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Elaborei uma tabela com o crescimento da Grande São Paulo entre 2000 e 2010. Proponho que discutamos os principais pontos da expansão da nossa metrópole (e aceito sugestões!):
Análise de alguns pontos:
Maior crescimento demográfico:
1. Santana de Parnaíba
2. Vargem Grande Paulista
3. Cotia
4. Cajamar
5. Mairiporã
No caso de Santana, boa parte do crescimento se deve à expansão de condomínios fechados para a classe média e média alta, tendo o Alphaville como paradigma, assim como parte de Cotia, com a Granja Vianna, apesar de que o crescimento de áreas pobres de Cotia também foi bastante significativo. Nos outros casos, temos Vargem Grande, que também apresentou um crescimento absurdo entre 1991 e 2000, e segue crescendo, basicamente com bairros pobres e de classe média baixa, assim como Cajamar e Mairiporã.
Menor crescimento demográfico:
1. Osasco
2. Ribeirão Pires
3. Carapicuíba
4. Embu
5. Santo André
Osasco, município considerado com 100% de sua área urbanizada (embora existam áreas verdes ao norte, que até mediados dessa década sofreram invasões) parece ter estabilizado o crescimento de sua população, e além disso, perdeu 15 mil habitantes em 10 anos, talvez pela migração de parte à outras cidades. Carapicuíba manteve quase a mesma população: outro município que não tem muito para onde crescer. Ribeirão Pires e Embu são casos curiosos, pois enquanto alguns municípios mais distantes da capital tiveram importante crescimento de bairros de classe baixa e média baixa, estes se estabilizaram, e se olhamos no Google Earth estes realmente tiveram poucas mudanças em sua mancha urbana apesar de muitas áreas verdes, junto a bairros pobres. E, no caso de Santo André, município que já apresentava baixo crescimento demográfico desde a década passada, também praticamente se estabilizou. Vale citar que Santo André e Osasco são cidades que receberam muitos empreendimentos verticais no período, e mesmo assim a segunda foi a que mais encolheu em população na área metropolitana (parece ser um caso parecido com o de São Caetano a partir dos anos 70).
As outras grandes:
São Paulo: a capital teve um incremento médio de apenas 0,2% ao ano durante o período. Muitos bairros centrais tem perdido população, enquanto a periferia cresce a um ritmo muito mais lento que na década de 1990, que ficou marcada pela invasão e surgimento de muitas favelas e bairros pobres, embora algo menos que suas três décadas anteriores.
Guarulhos: entre as maiores da região metropolitana, foi a que apresentou maior crescimento (média de quase 1% ao ano). Notável que durante os anos 90 houve uma explosão demográfica em Guarulhos, com uma quantidade enorme de invasões em direção ao norte e leste do munícipio. O ritmo diminuiu, mas ainda na atual década houve uma expansão importante de bairros pobres na cidade.
São Bernardo do Campo: depois de apresentar forte crescimento populacional na década de 90, misturando grandes empreendimentos imobiliários e algumas áreas de invasão, o município teve crescimento muito mais modesto nessa década, e a maioria, provavelmente, devido à expansão de setores de classe média.

Análise de alguns pontos:
Maior crescimento demográfico:
1. Santana de Parnaíba
2. Vargem Grande Paulista
3. Cotia
4. Cajamar
5. Mairiporã
No caso de Santana, boa parte do crescimento se deve à expansão de condomínios fechados para a classe média e média alta, tendo o Alphaville como paradigma, assim como parte de Cotia, com a Granja Vianna, apesar de que o crescimento de áreas pobres de Cotia também foi bastante significativo. Nos outros casos, temos Vargem Grande, que também apresentou um crescimento absurdo entre 1991 e 2000, e segue crescendo, basicamente com bairros pobres e de classe média baixa, assim como Cajamar e Mairiporã.
Menor crescimento demográfico:
1. Osasco
2. Ribeirão Pires
3. Carapicuíba
4. Embu
5. Santo André
Osasco, município considerado com 100% de sua área urbanizada (embora existam áreas verdes ao norte, que até mediados dessa década sofreram invasões) parece ter estabilizado o crescimento de sua população, e além disso, perdeu 15 mil habitantes em 10 anos, talvez pela migração de parte à outras cidades. Carapicuíba manteve quase a mesma população: outro município que não tem muito para onde crescer. Ribeirão Pires e Embu são casos curiosos, pois enquanto alguns municípios mais distantes da capital tiveram importante crescimento de bairros de classe baixa e média baixa, estes se estabilizaram, e se olhamos no Google Earth estes realmente tiveram poucas mudanças em sua mancha urbana apesar de muitas áreas verdes, junto a bairros pobres. E, no caso de Santo André, município que já apresentava baixo crescimento demográfico desde a década passada, também praticamente se estabilizou. Vale citar que Santo André e Osasco são cidades que receberam muitos empreendimentos verticais no período, e mesmo assim a segunda foi a que mais encolheu em população na área metropolitana (parece ser um caso parecido com o de São Caetano a partir dos anos 70).
As outras grandes:
São Paulo: a capital teve um incremento médio de apenas 0,2% ao ano durante o período. Muitos bairros centrais tem perdido população, enquanto a periferia cresce a um ritmo muito mais lento que na década de 1990, que ficou marcada pela invasão e surgimento de muitas favelas e bairros pobres, embora algo menos que suas três décadas anteriores.
Guarulhos: entre as maiores da região metropolitana, foi a que apresentou maior crescimento (média de quase 1% ao ano). Notável que durante os anos 90 houve uma explosão demográfica em Guarulhos, com uma quantidade enorme de invasões em direção ao norte e leste do munícipio. O ritmo diminuiu, mas ainda na atual década houve uma expansão importante de bairros pobres na cidade.
São Bernardo do Campo: depois de apresentar forte crescimento populacional na década de 90, misturando grandes empreendimentos imobiliários e algumas áreas de invasão, o município teve crescimento muito mais modesto nessa década, e a maioria, provavelmente, devido à expansão de setores de classe média.