Bastante interessante, se tivesse mais ligações com o contexto ganharia o meu voto comc erteza!
A forma não é ruim e o contraste pode ser positivo, desde que haja alguma explicação conceitual para isto. Usar doses de "urbanismo figurativo".
Como por exemplo, há ao lado um prédio de grande volumetria. Nos projetos não há quase nada que tente se adequar a esta volumetria. O Xinah só que fez algo assim!
Pensem em prédios como sendo pessoas: elas crescem em um ambiente e na mente, no corpo, nas atitudes desta pessoa vamos sempre poder ver traços deste ambiente. Imaginem este prédio, se todo o entorno fosse derrubado e só ele sobrevivesse, seria legal se em alguns detalhes de sua composição houvesse estas marcas deixadas pelo entorno. Como um plano, um recuo, uma adição ou subtração que alegasse que antes havia naquele espaço algo análogo, ligado, que foi perdido.
Uma planta quando cresce cria raízes. A forma destas raízes existe por causa do contexto, da rocha, do que existir ali. Isto que falta nos projetos: raízes, evidências do meio urbano existente.
Até um projeto desconstrutivista consegue criar raízes e estar em plena harmonia com o contexto. Contrastes estilísticos sempre existirão, não há como fugir disto!
