Nas antigas instalações do ISCAC vai nascer o Hotel Montebelo Coimbra. Aquela unidade, que deverá estar a funcionar em Junho de 2008, acolherá o Instituto de Formação de Executivos da Universidade de Coimbra
Em Junho de 2008 deverão abrir as portas do Hotel Montebelo Coimbra, que será construído nas antigas instalações do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC), mais propriamente no Colégio Luís de Camões e nuns barracões em ruínas.
Num acordo entre a Universidade de Coimbra e a Visabeira, grupo que suportará a construção, é cedido o direito de superfície do terreno para o hotel, onde também será instalada a unidade de formação do Instituto de Formação de Executivos da Universidade de Coimbra (IFEUC), actualmente a funcionar na Faculdade de Economia. Está em causa um investimento de seis milhões de euros, adiantou João Paulo Costa, director do IFEUC, à margem da cerimónia da assinatura de contratos de incentivo, que decorreu ontem na Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
Com investimento global também próximo dos seis milhões de euros, o IFEUC viu cerca de 5,3 milhões serem considerados ilegíveis. Destes e no âmbito da medida 3.11, o instituto vai receber financiamento de 75%, ou seja, cerca de 3,759 milhões de euros.
Qualificação de recursos humanos
Outra instituição a beneficiar do apoio do Estado, através do IAPMEI, é o Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção (ITeCons). Dos quatro milhões de investimento global, o centro dirigido por António Tadeu recebe perto de três milhões de euros, correspondentes aos 75% da verba elegível.
Referindo-se ao apoio concedido ao IFEUC, o secretário de Estado Adjunto, da Indústria e da Inovação realçou que estão em causa duas das apostas «mais importantes e decisivas a vencer por Portugal»: a formação profissional e a qualificação dos recursos humanos.
«Isto se queremos, de facto, que o nosso país se torne cada vez mais competitivo e amplie o seu potencial de oportunidade», sublinhou António de Castro Guerra, relembrando que a «qualificação do potencial humano» é uma das três áreas temáticas do próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional, a acrescentar aos factores de competitividade e à valorização do território.
«Mas, não se iludam aqueles que pensam que a formação profissional e qualificação dos recursos humanos passa apenas pelo investimento nas áreas dos quadros técnicos qualificados», alertou. Considerando que «há muito a fazer no domínio dos cargos de direcção empresarial de topo e de chefias intermédias», António de Castro Guerra chama a atenção para o papel do IFEUC.
Do ITeCONS, o governante espera, para além das mais-valias técnicas, que também possa «vir a desempenhar um papel de relevo em matéria de qualificação de técnicos e de chefias» de empresas ligadas ao sector de construção.
«Para cidades em que os trabalhos e investimentos de reabilitação são significativos, o apoio a entidades como este instituto pode revelar-se uma excelente forma de reduzir custos, controlar a qualidade de materiais e técnicas de construção e, mais do que isso, servir de mecanismo importante na actividade das empresas e no seu relacionamento com as câmaras municipais», continuou o secretário de Estado, salientando, que está em causa um sector «com os maiores níveis de implicações sociais, turísticas e energéticas».
Quando se trata da qualidade de acabamentos, o governante considera que o instituto da Universidade de Coimbra pode ajudar a alterar mentalidades, nomeadamente no que toca à energia. Há que «olhar para a energia como algo que é escasso» e com preços «em escalada», concluiu.
A encerrar a sessão, o reitor da Universidade de Coimbra adiantou que, apesar do «contexto cada vez mais difícil, de recursos escassos», «não tem faltado apoio das instituições responsáveis». É certo que «nem sempre a resposta é imediata», adiantou Seabra Santos, acrescentando que o “segredo” deve passar pela apresentação de «projectos de qualidade».
fonte
hotel montebelo (em viseu)
http://www.hotelmontebelo.pt/