metas, poderá fazer de Sorocaba, em breve, uma “Cidade Conceito”, um modelo para o Estado e o País
Kalunga Sorocaba
Sorocaba um grande conceito
Inserida na história brasileira como a “Cidade da Constituição”, hoje, a pau*lista Itu é mais conhecida em todo o País como o lugar onde tudo é desproporcionalmente grande. No entanto, esses ares superlativos, di*fun**didos há muito tempo na TV pelo humorista Simplício, parecem ter contagiado nos últimos anos o seu vizinho limítrofe, o município de So*ro**caba. A 85 quilômetros da capital paulista, o mais novo endereço da rede Kalunga apresenta números de crescimento impres*sionantes em todos os segmentos. Quem diz isso não é apenas um dos principais interessados na divulgação desses dados, o atual prefeito Vitor Lippi (ver retranca), mas os números do IBGE e de outros institutos.
“Terra Rasgada”, na versão tupi-guarani, Sorocaba re*velou desde o início sua vocação para negócios, seja na indústria, seja no comércio ou na prestação de serviços. A destacar que a antiga parada dos tropeiros, que mais tarde virou Feira dos Muares, teve no último exercício um PIB (Pro*duto Interno Bruto) de US$ 7 bilhões ou mais de 0,5 do PIB nacional. A participação do município no PIB do Estado de São Paulo foi de 23%, enquanto o crescimento geral foi de 73% a mais que a média estadual. O crescimento per capita foi de 63%, o que contribui também para colocar Sorocaba entre as 30 cidades brasileiras com maior potencial de consumo. Foram criados ainda 4 mil novos empregos formais, que representou um aumento de 10% num total de 110 mil.
Alguns fatores contribuem positivamente para essa evo*lu*ção constante de Sorocaba. O primeiro deles, sem dúvida, é o logístico. Além da proximidade com a capital paulista e Campinas, o município é cortado por algumas das principais rodovias do Estado de São Paulo, e também por ferrovia. Está próximo dos principais aeroportos brasileiros (Guarulhos e Viracopos), dos portos marítimos de Santos e de Paranaguá e do fluvial de Conchas, ponto final da hidrovia Tietê-Paraná. Sede administrativa da região Sudoeste de São Paulo, rota de passagem dos estados do Sul e do Centro-Oeste, Sorocaba já em 2002 firmava-se como a quinta melhor cidade do Estado para receber novos investimentos (revista Exame).
Gravitam no entorno de Sorocaba 79 municípios, cujas populações somadas atingem quase 2,5 milhões de habitantes. É interessante observar a diversidade econômica e cultural dessas cidades, a começar pela própria sede administrativa, algumas com forte tradição histórica, outras donas de um rico folclore e diversas com um expressivo parque industrial. Em comum, nenhuma delas abandonou a forte vocação agrícola, o que torna a agricultura regional igualmente expressiva. Não muito longe de Itararé, centro de pro*dução agrícola, o município está distante só 15 quilô*me*tros do Centro Experimental Ara*mar, em Iperó, pólo de desenvolvimento nuclear da Marinha.
Mas esse não é o único paradoxo de Soro*caba. Ao mesmo tempo em que se revela uma das mais antigas do País, apresenta-se como uma cidade mo*der*na, com uma das maiores taxas de urbanização do Estado – 98% da população está na zona urbana – e um dos maiores índices de crescimento populacional do Brasil, 3,47% ao ano. Como esse crescimento não pode comprometer a qualidade de vida, existem códigos que disciplinam a ocupação e o uso do solo. Além disso, é preciso que o município esteja em modernização cons*tante para que a infra-estrutura urbana acom*pa*nhe o fluxo populacional. Nas duas últimas décadas, a den*si*dade demográfica passou de 609 para 1.159 habitantes/km².
Essa infra-estrutura urbana, aliada à loca*li*za*ção privilegiada e a qualidade de vida proporcionada, é a maior responsável por fazer de Sorocaba, atual*mente, um dos principais pólos de atração de mi*grantes de quase todo o Estado. Eles chegam para trabalhar nas quase l.600 indústrias do município e nos cerca de 13 mil pontos comerciais e mais de 8.500 prestadoras de serviços nos mais diversos setores e negócios. Antes, a partir do primeiro quarto do século 20, a mão-de-obra era constituída basi*camente por imigrantes de diversos países, atraídos pela forte indústria têxtil local, que rendeu à cidade a denominação de “Manchester Paulista”. Entre as décadas de 1960 e 1970, houve a primeira fase de industrialização ordenada, com a instalação de dezenas de indústrias de outros segmentos.
Atualmente, tanto migrantes quanto os descendentes dos estrangeiros usufruem dos altos índices de qualidade de vida oferecidos por Sorocaba. Segundo a revista Exame, é hoje uma das melhores cidades brasileiras para se viver, ao reunir todos os atributos técnicos considerados essenciais por executivos e diretores de empresas. No setor de saúde, por exemplo, os serviços médi*co-hospitalares são diversi*fi*cados com especialistas em quase todas as áreas. A saú*de pública atende, nos postos ou em domicílio, a mais de 2 mil pes*soas dia*ria*men*te. Co*mo op*ções de lazer oferece, além de res*tau*rantes e ca*sas no*tur*nas, cinemas, tea*tros, clubes recre*a*tivos, mo*nu**mentos, parques mu****ni**cipais etc. Im*per****dível uma visita ao zooló*gico, revita*liza*do re*cen***te**men*te, que rece*be mais de 20 mil pes*soas nos fins de semana.
Sorocaba também se des*taca na educação, com uma completa rede de pri*mei*ro e segundo graus, além da ofer*ta de dezenas de cur*sos supe*riores para a quali*ficação da mão-de-obra local. Quatro universidades e cinco faculdades colocam à disposição dos sorocabanos mais de 50 cursos superiores. Estão instaladas no município a Universidade de Sorocaba (Uniso), Universidade Es*ta*dual Paulista (Unesp), Pontifícia Universidade Ca*tólica (PUC) e a Universidade Paulista (Unip). Nas áreas de exatas, humanas e saúde, os cursos mais pro*curados são os de medicina, engenharia, comércio exterior, ciências da computação, direito, análises de sistemas, processamento de dados e técnico em saúde.
O apoio à indústria à prestação de serviços e ao comércio é conferido também pelos cursos de formação técnica da Faculdade de Tecnologia (Fatec), e dos Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comer*cial (Senac). Completam o cenário dois colégios téc*ni*cos e três institutos de ensino superior, públicos e par*ti*cu**lares. Outro suporte ao desenvol*vimento industrial, comercial e agrícola do município é dado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendiza*gem do Transporte (Sest-Senat) e Serviço Nacional de Apren*diza**gem rural (Senar), que também oferecem cursos sobre esses temas.
Livre para voar
Em paralelo à formação de mão-de-obra, Soro*caba preo*cu**pa*-se com a atração de novos inves*ti*mentos, seja no segmen*to industrial, seja no comer*cial ou no de prestação de serviços. Ocupam o distrito industrial, às margens da “Castelinho” – liga*ção en*tre a cidade e a Rodovia Castelo Branco – a maior par*te das 1.600 indústrias do município, mas que re**presentam apenas 50% da capacidade do local. Entre os atrativos às empresas, a prefeitura oferece redução de tributos, como o ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) por um prazo de até 12 anos.
O chamado “Pólo Incentivado de Industria*li*za*ção” sorocabano exige apenas alguns requisitos refe*ren*tes às atividade e norma de implantação, co*mo já ocorre no segmento aeronáutico local. A concentração de oficinas de manutenção de aero*naves, numa ampla área anexa ao aeroporto, faz de Sorocaba atualmente o mu***nicípio líder nesse setor. As em*presas precisam ser consi*de*radas de interesse ao município, atender exigências como geração de empregos, investimento em tecnologia, treinamento e desen*volvimento do pessoal empregado e cuidados com a gestão am*bien*tal.
O distrito industrial, distante cerca de 15 mi*nu**tos do centro, ocupa uma área de 25 milhões de m2. O preço do metro quadrado no local varia de US$ 5 a US$ 15. A infra-estrutura é completa, com ener*gia elétrica, sistema viário, serviços de tele*co*mu*nicações, aterro sanitário para depósito de resíduos, transporte coletivo e água tratada. Entre as empresas já instaladas estão a Flextronic, no setor de informática e eletro-eletrônica; Me*ta*lac, espe*cia**lizada em parafusos; Luk, em*bre*a*gens; ZF do Brasil, fabricante de direções hidráu*li*cas; CSM, uma das maiores do Brasil em cartões telefô*nicos; Yashi*ca, máquinas fotográficas; Pire*lli, cabos ópticos; e Plastpark, materiais para escritório.
Comércio Forte
A chegada da Kalunga vai contribuir ainda mais para incrementar outro braço do desenvol*vimento do município, o comércio. Com cerca de 600 mil habitantes, e quase 2,5 milhões na sua área de in*fluên*cia, Sorocaba está entre as 25 cidades bra*si*lei*ras com maior índice de potencial de con*sumo. Com gastos superiores a US$ 2 bilhões na compra de bens de consumo, o soro*ca*bano responde por quase meio por cento de todo o consumo nacio*nal. Neste importante centro regional de compras, estão instalados três shoppings centers, ancorados por grandes redes varejistas, além de inúmeros hipermercados e lojas de rua. Entre atacado e varejo, ultrapassa os 14 mil o número de estabele*ci*mentos comer*ci*ais no município.
Uma indústria em expansão e um comércio ativo exigem como complemento uma prestação de serviços dinâmica, outra especialidade sorocabana. O setor já movimenta mais de 8.500 empresas, que respondem pela geração de quase 40 mil empregos diretos, além de 24 mil autônomos e pro**fis*sionais liberais. Destacam-se os serviços de emissão de passagens aéreas e os bancários. A aju*da da pre*fei*tu*ra nessa área vem através de incen*tivos, como a redução escalonada das contri*buições e abranda*men*to das exigências para for*malização das em*pre*sas. Essas medidas têm cola*bo*rado também para atrair empresas de outras áreas, como as de hote*la*ria e lazer.
A antiga parada de tropeiros, mais tarde en*tre**posto de muares, por sua localização pri*vi*le*gia*da, ra*tifica em todos os sentidos sua vocação comercial, principalmente, nestes tempos de glo*ba*lização. So*ro*caba é hoje ponto de passagem para as capitais do Mercado Comum do Cone Sul (Mer*cosul), que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Pa*ra*guai, Chile e Bolívia. Cortado pelas rodovias Cas*te*lo Branco e Raposo Tavares e vizinho das SP-308 (do Açúcar), SP-079 (Santos Dumont), SP-065 (D. Pedro) Anhan*güe*ra, Bandeirantes e Regis Bitten*court (BR-116), o município constitui-se no segundo maior pólo de desen*vol*vi*men*to do Estado, ao formar um triângulo com a capital paulista e a cidade de Campinas.
Por essa localização geográfica e estratégica, Sorocaba necessita dessa complexa logística de trans*portes, com*pletada pela ferrovia, que a liga ao porto de Santos, e o porto hidro*viário do com*ple*xo Tietê-Paraná, em Conchas. Além disso, está a ape*nas 60 quilômetros do aeroporto de Vira*co*pos, a 100 quilômetros do de Congonhas (São Paulo) e a 120 de Cumbica (Guarulhos). Nos últi*mos anos, o aero*porto local transformou-se num dos mais movi*men*tados do Estado, e recebeu por conta disso diversos melhoramentos, entre eles, o novo terminal de passageiros. Partem de Soro*ca*ba vôos para São Paulo e cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais.
(Fonte:
www.sorocaba.sp.gov.br)
Saúde é o que importa
O prefeito Vitor Lippi faz questão de cumprir uma espécie de ritual todas as manhãs, quando se dirige ao seu gabinete, no sétimo andar do prédio da Prefeitura Municipal de Sorocaba. Sobe a pé lance por lance de escada, primeiro, como complemento do exercício físico que mal consegue fazer em meio ao seu dia-a-dia atribulado; segundo, para dar um exemplo prático de sua filosofia administrativa. “Nossa proposta é fazer de Sorocaba uma cidade saudável, promotora de qualidade de vida”, afirma.
O prefeito sustenta sua afirmação em quatro pontos básicos: planejamento estratégico; interse*to*rialidade entre saúde, educação e esportes; par*ce*rias democráticas com a comunidade, que garan*tam legitimidade ao projeto; e eqüidade, ou seja, buscar mais para quem mais precisa. Além de saudável, quer ver Sorocaba como uma “cidade educadora”. Ele explica: “A prioridade máxima é formar crianças e jovens dentro de um espaço educador. Cada rua, cada logradouro, cada prédio tem que servir à educação e à formação.”
Almejar uma cidade limpa, bem estruturada e segura não chega a ser um mero devaneio adminis*trativo. Um passeio pelas ruas de Sorocaba já deixa entrever que Lippi está bem perto de sua realização. Quando fala em “cidade educadora”, ele imagina cada recanto dentro de um grande roteiro para formar cidadania. “O Rio Sorocaba, por exemplo, tem de ser um espaço educador”. Lembra que o principal curso d´água do município está no processo final de despoluição e que pretende fazer dele e dos par*ques públicos grandes observatórios ambientais.
Oriundo da saúde – como médico-derma*to*logista, foi durante oito anos secretário da área nas administrações anteriores – Lippi fala de uma de suas principais realizações nesse setor. “Reduzimos pela metade os índices de mortalidade infantil, de 26 em 1.000 para 13 em 1.000 nascimentos. Conse*guimos isso com a melhoria da qualidade do pré-natal; agora, a gestante tem direito a oito exames de ultra-som até o parto.” O aumento dos testes de HIV, hepatite e sífilis, entre o primeiro e o terceiro trimestre da gravidez, também contribuiu em muito para com esses índices, segundo ele. “Aliás, nesses itens conseguimos chegar ao índice de transmissão vertical zero”, emenda.
Preocupada com a prevenção da AIDs, a área de saúde distribuiu mais de 1,2 milhão de pre*ser*vativos nos pronto-socorros municipais. Entre ou*tras medidas, a secretaria também incrementou os atendimentos de emergência nas policlínicas em cerca de 20 mil atendimentos/mês. Dentro do pro*grama “Asma Zero”, de acordo com o protocolo referendado pelo Congresso Inter*na*cio*nal de Pneu**mologia, reduziu os casos de interna*mento em 80% e os de morte para 68%. “Pouca gente sabe, mas de 10% a 20% das crianças, em geral, sofrem de asma no País”, informa Lippi. Ele destaca também o programa do “Médico de Família”, que atende em domicílio cerca de 1.700 acamados. “Ampliamos em 40% os recursos em saúde”, ressalta o prefeito.
Sem descuidar dos demais setores, que confirma o título de “Cidade Saudável”, Lippi lembra do trans*por*te coletivo sorocabano, que classifica como o segundo ou terceiro mais bem equipado entre os municípios brasileiros. Como exemplo, cita o projeto piloto, desenvolvido com O IPT e FIP, em que seis ônibus estão rodando atualmente com gás, mais viável e econômico. “Temos 166 novos programas e ações de governo em curso”, conta. Entre esses projetos, e ao encontro da qualidade de vida do sorocabano, revela que a cidade está ganhando 30 quilômetros de ciclovias e que até o final de sua gestão mais seis parques municipais serão acres*cen*tados aos seis já existentes.
Vocação comercial
É histórica a relação de Sorocaba com o comércio. Se antes as precárias trilhas que levavam à região favo*re*ciam o acesso das caravanas de tropeiros, e conseqüentemente, a tro*ca e venda de muares; hoje, o comér*cio local tem no*vos aditivos, além das modernas rodo*vias, ferrovia e aeropor*to. “Nos últimos dez anos, a cidade passou por uma im*por*tante reestru*turação urbanística que bene*ficiou em muito o comércio, tanto o tradicio*nal da região central, quanto o dos bairros e dos shoppings”, co*menta Brás Cassiolatto, presidente da Associa*ção Comercial de Sorocaba (ACSO).
O comércio absorve atualmente 1/3 da população economicamente ativa de Sorocaba. Segundo Cassiolatto, esse setor, junto com o de serviços, responde por 40% do valor adicionado do municí*pio. Essa participação não é maior porque o seg*men*to industrial é muito forte na cidade. Ele explica que durante muitos anos, a pro*xi**mi*dade com São Paulo e Campinas inibia a vin*da de gran*des redes, mas hoje isso mu**dou. Tanto que várias delas já se en*******con***tram insta*la*das em Sorocaba, como hipermer*cados e gran*des magazines. “Dos 17 mil CNPJs inscritos no municí*pio, cerca de 5.500 estão ligados ao comércio”, afirma.
Cassiolatto explica que a ACSO atua não somente como um importante for*ne*cedor de informações – é mante*ne*dora do Serviço de Proteção ao Crédito (SCPC) – como representa o comércio jun*to às instituições democrá*ticas. “A as*so*ci*ação foi protagonista das trans*for*mações ocorridas nos últimos anos; par*ticipa do conselho Municipal de De*sen*vol*vimento Econômico e Social e também dos Conselhos Municipais de Trân*sito e da Alimentação Escolar. É também sede da 9ª Região Adminis*trativa da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, in*te*grada por 22 cidades”, revela. Ele saúda a chegada da Kalunga pelos novos investimentos no comércio local, bem como pela represen*tatividade e estru*tu*ra da rede.
Ciclo de tropeirismo
A primeira notícia sobre a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Mont Serrat data de 1599. Naquele ano, passou pelo local em busca de ouro o então governador-geral da Colônia, Dom Francisco de Souza, que ali instalou um pelou*ri*nho, símbolo do poder real português. Só em 1654, o local voltou a ser citado na Corte, quando o ca*pi*tão Baltazar Fernandes ali se instalou com sua família e fundou um povoado com o nome de Soro*caba. O nome foi dado pelos tupis-guaranis e significa “Terra Rasgada”.
Para atrair moradores para a região, o capitão doou uma grande gleba de terras aos benedi*ti*nos. A condição era de que eles construíssem um con*vento e uma escola pa*ra difundir a cultura na região. Em 1733, o coronel Cristóvão Pereira de Abreu, a caminho do Rio Grande do Sul, passou pela localidade com sua tropa de muares. Coube a ele a inauguração do ciclo do tropeirismo em Sorocaba. Desde então, o comércio de índios local foi substituído pelo de burros e mulas.
No correr dos anos, a Vila virou ponto de parada obrigatório a todos os tropeiros no eixo econômico entre o Norte, Nordeste e Sul. Esse fato, aliado à feira de muares, fez desenvolver o comércio e a indústria caseira, com a fabricação de facas, facões, redes e outros objetos para mon*taria. Seguiram-se outros ciclos de desen*vol*vi*men*to até 1875, quando foi inaugurada a Estrada de Ferro Sorocabana. Com ela, che*ga*ram a So*rocaba as indústrias de tecidos de origem inglesa, o que lhe valeu o apelido de “Manchester Pau*lis*ta”, em alusão à cidade britânica famosa por sua indústria têxtil.
Os trens trouxeram a mão-de-obra para as indústrias, e com isso o espaço e a população do vila*rejo cresceram. Virou cidade, município, comarca. Com o declínio dos tecidos, a partir dos anos 1970, o parque industrial foi diversificado. Vestígios dos primeiros prédios industriais ainda se vêem pela cidade, principalmente, na vizi*nhan*ça da velha Estação Ferroviária, hoje tombadas. Os trilhos da Sorocabana ainda estão lá, mas são usados apenas para o transporte de cargas. A história de Sorocaba e de sua arquitetura está presente também nos edifícios seculares, como o Mosteiro de São Bento, com suas paredes de taipa, a Catedral, a Casa da Marquesa de Santos (hoje, Museu Histórico Sorocabano) e o Casarão de Brigadeiro Tobias.
(Fonte:
www.sorocaba.sp.gov.br)