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Arquitectos defendem plano director para o Grande Porto

1K views 13 replies 8 participants last post by  Mr Strangelet 
#1 ·
Arquitectos defendem plano director para o Grande Porto
11.06.2007, Abel Coentrão
Geógrafo Álvaro Domingues
prefere falar em plano de estruturas, que dê coerência a território cheio de espaços vazios de sentido, mas repletos de oportunidades

A Trienal de Arquitectura de Lisboa mostra a partir de amanhã, na Cordoaria Nacional, um conjunto de intervenções arquitectónicas e urbanísticas de iniciativa pública das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. A mostra nortenha (ver texto ao lado) é comissariada por Nuno Sampaio e Ana Vieira, dois arquitectos que, num texto de apresentação desta iniciativa, notam que a falta de concertação entre os diferentes instrumentos de gestão territorial está na génese de muitos "espaços vazios"- que são precisamente o tema desta primeira trienal - aos quais será necessário dar um uso, um sentido. E para isso, defendem, é preciso um plano director metropolitano que dê coerência à zona mais densamente povoada da Região Norte.
Mas de que falamos quando nos referimos à Área Metropolitana do Porto (AMP)? A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que não tem "obras" para mostrar nesta trienal, contribui com uma resposta possível àquela pergunta, num documentário integrado na exposição sobre a AMP. Nele há dois ícones da arquitectura contemporânea: a Casa da Música e o novo Aeroporto Francisco Sá Carneiro; há um meio de transporte, o metro, a fazer cidade pela atracção de novas urbanizações na linha entre aqueles dois pontos - e há uma paisagem que mistura esses novos elementos com outros preexistentes, sejam eles bairros operários antigos ou novas urbanizações para classe média, fábricas em actividade, instalações fabris abandonadas, grandes centros comerciais, campos de milho verdejante, campos sem cultivo, áreas de floresta pujantes e outras onde as árvores definham à espera de novos usos.
É nesta incoerência, ou desordenamento, para usar um termo caro ao urbanismo, que cada município trabalha, com os seus planos directores municipais. Sem articulação entre si, e sem articulação, muitas das vezes, com as instituições centrais que tutelam o ambiente, ou que desenham a extensa rede rodoviária, a ferrovia e grandes equipamentos, como os hospitais, nota o geógrafo Álvaro Domingues. Este investigador da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto admite que a região está "no limite da fragmentação institucional das políticas", mas não crê que para resolver estas arritmias de desenvolvimento urbano seja necessário impor o planeamento ao pormenor que um plano director metropolitano pressupõe.
"Pode ser um plano de estrutura, um esquema de coerência. Qualquer coisa que consiga pegar na grande e na pequena escala e que permita uma negociação entre as várias tutelas para encontrar racionalidade para esses espaços", explicou ao PÚBLICO este geógrafo, uma das personalidades convidadas pela CCDRN para discorrer sobre a questão dos espaços vazios da AMP no documentário que amanhã se estreia em Lisboa. Uma ideia partilhada por outro participante no filme, Carlos Lage, presidente da comissão, que lembra que a "regeneração urbana" é um conceito que vai orientar as políticas públicas nos próximos anos, com direito a uma fatia importante de fundos comunitários. E avisa que seria útil uma coordenação entre as autarquias, nomeadamente para uma "distribuição equilibrada dos equipamentos" e para um melhor planeamento das acessibilidades.
Já em declarações ao PÚBLICO, Lage explicitou que algum desse trabalho está a ser feito no plano de ordenamento regional - sem pôr em causa as competências municipais ao nível dos PDM, notou -, mas vincou que caberia à própria AMP assumir um protagonismo até aqui desconhecido na elaboração de um plano à escala metropolitana que, respeitando o policentrismo característico da região, lhe desse coerência. Um trabalho que, citando outra entrevistada no filme da CCDRN, Luísa Schmidt, uma socióloga com trabalho na área do Ambiente, fosse "uma procura de sentido, de harmonia estética no território".
O aeroporto Francisco Sá Carneiro é um dos ícones da arquitectura contemporânea que estruturam o território

http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=/main.asp?dt=20070611&page=24&c=B

Numa zona, que mais que metropolitana, se pode assumir como uma única cidade, paarece-me absolutamente essencial um plano conjunto. Folgo saber que a preocupação nesse aspecto começa a surgir por estas bandas.
 
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#14 ·
^^ Obrigado Portvscalem!! Ainda bem que também ha gente que pensa como eu , e que se identifica com a minha maneira de ver as coisas!! Foi uma das razoes que me fizeram entrar para o fórum..Foi a riqueza das ideias que ha aqui, e o poder discutir e partilhar os meus pontos de vista, e saber que também ha gente que partilha os mesmos pontos de vista!!
 
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