Greve de ônibus deixa 1 milhão sem transporte no RJ

Quarta, 12 de abril de 2006, 14h47
Greve de ônibus deixa 1 milhão sem transporte no RJ



Um milhão de passageiros ficaram sem transporte nesta manhã de quarta-feira por causa da greve dos ônibus, tanto municipais quanto intermunicipais, de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito, Maricá e Tanguá, todos na região metropolitana do Rio de Janeiro.


Apenas alguns coletivos das empresas Ingá, ABC e Mauá circulam em Niterói e São Gonçalo. Os motoristas e cobradores não estão uniformizados e alguns já foram até agredidos por passageiros revoltados. Os coletivos são escoltados por patrulhas da Polícia Militar.

Muitos estudantes e trabalhadores, principalmente de Niterói, que têm suas atividades no Rio, seguiram a pé para a Estação das Barcas, que ainda apresentam movimento acima do normal nesta tarde. O fluxo de veículos particulares também aumentou na Ponte Rio-Niterói.

Os pontos de ônibus continuam bastante movimentados por pessoas que tentam ingressar em táxis ou vans, que também seguem lotadas. Alguns motoristas oferecem carona aos pedestres.

Em assembléia realizada na noite desta terça-feira, os funcionários de empresas de ônibus destas seis cidades decidiram entrar em grave por tempo indeterminado a partir da 0h desta quarta. Eles reivindicam 12% de aumento e o fim da função de motorista júnior que, além de dirigir, exerce a função de cobrador nos microônibus.

Segundo o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Antônio de Freitas Tristão, a greve foi decidida porque os empresários não apresentaram propostas. "Nossa data-base era 1º de março. Estamos em negociação desde fevereiro e, como nada nos foi oferecido, decidimos pela greve", disse Tristão. Ele afirma ainda que o fim da função de motorista júnior é questão de segurança. ¿Tem ocorrido muitos acidentes devido a dupla função¿.

O sindicato reúne 52 mil rodoviários, incluindo os de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
O Dia