Rio de Janeiro
O Maciço da Pedra Branca fica dentro do Parque Estadual da Pedra Branca. O maciço abriga o ponto mais alto da cidade do Rio de Janeiro, o Pico da Pedra Branca, com 1 024 metros de altitude.
Pedra da Gávea - Com topo de granito subindo 842 metros acima do nível do mar, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta.
O batismo da Pedra da Gávea remonta à épica expedição do capitão Gaspar de Lemos, iniciada em 1501, de que participou igualmente Américo Vespúcio, e na qual também o Rio de Janeiro recebeu sua denominação. Foi a primeira montanha carioca a ser batizada com um nome em português, após ter sido avistada, no primeiro dia de janeiro de 1502 pelos seus marujos, que reconheceram em sua silhueta o formato de um cesto de gávea, dando origem ao termo usado para toda a região da Gávea Pequena e para o atual bairro da Gávea.
A pedra da Gávea foi usada como cenário de vários filmes brasileiros.
Em Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa, a pedra era o túmulo de um rei fenício.
No filme de 1989, Os Trapalhões na Terra dos Monstros, a personagem interpretada por Angélica, a filha de um rico proprietário de uma indústria de papel, foge e vai parar em uma caverna que esconde um mundo cheio de monstros, localizada no interior da Pedra da Gávea.
Existe a hipótese de que há uma inscrição esculpida no rochedo carioca que é supostamente fenícia, uma língua semítica conhecida por estudiosos modernos apenas através de inscrições. A inscrição é transliterada como segue:
LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT
Levando em conta que como em hebraico, uma língua intimamente relacionada, o fenício é escrito da direita para a esquerda, esta inscrição deve ser lida como TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL, que é traduzido aproximadamente como "Aqui Badezir, rei de Tiro, filho mais velho de Jetbaal".
O nome da frase é apontado como correspondente a um governante fenício chamado Badzir (ou Badezir), de cerca de 850 a.C., filho de Etbaal. A "face" da rocha teria sido esculpida à semelhança de Badzir.
Entretanto, há uma série de problemas com esta suposta inscrição: os fenícios não se referiam a si mesmos como "fenícios", visto que esse é um termo do grego antigo para se referir a esse povo, ou mais precisamente, uma derivação do termo grego.
Outro fato é que, como se sabe, a travessia do oceano Atlântico iria muito além das habilidades navais fenícias, que sempre viajaram perto das margens. A brevidade da inscrição, bem como uma aparência um pouco desleixada, aponta para uma falsificação grosseira que tinha como objetivo explicar o monólito de acordo com as civilizações do Velho Mundo, ou, simplesmente, uma ação da natureza ao desgastar o rochedo.
A inscrição não foi relatada até a década de 1800, embora tenha sido sugerido também nessa época que a inscrição datava de tempos pré-colombianos.
Durante o século XIX, o estudo dos fenícios já estava em andamento e até mesmo estudantes amadores nesse período teriam tido um forte conhecimento dos cronogramas bíblicos. É notável que a inscrição é descrita pela primeira vez oficialmente durante os primeiros anos da independência do Brasil sob o imperador Dom Pedro I, o que sugere uma tentativa de construção de uma identidade nacional pelo Império brasileiro.