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O Palácio de Pina Manique, na freguesia de Manique do Intendente (Azambuja) - imóvel setecentista sob tutela do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) - continua à espera que termine o embargo imposto às obras de recuperação do edifício. É que, à falta de uma decisão, o monumento mandado construir por Pina Manique, em 1793, corre sério risco de ruir, apesar de actualmente albergar ainda alguns serviços públicos e manter aberta a única igreja da localidade.
Os materiais utilizados na reconstrução travada pelo embargo e a falta de um projecto aprovado pelos responsáveis do IPPAR originaram a suspensão da obra. O palácio - inspirado no Convento de Mafra - nunca chegou a ver concluída a ala direita e as áreas traseiras, com a morte do seu ideólogo. Daí que o plano estabelecido, com a conivência da junta de freguesia e da câmara de Azambuja (por indisponibilidade financeira), visasse concluir o projecto original, mas em tijolo e cimento.
"A câmara tem chamado a atenção do IPPAR para a importância de se perceber o que se quer afinal fazer ali. E olhar para o património, na posse do Estado, que está degradado e precisa de resposta", adiantou ao JN, o vereador da cultura, Marco Leal.
Por outro lado, David Mendes, supostamente o arquitecto responsável pelo projecto, e antigo autarca, negou qualquer autoria e atribuiu as ilegalidades cometidas a uma outra técnica, alegadamente "familiar de um governante". "Fiz um projecto mas não para aquilo. O IPPAR fez bem em embargar, porque essa senhora nunca entregou qualquer plano de recuperação".
Ao JN, Gilberto Moiteiro, professor da área do património cultural no Instituto Politécnico de Leiria, esclareceu que em qualquer tipo de requalificação é preciso ter em conta a autenticidade do edificado. "Os acrescentos feitos naquele bem cultural colocam em causa a sua autenticidade, uma vez que ampliam algo que não existia no edifício, utilizando inclusivamente materiais inexistentes na época a que o mesmo se reporta", salientou aquele docente.
Fonte: JN
É de facto uma lástima... não sei como não arranjam o monumento...
Fotos:
Os materiais utilizados na reconstrução travada pelo embargo e a falta de um projecto aprovado pelos responsáveis do IPPAR originaram a suspensão da obra. O palácio - inspirado no Convento de Mafra - nunca chegou a ver concluída a ala direita e as áreas traseiras, com a morte do seu ideólogo. Daí que o plano estabelecido, com a conivência da junta de freguesia e da câmara de Azambuja (por indisponibilidade financeira), visasse concluir o projecto original, mas em tijolo e cimento.
"A câmara tem chamado a atenção do IPPAR para a importância de se perceber o que se quer afinal fazer ali. E olhar para o património, na posse do Estado, que está degradado e precisa de resposta", adiantou ao JN, o vereador da cultura, Marco Leal.
Por outro lado, David Mendes, supostamente o arquitecto responsável pelo projecto, e antigo autarca, negou qualquer autoria e atribuiu as ilegalidades cometidas a uma outra técnica, alegadamente "familiar de um governante". "Fiz um projecto mas não para aquilo. O IPPAR fez bem em embargar, porque essa senhora nunca entregou qualquer plano de recuperação".
Ao JN, Gilberto Moiteiro, professor da área do património cultural no Instituto Politécnico de Leiria, esclareceu que em qualquer tipo de requalificação é preciso ter em conta a autenticidade do edificado. "Os acrescentos feitos naquele bem cultural colocam em causa a sua autenticidade, uma vez que ampliam algo que não existia no edifício, utilizando inclusivamente materiais inexistentes na época a que o mesmo se reporta", salientou aquele docente.
Fonte: JN
É de facto uma lástima... não sei como não arranjam o monumento...
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