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Lisboa | Urbanismo - Grupo de trabalho propõe fiscalização separada do licenciamento e planeamento

1658 Views 4 Replies 4 Participants Last post by  pedrodepinto
Lisboa/Urbanismo

Grupo de trabalho propõe fiscalização separada do licenciamento e planeamento

A separação das áreas de planeamento, licenciamento e fiscalização é a principal proposta do grupo de trabalho para a reestruturação dos serviços do Urbanismo da Câmara de Lisboa, constituído após a sindicância àquele departamento.

O relatório do grupo de trabalho, a que a Lusa teve acesso, recomenda a separação entre o planeamento, o licenciamento e a fiscalização, áreas consideradas potencialmente conflituantes entre si, "para evitar erros, irregularidades ou a sua dissimulação".

Para "segregar a fiscalização do licenciamento em todo o universo do Urbanismo", o grupo de trabalho avança neste primeiro relatório, apresentado quarta-feira aos vereadores, vários cenários.

É admitida a "colocação da função fiscalização numa unidade orgânica separada do licenciamento, mas dedicada à área urbanística, onde seriam colocados todos os serviços comuns ao urbanismo".

A colocação da fiscalização "nas direcções municipais com a função de licenciamento mas em departamentos ou divisões diferentes das responsáveis pelo licenciamento" é outro dos cenários.

A concepção de "uma única unidade orgânica dedicada à fiscalização e transversal à Câmara" é outra solução proposta.

Relativamente ao atendimento ao público, o relatório propõe a criação de um "balcão único municipal", que na área do urbanismo teria dois níveis: uma vertente generalista e outra especializada.

Num primeiro nível, trata-se de uma unidade com uma "vocação genérica e informativa", podendo este atendimento ser oferecido "nos balcões das Lojas do Cidadão de nova geração, o que permitiria alargar a cobertura geográfica do atendimento municipal".

O atendimento de segundo nível, actualmente desempenhado pela Divisão de Administração, Relações Públicas e Apreciação Liminar, dedicado a receber e fazer o "saneamento liminar dos processos (no que constitui o primeiro momento da apreciação)".

O grupo de trabalho propõe igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de simplificar procedimentos, como a rotatividade periódica dos técnicos das Unidades Orgânicas de Apreciação dos processos para o serviço de atendimento especializado, "a fim de melhorar o controlo dos prazos de apreciação dos processos, especialmente no que concerne às comunicações prévias".

É também proposta a elaboração de um "manual de procedimentos do urbanismo" para uso interno dos serviços, com o objectivo de estabelecer uniformidade na apreciação dos processos.

Uma versão simplificada deste manual destinada aos munícipes, com divulgação no site oficial da Câmara, é igualmente sugerida.

Ao nível dos sistemas informáticos, o grupo de trabalho concluiu pela necessidade de criação de um estrutura global de sistemas de informação, "através da qual se possam consolidar as diversas aplicações, conteúdos e serviços até aqui dispersos".

"O objectivo da criação desta estrutura é centralizar e racionalizar recursos técnicos, humanos e financeiros", refere o relatório.

ACL.

Lusa in RTP.pt
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Lisboa/Urbanismo: Processos pendentes aumentam entre 2004 e 2007

08 de Maio de 2008

Os processos urbanísticos pendentes na Câmara de Lisboa aumentaram entre 2004 e 2007, de 2498 para 3950, apesar do número de processos a dar entrada nos serviços ter diminuído.

O relatório do grupo de trabalho para a reestruturação dos serviços de Urbanismo, criado após a sindicância àquele departamento, a que a Lusa teve acesso, revela que a percentagem do tempo da responsabilidade exclusiva da Câmara de Lisboa em cada fase de licenciamento de edificação varia entre 49 por cento e 74 por cento.

O número de processos pendentes na Direcção Municipal de Gestão Urbanística aumentou de 2498, em 2004, para 3950, em 2007, embora os processos que deram entrada naquela direcção municipal tenham diminuído, de 5228, em 2004, para 4506, em 2007.

A situação é semelhante na Divisão de Equipamentos Públicos e Licenciamentos Especiais, em que houve um aumento dos processos pendentes, de 322, em 2004, para 751, em 2007, apesar de terem diminuído os processos que entraram, de 323, em 2004, para 300, em 2007.

O relatório recomenda a criação de um grupo de trabalho para a resolução dos processos pendentes nesta divisão.

Esta "task force" seria composta por "elementos externos aos serviços ao abrigo de protocolos celebrados entre a autarquia, associações públicas profissionais (Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Advogados) ou outras instituições ds reconhecido mérito (Faculdades de Arquitectura, Instituto Superior Técnico)".

Na Direcção Municipal das Actividades Económicas, verifica-se um aumento tanto dos processos entrados como dos processos pendentes.

Nesta direcção municipal estavam pendentes 4475 processos em 2005 e 5012 em 2007, enquanto que os processos a dar entrada evoluíram de 797, em 2005, para 1111, em 2007.

Uma avaliação da "performance" da Direcção Municipal de Gestão Urbanística revela que as "taxas de execução" de processos resolvidos em relação a processos pendentes, por operação urbanística principal, diminuíram entre 2005 e 2007.

Uma alteração durante a execução de uma obra, por exemplo, tinha uma "taxa de execução" de 60 por cento em 2005, e de cerca de 30 por cento em 2007.

Com base nos dados fornecidos pelo Gesturbe (aplicação informática dos serviços de Urbanismo), foi apurado o tempo médio para operações urbanísticas em edificação, tendo-se concluído que a percentagem do tempo da responsabilidade exclusiva da Câmara, em cada fase de licenciamento, varia entre 49 por cento, no caso de uma reconstrução, e 74 por cento, para uma demolição.

Nas construções, 61 por cento do tempo demorado é da responsabilidade da autarquia, nas alterações é de 60 por cento e nas ampliações situa-se nos 58 por cento.

ACL.

Lusa in Sapo Notícias
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…os processos de simplificação da gestão urbanística…acabam sempre por burocratizar…
com tantos processos pendentes até admira como é que ainda se consegue fazer alguma coisa em Lisboa...
São os que se encontravam pendentes há muitos anos que tiveram luz verde :lol:!
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