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Refer vai reabilitar linha do Leste no troço entre Abrantes e Elvas
Investimento de 48 milhões de euros vai ser aplicado em 140 quilómetros de linha, estações e passagens de nível
A Refer tem em curso um investimento de 48 milhões de euros para reabilitar a Linha do Leste, sobretudo no troço entre Abrantes e Elvas, num total de 140 quilómetros. Segundo fonte oficial da empresa, as intervenções - que vão durar até 2013 - incluem "a beneficiação generalizada da superestrutura de via, adequação doslayouts da estações, ajustando-os às necessidades do tráfego de mercadorias" e a automatização e requalificação das passagens de nível a fim de aumentar a segurança.
As primeiras estações a ser intervencionadas serão as de Torre das Vargens, Portalegre e Santa Eulália.
Este programa de investimentos teve em conta a importância desta linha no tráfego de mercadorias com Espanha, apesar de estar prevista para 2013 a inauguração do famoso eixo Sines-Badajoz em paralelo com a linha de alta velocidade. Nessa altura, quando Évora estiver ligada à fronteira espanhola com uma via única ao lado da linha do TGV, o actual caminho-de-ferro do Leste perde grande parte da sua importância, pois todo o tráfego de Lisboa, Setúbal e Sines irá directamente pela futura infra-estrutura para Badajoz.
Contudo, tal não impediu a Refer de apostar na linha que tem, em detrimento da que está desenhada no mapa e começar já a renovar a linha do Leste, tendo em conta, sobretudo, um grande acréscimo do tráfego de mercadorias nos últimos anos e que nem a crise fez esmorecer.
É que a linha está em tão mau estado, com carris antigos e travessas de madeira, que em grande parte do seu trajecto os comboios não passam dos 80 km/hora e nalguns troços nem podem andar a mais de 40 à hora por a fragilidade da via não suportar alguns vagões mais pesados.
Não admira, assim, que no que diz respeito ao tráfego de passageiros, a CP se limite a servir Elvas com apenas duas automotoras por dia, que demoram três horas e meia a chegar ao Entroncamento, podendo a viagem para Lisboa tardar cinco horas. Já para o Porto, curiosamente, a CP é competitiva face à Rede de Expressos, pois entre Elvas e a Invicta o comboio demora seis horas e o autocarro oito.
Público
Investimento de 48 milhões de euros vai ser aplicado em 140 quilómetros de linha, estações e passagens de nível
A Refer tem em curso um investimento de 48 milhões de euros para reabilitar a Linha do Leste, sobretudo no troço entre Abrantes e Elvas, num total de 140 quilómetros. Segundo fonte oficial da empresa, as intervenções - que vão durar até 2013 - incluem "a beneficiação generalizada da superestrutura de via, adequação doslayouts da estações, ajustando-os às necessidades do tráfego de mercadorias" e a automatização e requalificação das passagens de nível a fim de aumentar a segurança.
As primeiras estações a ser intervencionadas serão as de Torre das Vargens, Portalegre e Santa Eulália.
Este programa de investimentos teve em conta a importância desta linha no tráfego de mercadorias com Espanha, apesar de estar prevista para 2013 a inauguração do famoso eixo Sines-Badajoz em paralelo com a linha de alta velocidade. Nessa altura, quando Évora estiver ligada à fronteira espanhola com uma via única ao lado da linha do TGV, o actual caminho-de-ferro do Leste perde grande parte da sua importância, pois todo o tráfego de Lisboa, Setúbal e Sines irá directamente pela futura infra-estrutura para Badajoz.
Contudo, tal não impediu a Refer de apostar na linha que tem, em detrimento da que está desenhada no mapa e começar já a renovar a linha do Leste, tendo em conta, sobretudo, um grande acréscimo do tráfego de mercadorias nos últimos anos e que nem a crise fez esmorecer.
É que a linha está em tão mau estado, com carris antigos e travessas de madeira, que em grande parte do seu trajecto os comboios não passam dos 80 km/hora e nalguns troços nem podem andar a mais de 40 à hora por a fragilidade da via não suportar alguns vagões mais pesados.
Não admira, assim, que no que diz respeito ao tráfego de passageiros, a CP se limite a servir Elvas com apenas duas automotoras por dia, que demoram três horas e meia a chegar ao Entroncamento, podendo a viagem para Lisboa tardar cinco horas. Já para o Porto, curiosamente, a CP é competitiva face à Rede de Expressos, pois entre Elvas e a Invicta o comboio demora seis horas e o autocarro oito.
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