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Vita Derm vai produzir cosméticos na Amazônia

3K views 2 replies 2 participants last post by  Daniela_Artur 
#1 ·
Vita Derm vai produzir cosméticos na Amazônia
Empresa quer explorar a bandeira da biodiversidade

Márcia De Chiara

A Amazônia não é apenas foco da polêmica sobre o desmatamento e alvo da cobiça das montadoras de aparelhos de eletroeletrônicos que se estabelecem na região para produzir equipamentos e gerar renda em troca de benefícios fiscais. Está nascendo em Manaus (AM) um pólo produtor de cosméticos que tem como atrativo a biodiversidade da Floresta Amazônica. A primeira empresa de porte médio e de fora do Estado a se instalar na região é a paulistana Vita Derm, especializada na produção de cosméticos para o tratamento de cabelo, corpo e rosto.

A partir do mês que vem, a companhia, que faturou US$ 201 milhões em 2007, começa a fabricar em Manaus três tipos de colônias com extratos de guaraná, maracujá e castanha do Brasil, retirados da Amazônia. O investimento inicial é pequeno, cerca de R$ 500 mil de recursos da própria empresa usados na compra de equipamentos. Mas o início da produção da linha batizada de Vita Amazônia, voltada para exportação e que existe há cinco anos na companhia mas era produzida na capital paulista, representa a semente de um projeto maior.

“Até o fim do semestre, teremos mais três cremes hidratantes. Já estamos prevendo uma segunda etapa da fábrica para 2009, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco da Amazônia”, afirma o presidente da Vita Derm, Marcelo Schulman.

Ele conta que a nova fábrica vai ocupar inicialmente um terreno de 900 metros quadrados no Pólo Industrial de Manaus, cedido pelo governo do Amazonas, que também deu benefícios fiscais. A capacidade inicial de produção será de 129 mil unidades por ano, mas há possibilidade de até dobrar no curto prazo, prevê o empresário.

Segundo Schulman, a chance de a companhia se instalar em Manaus, perto da fonte de matéria-prima só se concretizou por causa das mudanças no Processo Produtivo Básico (PPB), feitas no fim do ano passado. O PPB é um série de regras que vinculam a quantidade de matérias-primas locais usadas às isenções tributárias.

Pelo PPB antigo, para obter os benefícios fiscais era necessário usar 70% dos princípios ativos extraídos da biodiversidade da Floresta Amazônica, o que tornava inviável a fabricação do produto em escala comercial, explica Saleh Hamdeh, consultor do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas.

Hamdeh diz que a meta do projeto, fomentado pelo governo, é transformar o pólo cosmético na principal atividade do Estado nos próximos dez anos, com ritmo de atividade superior ao proporcionado pelas indústrias eletroeletrônicas, químicas e de duas rodas, que, juntas, movimentaram no ano passado US$ 25 bilhões.

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