Futuro Museu do Oriente deverá abrir em Lisboa em 2007
«A construção deverá estar concluída no final do ano, e depois é necessário deslocar as peças para lá», explicou Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, responsável pelo projecto.
Situado junto ao rio Tejo na zona de Alcântara, o edifício Pedro Álvares Cabral, que vai acolher o futuro Museu do Oriente, começou a ser construído em 1939, tendo albergado armazéns de bacalhau.
O museu, orçado em mais de 20 milhões de euros, incluirá uma área para exposições de mais de 7.000 metros quadrados e uma zona de reservas para os objectos que não estão em exposição.
Segundo Carlos Monjardino, o custo do museu, que inclui a aquisição e transformação do edifício, tem sido suportado pela fundação, que espera receber uma comparticipação das entidades oficiais, nomeadamente através do Programa Operacional de Cultura.
O edifício, cuja adaptação está a ser projectada pelos arquitectos Carrilho da Graça e Rui Francisco, contempla ainda um auditório com capacidade para 400 pessoas, um restaurante e lojas onde serão vendidas reproduções das peças expostas, livros e edições da Fundação Oriente.
O espólio do Museu do Oriente inclui uma grande colecção, «que pertencia a um senhor de Hong-Kong e que foi oferecida à fundação por uma associação francesa», com quase 11 mil peças de arte popular de toda a Ásia dos séculos XIX e XX.
«Trata-se de um dos maiores acervos deste tipo na Europa«, e que será exibido por tópicos, adiantou Carlos Monjardino.
O Museu do Oriente irá apresentar ainda a colecção da Fundação Oriente de objectos, datados dos séculos XVI e XVII, que testemunham a influência da cultura portuguesa nos vários países do Oriente, como a Índia, o Japão ou Timor.
Este espólio, que inclui desde mobiliário a pinturas, biombos ou esculturas, «tem estado armazenado e a ser revisto peça a peça», estando alguns restauros a ser realizados, adiantou Carlos Monjardino.
Se a maior parte do espólio será «imutável», o espaço museológico terá ainda exposições temporárias, no âmbito de protocolos com outros museus do Mundo, explicou o presidente da Fundação Oriente, que se confessa «muito entusiasmado» com o projecto, um dos principais objectivos da criação da instituição, há 18 anos.
Diário Digital / Lusa
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