Os parques eólicos previstos para o distrito de Leiria nos próximos anos têm capacidade para tornar a região auto-suficiente quanto à produção de energia. Qualquer coisa como 13 parques podem retirar do vento a energia suficiente para cobrir o consumo doméstico de 465 mil pessoas, pouco menos do que a actual população do distrito de Leiria, que também não chega a meio milhão.
De norte a sul do distrito, centenas de aerogeradores vão ser responsáveis por uma potência de 310 megawatts, o que corresponde, nada mais nada menos, do que a 8,3 por cento daquela que é a meta estabelecida por Portugal até 2010. O distrito de Leiria será, a fazer fé nos investimentos previstos, responsável pela poupança nacional de 108 mil toneladas de fuel por ano e pela redução em 250 mil toneladas das emissões de dióxido de carbono.
Mais: poucos acreditam que Portugal será capaz de cumprir as metas estabelecidas, o que só vem comprovar o peso do investimento no distrito em comparação ao todo nacional. Ou seja, a região deverá representar bem mais do que os tais 8,3 por cento.
A norte do distrito, os concelhos de Castanheira de Pêra, Pombal, Alvaiázere e Ansião são responsáveis por mais de centena e meia de megawatts, ou seja, metade da futura energia estimada. Só em Pombal, na Serra de Sicó, as empresas Finerge, Grupo Lena e Somague formam um consórcio disposto a avançar com um investimento no valor de 50 milhões de euros.
Em Alvaiázere, a instalação do parque está nas mãos da Finerge, enquanto no concelho de Alcobaça, nas freguesias de Turquel e Benedita, as empresas ABB e Enerbaça são as promotoras do aproveitamento eólico da Serra dos Candeeiros, cujo parque terá uma potência de 33 megawatts. O Grupo Energis, por seu lado, escolheu o concelho da Nazaré para concretizar o Parque Eólico da Polvoeira, um investimento na ordem dos três milhões de euros, dos quais dez por cento pertencem à autarquia. No concelho de Ansião, a responsabilidade do empeendimento cabe à Eolflor – Produção de Energia Eólica, enquanto a PESM, empresa integrada no grupo de empresas participadas da Enersis apontou as baterias para Alqueidão da Serra. Em Caldas da Rainha a empresa Tecneira, que pertence ao grupo ProCME, estima um volume de negócios anual a rondar os dois milhões de euros. Em Óbidos, prepara-se o terreno para a produção de energia pelo aproveitamento eólico, prevendo uma potência na ordem dos 30 megawatts e que serão objecto de um concurso público.
A juntar a estes projectos, há ainda a salientar parques eólicos em Cela, Alcobaça, e São Mamede e Reguengo do Fetal, na Batalha. E outras intenções de investimento nesta área foram já tornados públicos, em Porto de Mós, Ourém e Peniche.
FONTE:
www.regiaodeleiria.pt