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O projecto é aquele render?Ganhar terrenos ao mar só com a finalidade de urbanizar e ganhar dinheiro parece-me muito mal mas se o objectivo essencial é proteger as falésias da erosão do mar, aí a história é bem diferente.
Alguém sabe mais pormenores acerca destes projectos?
Que explicação da treta.. mas nada de admirar, vindo de quem há um ano atrás queria "colocar a Natureza ao serviço do Homem"Confrontado com as reticências dos ecologistas a projectos desta natureza, Jardim recordou tratar-se dos mesmos que «diziam para não se tirar pedras das ribeiras e vieram as ribeiras em cima de nós».
O líder madeirense afirmou que «o que causou o prejuízo [na intempérie] foi a enorme quantidade de materiais que desde as alturas dos 1600 metros vieram por ali abaixo». «É um efeito bola de neve: À medida que desce, o entulho vai provocando cada vez mais derrocadas. Enquanto há uma inclinação os inertes vão-se deslocando mas a partir do momento em que chegam perto do mar às zonas planas ficam depositados», explicou.
«Como não houve nenhuma urbanização nas zonas altas de onde vieram os materiais, certamente quem tenta aproveitar esta situação para fazer política são uns indivíduos execráveis», acrescentou.
Existem cidades que ganharam terreno ao mar em portugal, Lisboa fez grandes aterros no tejo.Ganhar terrenos ao mar só com a finalidade de urbanizar e ganhar dinheiro parece-me muito mal mas se o objectivo essencial é proteger as falésias da erosão do mar, aí a história é bem diferente.
Alguém sabe mais pormenores acerca destes projectos?
Aquilo era o projecto Imobiliário do Toco. Creio que foi suspenso/cancelado por falta de apoios dos privados. Este projecto foi criticado no tal vídeo visionário que anda nos Youtubes sobre o que aconteceu na Madeira (o tal que também critica a canalização das ribeiras)...O projecto é aquele render?
Sim, sobretudo as zonas portuárias.Existem cidades que ganharam terreno ao mar em portugal, Lisboa fez grandes aterros no tejo.
Setúbal também fez um aterro muito grande sado.
Nova praça e novo cais
Jornal da Madeira
O projecto que dá corpo a este conjunto de intervenções, foi já apreciado e aprovado em Conselho de Governo e está a ser alvo de acertos finais a fim de prosseguir a tramitação legal imprescindível (nomeadamente audição da Câmara e discussão pública) a que se seguirá imediatamente a colocação das correspondentes obras a concurso público internacional.
Como consequência dos temporais de 20 de Fevereiro de 2010, e decorrentes do imprescindível e urgente desassoreamento dos troços terminais das três ribeiras que desaguam no interior do Porto, foi necessário constituir um depósito temporário de inertes a leste do Cais da Cidade, entre este e a foz da Ribeira de Santa Luzia, impropriamente por alguns chamado de «aterro».
Face ao elevado volume de material depositado, decidiu o Governo não retirar dali os inertes (por forma a evitar o elevado custo e fortes perturbações da passagem de centenas de camiões através da cidade) e contê-los com recurso a um novo cais acostável, por forma a salvaguardar a operacionalidade do porto e ao mesmo tempo valorizar urbanística e paisagísticamente o terrapleno assim constituído.
Este cais, com a extensão de cerca de 300 metros (situa-se em cota inferior em 2 metros, relativamente ao cais da cidade), permitirá na face exterior a atracagem de navios de cruzeiro e na bacia interior a atracagem e operação das embarcações das actividades marítimo-turísticas. Desenvolve-se a leste do cais da cidade (que ganhará na face leste as condições de acostabilidade que já teve antigamente), até a foz das Ribeiras de Santa Luzia e João Gomes.
O terrapleno constituído pelo depósito de inertes, será valorizado com uma grande praça, na zona frontal à Assembleia Legislativa, e a área restante como extensão da zona de lazer da Avenida do Mar e usos múltiplos, onde não serão implantadas construções.
A actual Praça da Autonomia será completamente alterada, pois as Ribeiras de João Gomes e Santa Luzia ligar-se-ão numa única foz, a fim de permitir uma nova solução franca de saída para o mar, das águas e inertes transportados pelas ribeiras, penetrando os respectivos muros de canalização, no mar, cerca de 100 metros para além do muro da avenida.
A leste da foz das Ribeiras de João Gomes e Santa Luzia, até o Forte de São Tiago, será executada uma protecção marítima, com recurso ao calhau rolado resultante das escavações das referidas ribeiras, calhau este que será contido com a construção de dois quebramares destacados da marginal, os quais dissiparão a energia das ondas, e que permitirão a constituição de três praias de calhau rolado, cujo equilíbrio será assegurado ao longo dos anos com recurso ao calhau transportado pelas ribeiras.
Protege-se, assim e inclusive, o Campo Almirante Reis, as instalações do Teleférico, a Estação de tratamento de águas residuais e o Hotel Porto Santa Maria
O projecto que dá corpo a este conjunto de intervenções, foi já apreciado e aprovado em Conselho de Governo. Está a ser alvo de acertos finais a fim de prosseguir a tramitação legal imprescindível (nomeadamente audição da Câmara e discussão pública) a que se seguirá imediatamente a colocação das correspondentes obras a concurso público internacional.
Está marcada a realização de um "cordão humano" à volta do (gigantesco) aterro para este Domingo 20 de Fevereiro. “Acabem com o aterro do Funchal, devolvam a praia” é o motivo principal da iniciativa.Projecto "tem de ter fundamentação técnico-científica"
Diário de Notícias
Raimundo Quintal diz que o projecto é um desenho sem dados sobre o impacto na baía do Funchal
“Mostrem a fundamentação técnico-científica de tudo isto”. À TSF-M e DIÁRIO, Raimundo Quintal considera que o projecto do Governo Regional para o aterro a leste do cais do Funchal, que hoje faz manchete na edição impressa neste matutino, não apresenta dados relativos ao impacto da intervenção, em particular ao nível das ribeiras.
“Não fundamenta cientificamente como é que a canalização em conjunto das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes vai ser levada 100 metros para Sul do muro da avenida sem criar mais problemas no escoamento dessas mesmas ribeiras e assoreamento no interior do porto”, avança o geógrafo e investigador.
Por outro lado, Raimundo Quintal critica qualquer alteração na zona a leste da foz das ribeiras, onde o projecto prevê a criação de três praias.
“Isto parece que é tudo muito estático, que o mar é facilmente moldável pela vontade do Governo Regional, que o Governo Regional é o escultor que molda o mar como se molda o barro”, afirmou o antigo vereador do Ambiente da Câmara do Funchal.
Raimundo Quintal diz que o projecto que inclui um novo cais de acostagem e porto de recreio não se afigura como uma boa solução para a baía do Funchal, razão pela qual garantiu que nada o demoverá de participar domingo num cordão humano junto ao aterro como forma de protesto.
Ficar como está é que não.Esperemos que o projecto avance.