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Festival náutico pretendeu chamar a atenção para a paralisia na situação da marina da Parque Expo.
Uma marina em leito de rio é sempre imprevisível; por muitos estudos prévios que se façam, será necessário estar atento à sua evolução e encontrar soluções para os problemas. A ressalva de Paulo Andrade, vice-presidente da Associação Naútica da Marina do Parque das Nações (ANMPN), não significa, porém, a aceitação de um estado de coisas que se prolonga há quatro anos ("a marina é um tanque de lama", diz), e que determinou o seu encerramento. Até quando, a ANMPN não arrisca adivinhar, mas teme que os últimos anos, "em que nada se fez", signifiquem o arrastamento da situação.
Há oito anos, que hoje se cumprem, abria a Expo'98.O festival naútico ontem promovido por aquela associação , no âmbito do Festival do Parque das Nações, organizado pela associação local de moradores e comerciantes, pretendeu exactamente lembrar que uma "parte essencial" do projecto da Parque Expo ("a abertura daquela frente da cidade ao rio") está adiada.
A marina estava pronta quando abriu a Exposição de Lisboa, mas fecharia em Março de 2002. O assoreamento foi a causa e desde então nenhuma solução foi decidida. Paulo Andrade considera que sem uma íntima colaboração entre o governo, a CML e a Sociedade Marina do Parque das Nações dificilmente se resolverá o pressuposto da sua inicial construção e de todo o projecto daquela fatia da zona oriental aproximar a cidade da frente ribeirinha. E como agora, em vez de uma marina o que que existe "é um tanque de lama", não será de pôr de parte a hipótese de a Waterfront 2007 já não se realizar em Lisboa, alerta Paulo Andrade.
Dez meses é o lapso de tempo que, se as obras começassem já, demorariam as obras das comportas que, no entender da ANMPN, resolveriam a situação. Mas só há cerca de uma semana começou a operar uma plataforma de sondagens na bacia sul da marina, que deverá fazer luz sobre uma possível solução.
Maio de 2002
Constituição da Associação Náutica da Marina do Parque das Nações. Objectivo fomentar o convívio entre utentes e defender os direitos dos que compraram postos de amarração. Desde Outubro de 2001 que os bens do porto estavam arrestados por ordem judicial devido à falência da concessionária.
Julho de 2003
Os credores aprovam por maioria, no Tribunal do Comércio de Lisboa, uma proposta de recuperação da empresa. A maioria aceita transformar os créditos em capital. A Parque Expo assume o compromisso de reiniciar as obras necessárias. A nova concessionária é financiada maioritariamente pelo BCP.
Dezembro de 2004
Divulgadas as primeiras intenções do Plano de Desenvolvimento Estratégico da Marina. A redução dos postos de amarração e o aumento, para o triplo, da capacidade construtiva reacendem a polémica com utentes e moradores.
Fonte: JN
Mais um em águas de bacalhau.....