Ernesto Braga - Estado de Minas
Publicação: 18/09/2010 06:41 Atualização:
A professora de matemática Soraya Mara Menezes de Souza dedicou 20 dos seus 30 anos aos estudos. Quando concluiu o ensino médio, fez faculdade e iniciou duas pós-graduações. Moradora de Contagem, na Grande Belo Horizonte, só parou de estudar por quatro anos, quando teve seu único filho, Levy, hoje com 10. “Sempre me preocupei com a ascensão profissional e, nesse sentido, mais filhos iriam me atrapalhar. Não quero ficar só dentro de casa cuidando da família.” Em Minas, Soraya faz parte da regra. A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que
o estado tem a segunda menor taxa de fecundidade do país: 1,67 filho por mulher, atrás apenas do Rio de Janeiro (1,63).
A análise das condições de vida no país teve como principal fonte a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009 e abordou 10 temas, entre eles educação e saúde. Segundo a SIS,
a fecundidade média da brasileira é de 1,94 filho por mulher, que cai para 1,68 entre as que têm oito anos ou mais de estudo. Já aquelas com no máximo sete anos de aprendizado escolar, a taxa sobe para 3,19 filhos. “As mulheres com maior acesso à informação têm mais perspectivas no mercado de trabalho, deixam o casamento para mais tarde e optam por menor número de filhos”, afirma o analista do IBGE em Minas Antonio Braz de Oliveira e Silva.
Além da baixa taxa de fecundidade,
Minas é o quarta unidade da federação na qual há maior expectativa de vida: 75,1 anos, como mostra o SIS.
À frente, estão Rio Grande do Sul (75,5), Santa Catarina e o Distrito Federal (ambos com 75,8). Na comparação entre 1999 e 2009, Minas teve o maior aumento da expectativa de vida entre os quatro primeiros da lista: 2,7 anos, contra 2,5 do RS e 2,6 do DF e de SC.
A média brasileira é de 73,1 anos. Antonio Braz destaca que o envelhecimento da população vem ocorrendo em todo o país. “É um processo lento, mas uma tendência geral, causada pelas melhorias no acesso aos serviços de saúde e de infraestrutura sanitária, como água tratada e saneamento básico.”
Mortalidade infantil
Em 1999, crianças e adolescentes somavam 40,1% da população brasileira, índice que caiu para 32,8% no ano passado, quando a população total era de 191,8 milhões de pessoas, segundo a Pnad. Já os brasileiros com mais de 70 anos eram 6,4 milhões há 11 anos (3,9% do total), aumentando para 9,7 milhões em 2009 (5,1%). Em Minas, o SIS traz estatísticas apenas de habitantes de 30 a 70 anos ou mais, em 2009: de 30 a 49 anos eram 5.820 por grupo de 1 mil pessoas; 2.157, de 50 a 59 anos; 734, de 60 a 64; 599, de 65 a 69 anos; e 1.112 por grupo acima de 70 anos.
O estudo mostra que a taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu de 31,7% para 22,5% entre 1999 a 2009. De acordo com o SIS,
a razão de sexo na Grande BH é de 89,2% de homens por grupo de 100 mulheres. As regiões metropolitanas com maior equilíbrio são as de Belém (90,8%), Porto Alegre (91,6%), São Paulo (93%) e Curitiba (94,6%). A menos contrabalançada é a de Recife, com 85 homens para cada 100 mulheres. No país, a média é de 94,8 homens.
http://www.em.com.br/app/noticia/ge...gunda-menor-taxa-de-fecundidade-do-pais.shtml
Essa matéria fala de vários dados de vários estados e cidades de fora do Minas e do sudeste inclusive, além de mostrar as médias nacionais de cada dado.
Só que como tem Minas no título tenho certeza que ia ser uma choradeira se postasse no Notícias nacional. O pessoal nem ia ler a matéria e já ia falar para mover para o Notícias de Minas e o pior é que ia ter moderador que não ia ler também e ia mover sem pensar duas vezes.
Então posto aqui mesmo. Espero que o pessoal de outros estados tenham a oportunidade de ver os dados também, apesar de estar em subtópico tão regionalizado.

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