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Cidade do Crato - Uma das Principais do Interior do Nordeste

Crato é um município brasileiro do interior do estado do Ceará. É uma cidade importante do Cariri, constituindo também um entroncamento rodoviário que a interliga ao Piauí, Paraíba e Pernambuco, além da capital do Ceará, Fortaleza. O topônimo Crato vem do latim curatus, que significa padre ou designação de lugares com condições de tornar-se paróquia, podendo ser uma alusão a: Vila portuguesa de Crato, no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo; ou Curato de São Fidélis de Sigiarina, que corrompeu-se depois para Curato de São Fidélis, Cutato, Crato.
Localização
Localiza-se no sopé da Chapada do Araripe no extremo-sul do estado e na Microrregião do Cariri, integrante da Região Metropolitana do Cariri. Divisa com o estado de Pernambuco, a cidade situa-se no Cariri Cearense, conhecido por muitos como o "Oásis do Sertão". A partir de Fortaleza o acesso ao município pode ser feito por via terrestre através da rodovia Fortaleza/Crato (BR-122). As demais vilas, lugarejos, sítios e fazendas são acessíveis (com franco acesso durante todo o ano) através de estradas estaduais, algumas asfaltadas. A maior concentração populacional encontra-se na zona urbana. A sede do município dispõe de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, transporte público, serviço telefônico, internet,agência de correios e telégrafos, serviço bancário, hospitais, hotéis e ensino de 1° e 2° graus e universitário de qualidade. O município também é dividido em dez distritos: Crato (sede), Baixio das Palmeiras, Belmonte, Campo Alegre, Dom Quintino, Monte Alverne, Bela Vista, Ponta da Serra, Santa Fé e Santa Rosa.

História
Tempos depois, o frei capuchinho Carlos Maria de Ferrara organizou, às margens do rio Itaitera (água que corre entre pedras), o maior e mais importante aldeamento de silvícolas na região. Este recebeu o nome de "Missão do Miranda", em homenagem a um dos chefes da tribo batizado com esse nome. Mais tarde, também aparecem as denominações "Miranda" e "Cariris Novos". A Missão do Miranda, sob a administração dos capuchinhos, prosperou, devido à fertilidade do solo e abundância de água, que possibilitaram o cultivo da cana-de-açúcar, mandioca e cereais. Manuel Carneiro da Cunha e Manuel Rodrigues Ariosto requereram, através da lei de sesmaria, a posse das terras adjacentes ao Rio Salgado, fato que culminou na elevação da missão a povoação. A primeira manifestação de apoio eclesiástico aconteceu em terras doadas pelo capitão-mor Domingos Álvares de Matos e sua mulher, Maria Ferreira da Silva. Essa doação localizava-se, inicialmente, em terras encravadas a dois quilômetros a sudeste da povoação, transferindo-se, em data posterior, para a margem direita do rio Granjeiro. Os trabalhos da primitiva Igreja, dedicada a Nossa Senhora da Penha de França, tiveram início em 1745, tendo como responsável, o frei Carlos Maria de Ferrara e seu companheiro frei Fidélis de Sigmaringa. Em 1762, foi criada a Paróquia, na aldeia do Miranda, sob a invocação de Nossa Senhora da Penha. A edificação desse primitivo templo revela o atraso de sua época, considerando sua estrutura como as paredes de taipa, piso de barro batido e coberta de palhas, tendo ainda os caibros e ripas trançados de cipós. A permanência desses religiosos, no que se chamou de Missão do Miranda, estendeu-se por espaço de dez anos.

A freguesia criou-se por provisão de março do ano de 1762 e inaugurou-se a 4 de janeiro de 1768, tendo como seu primeiro vigário o padre Manuel Teixeira de Morais. Com o desgaste do tempo, a estrutura física entra em deterioração, situação que levou o padre Antônio Lopes de Macedo Júnior, pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Penha, a endereçar requerimento à Junta do Real Erário, solicitando fundos necessários à construção da capela-mor ou igreja matriz. Atendido o seu pedido, iniciaram-se os trabalhos cuja conclusão data de 1817, constando os atos inaugurais de 3 de maio do mesmo ano. A povoação de Miranda elevou-se à categoria de vila em 16 de dezembro de 1762, tendo sido instalada em 21 de junho de 1764 como Vila Real do Crato, no século XVIII, constituindo um dos mais importantes núcleos de povoamento na época colonial no interior do Nordeste. Foi tornada cidade pela Lei Provincial nº 628, de 17 de outubro de 1853.
No século XIX, já habitavam na vila do Crato famílias que enviavam seus filhos para estudar em Recife, capital da província de Pernambuco. Foi por lá que muitos entraram em contato com os ideais de independência e adoção do regime republicano no país. Assim, José Martiniano de Alencar, subdiácono e estudante do Seminário de Olinda, deflagrou o movimento republicano no conservador Vale do Cariri, a ter o Crato como palco principal. Repercutindo os ideais da Revolução Pernambucana de 1817, Martiniano "proclama" a independência do Brasil no púlpito da matriz da cidade em 3 de maio de 1817. Leandro Bezerra Monteiro, o mais importante proprietário rural do Cariri, católico e monarquista, pôs fim ao intento republicano. Os revolucionários foram presos e enviados para as masmorras de Fortaleza e posteriormente para as de Salvador, na Bahia. Entre os prisioneiros estavam Tristão Gonçalves de Alencar Araripe e Dona Bárbara de Alencar, irmão e mãe de José Martiniano. Recebem a anistia pela autoridade real posteriormente.
Em 1824 eclode em Pernambuco a Confederação do Equador. Tristão Gonçalves de Alencar Araripe mais uma vez adere ao movimento e é aclamado pelos rebeldes Presidente da Província do Ceará. Em 31 de outubro de 1825 morre em combate com forças contrárias ao movimento. Após tais acontecimentos, em Crato, assim como no Cariri, muitos se dividem entre monarquistas e republicanos. Entre os primeiros estava Joaquim Pinto Madeira, chefe político da Vila de Jardim e Capitão de Ordença que prendera os revolucionários, entre eles Tristão Gonçalves de Alencar Araripe. Com a renúncia de D. Pedro I, inimigos do monarquista aproveitam para se vingar e Pinto Madeira em sua defesa arma dois mil jagunços com a ajuda do vigário de Jardim, padre Antônio Manuel de Sousa. Invadem o Crato em 1832 para derrotar os inimigos políticos. Apesar de vitoriosos no começo, Pinto Madeira e Antônio Manuel sofrem reveses e, finalmente presos, são enviados ao Recife e Maranhão. Retorna ao Crato em 1834 e é condenado a forca, sentença posteriormente comutada para fuzilamento, em face do réu ter alegado sua patente militar de Coronel. Tanto Tristão Gonçalves quanto Pinto Madeira dão nome a rua e bairro, respectivamente, na cidade nos dias de hoje.
Em Números

O Crato em 2011 atingiu uma população de 122.717 pessoas, obtendo um aumento em comparação com os número do Censo 2000 que registrou 104.646 habitantes. Pensando nisso e no crescimento da Região Metropolitana, implantou-se o VLT do Cariri. Inaugurado em 1 de dezembro de 2009, o Metrô é um veículo leve sobre trilhos que liga Crato ao município vizinho Juazeiro do Norte. Iniciativa do Governo do estado em parceria com as prefeituras dos municípios envolvidos, o VLT foi construído pela empresa Bom Sinal Indústria e Comércio Ltda.
1970 - 70.996
1980 - 80.677
1991 - 90.519
2000 - 104.646
2010 - 121.462
2011 - 122.717
O PIB do Município alcançou R$ 726.944.000,00 nos últimos dados fornecidos pelo IBGE. Sendo que sua economia é baseada na agricultura de feijão, milho, mandioca, arroz, monocultura de algodão, cana-de-açúcar, castanha de caju, hortaliças, banana, abacate e diversas frutas. Na pecuária extensiva destaca-se criação de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e de aves. O extrativismo vegetal também estimula a economia local com a extração de madeiras diversas para lenha e construção de cercas, uso em padarias e fabricação de carvão vegetal; atividades com babaçu, oiticica e carnaúba. O artesanato, também é uma outra fonte de renda, de redes e bordados é bastante difundido no município. A mineração gera fonte de renda através da extração de rochas ornamentais, rochas para cantaria, brita, fachadas e usos diversos na construção civil. Bem com a extração da areia, argila (utilizada no fábrico de telhas e tijolos) e de rocha calcária (calcinada para obtenção de cal e gipsita). A piscicultura desenvolve-se nos córregos e açudes. Registram-se ainda nas terras do Crato a ocorrência de gipsita, utilizado na fabricação de cimento Portland, gesso e na correção de solos salinos, e chumbo. No parque industrial do Crato localizam-se 95 indústrias.
A cidade do Crato em termos econômicos, constitui-se numa cidade com expressiva importância regional. Destacando-se pela tradicional função de comercialização de produtos rurais, provenientes do desenvolvimento da agricultura no sopé dos vales irrigados da região do Cariri. Nesta área, destaca-se a famosa Expocrato, feira agropecuária que inclui também shows com bandas e cantores famosos e atrai milhares de visitantes à cidade todo mês de julho. A cidade também comercializa produtos industriais (alumínio, calçados, cerâmica, aguardente) para os demais centros urbanos do Ceará. O Município conta com seis agências bancárias e, conforme o IBGE, o PIB da cidade era de 343.642.000,00 reais em 2004. A principal atividade econômica da cidade é o setor de comércio, cerâmica vermelha e serviços é responsável por 2/3 do PIB municipal. O setor de comércio e serviços continua a ser o maior empregador da cidade, a verificar-se a presença de lojas de rede regional e nacional.
A Cidade
Fotos de autoria do fotógrafo Dihelson Mendonça garimpadas pelo Flickr, o acesso deve-se à pesquisas de buscas no Google. Outras imagens estão referenciadas na própria foto, bem como as do autor principal. A cidade além de ser bonita, conta com uma natureza exuberante e muito atrativa. As fotografias serão postadas aleatoriamente e sem descrições que por ventura poderão ser feitas pelos foristas da Região, visto que serão todas enumeradas.
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