Estive em um encontro de família há algumas semanas atrás em Jacutinga-RS e registrei alguns pontos da cidade pra divulgá-la aqui.
Jacutinga é formada basicamente por famílias de origem italiana. A maioria migrou de dentro do próprio estado em busca de novas terras para trabalhar.
O urbanismo da cidade deixa um pouco a desejar (esperava que fosse mais “arrumadinha” por se tratar de uma cidade de imigrantes italianos), mas guarda um bucolismo aconchegante. Um lugar muito bom para passar um domingo ensolarado de Setembro.
Abaixo alguns dados que tirei de um informativo que recebi no encontro de minha família.
Geografia
Com área de 214,32 Km², e altitude de 650m acima do nível do mar, latitude 27º 43’ 44” e longitude 52° 32’ 06”, Jacutinga localiza-se a 395 km da capital do estado, na região norte do Rio Grande do Sul, na região do Alto Uruguai gaúcho.
Limita-se com os municípios de Campinas do Sul a oeste, Paulo Bento e Quatro Irmãos a leste, Ponte Preta ao norte e Ronda Alta ao sul. A ligação asfáltica se dá através da RS 211 e liga aos municípios de Campinas do Sul, daí a proximidade com o oeste catarinense através de Chapecó e com o município de Paulo Bento, o que nos aproxima de Erechim, cidade pólo a 28km e através da BR 386 temos acesso ao sul e a norte do país. Via estrada de chão liga-se com Ponte Preta e Quatro Irmãos, eo Rio Passo Fundo faz divisa de Jacutinga com os municípios de Ronda Alta e Pontão.
População
Conforme o último censo do IBGE, Jacutinga tem uma população estimada de 3.810 habitantes, sendo a população Urbana com 2.135 habitantes e População Rural 1.675 habitantes. São 1.884 homens e 1926 mulheres.
Política
Em outubro de 1963, foi aprovado o processo de emancipação do município de Jacutinga. O plebiscito foi marcado para o dia 29 de dezembro de 1963. através da lei nº 4734/64, do governador Ildo Meneghetti, foi decretado município em 1º de junho de 1964, sendo que a instalação ocorreu em 10 de janeiro de 1965.
Economia
Jacutinga tem sua economia baseada no setor primário. Conta com indústria de alimentos, vestuário e metalúrgica. O comércio vem modernizando-se e busca suprir a necessidade do consumidor local e regional. A proximidade com grandes centros possibilita a circulação e presença constante de visitantes que participam de eventos locais e prestigiam pontos turísticos.
História
A empresa inglesa ICA – Jewish Colonization Association – com sede em Londres foi criada por Maurice de Hirsch (Barão Hirsch), de origem alemã.
A ICA instalou em Quatro Irmãos grandes serrarias e uma ferrovia para escoamento da sua produção. Iniciou-se a revenda das colônias cobertas de pinho ou de barba-de-bode. Com isso, atraiu famílias originárias da Europa, principalmente da Itália, da serra gaúcha – Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Guaporé, da Quarta Colônia – Vale Vêneto-Santa Maria, que havia recebido uma leva de italianos que procuraram outras áreas para fixar suas residências. Estes povos foram os que compuseram basicamente a povoação de Jacutinga e que se mantém até hoje.
Os Primeiros moradores que se estabeleceram na região que originou Jacutinga foram: Oliveira Chumbo, Ângelo Fabiane, Ângelo Tortelli, Ângelo Borgim, Ângelo Ceni e Fioravante Nava, sendo que este último morou dentro de um oco de árvore de canela até construir sua casa.
Origem do Nome
Os tropeiros que aqui transitavam denominaram o passo da Jacutinga, devido ao grande número de aves Jacutinga que existiam na região, e eram percebidas principalmente no rio posteriormente denominado Rio Jacutinga, local onde os transeuntes faziam suas paradas para o descanso e após seguiam viagem. Esta denominação persistiu, ganhando a simpatia popular, mas no momento em que se pleiteou a emancipação política pela primeira vez, a comissão emancipacionista pretendia acrescentar mais um nome na denominação do futuro município, passando a ser chamado Jacutinga do sul. Não obtendo sucesso nesta luta, no momento seguinte a emancipação aconteceu com a denominação de JACUTINGA.
Com a extinção da ave em nossa região, e curiosidade constante de todos que aqui vivem, o então Prefeito Altair Rosettto, no ano de 1990, buscou junto ao Ibama em Florianópolis um exemplar da ave Jacutinga,, que exposta em bela e ampla gaiola arborizada na Praça Germano Sitta (Praça de Matriz) atraía a atenção e despertava a curiosidade, tornando-se uma referência para a visitação pública. A alimentação desta preciosa ave era orientada por cardápio sugerido pelos técnicos catarinenses. Anos mais tarde, por motivos desconhecidos, a ave símbolo do município é encontrada sem vida.
Ainda hoje espera-se conseguir um casal desta ave para ocupar este vazio, e talvez procriarem, preenchendo um espaço que a natureza ainda reserva, e exigindo um fiscalização mais efetiva da população quanto à preservação desta espécie.
A Ave Jacutinga
Pipile Jacutinga é seu nome científico. Popularmente essa ave é conhecida apenas como jacutinga. Ela pesa, em média, 1,4 quilos e mede cerca de 74 centímetros da ponta do bico à ponta da cauda. Normalmente vive em bandos de até 15 indivíduos, sobrevoando as matas e alimentando-se mais nas árvores do que no solo. Seu cardápio inclui diversos frutos, sementes, moluscos e alguns insetos.
A jacutinga já ocupou matas do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul; leste de Minas Gerais, em regiões cobertas por mata espessa; nordeste da Argentina; sudoeste do Paraguai. Hoje, pos causa da destruição das florestas, está restrita a poucos sítios de sua distribuição geográfica original, sendo mais uma animal ameaçados de extinção.
Agora vamos às minhas fotos.
1. Vista panorâmica do centro da cidade
2. Igreja Matriz da Cidade
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5. Interior da Igreja Matriz
6. Casa Paroquial
7. Salão Paroquial
8. Prefeitura Municipal
9. Hospital Municipal
10. Praça Germano Sitta
11. Os pilares de sustentação desse abrigo têm a silhueta de uma jacutinga.
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14. Gostei desta casa em madeira
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20. Arquitetura comum na cidade
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30. Monumento à Ave Jacutinga
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32. Avenida Revitalizada
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37. Parada de ônibus em forma de jacutinga. A foto ficou tremida porque tirei de dentro do ônibus, não tivemos tempo de parar.