Comemorando meu
1º milésimo post segue a conclusão do tópico sobre esta mui maravilhosa Baía de Guanabara.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
UFF - Universidade Federal Fluminense
http://www.uff.br/
HISTÓRICO
A idéia da criação de uma Universidade para o Estado do Rio de Janeiro partiu da Associação Fluminense de Professores Católicos, em 1946. A Universidade Federal Fluminense - UFF - foi criada pela Lei nº 3.848, de 18 de dezembro de 1960, com o nome de Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UFERJ. A ela incorporaram-se as cinco faculdades federais já existentes em Niterói - Faculdade de Direito de Niterói, Faculdade Fluminense de Medicina, Faculdade de Farmácia e Odontologia, Escola de Odontologia e Escola Fluminense de Medicina Veterinária - e agregaram-se estabelecimentos de ensino estaduais - Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, Escola Fluminense de Engenharia e Escola de Serviço Social do Estado do Rio de Janeiro - e particulares - Faculdade Fluminense de Filosofia e Faculdade de Ciências Econômicas de Niterói.
Em 13 de dezembro de 1961, pela Lei nº 3.958, os estabelecimentos a ela agregados foram-lhe incorporados e, assim, federalizados. Em 1964, o Hospital Municipal Antônio Pedro, hoje Hospital Universitário Antônio Pedro, foi incorporado à Universidade visando ao ensino e à pesquisa nas áreas de saúde e assistencial.
Com a Lei nº 4.831, de 5 de novembro de 1965, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro passou a denominar-se Universidade Federal Fluminense. A UFF é uma entidade federal autárquica de regime especial, com autonomia didático-científica, administrativa, disciplinar, econômica e financeira, exercida na forma de seu Estatuto e da legislação pertinente.
Hoje, a universidade tem 21.682 alunos matriculados (incluindo os que entrarão no segundo semestre letivo deste ano), 2.642 professores e 4.718 funcionários - no Hospital Universitário Antônio Pedro estão lotados 1.940 servidores. Com um total de 79 departamentos de ensino, são oferecidos neste vestibular 51 cursos de graduação. Na pós-graduação, a UFF tem 131 cursos.
Localizada em Niterói, a UFF marca presença na vida dos habitantes da cidade com diversas atividades culturais, de pesquisa, ensino e extensão. Um exemplo dessa integração é o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), que foi doado à universidade pela Prefeitura Municipal de Niterói em 1964 - incentivando o ensino e a pesquisa nas áreas de saúde e mantendo seu caráter assistencial.
Na Reitoria, em Icaraí, funcionam os órgãos de assessoramento ao reitor, as quatro pró-reitorias, órgãos auxiliares, complementares e os conselhos superiores. Os conselhos Universitários e de Ensino e Pesquisa regulamentam e orientam a política educacional do ensino, da pesquisa e da extensão na universidade. Presididos pelo reitor, são integrados por representantes do corpo docente e discente e da comunidade de Niterói. O acompanhamento, a fiscalização econômico-financeira da universidade são competências do Conselho de Curadores.
EsEFEx
Escola de Educação Física do Exército
Avenida Pasteur nº 480, Urca - Rio de Janeiro – RJ
http://www.esefex.ensino.eb.br/
Resumo Histórico
Esta Escola foi o berço da Educação Física no Brasil. Suas origens datam de 1919, quando um grupo de oficiais e cadetes da Escola Militar do Rio de Janeiro se propôs a promover a sistematização de exercícios físicos nos meios militar e civil. A EsEFEx foi, então, criada em 10 de janeiro de 1922, anexa à Escola de Sargento de Infantaria, atual quartel do Regimento Escola de Infantaria, com o nome CENTRO MILITAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Foram selecionados 10 Oficiais, 28 Sargentos e 20 professores públicos do então Distrito Federal (hoje município do Rio de Janeiro) para comporem a turma que tornou-se A PRIMEIRA TURMA DE DIPLOMADOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO BRASIL.
As Origens da Educação Física no Brasil
Em
1919, um grupo de oficiais e cadetes da Escola Militar - RJ, fundou a “União Atlética da Escola Militar” e se propôs a promover a sistematização da Educação Física nos meios militar e civil. Era um núcleo de idealistas influenciados pela Missão Indígena, cujos esforços culminariam com a criação da Escola de Educação Física do Exército. À frente deste movimento, achava-se o Tenente Newton Cavalcanti, seu incentivador maior, que mais tarde foi diretor da Escola. Neste contexto, o primeiro marco de fundação da EsEFEx situa-se em 10 de janeiro de 1922 (Boletim do Exército no 431- 20/01/1922) quando se criou o Centro Militar de Educação Física - CMEF na Escola de Sargentos de Infantaria, Vila Militar – RJ, com parte da nova Organização do Exército. As atividades se iniciaram sob os auspícios da Liga de Sports do Exército, mas a Revolução de 1922 determinou seu fechamento não chegando portanto a formar sequer uma turma de instrutores.
1929 Sete anos após o fechamento do CMEF, ocorreu uma visita do Presidente da República Dr. Washington Luís, à Escola de Sargentos de Infantaria, acompanhado pelo Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo dos Passos. Entusiasmado com o trabalho produzido com os alunos da Escola de Sargentos de Infantaria, o Ministro Sezefredo determina, providências imediatas para criação do Curso Provisório de Educação Física, anexo à referida Escola. A condução dos trabalhos foi entregue aos Tenentes Ignácio de Freitas Rolim e Virgílio Alves Bastos, que selecionaram uma turma de 10 Oficiais, 28 Sargentos e 20 professores públicos do então Distrito Federal (hoje município do Rio de Janeiro). Deste grupo saiu a primeira turma de diplomados em Educação Física do Brasil, considerando-se um estabelecimento nacional e alunos militares e civis em igualdade de condições discentes.
1930 Neste ano, como as instalações da Escola de Sargentos de Infantaria eram precárias para a parte náutica, transferiu-se o núcleo formativo para a Fortaleza de São João, Urca, local que marca a fundação da cidade do Rio de Janeiro no século 16. Na sua nova sede, o CMEF iniciou suas atividades com a abertura dos cursos de Instrutor, Especialização (Medicina) e de Monitor.
1933 Na data de 19 de outubro, o Governo Vargas pelo decreto 23252, muda a denominação do CMEF para Escola de Educação Física do Exército, dando-lhe nova organização, atualizando os seus currículos e ampliando os seus objetivos. Desde então, a EsEFEx assumiu uma função de formadora com atuação em todo o território nacional, freqüentemente em condições pioneiras em diversas regiões. Esta vocação para influenciar a Educação Física em escala nacional – e mais tarde admitindo alunos do exterior – passou por estágios distintos, refletindo o próprio desenvolvimento do esporte e atividades físicas de lazer, ora em perspectiva militar (instrutores), ora civil (professores e médicos).
1933 a 1941 Nesta primeira fase, a EsEFEx compartilha tanto da eugenia à época prevalecente no país - reforçando ideais do povo brasileiro como uma raça forte - como da formação e especialização em Educação Física e Medicina Esportiva como uma contribuição prioritária da EsEFEx para o desenvolvimento institucional destas áreas de intervenção profissional. Os marcos deste período foram os seguintes: (a) Criação, em 1929, do “Curso Provisório de Educação Física”; (b) Fundação, em maio de 1932, da “Revista de Educação Física”, considerada órgão oficial da EsEFEx; (c) Suporte, em 1939, para criação e desenvolvimento da Escola Nacional de Educação Física e Desportos – RJ; (d) Contribuição, em 1939, para a efetiva institucionalização da Medicina do Esporte no Brasil; (e) Criação, em 1936, da “Colônia de Férias”, uma das atividades precursoras do esporte recreativo como inclusão social no país, sob liderança do Capitão Ignácio de Freitas Rolim e do Sargento Custódio Batista Lobo.
1942 a 1967 Nesta segunda fase, a ênfase situou-se no uso do esporte para preparação do soldado; no compartilhamento de cargos em diversas confederações e federações esportivas brasileiras; na organização de eventos esportivos e publicações diversas como livros, artigos e manuais na área de Educação Física e esporte. Os marcos deste estágio foram os seguintes: (a) Realização de estágios, cursos e simpósios, permitindo acesso e atualização profissional quanto aos principais métodos de intervenção profissional; (b) Ocupação efetiva de cargos e direção de instituições da área por pessoal legitimado pela formação profissional; (c) Intercâmbio internacional, destacando-se o XII Campeonato Mundial de Pentatlo Militar em 1960, evento esportivo de repercussão mundial, no qual os encargos do treinamento atlético e organização couberam à EsEFEx; (d) Reedição da maior parte das obras elaboradas pela EsEFEx, após um convênio assinado com a Divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura, para efeito de difusão no meio civil.
1968 a 1979 A “Fase de Cientificação do Treinamento Esportivo” seguiu-se como resultado da crescente influência das ciências na preparação atlética como também do incentivo dado pelo Ministro do Exército às práticas esportivas em todas as guarnições do país, afirmando a importância da preparação física e psicológica do combatente. Os marcos desta fase foram: (a) A preparação física da seleção brasileira de futebol para a Copa do Mundo no México, em 1970, para a qual Cláudio Coutinho utilizou o programa "Aerobics”, adaptando a tabela de Cooper destinada a sedentários aos atletas; (b) O impacto da conquista da Copa de 1970 pelo Brasil, dando surgimento a um grande movimento social de engajamento a programas de atividade física sistemática.
1980 a 1989 Neste período instalou-se uma fase de valorização dos esportes militares em face à mudança da conjuntura política do país e conseqüente retração da EsEFEx, voltando-se para dentro da instituição, conseqüentemente dando prioridade aos esportes militares e ao treinamento físico militar. Esta fase teve como marcos: (a) A trajetória internacional bem sucedida da Equipe de Pentatlo Militar do Brasil que destacou a preparação física, psicológica e técnica do soldado brasileiro; (b) O processo de cientificação do manual de Treinamento Físico Militar e do Teste de Avaliação Física no âmbito interno do Exército.
1990 a 2000 A fase de reestruturação no sentido das Ciências do Esporte derivou-se da tanto da introspecção da EsEFEx que a afastou das instituições civis tanto quanto do avanço destas últimas entidades no sentido do conhecimento e da pesquisa, sobretudo em termos de pós graduação. Dessa forma para que a EsEFEx não ficasse distante da modernização do esporte e da Educação Física, ela passou a ser enquadrada no Centro de Capacitação Física do Exército - CCFEx. Este foi criado para obter interdisciplinaridade entre o esporte, a saúde, a pesquisa e a preparação dos discentes. Nesta nova abordagem, o corpo docente da EsEFEx tem buscado o auto aperfeiçoamento em universidades civis e tem sido realizados dentro da Escola cursos de pós-graduação em convênio com Estabelecimentos de Ensino Superior do mundo civil.
Situação Atual Desde sua criação até nossos dias foram formados pela EsEFEx mais de 6.000 instrutores e monitores em Educação Física, mais de 150 médicos especialistas em medicina esportiva e mais de 130 mestres d’armas. Os formandos originaram-se de todas as Unidades Federadas do país e de algumas nações amigas, sendo civis ou pertencentes ao Exército, Marinha, Aeronáutica, Policia Militar, Corpo de Bombeiro, Forças Armadas de outros países. Hoje a EsEFEx, vinculada à Diretoria de Pesquisa e Estudos de Pessoal, continua cumprindo sua missão principal que é habilitar oficiais, sargentos e civis para o desempenho de funções nas áreas da Educação Física, Medicina Esportiva e Mestre D’armas.
Fonte:
Renato Souza Pinto Soeiro
A Contribuição da Escola de Educação Física para O Esporte Nacional: 1933 a 2000. Rio de Janeiro, 2003. Dissertação (Mestrado em Motricidade Humana). Universidade Castelo Branco.
ESG – Escola Superior de Guerra
http://www.esg.br/
A Escola Superior de Guerra (ESG), criada pela Lei nº 785/49, é um Instituto de Altos Estudos de Política, Estratégia e Defesa, integrante da estrutura do Ministério da Defesa, e destina-se a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários ao exercício de funções de direção e assessoramento superior para o planejamento da Defesa Nacional, nela incluídos os aspectos fundamentais da Segurança e do Desenvolvimento.
A Escola Superior de Guerra funciona como centro de estudos e pesquisas, a ela competindo planejar, coordenar e desenvolver os cursos que forem instituídos pelo Ministro de Estado da Defesa.
A Escola, subordinada ao Ministério da Defesa, não desempenha função de formulação ou execução da Política do País. Seus trabalhos são de natureza exclusivamente acadêmica, sendo um foro democrático e aberto ao livre debate.
A ESG se localiza na área da Fortaleza de São João, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. A Fortaleza foi mandada construir, em 1565, por Estácio de Sá, na várzea entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar e marca a fundação da cidade do Rio de Janeiro e o domínio português na Baia da Guanabara.
Histórico
A Escola Superior de Guerra (ESG) resultou de estudos desenvolvidos por um grupo de militares preocupados com as conseqüências da recém-terminada Segunda Guerra Mundial.
Em 1948, o General Salvador César Obino, então Chefe do Estado-Maior Geral (antigo Estado-Maior das Forças Armadas - EMFA e hoje Ministério da Defesa), criado dois anos antes, em visita ao NATIONAL WAR COLLEGE, nos EUA, contou, de imediato, com o apoio dos norte-americanos, que se prontificaram de enviar uma missão militar para dar suporte à implantação da referida Escola.
Em dezembro daquele ano, o General-de-Divisão Oswaldo Cordeiro de Farias foi colocado à disposição do EMFA, para elaborar o anteprojeto do regulamento da Escola Superior de Guerra, juntamente com o Coronel-Aviador Ismar P. Brasil, o Tenente-Coronel Affonso Henrique de Miranda Corrêa, o Capitão-de-Fragata Celso A. de Macedo Soares Guimarães e o Tenente-Coronel Idálio Sardenberg. A Missão Militar americana já se encontrava no Brasil. Um documento elaborado, por este último oficial, com o título de Princípios Fundamentais da Escola Superior de Guerra, serviu de base para a redação do Regulamento da ESG.
Desta maneira, pela Lei n° 785, de 20 de agosto de 1949, foi “criada a Escola Superior de Guerra, um instituto de altos estudos, subordinado diretamente ao Ministro da Defesa e destinado a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários para o exercício das funções de assessoramento e direção superior e para o planejamento da segurança nacional”. Acrescentava a Lei que a ESG deveria funcionar como centro permanente de estudos e pesquisas, ministrando cursos que fossem instituídos pelo Poder Executivo.
A Escola foi idealizada, em princípio, para ministrar o Curso de Alto Comando apenas para militares, entretanto, terminou sendo organizada para receber, também, civis, sendo criado o Curso Superior de Guerra (CSG). O curso destinado, exclusivamente, para militares, Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (CEMCFA) começou a funcionar em 1954.
O General Cordeiro de Farias foi o primeiro Comandante da ESG, no período de 1° de setembro de 1949 a 11 de dezembro de 1952. O General Juarez Távora, depois de realizar o curso da Escola, foi o seu segundo Comandante.
No dia 15 de março de 1950, com a presença do então Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, iniciou-se o ano letivo da ESG, sendo a Aula Inaugural proferida pelo General César Obino, no auditório da antiga Escola Técnica do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia (IME).
IME – Instituto Militar de Engenharia
http://www.ime.eb.br/
Apresentação
O Instituto Militar de Engenharia (IME) é o estabelecimento de ensino do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) responsável, no âmbito do Exército Brasileiro, pelo ensino superior de Engenharia e pela pesquisa básica.
O IME ministra cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária para militares e civis.
Insere-se no Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, cooperando com os demais órgãos, por meio da prestação de serviços e pela execução de atividades de natureza técnico-científicas.
O Instituto coopera, pelo ensino e pela pesquisa, também para o desenvolvimento científico-tecnológico do País.
Histórico do IME
Em 15 de Janeiro de 1699, o Rei de Portugal sancionou uma Carta Régia, criando um curso de formação de soldados técnicos no Brasil-Colônia. O objetivo era capacitar homens na arte da construção de fortificações, a fim de promover a defesa da Colônia contra as incursões de outras nações. O Capitão Engenheiro Gregório Gomes Henriques, nesse mesmo ano, ministrou a primeira Aula de Fortificação em território brasileiro.
Outros episódios ocorridos antes de 1699 são dignos de destaque. O primeiro refere-se ao holandês Miguel Timermans, "engenheiro de fogo", que esteve no Brasil de 1648 a 1650, sendo "encarregado de formar discípulos aptos para os trabalhos de fortificações". O outro foi o do Capitão Engenheiro Gregório Gomes Henriques enviado ao Brasil em 1694 para dar aulas aos condestáveis (comandante de força ou chefe de artilheiros) e artilheiros do Rio de Janeiro.
De 1710 a 1829, o Forte de São Pedro, na cidade de Salvador, sediou a Aula de Fortificação e Artilharia, sendo o Sargento-Mor Engenheiro José Antonio Caldas um dos professores. Enquanto isso, em 1718, havia, no Recife, uma Aula de Fortificação em que se ensinavam as partes essenciais de um curso de matemática. Em 1795, foi criada no Recife uma Aula de Geometria, acrescida, em 1809, do estudo de Cálculo Integral, Mecânica e Hidrodinâmica, lecionados pelo Capitão Antonio Francisco Bastos. Essa aula existiu até 1812.
Em 1738, foi criada, no Rio de Janeiro, a Aula de Artilharia, ampliação da existente em 1699. O Sargento-Mor José Fernandes Pinto Alpoim era o responsável pela mesma e, sob o seu comando, foram construídos os Palácios dos Governadores do Rio de Janeiro, na Praça XV, e de Minas Gerais, em Ouro Preto.
Em 1774, a Aula de Artilharia foi acrescida da cadeira de Arquitetura Militar, passando à denominação de Aula Militar do Regimento de Artilharia, considerada por Pirassununga (O Ensino Militar do Brasil, pg. 27) como o "marco inicial da formação de Engenheiros Militares no Brasil", com a dupla finalidade de "preparar artilheiros e de formar oficiais para o exercício de Engenharia".
A Criação da Real Academia – Antecessora do IME
A história do IME remonta ao ano de 1792, quando, por ordem de Dona Maria I, Rainha de Portugal, foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. Essa foi a primeira escola de engenharia das Américas e terceira do mundo, sendo instalada na Casa do Trem de Artilharia, na Ponta do Calabouço, onde atualmente funciona o Museu Histórico Nacional.
Tinha por objetivo formar oficiais das Armas e Engenheiros para o Brasil-Colônia. Os cursos de Infantaria e de Cavalaria tinham a duração de três anos, o da Artilharia, cinco anos. O curso de Engenharia durava seis anos, sendo que no último ano eram lecionadas as cadeiras de Arquitetura Civil, Materiais de Construção, Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, Canais, Diques e Comportas.
A Real Academia tornou-se a base para a implantação da Academia Real Militar, criada em 23 de abril de 1811, por ordem de D. João VI.
Única Escola de Engenharia no Brasil
A Academia Real Militar (1811) mudou de nome quatro vezes: Imperial Academia Militar, em 1822; Academia Militar da Corte, em 1832, Escola Militar, em 1840 e Escola Central, a partir de 1858. Ali se formavam não apenas Oficiais do Exército, mas, principalmente engenheiros, militares ou civis, pois a Escola Central era a nossa única escola de Engenharia existente no Brasil.
Em 1874, a Escola Central desligou-se das finalidades militares, indo para a jurisdição da antiga Secretaria do Império e passando a formar exclusivamente engenheiros civis. A formação de engenheiros militares, bem como a de oficiais em geral, passou a ser realizada na Escola Militar da Praia Vermelha (1874 a 1904). Nesse último ano, a Escola foi transferida para o Realengo, onde eram formados os oficiais de Engenharia e de Artilharia. Os oficias de Infantaria e de Cavalaria eram preparados em Porto Alegre.
Influência Estrangeira
Sob influência alemã, o Exército Brasileiro suspendeu a formação de engenheiros militares. Previa-se a realização de cursos técnicos de Artilharia e de Engenharia realizados no estrangeiro. Numa segunda etapa, seria implantada uma escola militar tendo por instrutores os oficiais brasileiros formados no exterior.
A Missão Militar Francesa, iniciada na década de 1920, inspirou a criação da Escola de Engenharia Militar. O Decreto nº 5632, de 31 de dezembro de 1928, estabeleceu sua missão no sentido de formar engenheiros, artilheiros, eletrotécnicos, químicos e de fortificação e construção. A Escola de Engenharia Militar começou a funcionar em 1930, ocupando as instalações da Rua Barão de Mesquita, no quartel posteriormente ocupado pelo Batalhão de Polícia do Exército.
Em 1933, mudou sua denominação para Escola Técnica do Exército. Em 1934, a Escola Técnica do Exército instalou-se na Rua Moncorvo Filho, no centro do Rio de Janeiro, e, em 1942, no atual prédio da Praia Vermelha.
Já sob a influência norte-americana, foi criado o Instituto Militar de Tecnologia (1949). Iniciavam-se, então, programas de estudo, pesquisa e controle de materiais para a indústria.
Centro de Excelência
Antevendo as futuras necessidades do país no setor nuclear, a Escola Técnica do Exército iniciou, em 1958, um Curso de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear.
Da fusão da Escola Técnica do Exército com o Instituto Militar de Tecnologia, em 1959, nasceu o atual Instituto Militar de Engenharia (IME).
O Instituto destaca-se por ter formado inúmeras gerações de engenheiros, civis e militares, que muito contribuíram para o desenvolvimento nacional, não só no desempenho exclusivo da atividade profissional, mas também na qualidade de professores ou mesmo de fundadores de instituições de ensino espalhadas pelo imenso Brasil.
O domínio das mais variadas tecnologias tornou-se fator determinante no desenvolvimento e soberania das nações. Por isso, as atividades de ensino e de pesquisa desenvolvidas pelo IME são estratégicas e vitais para um país vocacionado a ser uma potência mundial. Reconhecido como um centro de excelência no ensino da engenharia, o IME possui um indelegável compromisso de formar recursos humanos altamente qualificados para atender as necessidades nacionais.
Para conduzir essa árdua tarefa, o IME conta com um Corpo Docente do mais alto nível, composto por professores, mestres e doutores de reconhecida reputação acadêmica, muitos deles pós-graduados em instituições estrangeiras.
Devido ao seu potencial, muitas vezes o Instituto é chamado a participar de estudos e de pesquisas nas esferas governamental e privada, visando o desenvolvimento dos mais variados projetos.
Admissão de civis e de mulheres
A partir de 1964, o IME passou a admitir civis que, ao final do curso, conquistavam a condição oficial da reserva. Em outubro de 1995, o Sr. Ministro do Exército baixou diretriz com a finalidade de reestruturar a carreira do oficial do Quadro de Engenheiros Militares (QEM), trazendo em seu bojo modificações importantes.
Atualmente, o IME forma oficiais engenheiros militares da ativa e da reserva, sendo que a graduação em engenharia tem a duração de 5 anos e a formação militar tem a duração de 5 anos para os optantes pela carreira e de 1 ano para os optantes pela reserva. Além disso, o Instituto também admite engenheiros (as) formados (as) em instituições civis. Após um curso de 1 ano, esses profissionais ingressam no QEM.
O ano de 1997 marcou o início da participação feminina, para concludentes do segundo grau e para engenheiras formadas. O acesso aos cursos oferecidos pelo IME é realizado em absoluta igualdade de condições com os homens.
A opção pelo serviço ativo permite que o formando siga a carreira militar até atingir o posto de General-de- Divisão. Os formandos, que optam pela reserva, podem, ao final do curso, realizar um estágio de até seis anos como Oficiais da Reserva convocados. Após esse período, os mesmos retornam ao mercado de trabalho, com uma importante bagagem profissional.
Dessa forma, o Exército contribui na criação de reais oportunidades de trabalho para um mercado cada vez mais exigente e qualificado.
Patrimônio Nacional
A síntese do pensamento moderno indica que as instituições que não se preocuparem com o domínio da tecnologia e da comunicação social estarão condenadas ao fracasso no século XXI. Nesse sentido, o IME tem buscado capacitar recursos humanos para atender as crescentes demandas nacionais no campo da Ciência e Tecnologia, visando romper o hiato tecnológico que separa o Brasil das grandes potências.
As atuais gerações de engenheiros militares buscam inspiração nos seus antecessores para dar continuidade ao passado de realizações e manter a admirável posição de importante pólo produtor e irradiador da cultura técnica, em parceria com as comunidades acadêmicas nacional e internacional.
Respaldado numa tradição secular e na busca constante da modernidade, o IME se constitui em peça fundamental para a Engenharia Militar no compromisso de vencer os limites que cerceiam a tecnologia nacional.
"Instituto Militar de Engenharia: Berço da Engenharia Brasileira, Centro de Excelência, Patrimônio Nacional".
Escola de Guerra Naval
http://www.egn.mar.mil.br/
Ambiente Físico
A Escola de Guerra Naval (EGN) está localizada na Avenida Pasteur, n.º480, próximo à Praia Vermelha, na Urca.
Ocupa uma área construída de 1700 m², edificada em três blocos. No primeiro bloco estão situadas as salas de aula e de estudo, equipadas com modernos recursos didáticos.
No segundo bloco encontra-se o auditório principal, com capacidade para quinhentos lugares.
No último bloco estão localizadas uma ampla biblioteca, que possui um bom acervo de livros e periódicos, e um moderno centro de jogos de guerra.
A Escola de Guerra Naval dispõe, ainda, para práticas desportivas, de duas quadras polivalentes e uma sala de musculação.
Missão
A EGN é uma instituição de altos estudos militares, que tem o propósito de contribuir para a capacitação dos oficiais para o desempenho de comissões operativas e de caráter administrativo; prepará-los para funções de estado-maior; e aperfeiçoá-los para o exercício de cargos de comando, chefia, direção e nos altos escalões da Marinha.
Para a consecução do seu propósito, a EGN executará as seguintes tarefas:
I - ministrar, atualizar, uniformizar e ampliar os conhecimentos dos oficiais naquilo que se relaciona com a defesa nacional, o poder marítimo, a guerra naval e a administração;
II - disseminar, por intermédio de seus cursos, a doutrina naval emanada do EMA; e
III - investigar, estudar, experimentar e opinar sobre novos métodos, teorias, planos e doutrinas ou temas de interesse da Marinha, quer por determinação específica do EMA, quer por iniciativa própria.
Em situação de mobilização, conflito, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal e em regimes especiais, cabem à EGN as tarefas que lhe forem atribuídas pelas normas e diretrizes referentes à Mobilização Marítima e as emanadas pelo EMA.
Visão
"Ser reconhecida como um Centro de Excelência em ensino e pesquisa no campo da Defesa Nacional, até o ano de 2014."
Histórico
Em 1911, pelo Decreto número 8.650, de 4 de abril, assinado pelo Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca e pelo Ministro de Estado dos Negócios da Marinha, Contra-Almirante Joaquim Marques de Leão, foi criado o “Curso Superior de Marinha”, dentro da estrutura da Escola Naval, que então funcionava na Rua Dom Manuel, nº 15, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 1914, com a transferência da Escola Naval para Angra dos Reis, foi criada, pelo Decreto número 10.787, de 25 de fevereiro, assinado pelo Presidente Hermes da Fonseca e pelo Almirante Alexandrino Faria de Alencar, uma “Escola para o Ensino Naval de Guerra”, denominada “Escola Naval de Guerra”, cuja sede permaneceu no mesmo local, na rua Dom Manoel, até 1933. A Escola foi inaugurada em 11 de junho de 1914, tendo sido o seu primeiro Diretor o Contra-Almirante Antonio Coutinho Gomes Pereira. O primeiro regulamento da Escola Naval de Guerra foi aprovado pelo Decreto número 11.517, de 10 de março de 1915.
Posteriormente, pelo Decreto número 19.536, de 27 de dezembro de 1930, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Almirante Conrado Heck, a Escola Naval de Guerra teve a sua denominação alterada para “Escola de Guerra Naval”. A EGN funcionou na Rua Dom Manoel, até 1933, quando suas instalações foram transferidas para o Edifício 17A do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), onde permaneceu até 11 de junho de 1935.
A partir de 11 de junho de 1935, a EGN ficou sediada no sexto andar do Edifício “Almirante Tamandaré”, no prédio onde funcionava o antigo Ministério da Marinha, próximo ao “Cais da Bandeira”. Nesse local, a EGN permaneceu por mais 35 anos, quando encerrou suas atividades em 8 de abril de 1970. Finalmente, em 30 de abril de 1970 a EGN foi transferida para o endereço atual. Suas novas instalações foram inauguradas pelo Presidente da República, General-de-Exército Emílio Garrastazu Medici, estando acompanhado pelo Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Adalberto de Barros Nunes.
UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
http://www.unirio.br/
Histórico
A UNIRIO foi criada em 05 de junho de 1979, pela Lei 6.655.
O seu corpo social é constituído por discentes, técnicos - administrativos e docentes qualificados e titulados-doutores, mestres e especialistas nas mais variadas áreas de conhecimento.
Possui sistema de bibliotecas, arquivos e está implantando a informatização em toda a área acadêmica. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro está plenamente adequada aos dispositivos estabelecidos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394/96.
MISSÃO DA UNIRIO
Produzir e disseminar o conhecimento nos diversos campos do saber, contribuindo para o exercício pleno da cidadania mediante formação humanística, crítica e reflexiva, consequentemente preparando profissionais competentes e atualizados para o mundo do trabalho presente e futuro.
Princípios Gerais da UNIRIO
1. Ética, credibilidade e transparência;
2. Visão humanística;
3. Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
4. Compromisso com o social;
5. Comprometimento com a qualidade;
6. Gestão participativa;
7. Profissionalismo e valorização de Recursos Humanos;
8. Universidade do conhecimento e fomento à interdisciplinaridade.
Endereços UNIRIO
A - Campus 296 - Prédio da Reitoria, Prédio da Nutrição e Prédio da Enfermagem
Av. Pasteur, 296 - Urca - CEP 22290-240
B - Campus 458 - CCET, CCH
Av. Pasteur, 458 - Urca - CEP 22290-240
C - Campus 456 - CLA (Centro de Letras e Artes).
Av. Pasteur, 436 - Urca - CEP 22290-240
D - CCBS (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde)
Rua Silva Ramos, 32 - Tijuca - CEP 20270-330
E - Instituto Biomédico
Rua Frei Caneca, 94 - Centro - CEP 20211-040
F - CCJP (Centro de Ciências Jurídicas e Políticas)
Rua Voluntários da Pátria, 107 - Botafogo - CEP 22270-000.
FGV - Fundação Getúlio Vargas
Praia de Botafogo, 190, Botafogo - Rio de Janeiro.
http://www.fgv.br/
A Escola
Criada em Abril de 1952, a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV) tem desempenhado importante papel na formação de quadros universitários e governamentais no Brasil e em outros países da América Latina e África.
Desde seu início, ministra cursos de administração em nível de pós-graduação e especialização, bem como mantém um amplo programa de pesquisas e consultoria técnica a empresas e entidades do governo.
Seu programa de Mestrado em Administração Pública, criado em 1967, vem formando pessoal para atuar em postos-chave na Administração direta e indireta, nas empresas estatais e nas grandes empresas brasileiras.
Na área de ensino, ao lado do curso de Mestrado em Administração Pública, do Mestrado em Gestão Empresarial, do Doutorado em Administração e dos cursos de Especialização, a EBAPE atualmente ministra cursos de extensão e especialização para funcionários e gestores de empresas estatais e mantém programas de formação e educação continuada abertos que atendem a mais de quatro mil participantes por ano.
Os projetos de pesquisa desenvolvidos pela EBAPE incluem as áreas de governo e administração, gerência do setor público e privado, políticas públicas, gestão social, educação em administração pública e conjuntura do setor público. A EBAPE também publica bimestralmente a Revista de Administração Pública (RAP), criada em 1967.
A EBAPE estimula a cooperação interinstitucional e programas de intercâmbio. Ao longo dos anos esses programas incentivam o desenvolvimento de pesquisas conjuntas e projetos de assessoria técnica com outras Escolas de Administração.
As políticas acadêmicas da EBAPE são formuladas pelo Conselho Consultivo integrado por seus professores. Cabe à Diretoria a responsabilidade pela administração da Escola, através dos Centros de Formação Acadêmica e Pesquisa, de Pós-Graduação Lato-Sensu e Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Gerencial.
Além das atividades exercidas em sua sede no Rio de Janeiro, a EBAPE ampliou e consolidou seu trabalho em núcleos regionais por todo país e no estrangeiro. Programas especiais de treinamento e consultoria técnica são mantidos em Brasília e em outras cidades brasileiras.
Missão
Respaldada em sua crença na necessidade de disseminação do conhecimento, a EBAPE entende ser sua missão: servir aos atuais e futuros líderes, executivos e profissionais de empresas privadas, instituições governamentais e organizações sem fins lucrativos, através do oferecimento de oportunidades de ensino de excelência, nas áreas de gestão pública e empresarial. A EBAPE compreende, também, ser sua missão, estar sempre engajada em pesquisas de ponta e em outras atividades acadêmicas de extensão, de modo a colaborar para o avanço das Ciências da Administração, tanto em sua dimensão teórica, como prática.
Para atendimento a essa missão, a EBAPE entende ter como suas competências essenciais:
a busca contínua pela excelência acadêmica, o engajamento permanente com o aprendizado e pesquisa de alto nível e a criação e disseminação de novos conhecimentos em sua área de atuação;
o encorajamento, dentro de um espírito de unidade, fidalguia e ética profissional, da diversidade de idéias e posições em seu quadro acadêmico e corpo discente;
a ênfase na interação com organizações públicas, privadas e sem fins lucrativos, de modo a estar atenta aos anseios do país e à prática administrativa vigente;
a propagação de espírito empreendedor a todos os seus professores, funcionários e alunos;
a parceria profícua com instituições acadêmicas reconhecidas como de alto nível de excelência, estabelecidas tanto no país, como no exterior;
o desenvolvimento, continuado, de uma visão sistêmica das Ciências da Administração, evitando o culto à fragmentação e instigando, cada vez mais, a interdisciplinaridade em todas as suas atividades acadêmicas.
Finalmente, a EBAPE acredita ser sua missão ajudar a moldar o futuro dessa nação, através do seu papel nas atividades de ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Gestão Pública e de Empresas.
História
1950's
Implantação da formação sistematizada em administração no país: primeiro curso de graduação em administração. Ação pioneira na América Latina.
1960's
Bases iniciais para a institucionalização da pós-graduação em administração no país.
Criação do Curso de Mestrado em Administração Pública.
Pionerismo na adoção do sistema de créditos, substituindo o sistema seriado.
Surge a EBAPE com suas feições atuais: Ensino-Pesquisa-Consultoria Técnica.
Programa editorial apoiado pela Fundação Ford: número sem precedentes de livros e monografias sobre administração pública.
1970's
Ampliação do âmbito das relações externas: no país e no exterior.
Consolidação do curso de mestrado, com a inserção da área de políticas públicas.
Ampliação dos cursos de pós-graduação "lato sensu". Criação do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública (CIPAD) e de vários programas de desenvolvimento gerencial.
Instalação das ações da EBAPE na sede da FGV Brasília, marcando início da presença mais intensa da Fundação naquela cidade.
Participação, como membro fundador, da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Administração Pública.
1980's
Expansão dos programas de pós-graduação.
Expansão da atuação da EBAPE: mais de 2000 alunos em várias cidades do País.
Ampliação das fronteiras internacionais da Escola: relações institucionais com EUA, Europa e América Latina, filiações a organismos internacionais: CLADEA, INTERMAN, CLAD. Permanente presença de professores no exterior.
1990's
Ênfase na produção e sistematização de conhecimentos em administração: busca da manutenção da posição de pioneirismo.
Consolidação dos programas de pós-graduação e intensificação das atividades de consultoria e capacitação de recursos humanos na administração pública e no setor empresarial do Estado.
Forte ampliação da educação continuada em administração de empresas.
Desenvolvimento de ações de caráter regional e apoio às administrações públicas estaduais e municipais.
Ênfase na inserção internacional.
Parcerias internacionais com a ONU.
Apoio a programas de OEA e CLAD.
Conciliação entre a vocação acadêmica e a capacidade de prestação de serviços: a busca do equilíbrio financeiro.
Desenvolvimento do Programa de Doutorado em Administração.
Universidade do Brasil
Atual campus da UFRJ Praia Vermelha
Escola Naval
https://www.mar.mil.br/en/
Histórico
FIOCRUZ
http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home#
A História da Fiocruz
A história da Fundação Oswaldo Cruz e um panorama do conjunto arquitetônico do Pavilhão Mourisco, única edificação neo-mourisca existente no Rio de Janeiro. A trajetória de Oswaldo Cruz e as principais contribuições da Fiocruz em prol do desenvolvimento científico.
À serviço da vida.
Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.
Criada em 25 de maio de 1900 - com o nome de Instituto Soroterápico Federal -, a Fiocruz nasceu com a missão de combater os grandes problemas da saúde pública brasileira. Para isso, moldou-se ao longo de sua história como centro de conhecimento da realidade do País e de valorização da medicina experimental.
Hoje, a instituição, vinculada ao Ministério da Saúde, abriga atividades que incluem o desenvolvimento de pesquisas; a prestação de serviços hospitalares e ambulatoriais de referência em saúde; a fabricação de vacinas, medicamentos, reagentes e kits de diagnóstico; o ensino e a formação de recursos humanos; a informação e a comunicação em saúde, ciência e tecnologia; o controle da qualidade de produtos e serviços; e a implementação de programas sociais. São mais de 7.500 servidores e profissionais com vínculos variados, uma força de trabalho que tem orgulho de estar a serviço da vida.
Democracia e diversidade
A Fiocruz tem sua base fincada num campus de 800.000 m2 no bairro de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em torno dos três históricos prédios do antigo Instituto Soroterápico Federal – o Pavilhão Mourisco, o Pavilhão do Relógio e a Cavalariça -, funcionam nove de suas 15 unidades técnico-científicas e todas as unidades de apoio técnico-administrativas. Outras seis unidades situam-se nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Manaus e Curitiba.
Afora essas unidades fixas, a Fiocruz está presente em todo o território brasileiro, seja através do suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS), na formulação de estratégias de saúde pública, nas atividades de seus pesquisadores, nas expedições científicas ou no alcance de seus serviços e produtos em saúde.
Linha do Tempo
http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=template%5Ffiocruz&sid=317
1900 – 1910.
O período caracteriza-se pelo desenvolvimento da aviação e do automóvel. É também o momento em que se inicia a chamada arte moderna.
Anos em destaque:
• 1899/1900. Em 22 de agosto de 1899, o prefeito do Distrito Federal (Rio de Janeiro) Cesário Alvim solicitou ao Barão de Pedro Affonso, à frente do Instituto Vacínico Municipal do Rio de Janeiro (criado em 1894), a produção de soros contra a peste bubônica. Assim, em 25 de maio de 1900 nasce o Instituto Soroterápico Federal , na distante fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, sob a direção geral do Barão de Pedro Affonso e a direção técnica de Oswaldo Cruz .
• 1902. Oswaldo Cruz assume a direção geral do Instituto Soroterápico Federal, após o pedido de exoneração do Barão de Pedro Affonso. O engenheiro Francisco Pereira Passos é nomeado prefeito do Rio de Janeiro, com a incumbência de fazer uma ampla reforma urbana, a fim de modernizar a cidade.
• 1903. Oswaldo Cruz é nomeado pelo presidente Rodrigues Alves Diretor Geral de Saúde Pública, deflagrando campanhas de saneamento no Rio de Janeiro. Sua missão era realizar a reforma sanitária da capital, combatendo principalmente a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Tal fato foi decisivo para que Manguinhos, a exemplo do Instituto Pasteur de Paris, onde o cientista fez sua especialização, se tornasse referência em saúde pública. Nesse período Oswaldo Cruz inicia a construção do conjunto arquitetônico histórico de Manguinhos – o conjunto inclui o Pavilhão Mourisco ou Castelo de Manguinhos; a Cavalariça; o Quinino; o Pavilhão do Relógio ou Pavilhão da Peste; o Aquário de Água Salgada; o Hospital Oswaldo Cruz; o Pombal ou Biotério para Pequenos Animais.
• 1904. Entra em vigor o novo Código Sanitário, reformulado por Oswaldo Cruz, que institui a obrigatoriedade da vacinação antivariólica. A medida é duramente criticada pelos jornais de oposição, que a denominaram “Código de Torturas”. Oswaldo Cruz recrudesce as campanhas de saneamento, sofrendo represálias da opinião pública, que culminaram com a Revolta da Vacina. Ao final deste episódio, a obrigatoriedade é revogada.
• 1905/1906. Início da construção do Castelo Mourisco pelo arquiteto Luis Moraes Junior. Oswaldo Cruz segue em expedição pelos portos marítimos e fluviais do Brasil com o objetivo de traçar um grande plano de modernização e saneamento. É a primeira vez que um cientista faz um levantamento sobre as condições de saúde do Brasil. Nesse ano, Oswaldo Cruz inspeciona 23 portos no norte do país. A partir daí, a equipe de Manguinhos começou a desbravar o interior do Brasil com o objetivo de estudar e debelar moléstias que dificultavam a expansão do capitalismo brasileiro. • 1907. A febre amarela é erradicada no Rio de Janeiro e Oswaldo Cruz e os demais cientistas de Manguinhos recebem a medalha de ouro no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, pelo trabalho de saneamento na capital da República. O Instituto Soroterápico Federal passa a se chamar Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos.
• 1908. O Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos é rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz. Concessão da primeira patente de Manguinhos com a descoberta da vacina contra o carbúnculo sintomático – ou peste da manqueira – realizada por Alcides Godoy. Adolpho Lutz ingressa no Instituto Oswaldo Cruz. A bagagem extraordinária de conhecimentos zoológicos que Adolpho Lutz leva para Manguinhos é decisiva para a construção de suas coleções biológicas e para o ensinamento dos jovens médicos recrutados por Oswaldo Cruz.
• 1909. É implementado, no Instituto Oswaldo Cruz, um sistema de disseminação de informação entre os cientistas que se baseava na leitura e resumo, realizados semanalmente, de artigos de periódicos científicos nacionais e internacionais recém-chegados à instituição. Esse sistema é denominado “Mesa das quartas-feiras”. Carlos Chagas descreve o ciclo completo da tripanosomíase americana , um feito ímpar na área de ciências biomédicas. Primeira edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
• 1910. Oswaldo Cruz e Belisário Penna vão à Amazônia a convite da empresa norte-americana que construía a Estrada de Ferro Madeira-Marmoré, a fim de erradicar a malária. Nesse período, Cruz elimina a febre amarela no Pará.
1910 – 1920
O mundo vivencia a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Revolução Russa (1917). O rádio se populariza como mídia de massa e o automóvel como meio de transporte. É a década dos movimentos artísticos modernistas, especialmente o cubismo e o dadaísmo. O período é marcado também pelo surgimento do jazz.
Anos em destaque:
• 1911. O Instituto Oswaldo Cruz ganha diploma de honra na Exposição Internacional de Higiene e Demografia de Dresden, na Alemanha, pela descoberta da doença de Chagas.
• 1912. Início das obras de construção do Hospital Oswaldo Cruz, atual Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), cuja missão é estudar as doenças infecciosas por meio de projetos de pesquisa e ensino interprofissionais.
• 1916. Em função do agravamento do estado de saúde de Oswaldo Cruz, que sofria de insuficiência renal, diagnosticada por Salles Guerra (seu amigo e biógrafo) em 1907, o cientista é aconselhado a se afastar do Instituto. Nomeado prefeito de Petrópolis, assume o cargo com um ambicioso plano de urbanização.
• 1917. Oswaldo Cruz morre em Petrópolis, aos 44 anos, de insuficiência renal. Nesse período, o Instituto Oswaldo Cruz gozava de expressão nacional e o trabalho de seus pesquisadores se ligava a importantes feitos da ciência brasileira e mundial, como a descrição, por Carlos Chagas, do ciclo da doença de Chagas.
• 1918. Conclusão das obras do Pavilhão Mourisco. No ano seguinte, o Instituto Vacínico do Rio é incorporado ao Instituto Oswaldo Cruz. Isso possibilita que, em 1922, a vacina contra a varíola passe a ser fabricada no IOC.
• 1920. A Diretoria Geral de Saúde Pública é substituída pelo Departamento Nacional de Saúde Pública. Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz na direção do Instituto Oswaldo Cruz, é nomeado diretor do novo órgão federal, função que exerceu até 1926. Nesse período pode, finalmente, como pretendera Oswaldo Cruz, reorganizar os serviços sanitários do país, atribuindo à União a competência pela promoção e regulação desses serviços em todo território nacional.
1920 – 1930
É o período no qual os Estados Unidos se consolidam como potência mundial. No Oriente Médio, chega ao fim o Império Otomano. No Leste Europeu, cresce o comunismo e é formada a União Soviética. Avançam as ciências biológicas, principalmente após a invenção da insulina e da penicilina. É criada a televisão. No Brasil acontece a Semana de Arte Moderna, em São Paulo.
Anos em destaque:
• 1924. Criação, por iniciativa de Carlos Chagas e de Antonio Fernandes Figueira, fundador da Sociedade Brasileira de Pediatria, o Abrigo Hospital Arthur Bernardes, posteriormente denominado Instituto Fernandes Figueira. O IFF, atualmente centro de referência em Genética Médica, Neonatologia de Alto Risco, Patologia Perinatal e Doenças Infecto-parasitárias, é integrado à Fiocruz em 1970.
• 1925. O físico alemão Albert Einstein visita o IOC em 9 de maio. Na data, o periódico O Jornal abriu uma de suas reportagens com manchete de primeira página intitulada "O Dia de Einstein": "Einstein, o grande mathematico que, atualmente, o Rio hospeda, passou hontem mais um dia em nossa metropole, tendo feito uma visita ao Instituto Oswaldo Cruz e realizado sua segunda conferência na Escola Polytechnica".
1930 – 1940
É uma das épocas mais sangrentas da História mundial. Hitler assume o cargo de chanceler na Alemanha. Tem início a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Movimentos totalitários eclodem em outros países europeus, com Mussolini na Itália, Salazar em Portugal, Francisco Franco na Espanha e Stálin na União Soviética. No Brasil, o golpe de Estado de Getúlio Vargas dá início ao Estado Novo.
Ano em destaque:
• 1937. Inauguração do Laboratório do Serviço Especial de Profilaxia da Febre Amarela pela Fundação Rockfeller, dentro do Instituto Oswaldo Cruz, e emprego da vacina contra a febre amarela pela primeira vez no Brasil. Desde então, ela vem sendo produzida pela Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente, a Fiocruz é responsável por 80% da produção mundial deste imunizante.
1940 – 1950
Os conflitos armados que assolaram a década anterior chegam ao apogeu, com o Holocausto e as bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, que puseram fim à Segunda Guerra Mundial. Tem início a Guerra Fria. É criado o primeiro computador, o primeiro helicóptero e o primeiro transistor.
Anos em destaque:
• 1942. Início da construção do núcleo modernista do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). O núcleo modernista constitui-se de quatro prédios: o Pavilhão Arthur Neiva, ou Pavilhão de Cursos, construído entre 1948 e 1951, com mural de azulejos desenhado por Burle Marx; o Pavilhão do Restaurante Central, ou Pavilhão Carlos Augusto da Silva, construído entre 1947 e 1951, que garantiu ao arquiteto Jorge Ferreira menção do júri na 1ª Bienal de Arquitetura de São Paulo, em 1951; o Pavilhão de Patologia (atual Carlos Chagas) e o Pavilhão da Biologia.
• 1948. Delimitação definitiva dos limites físicos do campus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) com a incorporação de dois terrenos situados entre o mar e a Avenida Brasil. Com a delimitação física do terreno, a estrada de Manguinhos, antes via pública, passa a ficar dentro do campus, atendendo somente ao fluxo interno do Instituto. O acesso externo ao campus deu-se com a construção da Avenida Brasil, em 1946.
1950 – 1960
É a fase que antecede as revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade do século XX. Têm início as primeiras transmissões de televisão no Brasil. É considerada a "idade de ouro" do cinema norte-americano e o período de importantes descobertas científicas, como o DNA. A primeira vacina de poliomelite, desenvolvida por Jonas Salk, é oferecida ao público.
Ano em destaque:
• 1950. Comemoração do cinqüentenário do Instituto Oswaldo Cruz. Em função da data, o IOC organiza o V Congresso Internacional de Microbiologia, sediado no Hotel Quitandinha, em Petrópolis. O cientista Alexander Fleming, descobridor da penicilina e participante do congresso, visita o IOC.
• 1954. A União cria a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), incorporada à Fiorcruz em 1970. Em 2003, ano em que falece Sergio Arouca, a Ensp passa a agregar o nome do médico sanitarista. Hoje, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca atua na capacitação e formação de recursos humanos, produção científica e tecnológica e prestação de serviços de referência no campo da saúde pública. Mantém cooperações técnicas em todos os estados e municípios brasileiros e com várias instituições nacionais e internacionais atuantes em diversos campos da saúde. Em suas salas foram desenhados os projetos que culminaram na adoção do Sistema Único de Saúde (SUS).
• 1957. Criado o Núcleo de Pesquisas da Bahia, através de convênio entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), o Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERU) e a Fundação Gonçalo Moniz, com a finalidade de estudar endemias parasitárias no estado da Bahia. Em 22 de maio de 1970, o Núcleo de Pesquisa da Bahia é incorporado à Fiocruz e passa a denominar-se Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM).
• 1958. O Instituto Aggeu Magalhães, no Recife, criado em 1950, passa a denominar-se Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM). Torna-se unidade técnico-científica da Fiocruz em 1970. Nasce com a missão de combater as doenças endêmicas, mas hoje, além de sua atividade principal, dedica-se também à formação de recursos humanos e à produção de tecnologias.
1960 – 1970
Surgem os movimentos em favor da igualdade de direitos das mulheres, dos negros e dos homossexuais. As manifestações contrárias à Guerra Fria e à Guerra do Vietnã ganham força, principalmente nos Estados Unidos. Ocorre a Revolução Cubana e Fidel Castro chega ao poder. O astronauta Neil Armstrong pisa na Lua.
Anos em destaque:
• 1966. O Centro de Pesquisa de Belo Horizonte passa a denominar-se Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR), incorporado à Fiocruz em 1970. O CPqRR é composto de 14 laboratórios, onde são estudadas enfermidades como doença de Chagas, helmintoses intestinais, esquistossomose, leishmanioses e malária, além de epidemiologia e antropologia do envelhecimento. A unidade mantém na cidade de Bambuí, a 280 quilômetros de Belo Horizonte, o Posto Avançado de Estudos Emanuel Dias, onde a Fiocruz desenvolveu pesquisas fundamentais para o controle da doença de Chagas.
• 1970. O regime militar cassa, por dez anos, os direitos políticos de dez renomados cientistas, vinculados ao Instituto Oswaldo Cruz há mais de 30 anos. Os decretos (AI-5 e AI-10) também incluíram a aposentadoria compulsória e impediam esses cientistas de trabalhar em qualquer instituição que recebesse ajuda do governo federal. O episódio ficou conhecido como “Massacre de Manguinhos”. A Fundação de Recursos Humanos para a Saúde é transformada, por decreto, em Fundação Instituto Oswaldo Cruz, cujo objetivo era realizar pesquisas científicas no campo da medicina experimental, biologia e patologia, formar e aperfeiçoar pesquisadores, além de elaborar e fabricar remédios e vacinas para atividades da própria Fundação e do Ministério da Saúde.
1970 – 1980
Fase marcada pela crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo em que economias de países como o Japão começavam a crescer. Surge o movimento em defesa do meio-ambiente. É a década do rock e das discotecas. É lançado nos Estados Unidos o primeiro videogame do mundo, o Odyssey 100. Dá-se a Revolução dos Cravos em Portugal e a independência das então colônias portuguesas na África. Fim da Guerra do Vietnã.
Anos em destaque:
• 1972. Comemoração do centenário de nascimento de Oswaldo Cruz. Dois anos depois (1974), a Fundação Instituto Oswaldo Cruz passa a denominar-se Fundação Oswaldo Cruz.
• 1976. Com a extinção do Instituto Nacional de Produção de Medicamentos (Ipromed), são criados o Laboratório de Tecnologia em Produtos Biológicos de Manguinhos, hoje Bio-Manguinhos, e o Laboratório de Tecnologia em Quimioterápicos de Manguinhos – hoje Far-Manguinhos. O primeiro é o maior centro produtor de vacinas e kits e reagentes para diagnóstico laboratorial de doenças infecto-parasitárias da América Latina; e o segundo tem, atualmente, a capacidade instalada de 1,62 bilhão de unidades farmacêuticas.
• 1979. Inauguração da Diretoria Regional de Brasília (Direb), criada pela presidência da Fiocruz para oferecer suporte operacional e logístico aos dirigentes da instituição no Distrito Federal. A Direb tem por missão representar a Fiocruz na capital da República e contribuir para a consolidação do SUS na Região Centro-Oeste, desenvolvendo, em parceria e de forma integrada, atividades de ensino, pesquisa, comunicação e assessoria em Saúde Pública.
1980 – 1990
Chega ao fim a era industrial e se inicia a idade da informação. No Brasil, termina a ditadura militar, ocorre o movimento "Diretas Já" e a transição para a democracia. Cai o Muro de Berlim. É considerada a "década perdida" da América Latina, devido à estagnação econômica. Predominam o neoliberalismo econômico e um novo conservadorismo em relação ao sexo, derivado da pandemia da aids.
Anos em destaque:
• 1981. Incorporado à Fiocruz em 1978, o Laboratório Central de Controle de Drogas, Medicamentos e Alimentos (LCCDMA) passa a denominar-se Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. O INCQS é o principal órgão nacional direcionado a questões tecnológicas e normativas relativas ao controle da qualidade de insumos, produtos, ambientes e serviços para a saúde. O conjunto arquitetônico de Manguinhos é tombado pela então Secretaria de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan). Fazem parte deste conjunto os pavilhões Mourisco, da Peste, a Cavalariça, o Pombal, o Quinino e o Hospital Evandro Chagas.
• 1985. Criação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade de ensino voltada para a formação de pessoal de nível técnico em saúde pública. Visita de Albert Sabin, descobridor da vacina oral contra a poliomielite, à Fiocruz. O Instituto Fernandes Figueira (IFF), juntamente com o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (Pniam), do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan), autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, encabeça um projeto ousado que visava a ampliação quantitativa e qualitativa dos bancos de leite em todo o país. Da iniciativa surge a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano.
• 1986. Criação da Superintendência de Informação Científica (SIC), atual Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT), cujo objetivo é desenvolver estratégias e executar ações de informação e comunicação no campo da ciência e tecnologia em saúde. Criação da Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade dedicada à preservação da memória da instituição e às atividades de pesquisa, ensino, documentação e divulgação da história da Saúde Pública e das ciências biomédicas no Brasil. Reintegração dos cientistas de Manguinhos cassados em 1970.
• 1987. Equipes da Fiocruz isolam, pela primeira vez no Brasil, o vírus HIV, causador da Aids. Com isso, a Fiocruz foi capacitada a integrar a Rede Internacional de Laboratórios para o Isolamento e Caracterização do HIV-1, coordenada pelo Programa Mundial de Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS).
1990 – 2000
O período caracteriza-se pelo fim da Guerra Fria, pelo advento da democracia, da globalização e do capitalismo global. Acontece a Guerra do Golfo. O computador pessoal e a internet se popularizam. Após anos de inflação galopante, o Brasil experimenta a estabilidade econômica com o Plano Real. Começa o Projeto Genoma Humano.
Anos em destaque:
• 1995. Inaugurada a iluminação monumental do conjunto histórico de Manguinhos, realização conjunta do Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz (COC), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da General Eletric e do cantor Ney Matogrosso.
• 1999. Criação do Museu da Vida, vigoroso instrumento de educação da Fiocruz. Criação do Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane (CPqLMD), em Manaus, a partir da consolidação da estrutura do Escritório Técnico da Amazônia. O CPqLMD concentra sua atuação no estudo da bio e da sociodiversidade amazônica e desenvolve estudos sobre a transmissão de Aids entre índios, populações ribeirinhas e grupos populacionais específicos.
• 2000. Comemoração do 1º Centenário da Fundação Oswaldo Cruz. A Fiocruz é tema de enredos de duas escolas de samba do Rio de Janeiro.
2000 – 2007
O início do século XXI é marcado pelos conflitos militares entre os Estados Unidos e o Oriente Médio, desencadeados pelos atentados terroristas ao World Trade Center, em Nova York. A Europa passa a adotar o euro como moeda comum entre os países. A internet se consolida como veículo de comunicação de massa e armazenagem de informações, e a globalização da informação atinge um nível sem precedentes históricos. Dá-se a expansão da telefonia fixa e do uso de celulares. Surgem as tevês de plasma, de LCD, a tevê digital e a internet banda larga.
Anos em destaque:
• 2006. A Fiocruz recebe o Prêmio Mundial de Excelência em Saúde Pública 2006, concedido pela maior e mais importante instituição de Saúde Pública do mundo, a Federação Mundial de Associações de Saúde Pública, e a Ordem do Mérito Científico Institucional 2006, a mais importante honraria concedida anualmente pelo governo federal. É realizado o seqüenciamento do genoma da vacina BCG, em conjunto com a Fundação Ataulpho de Paiva. Em dezembro, foi encenada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro a ópera “O Cientista”, baseada na vida e obra de Oswaldo Cruz.
• 2007. Os programas de pós-graduação da Fiocruz ultrapassam a marca histórica de 3,3 mil teses de mestrado e doutorado e a Ensp inaugura seu primeiro mestrado no exterior - em saúde pública - na capital de Angola, Luanda. O prof. José Gomes Temporão torna-se o primeiro servidor da Fiocruz a assumir o Ministério da Saúde desde sua criação em 1954. A vacina contra meningite meningocócica A e C, produzida em Bio-Manguinhos, é préqualificada pela OMS para fornecimento às agências das Nações Unidas. Arquivo Oswaldo Cruz é reconhecido como acervo de relevância nacional pelo Programa Memória do Mundo, da Unesco.
SSC
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1065195
http://www.skyscrapercity.com/showth...662&highlight=
CIAGA - Centro de Instrução Almirante Graça Aranha
Escola de Marinha Mercante
https://www.mar.mil.br/ciaga/
Centro de Instrução Almirante Graça Aranha
O CIAGA é a versão contemporânea da Vila do Infante. É, a um só tempo, fruto e semente, criatura e criador, porque não podemos apagar de nossos rastros os sonhos e as realizações dos cientistas de Sagres.
O CIAGA está preparado para ministrar cerca de 115 cursos entre formação, aperfeiçoamento, atualização e cursos especiais para o pessoal das categorias profissionais da Marinha Mercante Brasileira e de países amigos.
A beleza arquitetônica de suas formas, uma conjugação harmoniosa do verde com o concreto, dos jardins com o mar, a sofisticação de seus laboratórios, o alto nível do corpo docente, a funcionalidade de seus serviços, tudo compõe um quadro modelar, que encanta os visitantes e estimula os que vivem e trabalham no CIAGA pela grandeza da Instituição. Constituímos um traço de união com a velha Escola e somos, hoje, a nova Sagres do Atlântico Sul, de um Brasil ainda jovem, em busca do seu destino e vocação.
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
http://www.ufrj.br/
As fotos da UFRJ deixo para que os caros foristas, e doublê de estudante da mesma, contribuam com seus serviços :lol

quem quiser acrescentar fotos dos outros locais sinta se à vontade).
A UFRJ - História
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi criada no dia sete de setembro de 1920, com o nome de Universidade do Rio de Janeiro. Reorganizada em 1937, quando passou a se chamar Universidade do Brasil, tem a atual denominação desde 1965. Sua implantação não decorre, todavia, de um processo orgânico de discussão e de amadurecimento, que resultasse na organização de uma entidade à altura dos legítimos anseios da sociedade brasileira. Trata-se, pura e simplesmente, de um ato político e protocolar de justaposição de instituições de ensino superior já existentes: a Faculdade de Medicina, a Escola Politécnica e a Faculdade de Direito, sendo esta última resultante da união de duas outras escolas livres já existentes. Esse vício de origem define a trajetória posterior da Universidade, levando ao estabelecimento de uma cultura burocrática e cartorial, que contamina de maneira profunda sua existência e que, decorridas mais de oito décadas, ainda se constitui obstáculo a um desenvolvimento verdadeiramente republicano.
Diferentemente da América Espanhola — onde as ordens religiosas e a monarquia da Espanha decidem implantar, desde o século XVI, universidades em todo o continente —, no Brasil a coroa portuguesa, estrategicamente, impede qualquer iniciativa nessa direção. A política da Corte obriga as elites nativas a se submeterem ao monopólio da educação superior exercido por Coimbra. Somente com a chegada da família real portuguesa para o exílio no Rio de Janeiro, em 1808, é que são criadas as primeiras instituições de ensino superior. Mas a concepção vigente é de cunho estritamente profissionalizante: surgem escolas de Medicina na Bahia (fevereiro de 1808) e no Rio de Janeiro (novembro de 1808) e de Engenharia no Rio de Janeiro (1810).
Ao longo do Império e nos primeiros anos da República, a influência do positivismo, que atribui à instituição universitária uma natureza metafísica, desligada dos aspectos práticos e das ciências experimentais, contribui para reforçar a resistência à criação de universidades no País. A década de 1920, no entanto, vê agravarem-se as contradições da República Velha e intensificarem-se os movimentos de renovação social, política e cultural, que culminam na assim chamada Revolução de 1930. São testemunhos desse processo, as greves operárias, o movimento tenentista, a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do Partido Comunista (1922), a criação da Academia Brasileira de Ciências (1922) e da Associação Brasileira de Educação (1924), entre outros.
Sobre a organização da atual UFRJ — apontando para a inexistência de um conceito consistente para a nova instituição —, o professor Ramiz Galvão, seu primeiro reitor, em documento encaminhado ao Ministro, já assim se pronunciava:
“(...) a Universidade do Rio de Janeiro está apenas criada in nomine, e por esta circunstância se acha longe de satisfazer o desideratum do seu Regimento: estimular a cultura das ciências, estreitar, entre os professores, os laços de solidariedade intelectual e moral, e aperfeiçoar os métodos de ensino. Constituída pela agregação das três faculdades preexistentes, de Engenharia, de Medicina e de Direito, do Rio de Janeiro, nem, ao menos, têm elas a sua localização comum ou próxima, vivem apartados e alheios uns aos outros os três institutos que a compõem, sem laço de ligação, além do Conselho Universitário, cujos membros procedem das três Faculdades. A Universidade Federal do Rio de Janeiro incorporou assim, desde sua fundação, aqueles que são até hoje seus traços constitutivos: retardatária, fragmentada, patrimonialista e elitista — traços esses que se reproduziram ao longo do tempo."
Decorridos dezessete anos de sua canhestra criação, em 1937, no alvorecer do Estado Novo, a Lei nº 452 define uma nova estrutura para a instituição que passa a então a se chamar Universidade do Brasil, com quinze escolas ou faculdades:
Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras;
Faculdade Nacional de Educação;
Escola Nacional de Engenharia;
Escola Nacional de Minas e Metalurgia;
Escola Nacional de Química;
Faculdade Nacional de Medicina;
Faculdade Nacional de Odontologia;
Faculdade Nacional de Farmácia;
Faculdade Nacional de Direito;
Faculdade Nacional de Política e Economia;
Escola Nacional de Agronomia;
Escola Nacional de Veterinária;
Escola Nacional de Arquitetura;
Escola Nacional de Belas-artes;
Escola Nacional de Música.
Ao configurar dessa forma a instituição, a lei muda o nome das antigas Escola Politécnica, Escola de Minas, Faculdade de Medicina, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Direito e Instituto Nacional de Música. Ao mesmo tempo, cria novas unidades: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdade Nacional de Educação e Faculdade Nacional de Política e Economia. As demais unidades preservam suas denominações originais. A reforma ainda prevê a incorporação ou a criação de institutos, que devem cooperar para o desenvolvimento das atividades das escolas e faculdades. São eles:
Museu Nacional;
Instituto de Física;
Instituto de Eletrotécnica;
Instituto de Hidroaéreo-Dinâmica;
Instituto de Mecânica Industrial;
Instituto de Ensaio de Materiais;
Instituto de Química e Eletroquímica;
Instituto de Metalurgia;
Instituto de Nutrição;
Instituto de Eletrorradiologia;
Instituto de Biotipologia;
Instituto de Psicologia;
Instituto de Criminologia;
Instituto de Psiquiatria;
Instituto de História e Geografia;
Instituto de Organização Política e Econômica.
Vários desses institutos não existem, de fato e, embora a lei especifique que devem ser criados, muitos não o são. É prevista ainda a criação do Hospital das Clínicas e do Colégio Universitário, destinado ao ensino secundário, bem como a incorporação da Escola de Enfermagem Anna Nery — todos considerados órgãos complementares. Finalmente, estabelece ainda a lei, como meta, a criação de uma Cidade Universitária, cuja construção, no entanto, só tem início em 1949, e cuja inauguração só ocorre, de fato, em 1972.
Importante salientar que a proposta definida pela Lei nº 452, na prática, apenas amplia a instituição e incorpora novas unidades. Em nada modifica sua natureza fragmentária, até porque, apesar de algumas boas intenções, a reforma se frustra e a maioria dos dispositivos permanece tão somente no papel. Para melhor entender o significado dessa tentativa, é preciso levar em conta os processos políticos em curso no Brasil, nos complexos anos 30. A chegada de Getúlio Vargas ao poder em outubro de 1930, modifica substancialmente o panorama sóciopolítico e cultural do país, com seus traços de modernização, com a radicalização progressiva das posições políticas e com crescentes restrições às liberdades públicas fundamentais, processo esse que culmina com o autogolpe varguista que instala o Estado Novo.
No que toca especificamente ao ensino superior, não há como desconhecer a experiência inovadora tentada por Anísio Teixeira no Rio de Janeiro, durante a administração Pedro Ernesto. Instituída por decreto municipal em 1935, a Universidade do Distrito Federal não dura mais do que quatro anos. Apesar disso, marca profundamente a história da universidade brasileira.
Após a deposição de Vargas, em 1945, o governo provisório de José Linhares, ainda naquele ano, promove uma nova reforma, reestruturando a Universidade com as seguintes unidades:
Faculdade Nacional de Medicina;
Faculdade Nacional de Direito;
Faculdade Nacional de Odontologia;
Faculdade Nacional de Filosofia;
Faculdade Nacional de Arquitetura;
Faculdade Nacional de Ciências Econômicas;
Faculdade Nacional de Farmácia;
Escola Nacional de Engenharia;
Escola Nacional de Belas-artes;
Escola Nacional de Música;
Escola Nacional de Minas e Metalurgia;
Escola Nacional de Química;
Escola Nacional de Educação Física e Desportos;
Escola de Enfermeiras Anna Nery
Instituto de Eletrotécnica;
Instituto de Psicologia;
Instituto de Psiquiatria;
Instituto de Biofísica.
No ano seguinte, um decreto presidencial dispõe sobre a administração da instituição, com a definição das seguintes instâncias de deliberação e de controle:
a) Assembleia Universitária: órgão honorífico, sem funções deliberativas ou executivas, composto pelos catedráticos e docentes livres de todas as escolas e faculdades, de um representante de cada um dos institutos universitários, um representante do pessoal administrativo e um do corpo docente de cada Escola, Faculdade ou Instituto;
b) Conselho de Curadores: órgão da administração financeira da Universidade, presidido pelo Reitor, e composto por representantes do Conselho Universitário, da Assembléia Universitária, da Associação dos Antigos Alunos, do Ministério da Educação e Saúde, e de pessoas físicas e jurídicas que tenham feito doações à Universidade;
c) Conselho Universitário: órgão deliberativo máximo, presidido pelo Reitor e constituído pelos diretores de faculdades, escolas, institutos especializados e instituições nacionais incorporadas à Universidade, além de um representante de cada congregação, dos antigos alunos e do presidente do Diretório Central dos Estudantes;
d) Reitor: nomeado pelo Presidente da República, entre os professores catedráticos efetivos, em exercício ou aposentados, escolhido através de lista tríplice indicada pelo Conselho Universitário.
Uma observação importante, relacionada a essa reforma de 1946, é que ela introduz, no plano da lei, a estrutura departamental: o novo estatuto prevê que as Faculdades e Escolas devem se organizar em departamentos, dirigidos por um chefe, escolhido entre os professores catedráticos que os compõem. Apesar disso, e durante os vinte anos seguintes, é o regime da cátedra vitalícia e não o de departamento, que organiza a vida didática e acadêmica da Universidade. Essa estrutura administrativa, com pequenas modificações, funciona durante todo o período da Constituição de 1946, ou seja, até o final da década de 1960. O crescimento da instituição ocorre, tão somente, em função de pressões da sociedade pelo aumento do número de vagas e pela multiplicação desordenada das unidades, muitas delas surgidas para resolver conflitos de interesses entre catedráticos no interior das já existentes. Ou seja: os vícios de origem e a falta de planejamento dos anos 20 permanecem intactos.
Fragmentada, do ponto de vista acadêmico, dispersa do ponto de vista geográfico, elitista e bacharelesca, voltada quase que exclusivamente para a formação profissional, a Universidade desconhece quase que completamente a docência em regime de dedicação exclusiva e a pesquisa. Exceção feita aos esforços de abnegados pioneiros, como os professores Carlos Chagas, no Instituto de Biofísica, Paulo de Góes (Microbiologia), Mauricio Mattos Peixoto e Antonio A. Monteiro (Matemática), Luigi Sobrero, Gabrielle Mammana e José Leite Lopes (Física), João Cristhóvão Cardoso e Athos da Silveira Ramos (Química), Antonio Lagdem Cavalcanti (História Natural), Josué de Castro e Hilgard Sternberg (Geografia), Evaristo de Moraes Filho, Darcy Ribeiro, Luiz Aguiar da Costa Pinto, Victor Nunes Leal, Lineu de Albuquerque Melo, na área de Ciências Sociais.
Mesmo levando em conta essas iniciativas, pode-se dizer que a pesquisa na Universidade do Brasil depende, então, exclusivamente de iniciativas individuais. Essas limitações colocam a instituição na contramão de uma realidade social que acelera o seu desenvolvimento industrial a partir dos anos 1950. Como decorrência, na metade da década ampliam-se os movimentos em prol de uma nova reforma universitária. Nesse contexto, o conservador Conselho Universitário toma a iniciativa de criar, em 1962, uma Comissão Especial para tratar da questão. O relatório desse grupo, intitulado "Diretrizes para a Reforma da Universidade do Brasil", acaba servindo de base para os decretos-lei nº 53, de 1966, e nº 252, de 1967, que implementam a reforma universitária da ditadura militar.
As políticas do regime de exceção para o ensino superior brasileiro são bastante contraditórias. De um lado, a brutal repressão política e intelectual que se abate sobre os professores — muitos deles impedidos de lecionar no país —, sobre os estudantes — centenas deles impedidos de estudar, perseguidos, presos e assassinados — e sobre as instituições — casos do Decreto nº 477 e da intervenção na única experiência universitária verdadeiramente inovadora no País em todos os tempos, a da Universidade Nacional de Brasília. De outro, uma reforma substancial da estrutura universitária, que resulta na expansão da rede de universidades federais, com a possibilidade de criação de pelo menos uma universidade federal por Estado, e a adoção de normas que podem ser consideradas modernizadoras, tais como a introdução da estrutura departamental e do sistema de créditos, o fim da cátedra vitalícia, a docência em tempo integral, o estabelecimento dos princípios da integração e não-duplicação de meios e da integração entre Ensino e Pesquisa.
Provavelmente as palavras de Anísio Teixeira, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, em 8 de maio de 1968, sobre o processo de mudança em curso, influenciam os formuladores da política educacional do regime. Afirma o grande professor que "reforma requer mudança profunda, tanto do professor quanto do aluno, mudança que não se pode fazer nas universidades já existentes". E completa:
"(...) para a reforma de uma universidade já constituída e cujo professorado não se possa remover, a reforma tem de ser gradual e por setores, não podendo operar a mudança global subitamente".
E isso leva a um terceiro aspecto da política da ditadura para o ensino superior. Conscientes da natural morosidade de um processo de modernização na estratificada e burocrática universidade brasileira, os formuladores das políticas educacionais do regime impõem um modelo de justaposição de novos institutos de pós-graduação e de pesquisa à velha estrutura da universidade, na esperança de induzir uma modernização de fora para dentro. Para isso, todavia, precisam de novos instrumentos que permitam realizar seus planos e esses são encontrados junto à comunidade científica organizada em instituições externas à instituição universitária.
Importante salientar que, desde final dos anos 60, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada em 1948, já havia se articulado como um polo de crescente atuação política, se constituindo como um dos poucos fóruns de discussão e de crítica em relação ao regime. Nesse contexto, a instituição também verbaliza as demandas pela modernização e pela expansão dos sistemas universitários e de ciência e tecnologia.
Tão relevante quanto, sob esse mesmo ângulo, é a atuação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) nos processos que levam à criação da FINEP, em 1969, e do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em 1971, bem como à reestruturação do CNPq (1974) e da Capes (1976), quando são instituídos os comitês assessores e o sistema de "avaliação por pares", ampliando a participação direta da comunidade científica nos processos decisórios internos, na implementação e na formulação da política de ciência e tecnologia.
Dessa forma, a implantação em nível nacional, em curtíssimo prazo, do sistema de pós-graduação e pesquisa nas universidades brasileiras só é possível graças a essa espécie de entendimento entre o governo militar e a comunidade científica. De fato, a significativa expansão da pós-graduação e da pesquisa na universidade brasileira, a partir do final dos anos 60, é um feito do regime militar através de suas agências de fomento, por meio de ações planejadas e executadas com a colaboração da comunidade científica. O CNPq, a CAPES e a FINEP contam, desde o início de suas atividades, com a participação direta da comunidade científica em seus diferentes níveis de atuação.
Evidentemente tais ações produzem algum efeito modernizador no sistema universitário público. Não se pode, todavia, deixar de destacar que essas providências são forjadas em ambiente politicamente discricionário e implementadas inteiramente à margem das instâncias institucionais já existentes. O problema é que o fim do regime militar em 1985 não enseja a criação de mecanismos de participação democráticos e transparentes adequados a uma entidade que, apesar de dificuldades históricas, cresce, melhora sua qualidade e aspira à plena realização do princípio da autonomia. Ao contrário, um emaranhado de instâncias autoritárias revela grande capacidade de resistência e de articulação resultando na imposição de uma verdadeira tutela sobre a instituição, a partir de corpos que lhe são estranhos e que não têm delegação social para isso.
O quarto e último aspecto da política da ditadura para o ensino superior é, em certa medida, uma decorrência do anterior. A pressão social pela expansão do sistema que já ocorre desde a década anterior não cessa depois do golpe militar de 1964. Ao contrário, até se intensifica, assumindo a luta por "vagas e verbas" um conteúdo nitidamente político, ampliado pela movimentação estudantil de 1968. A solução encontrada é uma espécie de divisão do trabalho, na qual à universidade pública é permitida a qualificação, mas não sua expansão, garantindo com isso a implementação de uma política consistente para a pós-graduação e para a pesquisa. O outro lado da moeda é a redução irresponsável dos níveis de exigência para a abertura de instituições privadas de ensino superior, que se expandem desordenadamente desde então para atender às crescentes demandas sociais.
Nesse ambiente, outro aspecto da política educacional do regime militar assume grande relevância: a degradação deliberada dos níveis pré-universitários de ensino. Como resultante — em função da mentalidade neoliberal hegemônica no MEC — a abolição da escola normal para a formação de professores do primeiro grau, e criação da licenciatura curta e dos cursos profissionalizantes despropositados, o estabelecimento de políticas de livro didático sem consistência, a perversa fragilização do sistema de financiamento do ensino público e o rebaixamento programático dos salários dos professores. O resultado é o aviltamento da rede pública de educação básica.
As consequências para o ensino superior são a fragmentação do sistema e a criação de filtros que dificultam a democratização do acesso à universidade: os alunos da rede pública não dispõem de condições para superar os obstáculos do vestibular nas universidades públicas. Como consequência, ou desistem de ingressar no terceiro grau ou optam por universidades particulares, quase sempre de baixa qualidade. Ao mesmo tempo, os estudantes de maior renda que frequentam os bons colégios da rede privada passam a ter acesso ao ensino de qualidade das universidades públicas.
Para a UFRJ, esse conjunto de políticas viabiliza importantes avanços, permitindo-lhe modernizar-se e tornar-se a grande universidade que é hoje, com elevado grau de excelência no ensino de graduação e de pós-graduação e na pesquisa. Mas significa também a consolidação dos seus vícios de origem: fragmentação, patrimonialismo, elitismo e autorreferência, dispersão geográfica — agora agravadas por se reproduzirem em um quadro de grande heterogeneidade quanto a recursos e condições de trabalho entre suas diversas unidades constitutivas.
A superação desse quadro passa a ser o maior desafio da instituição. A resistência democrática que conduz a ditadura militar ao isolamento político e à derrota engendra, na sociedade, novos espaços de participação. Intensificam-se a organização, a reorganização e a construção de instituições e movimentos de todo tipo na sociedade civil, especialmente a partir da segunda metade de 1977. Na universidade não é diferente. Com a reabertura do Diretório Central dos Estudantes — DCE Mario Prata, em 1978, reorganiza-se o movimento estudantil brutalmente desarticulado pela repressão, cuja história de lutas antecede inclusive a própria criação da universidade.
Nesse ambiente, pela primeira vez na instituição, também os professores — antes — e os funcionários — a seguir — articulam suas formas de organização política. A Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj), criada em 1979, e a dos servidores técnico-administrativos, Associação dos Servidores da UFRJ (Asufrj) — fundada em 1960 —, adquirem, a partir de 1982, caráter de representação sindical. Ainda que não caiba, aqui, discorrer sobre a história política dos movimentos da comunidade da UFRJ, importa sublinhar que suas ações, ao tempo em que introduzem relevantes modificações na vida acadêmica, institucional e administrativa da Universidade, também se direcionam no sentido de fortalecer um conjunto de propostas para a redefinição conceitual e programática da universidade pública brasileira como um todo.
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Espero que tenham gostado desta pequena súmula sobre a BG.
Se tudo correr bem parto agora para a montagem do Tópico:
O Cerrado do Sape: A Baía de Sepetiba
Quem quiser se aventurar nesta empreitada é só mandar uma PM.