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BB e Caixa Econômica lançam edital para a primeira obra do complexo perto da Granja do Torto: de um centro de dados que receberá R$ 1 bi em 15 anos
Maquete do datacenter do Bando do Brasil e da Caixa: somente a construção do prédio custará R$ 263 milhões e deve ser concluída em dois anos
Depois de oito anos de polêmicas, entraves burocráticos e muitas negociações políticas, vai começar a construção do primeiro e mais importante empreendimento do Parque Tecnológico Cidade Digital. Na última terça-feira, o consórcio formado pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal lançou o edital de licitação para as obras do datacenter que será usado pelas duas instituições financeiras. O negócio representa um investimento de R$ 1 bilhão na capital federal pelos próximos 15 anos. A abertura da concorrência pública é o sinal de que, após quase uma década de espera, o projeto vai finalmente sair do papel.
Empresários do setor de tecnologia da informação de Brasília comemoraram a novidade. A expectativa é que a Cidade Digital — localizada perto da Granja do Torto — movimente a economia e gere mais de 80 mil empregos, entre diretos e indiretos. O futuro complexo vai abrigar cerca de 2 mil empresas da área de tecnologia da informação e comunicação. A ideia é reunir em um mesmo espaço centenas de profissionais qualificados e, assim, incentivar a criação de soluções e técnicas inovadoras.
O datacenter(1) do BB e da Caixa será construído em um sistema de parceria público-privada — a primeira do governo federal nessa modalidade. O contrato prevê a construção do prédio, que vai abrigar os computadores e processadores, assim como os serviços de manutenção e vigilância do complexo tecnológico. Pelos prazos previstos no edital, o datacenter deve ser concluído em no máximo dois anos. Somente a edificação do prédio do centro de tecnologia vai custar R$ 263 milhões.
O presidente do Consórcio Datacenter, Jesualdo Conceição da Silva, conta que os bancos esperam que a Cidade Digital seja construída rapidamente. “O Parque Tecnológico vai criar um ambiente propício para o setor, com a formação de mão de obra qualificada. Muitas vezes, temos que trazer pessoal especializado de outras cidades para trabalhar em Brasília. Por isso, nossa expectativa com relação à Cidade Digital é a melhor possível”, destaca Jesualdo.
A empresa vencedora da licitação terá direito a uma área adicional dentro do datacenter, onde poderá prestar serviços a terceiros. Todos os meses, 10% do lucro líquido obtido com essas atividades serão repassados ao Banco do Brasil e à Caixa.
Exportações
Os empresários da área de tecnologia esperam com ansiedade pela concretização do novo Parque Tecnológico. “É um projeto importante para o nosso setor, mas principalmente para Brasília. Ele vai mudar o perfil econômico da cidade”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Informação e Comunicação, Jeovani Ferreira Salomão. “Vamos poder elevar as exportações de softwares brasileiros e fazer convênios com parques tecnológicos do mundo inteiro”, finaliza.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do GDF, Izalci Lucas, o governo construirá na Cidade Digital uma escola técnica para formar mão de obra qualificada. “Falta apenas o registro em cartório para licitarmos a área para as empresas interessadas. Vamos controlar de perto o processo de instalação para garantir que apenas empreendimentos relacionados ao setor de tecnologia da informação estejam na Cidade Digital”, assegura.
1- SEGURANÇA
Datacenter é um centro de processamento de dados de última geração, cujo grande diferencial é a segurança. Para armazenar computadores e processadores, são construídos prédios resistentes, com estrutura em aço e cimento e capaz de resistir a incêndios e grandes intempéries. A edificação também é imune a quedas de luz, e a refrigeração é garantida por um moderno sistema. No caso do datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, o prédio poderá armazenar até 5 mil terabytes.
O número
2 mil empresas de tecnologia deverão se instalar na Cidade Digital
Memória
Implementação demorada
A implantação do Parque Tecnológico Cidade Digital começou há mais de sete anos. Mas para tirar o projeto do papel, foi preciso vencer dezenas de obstáculos burocráticos, que quase impediram a construção do complexo. A área de 123 hectares da Cidade Digital fazia parte da poligonal do Parque Nacional de Brasília, a maior reserva ecológica da cidade.
Um projeto de lei para mudar a poligonal do Parque Nacional foi apresentado ao Congresso Nacional. A ideia era aumentar a área da reserva de 30 mil hectares para 42 mil hectares. O terreno da Cidade Digital e os lotes ocupados por alguns chacareiros ficariam fora da poligonal. Mas o projeto levou dois anos para ser aprovado. Em 9 de março de 2006, o texto foi sancionado pelo presidente da República. Isso abriu portas para a criação do complexo e a instalação do datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.
Fonte: Jornal Correio Braziliense - Edição: 04.07.2009

Maquete do datacenter do Bando do Brasil e da Caixa: somente a construção do prédio custará R$ 263 milhões e deve ser concluída em dois anos
Depois de oito anos de polêmicas, entraves burocráticos e muitas negociações políticas, vai começar a construção do primeiro e mais importante empreendimento do Parque Tecnológico Cidade Digital. Na última terça-feira, o consórcio formado pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal lançou o edital de licitação para as obras do datacenter que será usado pelas duas instituições financeiras. O negócio representa um investimento de R$ 1 bilhão na capital federal pelos próximos 15 anos. A abertura da concorrência pública é o sinal de que, após quase uma década de espera, o projeto vai finalmente sair do papel.
Empresários do setor de tecnologia da informação de Brasília comemoraram a novidade. A expectativa é que a Cidade Digital — localizada perto da Granja do Torto — movimente a economia e gere mais de 80 mil empregos, entre diretos e indiretos. O futuro complexo vai abrigar cerca de 2 mil empresas da área de tecnologia da informação e comunicação. A ideia é reunir em um mesmo espaço centenas de profissionais qualificados e, assim, incentivar a criação de soluções e técnicas inovadoras.
O datacenter(1) do BB e da Caixa será construído em um sistema de parceria público-privada — a primeira do governo federal nessa modalidade. O contrato prevê a construção do prédio, que vai abrigar os computadores e processadores, assim como os serviços de manutenção e vigilância do complexo tecnológico. Pelos prazos previstos no edital, o datacenter deve ser concluído em no máximo dois anos. Somente a edificação do prédio do centro de tecnologia vai custar R$ 263 milhões.
O presidente do Consórcio Datacenter, Jesualdo Conceição da Silva, conta que os bancos esperam que a Cidade Digital seja construída rapidamente. “O Parque Tecnológico vai criar um ambiente propício para o setor, com a formação de mão de obra qualificada. Muitas vezes, temos que trazer pessoal especializado de outras cidades para trabalhar em Brasília. Por isso, nossa expectativa com relação à Cidade Digital é a melhor possível”, destaca Jesualdo.
A empresa vencedora da licitação terá direito a uma área adicional dentro do datacenter, onde poderá prestar serviços a terceiros. Todos os meses, 10% do lucro líquido obtido com essas atividades serão repassados ao Banco do Brasil e à Caixa.
Exportações
Os empresários da área de tecnologia esperam com ansiedade pela concretização do novo Parque Tecnológico. “É um projeto importante para o nosso setor, mas principalmente para Brasília. Ele vai mudar o perfil econômico da cidade”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Informação e Comunicação, Jeovani Ferreira Salomão. “Vamos poder elevar as exportações de softwares brasileiros e fazer convênios com parques tecnológicos do mundo inteiro”, finaliza.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do GDF, Izalci Lucas, o governo construirá na Cidade Digital uma escola técnica para formar mão de obra qualificada. “Falta apenas o registro em cartório para licitarmos a área para as empresas interessadas. Vamos controlar de perto o processo de instalação para garantir que apenas empreendimentos relacionados ao setor de tecnologia da informação estejam na Cidade Digital”, assegura.
1- SEGURANÇA
Datacenter é um centro de processamento de dados de última geração, cujo grande diferencial é a segurança. Para armazenar computadores e processadores, são construídos prédios resistentes, com estrutura em aço e cimento e capaz de resistir a incêndios e grandes intempéries. A edificação também é imune a quedas de luz, e a refrigeração é garantida por um moderno sistema. No caso do datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, o prédio poderá armazenar até 5 mil terabytes.
O número
2 mil empresas de tecnologia deverão se instalar na Cidade Digital

Memória
Implementação demorada
A implantação do Parque Tecnológico Cidade Digital começou há mais de sete anos. Mas para tirar o projeto do papel, foi preciso vencer dezenas de obstáculos burocráticos, que quase impediram a construção do complexo. A área de 123 hectares da Cidade Digital fazia parte da poligonal do Parque Nacional de Brasília, a maior reserva ecológica da cidade.
Um projeto de lei para mudar a poligonal do Parque Nacional foi apresentado ao Congresso Nacional. A ideia era aumentar a área da reserva de 30 mil hectares para 42 mil hectares. O terreno da Cidade Digital e os lotes ocupados por alguns chacareiros ficariam fora da poligonal. Mas o projeto levou dois anos para ser aprovado. Em 9 de março de 2006, o texto foi sancionado pelo presidente da República. Isso abriu portas para a criação do complexo e a instalação do datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.
Fonte: Jornal Correio Braziliense - Edição: 04.07.2009