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O Estádio Municipal de Braga, obra "multipremiada" (nacional e internacionalmente) do arquitecto Eduardo Souto de Moura, será a primeira obra portuguesa do século XXI declarada património nacional pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). A estrutura do estádio, apoiada no granito em estado primitivo, torna-o um edifício singular.
Com capacidade para 30 mil espectadores, a obra custou mais de 100 milhões de euros, estando entre os mais caros estádios construídos para o Euro 2004.
O Estádio de Braga foi implantado na Parque Desportivo de Dume, na encosta Norte do Monte Castro. A nossa implantação é a consequência de não devermos fazer a “barragem” à linha de água que naturalmente percorre o vale. A alternativa foi desloca-lo para poente, adoçando-o à encosta, como um anfiteatro romano. Hoje o futebol é um espectáculo, tal como o cinema, o teatro e a televisão, daí a opção de fazer apenas duas bancadas. Hoje ninguém aguenta ver uma peça do Peter Handke em “zoom”, atrás das balizas.
A cobertura surgiu inicialmente como uma longa pala contínua (ver Siza /Expo), mas por condicionamentos e viagens, optamos por eleger como referência as pontes Incas do Perú. Com uma altura de 40 metros, o Estádio ficará adoçado a duas praças com o mesmo desnível. Sendo assim, o Edifício poderá servir de "âncora" à organização do território, na emergente expansão da cidade a Norte. A Sul, também foi assim há vinte anos, no Mercado do Carandá. Hoje sem romantismos, estou a amputá-lo, para que não morra de gangrena.
Eduardo Souto Moura, in Catálogo Prémio Secil Arquitectura 2004
Algumas fotos da construção do estádio:
Apesar de achar que o estádio não é lá muito confortável (nos dias de chuva, chove até meio das bancadas, e do vento nem se fala... só é bom no verão e para ver futebol é muito bom, vê-se muito bem o campo onde quer que se esteja) e que o dinheiro gasto lá seria muito melhor empregue no novo hospital de Braga que nunca mais sai do papel, há que admitir que o estádio é muito bonito.
Com capacidade para 30 mil espectadores, a obra custou mais de 100 milhões de euros, estando entre os mais caros estádios construídos para o Euro 2004.
O Estádio de Braga foi implantado na Parque Desportivo de Dume, na encosta Norte do Monte Castro. A nossa implantação é a consequência de não devermos fazer a “barragem” à linha de água que naturalmente percorre o vale. A alternativa foi desloca-lo para poente, adoçando-o à encosta, como um anfiteatro romano. Hoje o futebol é um espectáculo, tal como o cinema, o teatro e a televisão, daí a opção de fazer apenas duas bancadas. Hoje ninguém aguenta ver uma peça do Peter Handke em “zoom”, atrás das balizas.
A cobertura surgiu inicialmente como uma longa pala contínua (ver Siza /Expo), mas por condicionamentos e viagens, optamos por eleger como referência as pontes Incas do Perú. Com uma altura de 40 metros, o Estádio ficará adoçado a duas praças com o mesmo desnível. Sendo assim, o Edifício poderá servir de "âncora" à organização do território, na emergente expansão da cidade a Norte. A Sul, também foi assim há vinte anos, no Mercado do Carandá. Hoje sem romantismos, estou a amputá-lo, para que não morra de gangrena.
Eduardo Souto Moura, in Catálogo Prémio Secil Arquitectura 2004











Algumas fotos da construção do estádio:



Apesar de achar que o estádio não é lá muito confortável (nos dias de chuva, chove até meio das bancadas, e do vento nem se fala... só é bom no verão e para ver futebol é muito bom, vê-se muito bem o campo onde quer que se esteja) e que o dinheiro gasto lá seria muito melhor empregue no novo hospital de Braga que nunca mais sai do papel, há que admitir que o estádio é muito bonito.