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(SP) São Paulo | Nova Luz | São Paulo Cia. de Dança | Herzog & De Meuron

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#1 · (Edited)
Algumas imagens do projeto da nova sede da São Paulo Cia. de Dança, na região da Nova Luz.

As imagens publicadas pela Folha. Por elas dá para entender bem melhor como será o projeto. Deliciem-se, critiquem, comentem.







Praça dos Museus na Região da Luz: http://museus-sp.blogspot.com/
São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009
Atrações poderão ser vistas da rua
Complexo com espaços de dança e ópera que ficará em frente à Sala São Paulo vai ocupar espaço de antiga rodoviária

Projeto é da renomada dupla suíça Herzog & De Meuron, que fez a Tate Modern, em Londres, e tem influências de Lina Bo Bardi


Eduardo Knapp/Folha Imagem

O secretário da Cultura do Estado, João Sayad, mostra maquete de projeto de novo complexo cultural, na Luz, em São Paulo

MARIO CESAR CARVALHO
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

É o oposto da Sala São Paulo. Enquanto a mais famosa sala de concertos do país é indevassável para quem anda na rua, o complexo cultural que o governo paulista planeja construir do outro lado da praça, onde ficava a antiga rodoviária, será transparente: ensaios de dança e de música poderão ser vistos da rua, como mostram os primeiros desenhos do prédio, obtidos pela Folha.
Foi esse ponto de vista, o da transparência, que os arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron adotaram no primeiro projeto que fazem na América Latina. Herzog e De Meuron, ambos de 59 anos, são a dupla mais famosa da arquitetura mundial e criaram, entre outros ícones, o Ninho de Pássaro, em Pequim, e a Tate Modern, em Londres.
O complexo abrigará um teatro de dança e ópera com 1.750 lugares, outro para peças e recitais com 600 lugares e uma sala experimental de 400 lugares. Terá 95 mil m2 de área construída, o equivalente a quatro vezes o Pavilhão da Bienal (que tem 25 mil m2).
Vai ocupar duas quadras, cujos imóveis serão desapropriados e demolidos: a da antiga rodoviária e a contígua. A região da Luz já tem uma das maiores concentrações de espaços culturais da cidade. Lá ficam a Pinacoteca, a Estação Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e a Sala São Paulo.
A abertura total do complexo cultural não é para já, segundo o secretário de Cultura, João Sayad. Para ele, os problemas de violência na Cracolândia tornam inviáveis esse ideal.
"A Sala São Paulo é de fato um bunker. O teatro começa como um bunker para, quando houver condições, se abrir para o público. Se deixar aberto agora, vem gente dormir aqui. É irreal colocar mesinha na praça porque há risco de assalto", diz.
Quatro escritórios internacionais de arquitetura foram convidados para apresentar projetos -o do britânico Norman Foster, o holandês OMA, o do americano Cesar Pelli e o de Herzog e De Meuron.
Só a dupla suíça não apresentou nenhum esboço prévio. Diziam que não fazia sentido imaginar algo sem conhecer a cidade. Vieram a São Paulo e ficaram encantados com duas características, segundo Sayad: as árvores e a arquitetura de Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha. "Eles me disseram uma coisa que me surpreendeu: para eles, São Paulo é uma cidade verde."
As duas características estão presentes no projeto. As árvores ficarão num bosque na entrada do complexo. Referências à arquitetura modernista brasileira podem ser vistas numa rampa de 14 metros de largura, que tem um porte similar ao da rampa do Palácio do Planalto de Niemeyer.
A transparência do prédio parece ser uma evocação da Casa de Vidro que Lina Bo Bardi construiu para ela e para o marido, Pietro Maria Bardi, no meio de um bosque no bairro do Morumbi.
Sandra Rodrigues, gestora do projeto do complexo cultural, relata que Herzog e De Meuron diziam o tempo todo que adoravam a arquitetura brasileira: "É muito evidente no projeto a referência à casa de Lina Bo Bardi. Eles ficaram encantados com a Casa de Vidro".

Mais de R$ 300 mi
A construção do complexo deve consumir R$ 311,8 milhões, segundo a Secretaria de Cultura. Desse valor, o governo entra com R$ 78,1 milhões e os R$ 233,7 milhões restantes serão pedidos como empréstimo ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Herzog e De Meuron devem receber entre 6,5% e 8,5% do valor da obra -algo entre R$ 20,3 milhões e R$ 26,5 milhões.
A obra está prevista para começar em julho do ano que vem e deve durar três anos. As desapropriações da primeira quadra já alcançam 70% dos imóveis e a da segunda devem começar em três meses, de acordo com Rodrigues.
Sayad diz que o governo optou pelo empréstimo internacional para que, caso o PSDB seja derrotado em 2010 nas eleições para o governo do Estado, haja uma garantia de continuidade para a obra.
Hoje responsável por obras da magnitude do Rodoanel (orçada em R$ 3,5 bilhões), o governador José Serra prega a valorização dos projetos na área de Cultura. Citando o exemplo de Mário Covas (1930-2001), governador morto em 2001, Serra repete que, por mais que invistam em infraestrutura, é na cultura que os governantes deixam sua marca.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1806200912.htm
 
#5 ·
Gostei muito, principalmente da analise dos fluxos, pq entenderam e interligaram a Estação Julio Prestes a Avenida Rio Branco, isto para os pedestres, em uma rampa/passarela estilo Palacio do Planalto,

acho que fizeram bem uma releitura do que é a arquitetura brasileira, empregando a desfragmentação da forma, coisa que eles fazem em seus projetos porem de forma mais racional, não sendo tão Daniel Limbeskind...

minha professora me comentou desta noticia ontem, ela disse que ficou parecido com Paulo Mendes da Rocha, acho que nada a ver... a essencia deste arquiteto não o deixa fazer este tipo de trabalho,

a essencia do Herzog de Meuron é o racionalismo, porém com variação na forma, coisa que o Paulo Mendes na Rocha não faria,

acho que tem a cara da Arquitetura Brasileira repensada na forma e como se organizam os fluxos e trabalham bem os vazios interligando as praças ao complexo... pois hoje a uma cisão que separa a rodoviaria da Estação Julio Prestes.
 
#10 ·
Tô todo arrepiado! :eek:

Sabe aquela sensação de orgasmo contínuo e inacabável? Então, vou esperar passar o choque e o prazer de ver este projeto, mesmo que lendo pouca coisa e analisando pucos elementos, para depois voltar e comentar! Sério, tá fantástico o projeto, quando vi ele pensei: "é Brasil mesmo?"...

Pqp, difícil de acreditar, hein!

:master:
 
#12 ·
Desculpem a sinceridade, mas quando postam um projeto bagaceiro e com vidros reflexivos todo mundo quase goza comentando, mas quando postam algo de fato interessante e sensacional, os comentários são ralos e desinteressantes. Este thread é a hora de todos nos empolgarmos e postarmos coisas legais e vários emotions, e não ficarmos na mesmisse, como se este projeto fosse apenas mais um condomínio bagaceiro para Cuiabá... (nada contra a cidade, só tomei como exemplo)

Este forum é muito estranho, hein... =P
 
#15 ·
^^
Vc tb é meio estranho, né?
E tb não precisa desmerecer os comentários... como o do brise, q foi mais interessante do q o seu, por exemplo. Se vc cobra comentários interessantes, seria bom fazer um.. e não sei pra que tanta precipitação, vc fez esse comentario só duas horas depois q surgiu o thread...

Eu juro que não consiguo ficar tão empolgado com um render que não dá pra analisar o projeto muito bem...
Parece interessante, mas está longe de me causar orgasmos... Tomara que saia um render melhor logo...
 
#13 ·
^^ Concordo, este thread deveria virar um Stick !!! :)


Brincadeiras à parte, gostei bastante do pouco que deu pra ver até agora com essas imagens, estou super ansioso pra ver mais imagens, principalmente as internas.
 
#21 ·
PUT.. MER..............


Arrasou! Essa região tem tudo pra ser uma das mais fodas da cidade! Imaginem que luxo uma noitada nessa região. Se tudo o que ta no papel sair, adeus degradação, drogas e o lixo humano que toma conta do centrão de hoje.
 
#24 ·
Pouts, show de bola. Adorei a possibilidade de tudo oque ocorre no interior ser visto na rua, mais ainda os multiplos níveis. Muito bom mesmo! Essa região já é linda, apesar dos sérios problemas, que parece que estão sendo resolvidos, e ficará mais ainda.
 
#25 ·
legal mesmo hein?

Agora imaginem a cena futura...Vc assiste a uma peça de teatro e/ou apresentação de dança alí, depois atravessa a Praça Júlio Prestes e vai a Sala São Paulo, depois caminha ao lado para o Centro Cultural no antigo prédio do DOPS, depois caminha mais alguns passos e está no Museu da Língua Portuguesa e Estação da Luz, depois atravessa a rua a dá uma esticadinha na Pinacoteca, almoçando ao ar livre e passeando pelo Parque da Luz, depois sai do parque em pleno Bom Retiro, visita o Museu de Arte Sacra e depois volta para a Júlio Prestes e pega o trem bala para o Rio... :cheers:

Seria um dia inteiro alí naquela região!
 
#28 ·
Achei fantástico com estes jardins internos, a circulação, e tudo bem aberto pra rua.

O Flick falou o projeto do ano, pra mim é O projeto de vááááários anos. :D
 
#29 ·
Como era de se esperar, o projeto parece ser bem interessante e é muito bonito (gosto pessoal). Do ponto de vista da arquitetura como objeto contemporâneo, um grande ganho para São Paulo.

Mas ainda assim não deixo de concordar com a opinião do colega abaixo.
Postagem do arquiteto Diego Gonçalves no fórum do Portal ArcoWeb em 01/03/2009:

"É evidente que o prédio na região da Luz será um belo edifício, chamem qualquer arquiteto desses que despontam internacionalmente e que como magos consigam fazer fluir dos tijolos e argamassas o incrível valor espiritual de suas materialidades. Mas não é essa a questão! Mais uma vez eu peço por uma visão NÃO arquitetônica, espero nunca colocar a minha futura profissão como filtro para que eu veja a realidade. Como cidadão e não como arquiteto eu me sinto enganado e afastado do processo democrático quando "somente" 300 milhões são destinados para um tipo de projeto que não contemplará soluções efetivas para problemas graves de nossa cidade. Como cidadão, antes de eu desejar um belo edifício institucional, eu desejo por uma política habitacional que, ao invés de chutar os sem-tetos de edifícios na região central procure desenvolver formas de integrá-los no processo de requalificação urbana. Já escutei várias vezes que arquitetos ligam mais para edifícios que para pessoas, infelizmente eu sou obrigado a concordar. A cidade parece estar sendo construída para abrigar de tudo menos seres humanos, em outro tópico deste site se discute o quão frustrante é para São Paulo não ter um grande arranha-céu, mas os debatedores parecem que não se incomodam, nem um pouco, com a falta de espaços públicos nesta mesma São Paulo. Eu me pergunto o que está havendo? Até quando o fantasma do que foi a arquitetura brasileira dos anos 30 aos 60 irá fazer com que nós desejemos a volta desses "anos dourados", é completa estupidez, pois a arquitetura é um fenômeno intrínseco aos processos econômicos, políticos e sociais. Exigir a emancipação do pensamento arquitetônico em um mundo regido por uma lógica perversa de mercado é falta de visão do todo.
Arquitetura não é a política pública essencial que nossos governantes ainda não descobriram, arquitetura deveria ser a consequência física do desenvolvimento social do ser humano."
 
#34 ·
Paulo, eu concordo com ele, mas não desprezo investimentos como este: para mim, o melhor é investir em cultura, habitação, espaços públicos, em tudo!

Só não dá para ter tudo ao mesmo tempo. se o momento sugere um ícone, e dá perspectivas de toda uma região se beneficiar e se qualificar, que este seja feito. O resto vem com o consequência.

:)
 
#30 ·
Morri!

Simplesmente perfeito, adorei esse integração com o exterior, é simplesmente fenomenal!

O que mais achei interessante foi a inspiração do projeto vir da própria arquitetura brasileira, um dos nossos maiores ícones!

Será com certeza um marco, talvez, fonte ou ânimo para novos arquitetos brasileiros, um incentivador para um nova arquitetura de qualidade neste país, pois, nós já começamos uma nova arquitetura, como por exemplo, o arquiteto Isay Weinfeld, porem, ainda é tão tímido em comparação a mediocridade existente.

Neste texto, mostra com exatidão, a ignorância de muitos aqui, que adoram criticar Niemeyer, tanto quando olham um projeto dele, antes de analisá-lo, já começam com as chacotas, sendo este, feito por arquitetos reconhecidos internacionalmente (Niemeyer também é), com certeza, muitos já adoraram o projeto, mesmo sem tê-lo analisado, talvez, sem saber que uma de suas inspirações, foi do mesmo arquiteto que adoram criticar, não que não deva-se criticar, mas no caso, chega a ser ofensivo e de intuito depreciativo.
 
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