Carrilho quer fazer jardim no actual Parque Mayer
Projecto Para além da reconversão do teatro Capitólio futuro dos outros equipamentos é ainda incerto Candidato socialista à Câmara da capital pretende requalificar espaço público joão girão
Manuel Maria Carrilho quer o teatro de volta ao Capitólio; restantes equipamentos sem destino
Ocandidato do Partido Socialista (PS) à Câmara de Lisboa, Manuel Maria Carrilho, apresentou ontem a sua solução para a reconversão do Parque Mayer. A ideia, que Carrilho apelidou de "simples e viável", é a articulação do Jardim Botânico na perspectiva de continuação do recinto do Parque Mayer, também ele transformado num espaço verde. Outra das metas do candidato socialista é a requalificação da Avenida da Liberdade e a recuperação dos equipamentos culturais localizados junto das Portas de Santo Antão.
Insistindo sempre que a solução anunciada pelo PSD para o Parque Mayer - o projecto do arquitecto Frank Gehry - é "uma fantasia com custos de milhões de euros" e "um embuste", o socialista explicou que a sua proposta é "uma solução quase natural" e prende-se com "uma preocupação de requalificação do espaço público, onde as pessoas possam viver".
Assim, Carrilho pretende aproveitar o património ambiental e cultural de Lisboa, com a renovação do Jardim do Torel, de modo a ligar as duas colinas. Os equipamentos culturais situados nas Portas de Santo Antão - Coliseu, Politeama, Ódeon, Olímpia, Sociedade de Geografia, Casa do Alentejo e Ateneu, também terão a atenção de Manuel Maria Carrilho, que pretende, caso seja eleito presidente da autarquia, valorizá-los e aproveitá-los, para que retomem as suas antigas funções.
No entanto, para além da certeza da requalificação do teatro Capitólio (que poderá receber teatro e revista) no Parque Mayer, o candidato não adiantou qual o futuro dos restantes equipamentos.
E quando confrontado com a possível contradição entre estes projectos e o voto dos deputados municipas do PS, no passado mês de Fevereiro, na Assembleia Municipal, sobre o futuro do Parque Mayer, Carrilho respondeu sentir-se "vinculado a tudo o que é lei e às decisões tomadas na Assembleia Municipal. Mas o que foi aprovado foi a permuta de terrenos, não foi mais nada", sublinhou, desmarcando-se assim das posições então assumidas pelo partido.
fonte