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Homicídios caem 9,2% em SP; roubos crescem 4,1%

3035 Views 28 Replies 14 Participants Last post by  Tamarindo Cobra
Homicídios caem 9,2% em SP; roubos crescem 4,1%

Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que o número de homicídios no Estado de São Paulo diminuiu 9,2% enquanto os casos de roubos cresceram 4,18% no primeiro trimestre de 2008, comparado ao mesmo período do ano passado. Também de acordo com o levantamento, o número de latrocínios (roubo seguido de morte) cresceu de 58 para 69, em números absolutos.

De acordo com Túlio Kahn, coordenador de análises de planejamento da SSP, a queda no número de homicídios está próxima de se estabilizar em São Paulo. Segundo ele, o Estado tem hoje cerca de 10 mortes por 100 mil habitantes, índice considerado razoável pela Organização Mundial da Saúde. Em números absolutos, os homicídios caíram de 1.250 para 1.136.

Segundo os dados oficiais, outro índice que registrou queda significativa foi o de roubo a bancos, que caiu de 98 casos para 66. Já o número de homicídios culposo (sem intenção de matar) houve crescimento de 4,34%, subindo de 1.106 para 1.154 no período. Segundo a SSP, grande parte dos casos de homicídio sem intenção estão relacionados a acidentes de trânsito.

Segundo Kahn, essa queda vai ter um limite, já que ela está desacelerando, já que ela chegou a cair a taxas de 18% no Estado. Nesse trimestre, em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, ela foi de menos 9%. Portanto ela vem desacelerando.

Segundo Kahn, três fatores contribuem para essa queda significativa no período: encarceramento, desarmamento e gestão. "São Paulo teve uma expansão muito grande da população prisional. A gente saiu de 55 mil presos em 1994 e passou para 158 mil presos nesse ano. Um aumento de 187%", disse. Segundo ele, o estatuto do desarmamento, de 2003, ajudou a acentuar essa queda.

Kahn afirma que o aumento no número de roubos não era esperado. "Esse número tende a variar junto com a conjuntura econômica, com as taxas de desemprego. E apesar de a gente estar vivendo uma melhora na economia e reduções recordes na taxa de desemprego, mesmo assim, a gente teve um crescimento de 4% no número de roubos nesse trimestre, ainda que a nossa expectativa fosse de queda. É algo que a secretaria vai passar a priorizar", diz.

Segundo os dados da secretaria, o número de seqüestros caiu de 28 para 17 no período. No mesmo período, o número de mortes provocadas por policiais subiu de 75 para 116.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil...,00-Homicidios+caem+em+SP+roubos+crescem.html
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Número de homicídios em SP cai 18% no 1º trimestre

Número de homicídios em SP cai 18% no 1º trimestre

30/04/2008 - 08h16

São Paulo - A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo anuncia hoje uma redução de 18% no número de homicídios na capital no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2007. Dos 15 tipos de crimes cujos balanços são divulgados pela SSP, 12 tiveram queda. O roubo foi o crime que apresentou a maior alta na cidade (de 6,8%). Os números foram apresentados ontem em reunião da cúpula da segurança pública de São Paulo com técnicos da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), setor da SSP encarregado de compilar os números do Estado.

A tendência de queda no número de homicídios dolosos tem sido observada há alguns anos. No ano passado, por exemplo, foram registrados 1.538 casos, ante 5.327 no ano 2000, uma queda de 71%. A meta da SSP é atingir a taxa de 10 assassinatos por 100 mil habitantes, índice tido como ideal pela Organização das Nações Unidas (ONU). O patamar atual em São Paulo está em 10,8 homicídios por 100 mil habitantes.

Roubos - Enquanto o número de assassinatos cai, o de roubos continua preocupando a polícia. No ano passado, foram contabilizados 210.724 casos, um aumento de 1,8% em relação a 2006. Quase metade deles, 104.951 casos, ocorreu na capital, onde foi registrado um crescimento de 2,81% nesse tipo de ocorrência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/04/30/ult4469u24146.jhtm
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E continua a farsa. Aposto que quando ficar abaixo de 10, o número de homicídios por 100 mil habitantes vai magicamente estabilizar.
E continua a farsa. Aposto que quando ficar abaixo de 10, o número de homicídios por 100 mil habitantes vai magicamente estabilizar.
A farsa fica bem mais evidente quando se trata do n° de roubos. Primeiro porque nem todos os roubos registrados pela polícia vão parar nas estatísticas oficiais; segundo: grande parte dos roubos (à mão armada), nem chegam a ser registrados em delegacias, exceto talvez quando a vítima é subtraída em relação à documentos pessoais. ^^

Bom que pelo menos o governo paulista admitiu que houve um aumento significativo neste índice, é o que todo mundo percebe.
Não sei se é farsa. Durante 2005 eu pude acompanhar bem de perto o trabalho da Secretaria de Segurança, e vi que eles tratam tudo com muita seriedade. E é notável a queda na violência extrema, estávamos num patamar muito absurdo. Além disso, todos os homicídios, dolosos ou não, são processados pela polícia. Aliás, qualquer morte fora de um hospital é contabilizada, até se ter certeza de sua causa principal. Por isso os corpos de mortos sem doenças vão para o IML.
Não confunda a Região Metropolitana com a CIDADE de SP!
^ Não, é farsa sim, a questão é que o PSDB de São Paulo inventou um sistema tão exclusivo quanto a fórmula da Coca-Cola só pra poder maquiar os casos de homicídios! Os outros políticos ficam sempre com asco desse comportamento, afinal, é lamentável um político criar essa farsa só pra parecer que a segurança de um lugar melhorou quando, na realidade, não melhorou! Por essas razões a rivalidade entre o PT e o PSDB é tão grande, a união entre o DEM e o PSDB em São Paulo está em crise e há a disputa Aécio x Serra, tudo porque os outros políticos repudiam esses números falsos divulgados pelo governo paulista, prática que não existia até 1999. :yes:
Interessante a pesquisa do Datafolha divulgada nesse feriado: qual a maior preocupação do paulistano, que foi a mesma pesquisa de inauguração do instituto em 1983. Naquela época, a maior preocupação era o aumento dos preços, enquanto que a violência ficava em terceiro lugar, se não me engano. Atualmente a violência é a maior preocupação, disparado. Mas quando o instituto perguntou se o entrevistado havia sido roubado nos últimos 12 meses, verificou-se uma queda de cerca de 12% para uns 10% (isso depois de um pico em 99). Essa tal suposta significativa subida na violência parece mais um fruto da sensação de insegurança, devida à "paixão pelo sangue" que vem aumentando na população (qualquer assalto é comentado como se fossem 100 assaltos ao mesmo tempo).

Ao que parece aqui, isso mostra o poder do governo do Estado, que não apenas maquia os seus próprios dados (da SSP), os dados do governo federal (do DataSUS), que é de oposição ao PSDB, e os dados da comunidade acadêmica (do Mapa da Violência no Brasil), como também manipula os dados da Folha de São Paulo. É uma coisa fantástica!

Faça-me o favor... Tem gente muito neurótica nesse mundo, nem pra conferir que mesmo somando as mortes a esclarecer (que seria a possibilidade do governo maquiar os dados) ainda há uma redução significativa nos homicídios. Parece que tem gente que acha que toda boa notícia é falsa só porque o governo não é do seu partido favorito.
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Faça-me o favor... Tem gente muito neurótica nesse mundo, nem pra conferir que mesmo somando as mortes a esclarecer (que seria a possibilidade do governo maquiar os dados) ainda há uma redução significativa nos homicídios. Parece que tem gente que acha que toda boa notícia é falsa só porque o governo não é do seu partido favorito.
Não gostou?

mimimimimimimimimimimimimimimimimimimi... ^^
^ Desculpe, mas é "mimimimimimimimimi" pra você, que é a voz dissonante no caso... nós estamos embasados pelos números oficiais, por trabalhos sérios, não por achismos ou "reclamismos"... ;)
Mais uma reclamação anotada... próximo!!! ^^
(mode burocratic on)
^ Desculpe, mas é "mimimimimimimimimi" pra você, que é a voz dissonante no caso... nós estamos embasados pelos números oficiais, por trabalhos sérios, não por achismos ou "reclamismos"... ;)
O problema é que os oficiais que produzem esses números são os mesmos que serão julgados a partir deles. Há um claro conflito de interesses que pode ou não resultar na maquiagem das estatísticas.

Para vocês, não há maquiagem, mas existem inúmeros indícios que provam o contrário.
O problema é que os oficiais que produzem esses números são os mesmos que serão julgados a partir deles. Há um claro conflito de interesses que pode ou não resultar na maquiagem das estatísticas.

Para vocês, não há maquiagem, mas existem inúmeros indícios que provam o contrário.
O Datafolha não é ligado diretamente ao Governo estadual (apesar de que possam argumentar que a grande mídia favoreça o Governo), o DataSUS é elaborado pelo Governo Federal, que é do PT, e o Mapa da Violência é elaborado com suporte de instituições como a USP, que é livre de interferência do Governo em suas linhas de pesquisa (e isso eu conheço bem).

Aliás, que indícios você diz? O fato de meus colegas de infância não estarem mais morrendo de baciada parece um indício forte de que a violência está de fato caindo no Estado.
Eu não tenho partido político nenhum, aliás sou avesso à política como é feita no Brasil. Contudo, eu acho que o investimento em segurança pública no estado de SP vem surtindo efeitos, ao menos na capital. A violência banal, causada por pequenos criminosos que roubam bens de consumo, aumenta porque aumentou o poder de compra; com o aumento dos consumidores, aumenta também a quantidade de furtos, roubos e assaltos.
Contudo, a violência mais pesada, ligada ao tráfico de drogas e a grandes bandidos, vem sido duramente combatida, de formas que não eram até o final dos anos 90. Isso em todas as esferas do poder, embora a ABIN não seja tão eficiente quanto a Polícia Civil e a própria PM. Esse tipo de criminalidade afeta muito mais a população, então os esforços se concentraram (a meu ver corretamente) no crime organizado. Ele não deixou de existir, mas não possui mais a extensão que possuía na capital.
Se fosse tudo maquiado, o crime sempre cairia, como um todo. Afinal, ninguém percebe essas quedas de 5%, mas todo mundo vai ouvir um aumento de 2% qualquer, pois é o que vai receber maior atenção da mídia.
(Não me achincalhem, por favor, eu não quero polemizar...)
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Estão maquiando oque? Roubos e tráfico de drogas estão crescendo, isso afeta a sensação de insegurança da população.

E com a estagnação da migração, de algumas políticas públicas voltadas para as classes mais baixas e nos bairros mais pobres, com o aumento do efetivo policial, com o desarmamento, os homicídios vem caindo.

Qual o segredo? Não contabilizam os corpos? Somem com os corpos? Como fazem na minha cidade por exemplo que no ano passado teve 23 homicídios, todos computados pelos orgãos de saúde e pela mídia? Existe um megaincinerador do banditismo para sumir com os corpos?
O pior é que os roubos afetam muito mais o cidadão comum que os homicídios,que ocorrem principalmente entre uma faixa da população - jovens,pobres,que moram na periferia,normalmente negros ou filhos de migrantes.
Todo mundo que estudou Criminologia sabe que a criminalidade tem relação direta com a situação econômica de uma cidade, de uma região, de um país.

Tomemos o caso de Nova York, por exemplo. Lá, os índices de criminalidade tiveram uma redução extraordinária na década de 90. Coincidentemente, foi a época em que foi aplicada a doutrina da "tolerância zero" no combate aos crimes. Essa doutrina teve alguma influência na redução da criminalidade? É até possível que sim. Mas certamente o fator decisivo foi o fantástico crescimento econômico experimentado pelos EUA e por Nova York na década de 90 e na atual década.

Voltando ao Brasil. A explosão da violência nos grandes centros urbanos, e principalmente em São Paulo, se deu a partir da recessão da década de 80. Ultimamente, com o modesto crescimento econômico que temos experimentado, é natural que a criminalidade caia. E mais incrível é que isso não ocorreu - pelo menos para os roubos e latrocínios.

É fato que a polícia em São Paulo é mal paga, mal treinada, mal equipada, mesmo sendo o estado mais rico do país. Todo mundo sabe que a impunidade no Brasil e em São Paulo são totais, para o sujeito parar na cadeia é preciso ter barbarizado muito. E todo mundo aqui em São Paulo ainda se sente inseguro, então essas bazófias do governo não passam mesmo de estelionato eleitoral da pior espécie, gestado na cabeça dos famigerados marqueteiros. Hoje em dia, na política, a propaganda também é a alma do negócio.
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Perfeito!!! ^^
A farsa fica bem mais evidente quando se trata do n° de roubos. Primeiro porque nem todos os roubos registrados pela polícia vão parar nas estatísticas oficiais; segundo: grande parte dos roubos (à mão armada), nem chegam a ser registrados em delegacias, exceto talvez quando a vítima é subtraída em relação à documentos pessoais. ^^

Bom que pelo menos o governo paulista admitiu que houve um aumento significativo neste índice, é o que todo mundo percebe.
Existe uma grande diferença entre não denunciar um roubo e um assassino esconder um corpo para não ser encontrado. Diversos institutos apontam queda no número de homicídios, não é só o governo paulista que afirma estes dados.

Eu mesmo que moro na periferia há mais de 20 anos sinto que houve uma brusca queda nos homicidios. Me lembro que a 10, 12 anos atrás era muito comum a presença da polícia e do carro do IML para a retirada de um corpo. Hoje isso não existe mais.
Tomemos o caso de Nova York, por exemplo. Lá, os índices de criminalidade tiveram uma redução extraordinária na década de 90. Coincidentemente, foi a época em que foi aplicada a doutrina da "tolerância zero" no combate aos crimes. Essa doutrina teve alguma influência na redução da criminalidade? É até possível que sim. Mas certamente o fator decisivo foi o fantástico crescimento econômico experimentado pelos EUA e por Nova York na década de 90 e na atual década.

Voltando ao Brasil. A explosão da violência nos grandes centros urbanos, e principalmente em São Paulo, se deu a partir da recessão da década de 80. Ultimamente, com o modesto crescimento econômico que temos experimentado, é natural que a criminalidade caia. E mais incrível é que isso não ocorreu - pelo menos para os roubos e latrocínios.
A violência no estado de São Paulo está muito mais ligada ao inchamento dos centros urbanos nas regiões periféricas e a influência de um meio de exclusão social sem perspectivas de futuro do que a realidade econômica que o estado estava passando. Cidades do interior, como a região metropolitana de Campinas e as cidades da faixa litorânea, como a baixada santista eram bem tranquilas e seguras na década de 80 (recessão) que nos dias atuais. Durante a década de 90 essas cidades começaram a ter um crescimento nas suas periferias, um processo que começou na cidade de São Paulo no inicio dos anos 70. O crescimento econômico influencia sim, mas não é um fator determinante.
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