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Arquitetura - Rede Sarah de Hospitais

32K views 32 replies 25 participants last post by  Henrique_Viajante 
#1 ·
Fotos pequenas do site da rede.
Nota-se que seguem um estilo.







Belém








Belo Horizonte








Brasília









Brasilia-Lago Norte








Macapá








Fortaleza








Rio de Janeiro








Salvador








São Luís





 
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28
#8 ·
Bela coletânea. A arquitetura dos hospitais da Rede SARAH é bem interessante, apesar de ser um pouco repetitiva. E eu gostei muito desse plano inclinado do hospital de Salvador.

Para complementar o thread, uma foto recente da segunda unidade do Rio, ainda em construção:



Fonte: my zoom.
 
#9 ·
Acho que eles destoam muito do conjunto das demais cidades, têm muito a cara de Brasília.

O da Abelardo Bueno sempre me causou curiosidade, eu passava por lá e ficava tentando saber o que viria a ser aquela construção (estava entre um hospital e uma rodoviária :D).

Mas ele não tem janelas?
 
#17 ·
Que coincidência ver este thread sobre o Sarah, estive lá exatamente hoje. O tamanho do hospital impressiona. Corredores enormes, largos e ventilação natural em todos os ambientes.
Um amigo, vítima de acidente de trânsito, está internado lá e o trabalho que eles fazem é fantástico. Essa rede de hospitais é motivo de orgulho para todos nós. Pena não está, ainda, presente em todos os Estados.
 
#19 ·
Esses telhadinhos ondulados são os Sheds, os quais estão protegidas por venezianas que impedem a incidência direta do sol nos vidros das esquadrias.
esse aqui é um estudo de ventilação natural


NO de Fortaleza os Brises ssão movimentados com tecnologia de ponta....um simples relógio que ao passar o tempo movimenta o brise.... o Lelé é um GRANDE arquiteto, repetitivo mas grande . pupilo do grande senhor.
 
#21 ·
As curvas dos sheds na cobertura, tão típicas da arquitetura de Lelé, parecem pairar nesse conjunto como a dizer: é aqui que tudo começa. Amarram, assim, início e fim, em um movimento criativo que nunca se esquece da tecnologia, dos avanços, das mudanças - e da melhor maneira de oferecer conforto ao ser humano por meio da arquitetura. O próprio edifício do CTRS (Centro de Tecnologia Sarah Kubitschek) foi pensado a partir de futuras mudanças já em 1992, quando Lelé desenhou a fábrica e escolheu a melhor implantação para ela nos 80 mil m² do terreno (800 m de comprimento por cerca de 100 m de largura) ao longo da encosta da colina onde está situado o hospital Sarah Salvador. Na época, sua construção custou o equivalente a 17 milhões de reais - hoje o investimento na construção, instalações e nos equipamentos do Centro seria o equivalente a cerca de 50 milhões de reais. E havia planos de expansão.

Hoje, o CTRS ainda ocupa os mesmos 20 mil m² de área construída: não por falta de espaço ou de sonhos, mas por uma dessas decisões sem sentido, que fazem com que investimentos em boa arquitetura sejam barrados. "O Tribunal de Contas diz que fazemos competição com a iniciativa privada e nos proibiram de produzir qualquer coisa para fora, temos de trabalhar exclusivamente para a rede Sarah. Prevíamos uma ampliação para essa fábrica, mas parou porque para fazer só os hospitais da rede Sarah não tem necessidade de aumentar", explica Lelé.

A procura pelo serviço do CTRS, no entanto, nunca parou. Já saíram daqui oito prédios para o próprio Tribunal de Contas, e pequenas prefeituras por meio de convênios, em cidades da região Norte, tudo antes da proibição. "Nós fazemos as obras muito mais rapidamente e com custo baixo. E nosso tipo de construção é de qualidade", conta. Nem é preciso falar. O próprio edifício é um exemplo do que se faz aqui - função que o eleva a ser muito mais do que uma fábrica: é um grande centro de produção e desenvolvimento de tecnologia. Lelé sabe que o mundo está em constante mudança e que sua arquitetura, para ser eficiente, tem de estar apta a crescer a qualquer momento.

É da fábrica, dirigida pelo próprio arquiteto, que saem todas as peças e equipamentos para construção e manutenção dos dez hospitais da rede Sarah Kubitschek, de peças estruturais a equipamentos do dia-a-dia, como as camas-maca que também levam o desenho de Lelé. A fábrica é dividida pelos núcleos de produção: metalurgia pesada, metalurgia leve, argamassa armada, marcenaria e plásticos. Todos distribuídos em prédios térreos e interligados, com pé-direito de 6 m.

Mezaninos ocupam parte da projeção do pavimento e são destinados aos setores técnicos, administrativos e vestiários. É em um desses mezaninos que fica a sala de Lelé, sempre em contato com o que se faz lá embaixo: o vidro que separa o mezanino da produção faz com que todos os funcionários se vejam, se comuniquem, estejam constantemente ligados. É, na prática, a instauração do discurso de Lelé: integrar sempre. "Vivemos em um mundo em que a palavra-chave é integrar. A arquitetura tem de integrar vários saberes, e fragmentada do jeito que está é um caos", lamenta. No CTRS, espaço construído, equipamentos e usuários estão integrados. "É preciso que as equipes estejam muito azeitadas, trabalhando juntas, discutindo juntas a cada momento."

Dois corredores de 5 m de largura, em níveis sobrepostos, são responsáveis por interligar as oficinas. O do térreo tem como função o abastecimento e a intercomunicação dos setores. O corredor do piso superior serve aos escritórios e aos vestiários, ao longo do qual também se podem ver os trabalhos sendo executados nas oficinas.

O potencial médio de produção do CTRS equivale à execução anual de um hospital de 200 leitos equipado, no valor de 60 milhões de reais. Mas seu potencial máximo pode atingir o dobro: 120 milhões de reais, sem perda de qualidade e de custos de produção. A produção mínima para manter o centro economicamente viável não pode ser inferior a 20 milhões por ano.

O Centro de Tecnologia da rede Sarah Kubitschek iniciou suas atividades no canteiro de obras do hospital Sarah de Salvador em 1992. Hoje, é o responsável pela construção e manutenção dos dez hospitais da rede. O CTRS é mais do que uma fábrica: é um grande centro de produção e desenvolvimento de tecnologia
 
#27 ·
Gostei desses hospitais, achei bem bonitos. Em Portugal era quase impossível construir um hospital privado assim, quer devido ao espaço que esses edifícios ocupam, quer devido à falta de "clientes". A grande maioria da população utiliza o Sistema Nacional de Saúde. Os sistemas privados de saúde são usados por uma minoria da população, e mesmo esses quase só os usam para consultas e pequenas cirurgias. Mesmo os ricos, preferem fazer as grandes intervenções cirurgicas nos hospitais públicos.

Tenho visto várias imagens de hospitais brasileiros, mas todos privados.
Será que conseguem umas imagens de grandes hospitais públicos?

Obrigado
 
#28 ·
^

Essa rede Sarah é "privada", mas o atendimento é gratuito. Ela é uma entidade sem fins lucrativos que recebe verbas do governo e atende usuários do SUS, o nosso Sistema Nacional de Saúde.

Em Belo Horizonte, por exemplo, há grandes hospitais públicos como o da UFMG, no sentido de pertencerem e serem administrados pelo governo. Mas perguntando a qualquer belo-horizontino qual o maior público da cidade, ele responderá que é a Santa Casa de Misericórdia:



O atendimento é 100% gratuito, coberto pelo SUS, só que esse prédio não pertence ao Estado, ele é administrado por uma fundação filantrópica sem fins-lucrativos.

Recentemente, o governo finalizou um grande hospital público, cujo prédio pertence ao Estado, mas também assinou acordo com a Santa Casa, e ela administra.

Há também acordos entre o Estado e hospitais privados, reservando alguns leitos para atendimento ao SUS.
 
#31 ·
^^
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Uma correção. Na verdade a Rede Sarah Kubitcheck de Hospitais do Aparelho Locomotor é pública, pertence à União Federal e é de responsabilidade do Ministério da Saúde, não está vinculado ao SUS, não atende "pelo SUS" é totalmente Público mesmo. 100% de seus recursos de manutenção e construção vem do Governo Federal, do orçamento orçamento da união. É administrado - desde 1991 - pela APS (Associação das Pioneiras Sociais, entidade que está ligada à origem do movimento que fez criar esta rede de hospitais, numa iniciativa de sarah kubitcheck, quando JK era presidente) esta uma Associação Filantrópica sem fins lucrativos, através de um contrato de gestão com o governo federal. Estão entre os melhores hospitais Públicos (e privados tb, claro) do mundo.

Sobre a Rede, é fantástico, parte do que há de melhor na arquitetura brasileira. Ainda na faculdade tive a oportunidade de visitar os dois hospitais do Rio, o Infantil, e este maior, que na epoca estava "no meio" da construção, absolutamente fantástico, tecnologia de ponta, arquitetura inteligente, é uma fábrica de ventos e brisas...
 
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