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BTG Pactual adquire prédios da WTorre e reforça aposta em imóveis

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BTG Pactual adquire prédios da WTorre e reforça aposta em imóveis

Banco comandado por André Esteves também se torna sócio no projeto de construção de um prédio comercial de 96 mil metros quadrados. Negócios devem aliviar caixa da WTorre, que teve sua classificação de risco rebaixada no mês passado

06 de outubro de 2010 | 0h 00

Melina Costa - O Estado de S.Paulo

O banco BTG Pactual fechou na tarde de ontem a aquisição de duas torres do Complexo JK, da construtora WTorre. O valor do negócio não foi revelado. Ao mesmo tempo, o banco comprou 40% de participação em um terreno da construtora próximo ao shopping Morumbi, em São Paulo, onde será construído um edifício comercial de 96 mil metros quadrados.


"Esses negócios fazem parte da nossa estratégia de investir em grandes prédios comerciais no eixo Rio-São Paulo", diz Carlos Fonseca, sócio do BTG Pactual. "Queremos ter um portfólio relevante de edifícios."

As duas torres vendidas têm, juntas, 35 mil metros quadrados. Trata-se de menos da metade do tamanho da principal torre do Complexo JK, vendida para o banco Santander em 2008 por mais de R$ 1 bilhão - a maior transação do tipo já realizada no País. Com as obras já concluídas, os escritórios dos dois novos prédios do BTG devem começar a ser alugados para clientes em novembro.

Já no caso do terreno próximo ao shopping Morumbi, o BTG, do banqueiro André Esteves, tornou-se sócio da WTorre em projeto para construir um prédio de 96 mil metros quadros - maior que o do Santander. As obras devem começar em breve. A negociação não envolveu dinheiro. Para participar do projeto, o banco adquiriu Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), títulos emitidos pela Prefeitura de São Paulo que permitem a uma construção extrapolar os limites de zoneamento para uma região. Esses certificados foram trocados pela participação de 40% no projeto.

Ambos os negócios foram realizados pela área de Merchant Banking do BTG Pactual, com dinheiro próprio do banco. Trata-se da mesma área que realizou aquisições de uma série de empresas fora do setor financeiro, como uma rede de estacionamentos, postos de gasolina, hospitais e participações nas montadoras de veículos Mitsubishi e Suzuki no Brasil.

A lógica por trás de todos esses investimentos é a mesma: aproveitar o crescimento do mercado interno no País. "A economia brasileira passa por um período de crescimento expressivo, o que deve gerar não apenas crescimento no consumo como uma forte valorização dos imóveis comerciais nos próximos anos", diz Fonseca.

Imóveis. Esse não é o primeiro investimento do BTG no mercado imobiliário brasileiro. Em maio, o banco comprou, junto com o Grupo Victor Malzoni (dono de shopping centers em São Paulo), 70% de um prédio da Brookfield Incorporações na Faria Lima, em São Paulo, por 600 milhões de reais.

Em agosto, o BTG, junto com a empresa de administração imobiliária BR Properties, comprou 82% da segunda torre do Edifício Ventura Towers, no centro do Rio de Janeiro. Foi um negócio um negócio de R$ 680 milhões. A fatia foi adquirida da Tishman Speyer e da Participações Morro Vermelho, holding que controla a Camargo Corrêa.

A venda de ativos se transformou em uma questão crucial para a WTorre nos últimos meses. No início de setembro, a agência Fitch rebaixou a classificação de risco da empresa, alegando "maiores riscos de refinanciamento do grupo no curto prazo e a piora considerável de suas principais medidas de crédito e da liquidez". Segundo o balanço de junho, a empresa tinha uma dívida de curto prazo (a vencer em 12 meses) de R$780 milhões.

A listagem na bolsa era o principal plano de capitalização da empresa. O projeto de IPO foi anunciado diversas vezes, mas a WTorre acabou desistindo do projeto no mês passado por considerar que os investidores pagariam um valor muito baixo pelos papéis. A alternativa escolhida foi a venda de ativos. Em junho, por exemplo, a empresa vendeu o estaleiro Rio Grande para a Engevix por R$ 410 milhões.

Os negócios fechados ontem são o primeiro resultado das conversas que o banco e a construtora vêm mantendo há oito semanas. Segundo fontes, eles continuam em negociação.


Estratégia

CARLOS FONSECA
SÓCIO DO BTG PACTUAL
"Esses negócios fazem parte da nossa estratégia de investir em grandes prédios comerciais no eixo Rio-São Paulo. Queremos ter um portfólio relevante de edifícios."

"A economia brasileira passa por um período de crescimento expressivo, o que deve gerar não apenas crescimento no consumo como uma forte valorização dos imóveis comerciais nos próximos anos."

"Temos várias alternativas para esses investimentos no futuro dependendo do comportamento da economia e da demanda: podemos vendê-los para um investidor estratégico, por exemplo"

O Estado de S.Paulo
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Parabéns...
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