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Novosibirsk (Russia) - Sao-Paolo do Siberia

39K views 158 replies 74 participants last post by  ginnyg 
#1 ·
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#148 ·
Hehe. Ja temos discutido a neve em Curitiba. Uma discussão num tread depois da foto:

- E pq a nossa cidade não aparece nas previsões do tempo nos canais federais?
- Se fica tudo o ano -35 e neve, não precisa uma previsão.
- Mas o vento ta as vezes mais forte as vezes menos e eu não vejo na janela o cata-vento pela tempestade de neve. E se vou pra o meteorólogo, ta bêbado.
- Como é que você não pronostica o tempo pelo urso? Se quer entrar e ficar na cabana, vai ser mais frio.

- É verdade que na vossa cidade ursos caminham pelas estradas?
- Não, acá não tem estradas.

E os brasileiros tem essas piadas sobre o Brasil? (mato, macacos, nê?)
 
#149 ·
Não achei parecida com São Paulo, os prédios no geral se parecem bastante com o brooklin - Nova Iorque (se parecem) mais do que as cidades brasileiras que quase sempre são mais coloridas e 'alegres', como alguns foristas disseram: a cidade tem um ar meio triste... Porém isso não é um ponto negativo... e sim um DIFERENCIAL;
 
#151 · (Edited)
Menos 25 graus afora. Para nois é muito frio, mas a vida não para.

Os jovens caminhavam bevendo café. As cafeterias e lojas, a minha sorpresa, foram cheias de gente.


Os passarinhos invernais comem sementes.


Mais antes, -12 ao termometro.



Hmmm, sem guantos não se fica muito tempo. Não sei que estava fazendo este rapaz.
 
#154 · (Edited)
A historia dum pequeno sucesso

No 2012 o município decidiu de reconstruir um centro cultural acá, preto da minha casa, e expandi-lo bastante, por que agora falta o espaço para todos os clubes de dança, de idiomas e de jogos intelectuais. Infelizmente o concurso entre arquitetos foi quase segredo, e no 2013 eles presentaram um projeto ruim de gusto muito terrível e pouco funcionante. Eu também descobri que o projeto empiorava a qualidade da rua.

O centro cultural Académia agora



O projeito proposto



Esta rua é a principal da nossa pequena cidade cientifica. Todos passem por ela e por uma outra avenida. Então o projeto criava um espaço vazio, uma passagem "técnica" para os pedestres sem nada.



Agora o espaço se utiliza para eventos, o que não seria possivel depois de construição.


Escrevei um reassunto sobre o projeto. Depois outros ativistas da cidade começaram as protestas, discussões e até ameaças legais ao município. Então o município concordou com uma proposta de conduzir um concurso de projetos que melhoraram aquilo que existia. A associação arquitetônica apoiou o concurso, encontrou um patrocinador, e os arquitetos competiam por um prêmio de dinheiro.

Minha proposta: calçada preto da parede, cafeterias ou esibições nas vitrinas



Eu não sabia se o projeto seria só melhorado, ou se fosse reprojeitado de novo por as demandas legais. Escrevei mais uma revisão, com umas condições técnicas para o edifício, caso se o projeto foi feito do zero. Nessas condições escrevei que para esse lugar, onde os pedestres ficam maiormente da noite e no fim de semana. Deve existir um espaço recreativo, os pedestres têm que poder passar preto da fachada, e a fachada deve ser transparente, com mais vitrinas que é possível. Assim, vendo o interior de fora passando, e vendo a gente na calçada desde o interior, a rua será mais viva e interessante para as pessoas. Isso é difícil no relevo inclinado e com um edifício só e muito grande (50 metros), mas possível. Também a fachada tem que haver linhas verticais e poucas linhas horizontais, para reduzir a distancia visualmente.

Não demais alto


Não puixar os pedestres da fachada


Um palco pode ser mais em fundo


Menos linhas horizontais


Abrir o edificio pra rua


Mandei o texto para os ativistas que conheço e o deixei ficar. Na última semana vi os projetos propostos para o concurso. A maioria ignorava essas ideias, claro, por que os arquitetos nem conheciam a mim, nem o site do nosso grupo. Mas um projeto tive algo para os pedestres: uma calçada e bancos na rua. Escrevei pra autora que gostava do projeto dela.



No próximo dia, terça feira, foi a cerimonia de premio. Foi uma surpresa que o projeto ganhou a votação entre os visitadores, com grande vantagem (27 contra 14 do segundo posto). Depois o projeto ganhou o premio principal também. Os arquitetos, garota de 23 anos e seu namorado de 24, foram muito surpreendidos.

Mais imagens do projeto


Depois olhei com mais atenção o projeto e só naquele momento notou que eles adivinhavam quase todas as condições que eu pus. Perguntou eles de como poderiam ler meus pensamentos. Em resposta me mostravam um link pra minha própria revisão e pras minhas recomendações. Avia esquecido que foram amigos na rede social, e eles veiam meus postes. Como eles não moram no distrito acadêmico, mas no centro da capital regional em 25 km, não visitam o lugar, e precisavam informação. Eles leiam as minhas ideias com atenção, e com tudo isso pintado em 3D, os moradores notavam claramente que seria um lugar muito confortável. Foi increivelmente contente, por que antes não imaginava alguém ler isso, nem elaborar um projeto.



Claramente, não todos os arquitetos tão contentes dessa historia: muitos honestamente querem decidir tudo, sem deixar outros decidir e pôr condições. Querem decidir pelo próprio gusto arquitetônico deles, e acham a sociedade só um obstaculo. Me dizem que uma reunião de moradores poderia criar só algo mediocre. Isso é verdade, mas um "genio" deixado só é um perigo igualmente grande, o que se ve em Brasília: bonito, tem estilo, mas o morador é esquecido: tanto espaço pro sol e ar sirvem na Europa do norte, não no equador.

Uma arquiteta presentando projeto proprio


Uma moça com projeto de cores alegres mas pouco funcionante


O autor desse edificio decidiu não piorar o que existe (em baixo) e só adicionar. Me escreveu que eu "deixa os arquitetos fazer arquitetura" e lamentou de "mal gusto" das pessoas ao redor. Acho que se alguem se sente insultado quando eu pegar um redator 3D, o problema é dele, e os deixo achar de qual gusto é isso em baixo.


O arquiteto constrõe pras pessoas, e a organisação do espaço é o objeitivo primeiro. O gusto artistico é só o secundario. O arquiteto tem que escutar pra gente e entender as necesidades, e como uma pessoa normal, ele não pode imaginar e pensar de todos os usos do lugar e todos os problemas. Ele necesita a gente e deve escutâ-nos. Como fazê-lo correitamente? Arquitetos me dizem que se os projetos ser verificados por as tias no ufício contadores, será sempre ruim.
 
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