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(DF) Brasília e Entorno | Infraestrutura e Transporte

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ATUALIZAÇAO 2018

Este thread tem por objetivo centralizar as informações sobre o infraestrutura de transportes rodoviário e ferroviário do DF e ligações com a região do chamado entorno.

O antigo thread Brasília Integrada [Thread Oficial]: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=521562&page=331

Será trancado e suas informações serão copiadas para este.

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São threads ligados ao assunto:

DF | Rede Metroferroviária de Brasília e Entorno:
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=2096289

Brasil | Trem interurbano Brasília-Goiânia:
https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=2096291
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O Sistema de Transporte Público de Brasília está em decadência há um bom tempo, nos últimos anos a ineficiência do sistema tomou proporções alarmantes e o governo foi praticamente obrigado a iniciar o planejamento de um novo sistema, com características completamente novas e a integração como foco principal. Depois de muitas discussões, projetos e anúncios, finalmente o GDF resolveu tomar atitudes concretas para colocar o Brasília Integrada em prática.
Essa semana o projeto de lei que institui o marco regulatório do Brasília Integrada finalmente foi votado na Câmara Legislativa (depois de muitos problemas políticos, alheios ao carater técnico do programa :eek:hno: ), com isso o GDF já pode iniciar a implantação do mesmo. Acredito que daqui pra frente irão pipocar notícias sobre o novo sistema e sobre as obras e centralizar essas informações no thread acho que é mais sensato e contribui para o melhor entendimento e acompanhamento das mudanças, espero que todos os foristas contribuam para manter esse thread sempre atualizado e rico em imagens e informações. Aos poucos eu vou fazendo uma triagem do que já foi postado de forma dispersa em uns seis outros threads sobre esse mesmo tema, além de incluir, é claro, as informações já disponíveis na net.

Geral do Programa

O Programa de Transporte Urbano do DF - Brasília Integrada - tem como objetivo geral promover a mobilidade no DF. As ações propostas possuem foco na implantação de uma nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na integração entre itinerários de ônibus e metrô. As intervenções físicas constituem um meio de viabilizar esse novo modelo de gestão. Estão previstas construções e melhorias no sistema viário urbano e rodoviário do Distrito Federal, com o estabelecimento de vias exclusivas para ônibus, construção de terminais nos principais pontos de transferência de passageiros de transporte público coletivo, implementação de bilhetagem automática e um amplo conjunto de ações no âmbito da gestão e do fortalecimento institucional do Sistema de Transporte Urbano do DF.

Objetivo Geral do Programa

Promover a mobilidade no Distrito Federal de forma a aumentar a integração dos núcleos urbanos e melhorar as condições de equidade e qualidade de vida da população.

Ações

· Implantação de uma nova concepção de operação para o sistema de transporte público coletivo.

· Integração ônibus-ônibus e ônibus-metrô.

· Execução de obras para viabilizar o sistema integrado.

· Construção e implantação de melhorias no sistema viário urbano e rodoviário do Distrito Federal

· Implantação de vias exclusivas para ônibus nos principais pontos de transferência de passageiros do transporte público coletivo.

· Construção e reforma de terminais e abrigos de passageiros

· Implantação da bilhetagem automática

· Melhoria da gestão e fortalecimento institucional da entidade gestora do Sistema de Transporte Público Coletivo de Passageiros do Distrito Federal

Componentes do Programa

1. Estudos Técnicos de Engenharia – análise de demanda, simulações de trânsito, estudos ambientais e estudos institucionais; elaboração dos desenhos de engenharia necessários para execução das obras

2. Investimentos para Melhoria do Transporte Público

· Integração do Transporte Público - melhoria da operação e da cobertura do transporte público e implantação de um sistema integrado: reestruturação dos itinerários e operação de linhas troncais e alimentadoras de transporte público. Implantação e reforma de terminais de integração e transferência, construção e ampliação de vias..

· Gestão e Segurança de Trânsito – medidas que visam à melhoria dos índices de segurança de trânsito e beneficiam os pedestres e ciclistas, em particular. Englobam ações no Eixo Rodoviário e na W3 Sul, o Programa de Ciclovias, a implantação do Centro de Controle Operacional..

· Modernização do Sistema de Semáforos – sistema de semáforos inteligentes para melhoria da fluidez e segurança do trânsito; sistema de monitoramento integrado de trânsito em tempo real, por meio de câmeras de vídeo em locais estratégicos.

3. Fortalecimento Institucional – reforço da capacidade tecnológica, técnica e organizacional da Secretaria de Estado de Transportes e da Autarquia Transportes do Distrito Federal – DFTRANS, como órgão gestor do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal; implantação de uma Câmara de Compensação de Receitas e Créditos; capacitação de recursos humanos para a gestão do transporte; implantação e melhoria de sistemas de informação para a gestão do transporte; melhoria da comunicação com os usuários, dentre outros.

Recursos para o Programa

Prevê-se o investimento da ordem de US$ 246 milhões, sendo cerca de US$ 161milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o restante como contrapartida do Governo do Distrito Federal.

Resultados Esperados

As melhorias na circulação viária e na redução de congestionamentos contribuirão para a redução da emissão de gases tóxicos na atmosfera, com efeitos ambientais positivos como a melhoria da qualidade do ar e a redução dos níveis sonoros nos corredores de transporte público. Ao facilitar as condições de mobilidade no Distrito Federal, o Programa terá também efeitos positivos na qualidade de vida da população, com a redução do tempo de viagem, maior facilidade de deslocamento e oportunidades de acesso para a população. A melhoria da segurança viária trará impacto direto sobre a redução de acidentes de trânsito e dos custos a eles associados.

(Fonte www.st.df.gov.br - Secretaria de Transportes do DF)



Reportagem do Correio Braziliense:

Transporte
Em vez das empresas, governo local é quem vai gerir o sistema, medir prejuízos, calcular e repartir o lucro. Concorrência entre os diferentes meios de locomoção não cabe no novo modelo que é projetado


(Esse infográfico é excelente, pois demonstra boa parte das intgervenções do Brasília Integrada. Vale lembrar que na W3 ao invés de ônibus operando à esquerda será construído o VLT e que existem mais terminais de integração do que os mostrados acima.)

Sob o controle do Estado

Todos os novos veículos do sistema terão catracas eletrônicas



Um dos pontos mais importantes do programa Brasília Integrada é a retomada da gestão e do controle do sistema público de transporte pelo governo local. Hoje, 4% do que é arrecadado é repassado ao Executivo. Mas as próprias empresas de ônibus atestam quantas pessoas carregaram. Além disso, as despesas de produção e emissão de vales-transporte são descontados desse percentual. Só depois a verba é repassada aos cofres do Governo do Distrito Federal.

O controle do sistema ficará a cargo da Câmara de Compensação de Receitas e Créditos, que fará também a repartição do lucro para a remuneração dos meios de transporte envolvidos. A Câmara será responsável também por equalizar os lucros e os prejuízos das linhas. “Precisamos resgatar para nós esse controle. O GDF perde milhões deixando nas mãos das empresas esse serviço”, ressaltou o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga. Ele acrescenta que o Brasília Integrada está na fase de audiências públicas, nas quais o projeto é apresentado aos órgãos envolvidos na instalação e à população. Mas Fraga não sabe informar quando o programa entrará em vigor.

Sem disputa

O grande trunfo do Brasília Integrada é a interligação dos meios de transporte, sem que um exerça concorrência sobre o outro. Os sistemas devem trabalhar de forma diferenciada e com linhas distintas (confira arte), sem choques de itinerários. “O importante é que um modo de transporte não compita com o outro”, frisa o urbanista e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner. Ele foi o responsável pela implantação do sistema de transporte integrado em Curitiba, na década de 1970. Além disso, prestou consultoria à equipe de transição do atual governador José Roberto Arruda e entregou um relatório de 300 páginas ao secretário de Transportes com sugestões ao Brasília Integrada.

Para que a interligação entre ônibus e metrô seja efetiva, é preciso instalar catracas eletrônicas em todos os veículos que farão parte do programa inicialmente. Por meio de um cartão sem contato, o número de viagens será armazenado dentro de um chip e descontado a cada embarque. Assim, com a “integração aberta e de crédito temporal”, o passageiro pagará uma única viagem, mesmo que precise pegar outro meio de transporte, desde que esteja dentro do tempo preestabelecido e que não mude de sentido. Está prevista a implantação de quatro terminais de integração viária (confira arte). Dois já estão prontos: o da Asa Sul e o da Rodoviária de Brasília. Outros dois, no Park Way e no final da Asa Norte, ainda serão construídos.

O especialista em Política de Transporte da Universidade de Brasília (UnB) Joaquim Aragão compara a capital brasileira à Europa da década de 1960. “Estamos pelo menos 50 anos atrasados em relação a políticas de transporte. Precisamos urgentemente de um plano estratégico de mobilidade, que inclua ciclistas, pessoas com necessidades especiais e transeuntes”, argumentou. Segundo ele, o Brasília Integrada servirá principalmente às pessoas de baixa renda, por conta da implantação do bilhete único.

O trabalhador, lembra Aragão, faz várias viagens e gasta diversas vezes para chegar ao serviço por necessidade, e não por opção. Ele defende um sistema de transporte dinâmico, sob o controle do Estado: “Não dá mais para ficarmos nas mãos de empresas de ônibus e de permissionários. O governo descuidou e eles tomaram conta de tudo. É preciso retomar as rédeas da situação”.

(Fonte: Correio Braziliense, 13 de maio de 2007 - Caderno Cidades)

Infográfico

Outro infográfico interessante, mas está um pouco confuso, pois misturou informações do Corredor da Comercial em Taguatinga, com informações do VLP do trecho Gama-Santa Maria. A perspectiva da Avenida Comercial está correta, mas o corredor não será exclusivo, mas compartilhado, pois só há espaço para duas faixas por sentido. As paradas não serão fechadas, pois a integração é temporal e vitual, essas paradas climatizadas deverão existir no VLP de Gama - Santa Maria (Esse promete!!). A W3 contará com o VLT e não com corredor de ônibus. Ah, o canteiro central será reduzido no trecho do VLP, na Comercial ele será criado, pois não existe atualmente.


(Jornal de Brasília - 7 de setembro de 2007 - Caderno Política)


Veículo Leve sobre Trilhos - VLT

Em meio as discussões sobre a melhoria dos transportes no DF surgiu a idéia de implantar em alguns pontos o VLT, modelo de amplo uso na Europa. O projeto acabou entrando no Caderno de Encargos de Brasília para a Copa 2014 e ao que tudo indica o primeiro trecho começará a ser construído já no ano que vem. A prioridade no momento é o trecho Terminal Asa Sul - Brasília Shopping (via W3 Sul), após esse, serão construídos o trecho W3 Norte, a ligação Terminal Asa Sul - Aeroporto e o trecho Eixo Monumental. O trecho Gama-Santa Maria ainda é um incógnita, mas ao que tudo indica receberá um VLP nos moldes de Curitiba e do Transmilênio.
Mais detalhes sobre o VLT:

Implantação do Metrô Leve de Brasília

Em audiência pública, realizada dia 04 de dezembro, no auditório do Metrô-DF, em Águas Claras, o GDF discutiu com representantes da comunidade e de órgãos públicos, professores universitários e empresários, o projeto de implantação do sistema de Metrô Leve de Brasília, ligação Aeroporto-Avenida W3.

Até 2010 será entregue a primeira etapa do novo sistema de transportes de Brasília. O Metrô Leve, como é chamado, partirá do Terminal Asa Sul e cortará a via W3 Sul e chegará até a altura da 502 Norte. Esta é uma das três partes previstas na linha 1 do projeto que integra um conjunto de medidas desenvolvidas pelo GDF para revitalizar a W3.

O trajeto completo ligará o Aeroporto Internacional Juscelino Kubtschek ao Terminal da Asa Norte e deverá ficar pronto em 2014, ano da Copa do Mundo. As obras da primeira fase começam no primeiro semestre do ano que vem, sob administração da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal.

Até abril de 2008, o Metrô-DF conclui o Projeto Básico de Engenharia, documento que subsidiará as demais etapas de implementação do projeto. Para o período de 2008, foram liberados R$ 70 milhões.

Recursos

Calculados em R$ 512 milhões, os recursos necessários para a fase inicial virão do GDF, do Tesouro e de empréstimos obtidos para financiar o empreendimento. No momento, o Governo busca parceiros interessados em investir no “bonde moderno”. A Agência Francesa de Desenvolvimento é um deles. Outra opção é o BNDES.

Energia limpa

O metrô leve utiliza energia elétrica, o que contribui para a redução de emissão de gases poluentes e de ruídos sonoros. Na maior parte da via, a eletricidade virá de postes e fios ao longo da via. Na área entre a 502 Sul e a 502 Norte, a energia passará pelos trilhos, conforme exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que vem discutindo paulatinamente o projeto.

Redução de carros

A via W3 Sul, uma das mais movimentadas da cidade, recebe 60 mil carros de passeio por dia e 800 ônibus. Cerca de 150 linhas de ônibus percorrem a W3 Sul. O Metrô Leve deverá transportar entre 15 e 18 mil passageiros/hora, nos dois sentidos.

Impacto

A exemplo do Metrô-DF, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal espera que pelo menos 30% dos motoristas deixem seus carros em casa e passem a utilizar o novo sistema, que é rápido, pontual, limpo, confortável e seguro.

Revitalização

A idéia é interferir o mínimo possível na paisagem da via W3. As alterações levarão mais vida a parte central de Brasília e mais conforto para os pedestres. Um novo impulso no comércio local será conseqüência das mudanças. A grande novidade é uma grande praça a ser construída entre o Setor Comercial Sul e o Pátio Brasil, e o Setor Comercial Norte e o Brasília Shopping, que propiciará o encontro entre as pessoas.

Percurso

Linha 1

Trecho 1: Aeroporto - Terminal Asa Sul

Trecho 2: Terminal Asa Sul - 502 Norte (prioritário)

Trecho 3: 502 Norte – Terminal da Asa Norte

Linha 2

Eixo Monumental

Raio X

Velocidade máxima: 70km/h

Velocidade comercial: 30km/h

Capacidade (por veículo): 570 passageiros

Capacidade total diária: 120 mil passageiros

Tempo de espera nas paradas: de três a quatro minutos

Previsão de pontos de parada: de duas em duas quadras

Custo estimado (trecho prioritário): R$ 512 milhões

Valor da passagem: será o mesmo do ônibus

Impacto no trânsito: 30% menos carros na via W3 Sul

(Fonte: www.metro.df.gov.br)


Fonte: Correio Braziliense, 03/12/2007
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Notícias sobre o projeto e curiosidades

Brasília Integrada vai reduzir tempo de viagem para o Plano Piloto

Tiago Falqueiro
Do CorreioWeb

15/06/2007
17h18-O tempo médio de viagem entre cidades do Distrito Federal e o Plano Piloto deverá diminuir com os investimentos do Brasília Integrada. Essa é uma das exigências do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para liberar o empréstimo de US$ 246 milhões (cerca de R$ 720 milhões). O dinheiro vai ser investido na reestruturação das vias do DF.

Corredores e faixas exclusivas para os ônibus garantirão melhor fluxo de veículos do transporte público, que não deverão ficar mais presos em congestionamentos nos horários de pico. Outra exigência do BID é a reestruturação da fiscalização e controle do Sistema de Transporte Público e Urbano (STPU). Assim, contratos entre empresas e a Secretaria de Transportes deverão ser regularizados, através de processos de licitação.

O detalhamento do programa Brasília Integrada, que deverá estar em pleno funcionamento em três anos, foi apresentado na tarde desta quinta-feira pelo subsecretário de Políticas de Transporte da Secretaria de Transportes do DF, Dalve Alexandre Soria Alves. A apresentação fez parte do programa do Laboratório de Estudos do Futuro, da Universidade de Brasília, Quintas do Futuro. A idéia era discutir a ocupação urbana e sua expansão no DF, sem esquecer as dificuldades da mobilidade dos cidadãos, por causa de um transporte público ruim. “Para que tivéssemos a aprovação do BID, tínhamos de melhorar o sistema em qualidade sem que o usuário tivesse a tarifa aumentada. E o principal ônus em Brasília é o tempo gasto nas viagens”, elucida o secretário.

Para que o tempo dos trajetos seja reduzido, o governo utilizará uma nova estratégia. Para os horários de pico, as principais vias ganharão corredores de ônibus nas pistas centrais. No caso, por exemplo, das rotas que passam por Taguatinga ou Brazlândia, a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) terá as duas faixas próximas do canteiro central exclusivas para o transporte público. A rodovia também deverá ganhar uma ciclovia.

Bilhete único
Outra novidade do Brasília Integrada é o bilhete único. Com apenas uma passagem, o usuário poderá pegar várias conduções. No entanto, o uso do transporte deve acontecer em um espaço determinado de tempo. Diferentemente do que acontece em São Paulo, em que a tarifa é única e o prazo de validade é o mesmo para a cidade toda, no DF os três preços de passagem serão mantidos e o tempo de uso será diferente, dependendo do trajeto.

Assim, quem pegar um ônibus para ir do Guará até a rodoviária do Plano Piloto não pagará o mesmo que alguém que sai de Brazlândia para a Asa Sul. Enquanto no primeiro caso o tempo de integração poderá ser de uma hora, por exemplo, no segundo deverá ser maior. “Se fizéssemos o mesmo tempo para todos, acabaríamos onerando demais o sistema, já que o passageiro do Guará poderá fazer mais viagens do que as necessárias”, explica o subsecretário.

Problemas de gestão
Para o funcionamento do novo sistema, uma fase de transição está sendo planejada. O principal ponto que deve ser repensado é a estrutura de gestão do transporte coletivo. Dalve Alves relembra que com o antigo Departamento Metropolitano de Transporte Urbano (DMTU) tinha uma administração exemplar, mas o sucateamento do órgão acabou deixando questões como horários e números de ônibus na mão das empresas concessionárias.

O resultado hoje, segundo o subsecretário, é um DFTrans - sucessor do DMTU - esvaziado. “Nós devemos ter um dos piores serviços entre as grandes capitais. Os problemas vêm, em parte, devido à distribuição da população sobre o território, que é esparsa. Mas isso não é desculpa”, explicou o subsecretário.

“Nós estamos fazendo uma reestruturação no DFTrans. Hoje muitas das pessoas de lá são ligadas às empresas de ônibus TCB e poucas são concursadas”, analisa Dalve Alves. O subsecretário afirma que uma nova estruturação do órgão também era uma exigência do BID. Ele acrescenta que, para dar uma nova cara à gestão do sistema de transportes, concursos devem ser feitos, o pessoal deve receber treinamento e um plano de carreira tem que ser definido.

Outro ponto essencial na negociação do GDF com o BID é a mudança na relação das empresas permissionárias com o governo. “A partir de agora devemos regular o sistema por meio de editais de licitação. Algumas autorizações, como acontecem hoje, são questionáveis”, conclui.

(Fonte: CorreioWeb, 15 de junho de 2007)


Primeira obra do Brasília Integrada: Viadutos na EPTG

Governo autoriza, hoje, o início das obras que irão reduzir engarrafamentos na rodovia

Márcio Falcão


A Estrada Parque Taguatinga (EPTG), por onde passam cerca de 100 mil motoristas por dia, começa a receber, hoje, um novo canteiro de obras para a construção de quatro viadutos. Eles vão interligar a EPTG (DF-085) e a EPTG/Núcleo Bandeirante – Águas Claras (DF-079). A idéia é desafogar o trânsito nas saídas para Águas Claras, Park Way e Vicente Pires em horário considerado de pico, como às 8h, quando o congestionamento médio no local é de 1km. Pela manhã, o governador José Roberto Arruda e o secretário de Transportes, Alberto Fraga, assinam a ordem de serviço para o início dos trabalhos.

Durante as obras, o trânsito no local vai ser desviado para as vias marginais e futuramente para o canteiro central que será pavimentado. Para indicar as interferências haverá sinalizações a 200 metros antes do Posto Policial da EPTG, em direção a Taguatinga, e a 200 metros antes da pista de acesso a Águas Claras, sentido Brasília.

Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) são duas alternativas para o motorista que preferir evitar a região: a Estrutural e a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), que liga a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA) ao Núcleo Bandeirante e ao Riacho Fundo. "Vamos tentar amenizar os transtornos", disse o diretor-geral do DER, Luiz Carlos Tanezini.

A expectativa do governo é de que a obra seja entregue em um ano, uma vez que será dividida em duas etapas. Na primeira licitação, o governo estabeleceu o prazo de 120 para as construtoras entregarem os viadutos. A Torc Engenharia será responsável por dois viadutos no valor de R$ 1,8 milhão.

Já a Vértice Engenharia vai construir os outros dois viaduros no valor de aproximadamente R$ 1 milhão. Após esta etapa, começam as obras de terraplanagem e pavimentação a um custo de R$ 17 milhões, além de urbanização dos canteiros. O processo licitátorio para a escolha da empresa que irá realizar estes trabalhos ainda está em andamento. O prazo para conclusão desta fase é de oito meses.



(Notem que são 4 faixas, já inclui o corredor exclusivo para ônibus, e o acesso a EPTG se dará pelas vias marginais, a obra faz parte do Brasília Integrada pois é uma das intervenções na EPTG de forma a dinamizar o fluxo e consequentemente melhorar o transporte como um todo, tanto que estava naquele mapinha do início do thread)

(Jornal de Brasília - 30 de maio de 2007)



Destino: integração

Sistema de transporte coletivo vai passar por mudanças drásticas. Aprovada pela Câmara Legislativa, o Brasília Integrada vai integrar metrô, vans e microônubus e implantar a bilhetagem eletrônica. Entenda aqui o que vai mudar na vida dos passageiros.

Brasília irá contar com um sistema de bilhetagem eletrônica para o transporte coletivo a partir desse mês. De acordo previsões otimistas da secretaria de transportes do Distrito Federal, até dezembro haverá também a integração entre metrô e ônibus para os usuários. Estão previstos 450 microônibus a serem licitados para substituir as vans.

Todas essas propostas fazem parte do Programa Brasília Integrada, um dos principais projetos do Governo do Distrito Federal (GDF), que virou a Lei 303/2007, aprovada na quarta-feira (05) pela Câmara Legislativa do DF. Um plano de ações que vai mudar completamente a vida de quem depende de transporte coletivo no DF.

Para 89% dos internautas que responderam a pesquisa do Comuniweb semana passada, essa integração é uma boa idéia. Já 8% dizem não concordar com a mudança. Mesmo com toda a repercussão que o assunto ganhou na mídia brasiliense nos últimos dias, 4% dizem não saber do que se trata.

O Brasília Integrada visa a adoção de um sistema de bilhetagem eletrônica único, coordenado por uma Câmara de Compensação de Receitas e Créditos (que concentrará e posteriormente dividirá as receitas das passagens entre as empresas no sistema) para o transporte coletivo do DF.

A bilhetagem eletrônica na verdade é um cartão magnético que o passageiro utilizará para o pagamento da passagem. Dessa forma, catracas com um sistema computadorizado integrado serão implantadas nos ônibus, microônibus e metrô. O passageiro terá de abastecer esse cartão com créditos que serão debitados na hora em que ele passar por uma roleta.

Isso facilitará a vida do usuário, pois ele poderá, por exemplo, pegar um ônibus em Planaltina, descer na Rodoviária do Plano Piloto, pegar o metrô e saltar em Samambaia pagando apenas uma tarifa. Tudo graças ao sistema interligado de computadores nas catracas que registrará a hora que o cartão passou pela roleta e possibilitará ao passageiro passar por outra roleta de outro transporte em um determinado espaço de tempo, que ainda não foi estabelecido.

Outra vantagem é a redução das possibilidades de ocorrerem fraudes e dados maquiados, já que a administração do sistema será feita pela Câmara de Compensação de Receitas e Créditos, composta por cinco membros: o secretário de transportes, o diretor do DFTrans, o diretor do metrô de Brasília e dois representantes dos empresários do setor. O dinheiro virtual que os passageiros geram com seus cartões serão computados para as empresas que prestaram o serviço. Dessa forma, elas têm suas receitas depositadas ao final do dia em suas contas.

A estimativa de custo do Brasília Integrada é de aproximadamente US$ 240 milhões. Com a aprovação do projeto pela Câmara Legislativa, o GDF cumpre um dos pré-requisitos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a liberação de um empréstimo dos US $ 240 milhões, recurso que será acertado em uma viagem de Arruda a Washington em outubro.

Quanto a possíveis demissões de cobradores, o secretário de transportes, Alberto Fraga, garante que isso não acontecerá. Além da Lei do Brasília Integrada tocar no assunto, Fraga explica que o projeto de bilhetagem eletrônica é de integração aberta. Isso quer dizer que o cobrador é fundamental para receber o dinheiro de quem possui o bilhete único. Eventuais turistas que visitem Brasília e não possuem o bilhete também terão que pagar a eles.

Entretanto, os permissionários do serviço alternativo (as conhecidas vans) vão ser prejudicados. No Brasília Integrada as vans deixarão de circular. A Lei prevê substituição delas por 450 microônibus licitados. Fora isso, Fraga não acena com a possibilidade delas participarem da integração com os outros meios de transporte. Os permissionários só poderão circular até o dia 31 de dezembro de 2009.

“Esse projeto é essencial. Há 20 anos não tem um projeto de transporte público para Brasília. Mas, é apenas um dos elos que só visa o transporte coletivo. Preciso de um transporte coletivo no qual sei a hora que vou chegar. Um cara que tem um carro hoje não tem incentivo para deixá-lo em casa e pegar um transporte alternativo”, diz Joaquim Aragão, professor do departamento de engenharia civil e ambiental da Universidade de Brasília (UnB).

Todavia, ele faz algumas ressalvas quanto ao que foi aprovado. Segundo Aragão, políticas públicas de mobilidade devem pensar também no transporte individual, de bicicletas, além de melhoria das calçadas e uma política para carga e descarga nas cidades.

“É um primeiro passo, mas não pode ser o único. Precisa também de medidas que incentivem o uso do transporte coletivo. Tem que haver uma melhoria geral na qualidade do serviço, gerenciar uma rede com informações para o usuário poder saber os horários que sairá e chegará em seu destino”, afirma Aragão.

Quanto à proposta do GDF do metrô funcionar como artéria nesse sistema integrado de transporte, o professor concorda plenamente. “Ele se destina mesmo a ser um backbone (tronco) do espaço urbano. Um sistema de metrô é muito caro para ser implantado”, explica Aragão.

Projetos de integração de transportes coletivos existem nas principais cidades do mundo, como Londres, Paris, Nova Iorque, Tóquio, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

(fonte: www.comuniweb.com.br)

GDF recorre, mas TC não libera licitação de microônibus

Até o julgamento do mérito, governo não pode substituir as vans por 450 microônibus


Priscila Machado

O Tribunal de Contas do DF (TCDF) admitiu ontem o pedido de recurso apresentado pela Secretaria de Transportes, que questiona a suspensão do edital para licitação dos 450 microônibus que vão substituir as vans. Mas, apesar do recurso do governo ter sido aceito, o TCDF não julgou o mérito da questão, por isso continua válida a decisão anterior, ou seja, a licitação ainda não pode ser realizada. A decisão definitiva deve sair na próxima semana.

A licitação estava prevista para começar no dia 22 de outubro. Porém, três dias antes, o TCDF suspendeu a realização do processo. O conselheiro do TCDF, Renato Rainha, afirmou que a medida foi cautelar, para que fossem analisadas as representações dos questionamentos feitos pelo Sindicato dos Permissionários do Transporte Alternativo (Sintrafe) e pelo Ministério Público de Contas.

Entre as suspeitas de irregularidade no edital, está a participação de empresas e cooperativas no processo de licitação e a exclusão de autônomos, o que contraria a Lei 4. 011, deste ano. Outra suposta irregularidade seria a exigência de que os participantes devem ter regularidade fiscal apenas na sede da empresa. Embora cada concorrente possa disputar até o máximo de três lotes de 50 microônibus, o edital prevê que apresente caução apenas para um. Nas duas representações e no entendimento do técnicos do TCDF, deveriam ser exigidas tantas cauções quanto o número de lotes disputados.

O edital também não especifica o itinerário que os microônibus e a quilometragem a ser percorrida, informações consideradas importantes para orientar os concorrentes.

Ontem, o secretário de Transportes, Alberto Fraga, disse que não existe nenhuma irregularidade no edital e que a contestação do TC/DF é meramente política.

- Esse é um questionamento meramente político. O Tribunal de Contas não pode discutir questões administrativas, como itinerário. O itinerário será decido pelo DFtrans, posteriormente ao edital. O Tribunal de Contas quer saber onde serão colocados os 300 pontos de ônibus, mas eles não podem questionar isso, que ainda depende do itinerário disse.

Fraga afirmou também que o edital de licitação não privilegia os empresários.

- Me encontrei hoje com representantes de oito cooperativas, eles querem a abertura dos envelopes, querem que o processo comece. Dos 14 envelopes com as propostas até agora, 13 são de cooperativas. Então, como pode-se dizer que os empresários serão privilegiados - disse.

Os permissionários do Sistema de Transporte Alternativo (STPA) também questionam a realização da licitação. Além de terem enviado representações ao Ministério Público, eles entraram com pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Mas o TJDFT negou o pedido e não suspendeu o edital.

- Das quatro ações no Tribunal de Justiça com pedido de embargo do edital, o Tribunal julgou todas improcedentes, isso mostra que os questionamentos do Tribunal de Contas não têm sentido - afirmou o secretário.

A licitação dos microônibus é parte do programa Brasília Integrada. Pelo projeto, os ônibus convencionais vão circular apenas nas vias principais. O restante dos itinerários será feito pelos microônibus, que tem capacidade para 25 pessoas.

O projeto Brasília Integrada prevê ainda a integração ônibus-ônibus e ônibus-metrô, obras para viabilizar o sistema integrado, implantação de vias exclusivas para ônibus nos principais pontos de transferência de passageiros do transporte público coletivo, construção e reforma de terminais e abrigos de passageiros e a implantação da bilhetagem automática.

O programa Brasília Integrada terá um investimento de US$ 246 milhões. Parte dos recursos, US$ 161 milhões, serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.

Senado aprova empréstimo do BID
(18/12/2007 - 20:10)
Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

O Plenário do Senado aprovou no início da noite desta terça-feira (18) autorização para que o governo do Distrito Federal contrate um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor inicial de U$S 176,7 milhões, que serão aplicados no projeto Brasília Integrada, de modernização e ampliação do sistema de transporte coletivo.

Como determina a Constituição, qualquer tomada de empréstimo no exterior, por parte de municípios, estados ou empresas públicas brasileiras, precisa do aval da União e deve ser autorizado pelo Senado. Agora, só falta a promulgação, que deve ocorrer ainda esta semana, para que o contrato seja oficializado e o DF possa se preparar para receber os recursos. A expectativa do governador José Roberto Arruda é que as obras comecem ainda em 2008. Já está marcado, para o dia 9 de janeiro, um encontro com o BID para formalizar o empréstimo.

– Nossa pressa agora é assinar o contrato com o BID em janeiro e publicar as concorrências. Todas devem ser internacionais, obrigatoriamente, de acordo com exigências do banco, por isso devem demorar no mínimo 90 dias.

De manhã, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado já havia aprovado o parecer favorável ao empréstimo, com base no relatório do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). A mensagem enviada pelo presidente da República propondo o aval federal ao contrato com o BID foi votado extra-pauta pelos senadores da CAE, depois que o governador Arruda compareceu ao Senado, pela manhã, e pediu urgência na apreciação da proposta.

Arruda já negociou com o BID para que o empréstimo inicial possa ser ampliado para um total de R$ 1 bilhão, permitindo que outras medidas sejam implementadas, como a criação da linha de veículos leve sobre trilhos ligando o Aeroporto Internacional JK ao centro de Brasília.

Arruda fez um desabafo sobre as medidas duras que teve que tomar no início do governo e que, segundo ele, agora permitirão à cidade realizar as obras que precisa:

– A diminuição de despesas na Câmara Legislativa e no Tribunal de Contas, o fim do Instituto Candango de Solidariedade, a redução de gastos do governo com carros, imóveis, tudo isso gerou economia que nos possibilitou pagar a dívida, zerar o déficit primário e conseguir o aval da União e a aprovação do Senado. Sei que foram medidas duras, impopulares, que doeram, mas valeram a pena, pois agora teremos recursos para todas as obras que Brasília precisa.

Do Brasília Integrada fazem parte medidas para transformar radicalmente a estrutura dos transportes públicos do DF, fundamentada na integração entre itinerários de ônibus e metrô. Corredores exclusivos para ônibus, construção de terminais nos principais pontos de transferência de passageiros de transporte público coletivo, implementação de bilhetagem automática obras viárias, implantação de veículos leves sobre trilhos, novas linhas do metrô e várias outras medidas fazem parte do programa.

Agência de Comunicação

(Fonte: www.gdf.df.gov.br)
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Banco de imagens e renders

Banco de imagens e renders

Viadutos da EPTG - Entroncamento com a DF 079







(Fonte: DER-DF)

Perspectivas de algumas intervenções em vias

Esses desenhos são somente esboços para dar uma idéia da configuração proposta para as principais vias do sistema. Os projetos arquitetônicos e paisagisticos ainda não foram feitos. (se bem que até gostei dessas paradas fictícias com torres, seria legal o nome da localidade ou referência no topo, junto com um relógio/letreiro digital.)

Av. Hélio Prates
A avenida ganhará um corredor exclusivo para ônibus, com embarque à esquerda, junto ao canteiro central. A formatação do corredor exclusivo permite ultrapassagem na baia.



Av. Comercial
Essa via sofrerá muitas mudanças, pois será redimensionada de forma a ganhar um canteiro central, no qual estarão as paradas. O tamanho da via não permite uma faixa exclusiva e o tráfego continuará compartilhado.



Av. Samdu
Essa via será alargada e ganhará melhorias e um pequeno canteiro central para organizar o fluxo. Espero que ganhe melhorias urbanísticas, é horrível atualmente.



EPTG
Outra via que ganhará inúmeras intervenções, principalmente por ser a mais congestionada de todo o DF. Além do corredor exclusivo, está previsto a contrução de marginais e vários viadutos. Notem o troncal circulando no corredor exclusivo e as linhas locais nas marginais.



Perspectivas do VLT

As perspectivas preliminares do VLT de Brasília, acredito que forem feitas apenas para dar uma idéia.







Praça que será construída em frente ao Shopping Pátio Brasil, onde a tranvia e a própria avenida serão tranferidas para um túnel.



(Fonte: www.comuniweb.com.br)
















(imagens: 1ª - http://www.iesb.br/grad/jornalismo/na_pratica Demais fotos: www.facildf.com.br)

(Fonte: Secretaria de Transportes)
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Acompanhamento das obras

Acompanhamento das obras

Viadutos da EPTG - Entroncamento com a DF 079









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Esse viaduto da EPTG é uma obra meio complicada, mas vai de vento em popa! Vai facilitar muito a vida de quem mora aqui em Águas Claras. :)
cara.bsb,

Excelente cobertura... bem completa.
Olhando por cima as reportagens pensei q o VLT tinha sido substituído por ônibus, mas lendo o texto todo vi que isso não acontecerá.

Só não entendo pq fazer o VLT primeiro na W3 Sul, já q essa linha é paralela e muito próxima do metrô, que vão concorrer entre si. Eu acho q o correto seria começar pela W3 Norte e integrar ao metro na rodoviária, assim o sistema fica mais balanceado. Depois poderia ser feito o VLT do Eixo Monumental e posteriormente na W3 Sul.
Esse viaduto da EPTG é uma obra meio complicada, mas vai de vento em popa! Vai facilitar muito a vida de quem mora aqui em Águas Claras. :)
Passei por lá essa semana e realmente é um ritmo intenso de obras, mas imagino que a parte mais complicada vai ser a de elevar a EPTG até os viadutos, exigirá muita movimentação de terra. De qualquer forma o resultado futuro vai compensar os transtornos.

cara.bsb,

Excelente cobertura... bem completa.
Olhando por cima as reportagens pensei q o VLT tinha sido substituído por ônibus, mas lendo o texto todo vi que isso não acontecerá.
Obrigado spca!!
Pois é, o VLT entrou no Brasília Integrada nos últimos meses, como uma das mudanças propostas pelo atual governo ao programa, que foi elaborado no governo anterior. Com isso muitas reportagens ainda não tratam do VLT, ou fazem confusão com as modificações propostas agora.

Só não entendo pq fazer o VLT primeiro na W3 Sul, já q essa linha é paralela e muito próxima do metrô, que vão concorrer entre si. Eu acho q o correto seria começar pela W3 Norte e integrar ao metro na rodoviária, assim o sistema fica mais balanceado. Depois poderia ser feito o VLT do Eixo Monumental e posteriormente na W3 Sul.
Parece próxima ao metrô, mas na prática não é, são 700 metros em linha reta do eixo até a W3, mas a gente sabe que os caminhos e destino das pessoas estão longe de se aproximar dessa linha reta. Fora que as pessoas que usam o transporte na W3 em geral não ficam na avenida, mas nas quadras comerciais nas transversais ou nas instituições sediadas nas quadras 900 (1,3 Km do eixo). Então mesmo que as distâncias não sejam impossíveis de percorrer é difícil imaginnar uma pessoa que utilize o metrô ao invés do transporte que as deixe direto na W3, afinal, as pessoas agem de forma de racional e buscam ficar o mais próximo possível de seu destino. Então não vejo concorrência, cada um atende suas proximidades e o VLT tem caráter local e o metrô troncal, diversas pessoas vão de metrô até o Terminal Asa Sul e dali integram com o VLT rumo à W3.
A prioridade da W3 Sul tem diversos motivos: O fato de boa parte da população do DF estar concentrada nos eixos sul e oeste, portanto o Terminal Asa Sul será a grande porta de entrada para o Plano Piloto e consequentemente onde o VLT receberá muitos passageiros, o fato de a W3 Sul receber um fluxo siginificativo de pessoas com destino aos serviços/empresas/escolas situados nas suas proximidades, o fato de que a ligação aeroporto precisa ser feita até a Copa e ela é feita pela W3 Sul e por último o fato que o VLT é uma das principais apostas para a revitalização da avenida, que precisa de disso de forma mais urgente que a W3 Norte.
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Parece próxima ao metrô, mas na prática não é, são 700 metros em linha reta do eixo até a W3, mas a gente sabe que os caminhos e destino das pessoas estão longe de se aproximar dessa linha reta. Fora que as pessoas que usam o transporte na W3 em geral não ficam na avenida, mas nas quadras comerciais nas transversais ou nas instituições sediadas nas quadras 900 (1,3 Km do eixo). Então mesmo que as distâncias não sejam impossíveis de percorrer é difícil imaginnar uma pessoa que utilize o metrô ao invés do transporte que as deixe direto na W3, afinal, as pessoas agem de forma de racional e buscam ficar o mais próximo possível de seu destino. Então não vejo concorrência, cada um atende suas proximidades e o VLT tem caráter local e o metrô troncal, diversas pessoas vão de metrô até o Terminal Asa Sul e dali integram com o VLT rumo à W3.
A prioridade da W3 Sul tem diversos motivos: O fato de boa parte da população do DF estar concentrada nos eixos sul e oeste, portanto o Terminal Asa Sul será a grande porta de entrada para o Plano Piloto e consequentemente onde o VLT receberá muitos passageiros, o fato de a W3 Sul receber um fluxo siginificativo de pessoas com destino aos serviços/empresas/escolas situados nas suas proximidades, o fato de que a ligação aeroporto precisa ser feita até a Copa e ela é feita pela W3 Sul e por último o fato que o VLT é uma das principais apostas para a revitalização da avenida, que precisa de disso de forma mais urgente que a W3 Norte.


Entendo o seu ponto de vista. Eu concordo que a W3 Sul merece um sistema de VLT. Quando fui a Brasília percebi q W3 é um importante eixo comercial e de fluxo da cidade.

Por outro lado temos um sistema de metrô excelente mas muito pouco utilizado correndo paralelamente. Talvez o mais correto seria o metrô sob a W3 Sul ao invés do traçado atual, mas agora já está feito. O que eu discordo do que está proposto são as prioridades estabelecidas. Como aqui no Brasil nem sempre as coisas acontecem como planejado pode acontecer o seguinte: faz-se o VLT da W3 Sul, as obras custam muito mais do que o planejado e o restante do sistema não é implantado. Dai teríamos dois sistemas de transporte muito bons e muito próximos, enquando o resto da cidade continua com os ônibus. Por isso eu defendo que deveria ser construído primeiro outros trechos do VLT, ou se houver recursos suficientes que as obras sejam feitas simultaneamente.
E o mais importante é que seja feita uma integração inteligente com o sistema de ônibus. Se não houver uma alimentação nos terminais de integração o metrô continuará subtutilizado e o VLT idem. E a integração precisa ser tarifária tb, com o valor de uma passagem o usuário poderia trocar entre todos os modais possíveis (ônibus + metrô + vlt + ônibus), mais ou menos como ocorre em Curitiba, só que o MEtrô e o VLT substituindo os biarticulados.
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^^ De fato, o metrô correndo na W3 seria uma excelente alternativa, acredito que essa não foi a opção em virtude dos custos, já que a W3 exigiria desapropiações de imóveis altamente valorizados, além de maior tecnologia para a construção do túnel, talvez isso inviabilizasse a construção de uma linha tão grande e que chegasse às regiões mais populosas, que sempre foi o objetivo. O próprio Lúcio Costa sugeriu uma linha circular passando no espaço entre as quadras 300/100 e entre as quadras 200/400, seria excelente para o deslocamento local e estaria sempre equidistante da w3 e do eixo, mas o relatória de impacto ambiental reprovou essa localização, fora que os custos tbm impediriam a linha de chegar até o eixo oeste da cidade (tagua e etc.), possivelmente até hoje o círculo do plano não estaria pronto e a região mais populosa nem teria indício de metrô.
Eu sou a favor do VLT inicialmente na W3 Sul, mas confesso que seria mais interessante que toda a avenida o recebesse simultaneamente, essa conexão terminal Asa Sul - Terminal Asa Norte é fundamental para a integração, como vc disse a possibilidade do projeto sofrer reviravoltas é real, mas é um risco político que temos de correr em um país que ainda não aprendeu a pensar no longo prazo. De qualquer forma a licitação para o projeto do VLT já está sendo feita e engloba todo o trecho da W3 e a ligação aeroporto, então pelo menos subsídio para cobrar políticos existirá. Ainda existe o aceno de financiadores externos para aumento de linhas de crédito para o GDF, talvez o GDF consiga adiantar etapas, seria excelente para fugir do risco.
Quanto a integração ela será sim efetiva, com alimentação aos terminais, especialmente no metrô, serão muito terminais ao longo da atual linha. Fora que a integração aberta e temporal permite que vc integre em qualquer ponto da cidade ou estação, mais uma vantagem. A integração tbm será tarifária, vc pode usar os diferentes modais pagando uma passagem somente, mas o preço não será único para todo o DF, porque a extrema horizontalidade da cidade e o fato de os ônibus percorrerem muitos trechos sem renovar passageiros o que obrigaria uma tarifa muito distorcida e cara para trechos curtos. Existirão faixas de tarifa de acordo com a distância, mas acredito que com o tempo se caminhe para um tarifa única, o que depende do planejamento territorial da cidade.
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O legal das faixas exclusivas da EPTG é que podem futuramente serem transformadas em sistema de VLT
^^ Sem dúvida Kaique, mas se fosse para eu definir prioridades, depois do VLT nas linhas aeroporto - W3, eu acho que seria interessante fazer um no corredor Hélio Prates - Comercial Norte - Comercia Sul - Pistão Sul (esta via não faz parte do corredor proposto para ônibus, inclui agora), essa linha atenderia toda a zona comercial de Taguatinga e a principal de Ceilândia, esses locais são extremamnte movimentados, recebendo em torno de 1 milhão de pessoas diariamente. O VLT acompanhado de um bom banho urbanístico deixaria essa região incrível, poderiam aumentar um pouco o gabarito e tornar o local, que já está consolidado, no novo centro comercial de Brasília, uma vez que a tendêncial é a escassez desses espaços no Plano. A único empecilho seria o fato da Comercial perder definitivamente uma faixa, seria necessário pegar as ruas paralelas e transformar o conjunto em um trinário, como em Curitiba com as canaletas.

Câmara autoriza GDF a negociar empréstimos para o Brasília Integrada

Evie Gonçalves
Do CorreioWeb

11/09/2007
18h22-Após a aprovação na semana passada do projeto Brasília Integrada - que implantará o novo sistema de transporte público do Distrito Federal -, a Câmara Legislativa votou, nesta terça-feira, projeto de lei que autoriza o GDF a pedir empréstimos internacionais. O procedimento é uma exigência da legislação brasileira.

A partir de agora, o governo ainda vai depender de três processos para realizar as obras, previstas para começar no ano que vem. Um deles é a aprovação da liberação dos empréstimos no comitê de crédito do banco, com sede em Washington. Arruda já se adiantou e agendou uma visita à capital norte-americana no dia 1º de outubro. Com o aval da instituição financeira, o governador do Distrito Federal depende da aprovação dos empréstimos no Senado Federal. Por fim, a parte mais difícil: enquadrar os gastos do poder Legislativo nos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Os distritais marcaram para esta quarta-feira uma reunião onde serão apresentados os estudos já realizados para a redução de folha de pagamento. Atualmente, a casa gasta R$ 90 milhões a mais do que o permitido pela LRF, o que corresponde a um excedente de 0,53% da receita corrente líquida. Também está prevista para amanhã a sanção da lei aprovada na semana passada. Na quinta-feira, o marco regulatório deverá ser publicado no Diário Oficial do DF.

Ampliação dos Empréstimos
O Programa Brasília Integrada prevê empréstimos da ordem de US$ 161 milhões provenientes, mais a contrapartida de US$ 85 milhões do GDF. No total, o sistema de transporte público da capital do País deve receber investimento de U$ 246 milhões. O governador José Roberto Arruda, no entanto, vai tentar aumentar esse valor. Na visita que fará ao BID, em Washington, o governo vai pedir a liberação de US$ 270 milhões.

Arruda vai argumentar que além das principais obras previstas no projeto - entre elas a ampliação das avenidas EPTG, Hélio Prates e Samdu, no eixo oeste -, existe ainda a necessidade de ampliação de vias do eixo sul -Gama/Santa Maria, Planaltina/Sobradinho e W3 sul. O líder do governo na Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, afirmou que o banco pode aumentar o valor, caso o GDF se enquadre na LRF. “Há flexibilidade na lei. As próprias resoluções da Secretaria do Tesouro Nacional prevêem acréscimo de 10% para mais ou menos”, explicou o deputado.

O secretário de Transportes, Alberto Fraga, explicou que 60% dos recursos do BID já estão destinados ao eixo oeste. “Precisamos estender o valor mesmo com a maior demanda de passageiros em Taguatinga e Ceilândia”, ressalta. Arruda almoçou nesta terça-feira com o representante do BID no Brasil, Jose Luis Lupo, que se comprometeu a levar as intenções do chefe do executivo do DF ao comitê de crédito do banco.

(Fonte: www.correioweb.com.br)
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Um grande problema é a não articulação entre o GDF, os municípios goianos e a ANTT para a gestão conjunta de um sistema para toda a aglomeração urbana de Brasília. Falta também atividade da administração da RIDE, que está inativa.
^^ Sem dúvida é um problema, mas tbm não algo fácil de se implementar. o Brasília Integrada já é um projeto caro e complexo envolvendo apenas o DF, sendo boa parte das intervenções focadas no eixo oeste, imagina incluindo o Entorno nesse momento. Eu fui em uma palestra com o Dalve que é um dos técnicos do programa e ele falou que até tentaram incluir o Entorno e intervenções viárias nos condomínios irregulares do DF, mas eles viram que isso seria querer "abraçar o mundo", dada a grandiosidade que o projeto tomaria, dificultando a implementação e até o financiamento. O grande problema é o que sistema atual é completamente falido, precisa ser totalmente recriado, ficando difícil eleger prioridades além disso, pelo menos por enquanto. Mas acredito que assim como em outras cidades com sistema integrados confiáveis, com o tempo e consolidação do sistema no DF, sejam firmados convênios para a integração do Entorno, essa é a intenção da secretaria, espero que saia do papel.
De fato a RIDE está praticamente inativa, o que é muito ruim, essa região precisa urgentemente de apoio para melhorar as condições de vida e conter o crescimento insustentado. Mas é difícil unir politicamente dois estados em um projeto desses, e Goiás não parece nem um pouco preocupado com isso, os invstimentos na região são pífios e não dá para esperar muito das prefeituras locais.
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^^ ^^

Goiás literalmente "caga" para o entorno. Já ouvi da boca de um político de GO que "o entorno é problema do DF". Bem que o GDF tenta e inclusive fechou alguns acordos com o governo de GO para investir em infra no entorno.

Durante muito tempo a Caesb tentou investir na rede de água e esgoto do entorno mas a visão curta dos políticos de GO impediu isso. Recentemente li que a Caesb investirá em Águas Lindas - GO .... vamos ver se rola.
Passei por lá essa semana e realmente é um ritmo intenso de obras, mas imagino que a parte mais complicada vai ser a de elevar a EPTG até os viadutos, exigirá muita movimentação de terra. De qualquer forma o resultado futuro vai compensar os transtornos.
Também acho que essa parte será a mais comlicada. Acho que esse viaduto ficará semelhante ao que fizeram na BR-040, na saída de Santa Maria.
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