Embora seja mais espalhafatoso, o Canal das Histórias :lol: decidiu criar 10 cenários para o fim da Humanidade, com a Terra como extra :nuts:
Alguns são plausíveis, como a colisão de um asteróide similar ao que vitimou os dinossauros (10 km de diâmetro), ou uma Guerra Nuclear entre os EUA e a Rússia
hno:, bem como um alteração climática súbita gerada pela paragem da Corrente do Golfo.
Menos plausível era o super-vulcão do Yellowstone provocar uma hiper-erupção breve que uma super-erupção prolongada, se bem o que provocasse os danos reais eram os gases de efeito de estufa que arrefeciam a Terra (sulfatos) e depois aqueciam (dióxido de carbono). :nuts:
De igual forma, uma tempestade geomágnetica provocada por uma ejecção de massa coronal seria igualmente grave, mas já aconteceu no século XIX. :lol:
Outros são ocorrência raras que só se observaram poucas vezes durante a História do sistema solar, como a Terra ser atingida por um feixe de raios gama resultante de uma hiper-nova. No entanto, puxaram os parâmetros para o exagero (200 anos-luz, em vez dos mais prováveis 10 mil anos-luz), do qual existia feixes de muões altamente letais :lol::nuts: (e onde está a foto-dissociação do carbono e oxigénio em hélio ?! Já que a energia foi grande o sufiente para gerar leptões pesados...), que começa a descarrilar o argumento.
Os últimos cenários são o delírio total :cheers::banana:
O mais provável de todos (que aconteceria uma vez em cada biliões ou triliões de anos, portanto muito superior à idade actual do Universo
hno
, era a Terra ter colidido com um planeta do tamanho de Neptuno(?)/Júpiter(?) errante, que tinha entrado no Sistema Solar e destruído a Terra pelas forças de maré.
O problema é que mal dimensionaram o cenário entre um planeta com 17 massas terrestres (que depois seriam 18 :cheers:
bon apetit), e 4 raios terrestres com outros com 300, pois logo o planeta errante consegue destruir a Lua a mais de 100 mil quilómetros (que seria o limite de Roche de Júpiter), mas para a Terra só consegue a 2 mil (caiu para o limite de Roche de Neptuno...) :bash:
O melhor de tudo são os astrónomos só terem descoberto o planeta um dia antes do desastre e a vida da Terra continuar normalmente até 45 minutos do fim!!! :runaway:
Na vida real, um planeta desses seria descoberto com largos anos de antecedência, mas a única solução era uns poucos (pouquíssimos) fugirem para Marte ou para uma estação espacial gigante algure na antiga órbita da Terra.
A invasão extra-terrestre era em segundo plano, pois é muito improvável que ocorra, e só existia muitos palpites.
Subindo a escala da implausibilidade era a Terra parar de orbitar o Sol, do qual o argumento de uma estrela de passagem com massa equivalente ao Sol (seria igualmente igual ao Sol!), ter aplicado uma força contrária que fez parar a translação terrestre. :cripes:
Isso não é somente impossível, como o que realmente acontecia era um aumento das excentricidades de todos os planetas do Sistema Solar, aumentando o perigo da Terra colidir com Marte, ou algo do género, até que Júpiter corrigisse os problemas... :banana:
O resto do cenário é um problema de Astrofísica, pois de a Terra parasse de orbitar, demoraria 65 dias até colidir com o Sol.
Em termos gerais, os primeiros 7 dias passariam sem grandes dramas, pois só aumentava 1ºC de temperatura e geravam várias tempestades que até estariam dentro dos registos históricos. Porém ao fim de 14 dias, os rios e lagos evaporariam com o calor, e os glaciares começaram a derreter.
As temperaturas começariam a apertar, acabando por criar uma onda de calor à escala global que faria os trópicos a ardem com temperaturas superiores a 60ºC, e nas zonas temperadas já chegavam aos 40ºC.
Ao fim de 22 dias, as colheitas morriam, os calotes da Antárctida e Gronelândia começariam a derreter (e ainda levariam 4 semanas!), chegando a temperatura global aos 50ºC ou mais!
Ao fim de 35 dias, a vida animal e vegetal morria em massa devido ao calor, somente nos pólos havia possibilidade dos humanos sobreviverem. Nas cidades, consoante a latitude, transformaram em gigantescos cemitérios.
Chegados ao dia 45, os oceanos fervem, e os últimos blocos de gelo acabam por derreter na Antarctida, do qual as temperaturas globais chegaram aos 100ºC, a atmosfera transforma-se numa nuvem de vapor. Somente nos mares profundos a vida (ainda) sobrevive.
Ao fim de 57 dias, toda a vida na Terra está extinta, e cerca de 3 km de oceanos foram transformados em vapor quente. As temperaturas ultrapassaram os 200ºC ou até mais.
Assim que chegamos ao dia 62, os oceanos da Terra desapareceram, e os efeitos de maré do Sol começaram a sentir.
Chegados ao dia 64, a Terra atingiu os 800ºC, e o vento solar destroí parte da atmosfera, libertando de grande parte do vapor de água, mas a continua actividade vulcânica fez derreter as rochas, e depois a poucas horas do fim, já chegamos a 3000 ºC
A Terra colide com o Sol ao fim de 65 dias, mas a 700 mil km da superfície é atingido o Limite de Roche, e a Terra começa a desagregar-se antes de colapsar e bombardear o Sol com 6 quatriliões de quilogramas de rocha.
:cheers:
E o último cenário digno do maior disparate de sempre... Do qual é ainda menos provável que toda a gente da Terra ganhar no Euromilhões todos os sorteios durante um século :nuts::nuts::nuts:
A Terra colidir com um buraco negro com mil milhões de massas solares!!!
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Buracos negros com essa massa só existem no centro de galáxias activas e mesmo assim o mais próximo com este valor só está a 250 milhões de anos-luz. Na nossa galaxia, só têm 8 milhões de massas solares, mas está no mesmo sítio!
E depois o cenário acaba por dar uma salva de artilharia, seguida de tapetes de bombas e metralha nos pés, pois este buraco negro gigante teria um Horizonte de Eventos com 6 mil milhões de quilómetros de diâmetro, ou seja, engoliria a Terra, Vénus, Marte, Mércurio, o Sol, a cintura de asteróides , Júpiter e Saturno duma única vez.
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E depois faria os restantes planetas desacelarar, ser esmagados no disco de acreção e serem depositados no vazio. Portanto, todo o Sistema Solar, incluindo a Cintura de Kuiper era apagado do Universo, sem deixar rastro.
E depois disso, foi dado o atestado de cegueira astronómica, pois um buraco-negro deste tamanho só ter sido descoberto pelos astrnomos um dia antes da Terra ser engolida nele! :lol::nuts:
hno::bash:
Um buraco negro desses teria sido descoberto facilmente, mesmo que estivesse a 1000 anos-luz da Terra, pois a sua influência gravitacional era gigantesca, e facilmente formava lentes gravitacionais.
icard:
E depois o cenário de queda não era fisicamente realista, mesmo que os buracos negros gigantescos não possuírem grandes marés no Horizonte de Eventos, a Terra não era engolida como se fosse a coisa mais natural do mundo (A Internet funcionava, havia posts do Twitter a comentar a luz intensa dentro da ergosfera, e o facto de terem sido isolados do resto do Universo!...), pois seguiria uma rota em espiral em regime ultra-relativista, e acabavam por serem bombardeados por intensa radiação.
Já o resto do cenário, com a esparguetificação, era mais coerente.
O irónico era trocar a Teoria da Relatividade Geral, que não foi bem aplicada ao longo da peça, por uma teoria qualquer de Anéis de Singularidades que não fazem parte da Teoria de Einstein.
hno::bash:
Dado o enorme diferencial de massas, o que realmente aconteceria era muito medonho: Vários anos antes da "colisão", a Cintura de Kuiper era desfeita, e todo o material era desviado para o disco de acreção do buraco negro...
Depois, os astrónomos viam Neptuno, Úrano, Saturno e Júpiter a sairem de órbita, e voarem em direcção ao infinito, ou para o buraco negro.
Depois, mesmo estado longe, a Terra saíria de órbita, a Lua era separada, e acelerávamos a altas velocidades. Numa questão de dias, a Terra virava bola de gelo, acabando por matar toda a gente, resultando ou serem arremesados para o espaço, ou sermos estilhaçados com as colisões de material do disco de acreção, e desaparecíamos dentro dele, numa mar de radiação.
O Sol era engolido da mesma forma... :cheers: