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Coimbra | Nova travessia do Mondego

30K views 168 replies 26 participants last post by  borda_d'água 
#1 ·
Nova ponte

Decisão política irá "amputar" o Choupal

Os contestatários da anunciada construção de uma nova ponte sobre o Mondego e de um viaduto sobre a Mata do Choupal, em Coimbra, manifestaram-se ontem «decepcionados» com a confirmação da Declaração do Impacto Ambiental (DIA) que aponta naquele sentido.
Em declarações à Agência Lusa, o provedor do Ambiente e da Qualidade de Vida Urbana de Coimbra, Massano Cardoso, e o presidente do Núcleo Distrital de Coimbra da associação ambientalista Quercus, António Luís Campos, admitem, no entanto, que o teor da DIA não os surpreende.
A construção da nova ponte sobre o Mondego e de um viaduto sobre a Mata Nacional do Choupal está prevista no projecto de construção dos troços do IP3 (entre Trouxemil e Mealhada), do IC2 (entre Coimbra e Oliveira de Azeméis, com ligação à A32) e do IC3 (entre Coimbra e o nó do IP3).
A DIA, agora tornada pública, dá um parecer positivo ao projecto, embora com algumas restrições, prevendo a reformulação dos nós de Trouxemil (Coimbra) e Águeda Norte e medidas de minimização das áreas de serviço a construir.
«Surpreendido não fiquei, mas sim decepcionado. Acho um bocado estranho fazer-se um estudo de impacto ambiental sem apresentar uma única alternativa (à passagem por Coimbra). Há qualquer coisa que não está bem», declarou o provedor do Ambiente.
Massano Cardoso questiona, por outro lado, por que motivo não é apresentada qualquer alternativa quando o projecto do comboio de alta-velocidade prevê que a passagem por Coimbra, incluindo a travessia do rio Mondego, seja feita através de túneis, por ser a solução de «menor impacto» ambiental.
«Se há projectos que prevêem a travessia do Mondego de forma a não pôr em causa o Choupal, por que não se põe a mesma hipótese neste projecto?», pergunta.
O provedor do Ambiente de Coimbra considera que a solução agora confirmada pela DIA «amputa parte do Choupal, violando um espaço verde de uma zona nobre da cidade, que faz parte da sua alma».
O impacto externo, do ponto de vista estético e sonoro, que - refere Massano Cardoso - «ultrapassará os limites legais», é, na opinião do provedor do Ambiente, «mais um atentado (ambiental)».
«É uma decisão política, não técnica. O projecto está mal feito desde a raiz. É relativamente normal os estudos de impacto ambiental não apresentarem alternativas quando as decisões estão previamente tomadas», sustenta, por sua vez, o presidente do núcleo distrital de Coimbra da Quercus.
António Luís Campos considera «uma aberração» a construção de um viaduto sobre o Choupal e afirma que a confirmação da DIA «mostra que, em Portugal, os estudos de impacto ambiental não servem para nada, são apenas um pró-forma legal».
«Há alternativas, só que seriam muito complexas e obrigariam a uma alteração significativa na passagem por Coimbra», afirma, referindo que o projecto «devia ser afastado para Norte ou Sul da cidade».
Entre os aspectos negativos referidos pelo ambientalista da Quercus estão «o corte de uma floresta, a questão estética, de urbanismo, a poluição sonora e atmosférica».
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, escusou-se a qualquer comentário sobre a matéria.

Diário de Coimbra
Ponte no Choupal

Massano Cardoso desagradado com viabilização

Provedor diz que nova ponte sobre
Mondego é uma “decisão política”
O provedor do Ambiente e Qualidade de Vida Urbana de Coimbra tornou ontem público o seu “desagrado” pela viabilização da construção da nova travessia sobre o Rio Mondego, pelos impactos que esta terá sobre a Mata Nacional do Choupal.
Sendo o parecer da Comissão de Avaliação desfavorável, Massano Cardoso não duvida que a aprovação do estudo prévio se trata de uma «decisão meramente política», pelo que, na sua opinião, «todas as políticas nacionais, europeias e internacionais a nível ambiental deixam de fazer sentido neste enquadramento».
Na perspectiva do provedor, as condicionantes apresentadas para a travessia, nomeadamente a altura da ponte, a aplicação de medidas de minimização e compensação na Mata do Choupal e a minimização de impactos cumulativos com a travessia prevista para o TGV «são claramente insuficientes».
Já durante o período de consulta pública do estudo de impacte ambiental relativo ao projecto “IP3 – Coimbra/Mealhada; IC2 – Coimbra/Oliveira de Azeméis e IC3 – Coimbra /IP3”, Massano Cardoso chamara a atenção para possíveis danos irreversíveis.
Em comunicado, é realçado o parecer da comissão de avaliação, que adverte que «os impactos na Mata Nacional do Choupal são negativos, muito significativos e de carácter permanente, comprometendo o seu uso e diminuindo o seu reconhecido valor em todas as suas valências», pelo que não estariam reunidas condições para a aprovação do trecho.
No documento enviado às redacções, Massano Cardoso frisa que a localização da mata numa área peri-urbana e entre duas pontes «não faz dela um local menos importante», acrescentando que a sua classificação como «parque urbano é subversiva».
O provedor não hesita em apontar responsabilidades ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento, responsável pela gestão do Choupal, pelo seu «estado de abandono/degradação», o mesmo ministério que no estudo de impacte ambiental indica que se deve avançar com «recuperação e revitalização».
Massano Cardoso considera também que a afirmação de “a passagem do viaduto e a sua compatibilização com o projecto da Linha Ferroviária de Alta Velocidade permitirá a salvaguarda de outras áreas da Mata” «carece de melhor esclarecimento».
fonte
Projecto do Nó de ligação à via rápida de Taveiro/Ponte-Açude (Antes da travessia ser aprovada)






Resumo Não-Técnico
IP3/IC2/IC3
Síntese de Impactes
 
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3
#2 ·
Não percebo aquela solução duma rotunda por cima do IC2 no meio da via rápida de Taveiro... e na qual se confude tráfego local com tráfego de médio/longo curso... e ainda menos porque se projecta o IC2 2x2 quando aparentemente do outro lado do rio será 3x3...:bash:
 
#15 · (Edited)
e na qual se confude tráfego local com tráfego de médio/longo curso...
confunde-se? como? :dunno: o que eu acho mal é que o trafego de taveiro passa a ser obrigado a ir à tal rotunda sobre o ic2..



acho que o que atrapalha tudo nesse projecto é insistirem naquele acesso directo à estrada da escola agrária..

e ainda menos porque se projecta o IC2 2x2 quando aparentemente do outro lado do rio será 3x3...:bash:
2x3? tens a certeza? :sly: julgo que o traçado é todo 2x2.. na margem sul e na margem norte..

Ainda para mais sabendo-se que aí começa
e irá começar uma auto-estrada...
o troço pago é "só" a partir de Trouxemil, já a norte de Coimbra..

está? ainda no verão lá passei e estava bastante bem.
a ponte de Entre-os-Rios esteve sempre boa até ao dia em que caiu..
 
#6 ·
bem que podiam aproveitar a ponte antiga mas...:eek:hno:
A ponte antiga está em péssimas condições (acho que inclusive risco de ruína), para além de que o traçado actual naquela zona (com duas curvas apertadas e baixa limitação de velocidade - 80 km/h) não é nada condizente com um final de uma nova AE. Para já não falar que tem um enorme impacto visual naquela zona...
 
#14 ·
…toda a inovação e melhoria será bem-vinda…já quanto ao nó, penso que está no seguimento de uma política de…quanto mais difícil,mias aro e mais difícil…melhor…

…ainda bem que a minha mãe já não guia…
 
#16 ·
Daniel:

confunde-se? como? o que eu acho mal é que o trafego de taveiro passa a ser obrigado a ir à tal rotunda sobre o ic2.
Era exactamente o tráfego para a escola agrária, através da segunda rotunda, o que eu designei de local. De qualquer forma a rotunda grande ali não me agrada mesmo nada... e como dizes o tráfego Coimbra/Taveiro não tem nada que ser atravancado pela obrigatoriedade de circular na rotunda.

3x3? tens a certeza? julgo que o traçado é todo 2x2.. na margem sul e na margem norte..
Seguro, señor... dada a asneira maior de fazerem uma auto-estrada Anadia-Viseu em vez de Coimbra-Viseu o IC2 entre Coimbra e o entroncamento da nova auto-estrada será feito em 3x3.

Em todo o caso não se compreende que nos dias de hoje se façam circulares ou auto-estradas/vias-rápidas estruturantes junto a aglomerados populacionais da dimensão de Coimbra que não prevejam pelo menos o 3x3. Pelo que vejo nos esboços isso será no entanto uma impossibilidade (sem fazer tudo de novo bem se vê...).
 
#24 ·
Concordo, é uma questão de se tentar aproveitar o viaduto que parte da circular externa e que liga com o final da ponte, no sentido sul-norte... (não sei se me fiz entender... nem se será possível aproveitar algo desse viaduto...)
Caso esse viaduto também seja demolido, pode-se fazer dois sentidos entre a rotunda da fucoli e a da casa do sal...
 
#27 ·
^^Também concordo - a N341 teria assim uma continuação na ponte-açude, para além de que era um nó mais aceitável, sem haver cá rotundas sem sentido. Não estou é a ver como é que se pode optimizar a ligação da Guarda Inglesa à N341, ela teria de ficar mais ou menos igual...

Concordo, é uma questão de se tentar aproveitar o viaduto que parte da circular externa e que liga com o final da ponte, no sentido sul-norte... (não sei se me fiz entender... nem se será possível aproveitar algo desse viaduto...)
Ou seja, o viaduto da circular externa sobre a rua do Padrão no sentido Circular --> IC2 seria aproveitado para ligar à ponte - em vez de dar a curva em direcção a norte seria construída uma parte que ligasse directamente á ponte. É isso?
 
#25 ·
Com a criação da nova ponte deixa de fazer sentido a construção da mega rotunda junto à escola agrária. A meu ver a solução passaria por fazer passar o IC2 sobre a EN341 continuando assim a ligação do açude à via rápida a efectuar-se de forma muito parecida com a actual. Também seria benéfico que se tentasse optimizar a ligação da Guarda Inglesa, viadutos do fórum, à EN341.

Mas por enquanto é esperar para ver, certo é que na sexta-feira andou uma equipa de topógrafos na zona do Almegue, junto ao túnel da escola agrária, a colocar marcações nas bermas bem como junto ao Posto de Transformação da EDP/REN. Alguém sabe algo a respeito?
 
#34 ·
para quem quiser conhecer argumentos de ambos os lados:
Por Coimbra, Pelo Choupal

Informamos que no próximo dia 15 de Fevereiro, Domingo, entre as 11 e as 16 horas, se realizará na Mata Nacional do Choupal uma concentração cidadã que contará previsivelmente com a presença de largas centenas de pessoas para as quais a consumação das obras inerentes à solução prevista representa um grave atentado à sua cidadania, entendida enquanto identidade pessoal, construção de sentido de comunidade e direito à participação efectiva na decisão de afectação de recursos públicos.

A apresentação pública e detalhada dessa iniciativa ocorrerá na Casa Municipal de Cultura, no próximo dia 29 de Janeiro pelas 21 h numa sessão de esclarecimento que contará com a intervenção específica de cidadãos que sobre esta matéria se têm publicamente debruçado e na qual será igualmente apresentada a página web que suportará a comunicação e a informação desta plataforma cívica.

Acções da Plataforma
Quinta-feira, dia 29 de Janeiro pelas 21.30h na Casa Municipal da Cultura.
Sessão Pública: "Por Coimbra, Pelo Choupal"


Domingo, dia 15 de Fevereiro entre as 11 e as 16horas
Grande Concentração no Choupal/Acção de Protesto
 
#35 ·
…tirando a questão da poluição e introdução de mais ruido, não penso que seja grave…até porque o Choupal pode e deve crescer…e melhorar…porque em boa verdade está igual desde que eu o conheço…deviam arranjar a beira-rio, dos dois lados…e correr com a paneleiragem para o átrio do registo civil…
 
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