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Deputados estaduais mineiros querem meter a mão em nosso bolso com taxa nos combustíveis

2314 Views 9 Replies 5 Participants Last post by  Julio Rocha
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Deputados criam taxa para elevar preço do combustível
Publicado no Jornal OTEMPO em 04/12/2010

FOTO: ALMG

Consenso. Almir Paraca, Fábio Avelar e Lafayette Andrada na reunião da Comissão de Meio Ambiente, em que o projeto foi aprovado
A partir de 1º de janeiro, o cidadão mineiro poderá ser obrigado a gastar mais para abastecer seu carro. Está em tramitação na Assembleia Legislativa um projeto de lei que propõe a criação da cobrança de uma taxa incidente sobre o consumo de gasolina, óleo diesel e gás veicular, que será destinada à recuperação de áreas degradadas, com objetivo de reduzir os efeitos da emissão de gases poluentes. O projeto de autoria do deputado estadual Chico Uejo (PSB) já passou por todas as comissões - Constituição e Justiça, Meio Ambiente e Fiscalização Financeira e Orçamentária - e em todas elas obteve parecer favorável.


A criação da chamada "Taxa de Carboneutra- lização" não encontra oposição na Assembleia e já poderá ser votada, em primeiro turno, a partir de segunda-feira.


No projeto original, o valor da alíquota seria de R$ 0,10 por litro de diesel, R$ 0, 08 por litro de gasolina e R$ 0,04 por litro de gás veicular. Mas uma emenda do relator do projeto na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, Wander Borges (PSB), retirou a tabela de valores proposta no projeto e deixa a cargo do Executivo, em futura regulamentação, o estabelecimento de índice para a cobrança sobre os combustíveis.


De acordo com o projeto, a nova taxa será paga pelo consumidor e repassada pelos postos de combustíveis ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) para que seja destinada aos produtores rurais para recuperação ambiental de reservas e outras áreas já degradas. Essa recuperação inclui cobertura vegetação nativa, proteção dos recursos hídricos, reabastecimento de reservas de águas subterrâneas e proteção da biodiversidade.


O objetivo final é financiar a compensação dos efeitos da emissão de gás carbônico por quem usa veículos gasolina e diesel.


Pelas mudanças realizadas no projeto original, o governo poderá determinar, além do IEF, outros órgãos para fiscalizar a aplicação dos recursos recolhidos com a futura cobrança. O Poder Executivo poderá ainda usar até 10% do recolhimento para fazer a administração do recurso, o restante seria encaminhado para a recuperação ambiental.


Apesar de a tributação da gasolina mineira ser uma das maiores do Brasil, o deputado Almir Paraca (PT), que foi relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente, faz a defesa da cobrança. Segundo o parlamentar, a proposta é inovadora e é capaz de fazer a "responsa-bilização civil" pela poluição ambiental individual. "Até agora esse assunto não foi tratado adequadamente. Há muitos tributos, mas não existe recurso para carboneutralização. Se os recursos não são suficientes, a sociedade precisa se mexer. O bode foi colocado na sala", diz o deputado.

Arrecadação anual pode chegar a R$ 800 milhões

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), de janeiro a outubro de 2010, Minas Gerais consumiu um total de 2,68 bilhões de litros de gasolina, uma média de 2,3 milhões de litros por mês. A média não inclui os dois últimos meses deste ano.


Aplicando-se a cobrança de R$ 0,08 para cada litro de gasolina consumido no Estado, previstos inicialmente na taxa que deverá ser criada pela Assembleia de Minas, o governo arrecadaria, mensalmente, um total de R$ 17,84 milhões com a taxa. Considerando esses dados, em um ano, o Estado poderia arrecadar R$ 214 milhões com a nova receita.


O autor do projeto que cria a taxa, Chico Uejo, explica que, contando a cobrança sobre o diesel e o gás veicular, o recolhimento oriundo da taxa poderá alcançar R$ 800 milhões. O orçamento anual do Estado, programado para o ano de 2011, é de R$ 45 bilhões, sem a previsão da taxa.



Autor diz que "taxa não é um custo alto"
Chico Uejo, autor do projeto que cria a taxa sobre consumo de gasolina, diesel e gás veicular, reconhece que a sociedade já sofre com uma alta carga tributária, mas também afirma que "é preciso fazer escolhas". "Se você for medir as consequências da emissão de gases poluentes, como o superaquecimento e os desastres naturais, você verifica que a taxa não é um custo alto".


Uejo garante que o valor que será cobrado pelo combustível, considerando a taxa, poderá ser absorvido pelo mercado, sem prejuízo para o bolso do consumidor mineiro. "Se o consumidor procurar um posto mais barato, isso será diluído entre a concorrência", declara.


Segundo o parlamentar, a cada hectare ambientalmente recuperado, 46 mil litros de combustível queimado são neutralizados. "Fizemos estudos para apresentar o projeto. Estou convencido que se trata de uma boa iniciativa".


Uejo destaca que os deputados aprovam seu projeto e o governo também não deverá colocar obstáculos.



Link:http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=157483,OTE

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Que desculpa de meio-ambiente o que!!!! Isso afetará o transporte, de mercadorias e passageiros, e o escambau...

Essa "cambada" tá é olhando pro próprio bolso no fundo: quanto mais dinheiro se arranca do povo mais grana prá eles gastarem com eles mesmo e seus compadres!

Espero que o Gov. Anastasia tenhas o bom senso de vetar (se puder)




Não "botei" no Notícias da Grande Bh e/ou Notícias do Interior , pois afeta à todo Estado
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Sabem o que vai acontecer? A mesma coisa que aconteceu no Mato Grosso do Sul quando na época o governador Zeca subiu o ICMS: Postos de Comustiveis nas rodovias(sobretudo próximos a divisa) faliram, deixando um buraco imenso de falta de serviço(abastecimento, borracharia, restaurante, pousadas).

Um caminhoneiro que saia de SP, RJ ou BA, por exemplo, vai deixar pra abastecer no último posto possível antes de entrar em MG.
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