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Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade unidas por piso de granito escuro

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Os canteiros vão desaparecer dos espaços mais emblemáticos da cidade do Porto, por proposta dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura

A Praça dos Aliados e a Avenida da Liberdade vão sofrer profundas transformações, riscadas pela dupla Siza Vieira-Souto Moura. Os canteiros centrais serão eliminados, dando lugar a fileiras de árvores, haverá uma fonte espelhada no centro e os passeios serão alargados. Mas a mudança mais notória será a substituição do actual piso por cubos de granito escuro, que irão cobrir passeios, faixas de rodagem e núcleo central da praça.
"Vamos marcar seguramente a história da cidade com esta intervenção", disse ontem o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, durante a apresentação do projecto, que surge à boleia das obras do metro e que abarca toda a área entre as futuras estações da Trindade, Aliados e S. Bento. A empreitada deverá concluir-se entre Julho e Agosto próximos, por alturas da abertura da Linha D, entre o Hospital de S. João e Vila Nova de Gaia, mas depende ainda do ritmo do concurso público, conforme ressalvou o presidente da Metro do Porto, Oliveira Marques, que não falou dos custos suportados pela empresa, alegando que o orçamento está a ser preparado.
Do que ninguém parece duvidar é da contestação que estas alterações irão desencadear na cidade. "No Porto, é impossível começar o que quer que seja sem haver contestação", antecipou-se Rui Rio, sublinhando que o desenho final decorre de condicionamentos vários mais do que de meros caprichos e insistindo na ideia de que a intervenção terá a mão de um dos dez melhores arquitectos do mundo, ou seja, Siza Vieira. Será argumento suficiente para travar as críticas? "Vamos criar um espaço fantástico, que não sei se vai ser absorvido pelas pessoas nos próximos 30 dias. Admito que não", reconheceu o autarca.
A proposta uniformiza as duas praças, apostando nos paralelepípedos de granito escuro como elemento unificador. A distinção entre o núcleo central, as três faixas de rodagem (duas para automóveis e uma para autocarros) e os passeios será feita apenas com recurso a guias. A única excepção a este manto negro será a manutenção do quadrado de calcário que torneia a estátua de Almeida Garret, em frente aos paços do concelho, gizado por Fernando Távora.
Na sua continuidade surgirá a fonte arquitectada por Siza Vieira (ver imagem na página ao lado) e que será ladeada por bancos e fileiras de árvores. À excepção dos candeeiros em ferro forjado, a placa central ficará livre. Entre outras coisas, porque, como ressaltou Souto Moura, "o que é bonito nas praças é o vazio que pode ser ocupado". Por isso (e também por causa da estação do metro, cuja construção foi condicionada pelo rio que cruza o subsolo das praças), os actuais canteiros desaparecerão do mapa e a placa central verá a sua largura reduzida em oito metros. Ao contrário, os passeios aumentarão seis metros de cada lado. "Neste espaço não pode haver verde [rasteiro], por causa da estação do metropolitano. Passa é a haver uma grande presença do verde elevado das árvores e isso não é nenhum drama. Vimos imagens de praças europeias onde nem uma árvore existe e não consta que sejam desagradáveis", justificou Siza Vieira.
Estas declarações surgiram em resposta às reservas manifestadas pelo vereador Rui Sá, que se manifestou igualmente preocupado com o ruído do tráfego que continuará a cruzar as praças e que poderá agudizar-se, segundo diz, com a opção pelos paralelepípedos. Siza Vieira pensa o contrário: "No asfalto, os automobilistas carregam a fundo; com o granito, terão pena dos carros e andarão mais devagar...".
Do lado da Estação da Trindade serão criados um jardim e duas novas praças com um conjunto de lojas: a primeira ao nível da rua e a segunda ao nível da cobertura da estação. A Rua de Gonçalo Sampaio será reservada aos peões.
Do lado aposto, mantém-se a estátua de D. Pedro e a Estação de S. Bento surgirá coberta com uma laje que coincide com o piso da Avenida da Ponte. A requalificação desta artéria continua, por enquanto, adiada. "É um projecto interrompido", adiantou Siza Vieira. "Por enquanto, não haverá requalificação da avenida", confirmou Rui Rio. Assim, a única intervenção consistirá na requalificação de um velho edifício do século XVIII, que servirá de apoio à estação, mais exactamente aos ascensores que lhe darão acesso.

fonte:Publico
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1 - 20 of 128 Posts
parece uma boa ideia Phobos tu como Portista k penssas, aprovas?
Olha é difícil de dizer alguma coisa porque eu ainda não vi nenhum render,mas a princípio parece-me bom,eu gostei da idéia de uniformizar as duas praças que geograficamente estão unidas,mas estilisticamente estavam separadas,mas e esperar para ver Arpels,o que se pode ver e que aquela area toda a volta da avenida esta a bombar em projectos,e nós e claro estaremos aqui para ver o que sai de lá! :)
ya uns renderzitos faziam jeito, k seja o melhor!!
^è verdade Arpels,sbes qual é o site do Siza ou do Souto Moura para la ir ver?
Creio que o melhor que se arranja é isto: http://www.cm-porto.pt/document/449218/477155.pdf
Sinceramente, a mim deixa-me um pouco desiludido o projecto, estava à espera de melhor, sobretudo do que me parece um "tanque" ao cimo da avenida...
Para ser sincero aquele espelho de agua não me parece muito bom,mas ainda é cedo para se dizer algo.Eu só espero e que a praça não perca o ar agradável e humano que sempre teve para passar a ser uma coisa fria e racionalista.
fico feliz que no porto não aceitarem a merda das calçadas a portuguesa, ao menos os tripeiros não comem merda!!!
Nao entendi bem o comentario do MCarr
ele acha bem terem escolhido o granitoem deterimento da calçada Portuguesa, eu pessoalmente tb gosto do granito e aprovo a escolha mas dai a dizer k a calçada Portuguêsa é mirda vai 1 grande distancia :(
ontem tive a refletir sobre a observação do Phobos em relação ao espelho de agua, lembrei-me do martim Moniz em Lisboa, 1 bom jogo de aguas mas 1 desastre na drenagem das mesmas e como escolheram marmore para o chao ele fica preto com a concentração das aguas nele e as pegadas dos transeuntes a ver vamos Phobos se não teras razão!!!
O Mcarr deve achar que só o que e feito no estrangeiro é bom,o que é nacional deve ser merda para ele...Desculpa se te entendi mal,mas foi o que deu a entender.

@Arpels:pois é,espero também estar enganado...
Bom, eu também ando numa fase da minha vida que ando 1 pouco cansado de calçada portuguesa, especialmente a partir do momento em que deixaram de fazer aqueles desenhos lindos! Acho que devemos defender e continuar o que é nosso, mas o uso intensivo de calcário branco uniformizou em demasia as cidades portuguesas. Portanto é de aplaudir os projectos em que o uso deste tipo de pavimento seja posto 1 pouco de lado; intervalando é claro com outros em que seja usada - não quero obviamente a sua extinção...:eek:kay:
Porém está longe de ser 1 "merda"...:|
No Porto a calçada Portuguesa não é assim tão comum como isso. O que é comum é mesmo o granito.
e fica mto bem Herrmando, cada um usa o k acha k fica melhor, ambos os materiais são boas opções!!
Sem dúvida muito melhor que o cimento que era moda há uns anos atrás...
A CALÇADA A PORTUGUESA É UMA GRANDE MERDA MESMO! É estupiso defender uma merda só porque é nacional e unica em portugal, alias não me admira mesmo nada que mais ninguem use este tipo de calçada, aquilo é mesmo uma grande merda!!!
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