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Não é para desfazer São Paulo, mas...

18435 Views 199 Replies 52 Participants Last post by  DMA Brasil
... a Emurb, onde a Ana Carolina trabalha combateu o projeto do Shopping Cidade Jardim - e com toda razão:

Somente o Shopping com seus 75m de altura é gigantesco e exagerado. Ele corresponde por um terço da altura do projeto total, que é de 205,3m (com as pontas em alguns dos campaniles será 223,7m) até o topo dos edifícios residenciais. Quer dizer que os 10 edifícios mais altos do país e da cidade são residencias de milionários e shopping destinado a eles. É pura exclusão social, e um desderdício horrendo. Difícil imaginar alguém que não se sente humilhado por essas torres: Dois andares do Shopping terão mais de 10m de pé direito!!! O portal (não as portas) terá 35m. Haverá mais um andar do Shopping com 8m. No térreo dos residenciais (que seria no topo do shopping), terá salas de lazer e salões de festa com pé-direito de mais de 5m. As coberturas dúplex terão 2 vezes 4,9m! E o resto dos apartamentos terá pé-direito de mais ou menos 4,4m! E a explicação é ridícula: claro que com central de ar-condicionado não dá para ter menos de 3,4m de pé -direito, mas essas têm que ter um metro a mais para colocar os lustres!!! Eu sou a favor de edifícios altos em Sampa. Mas um tal projeto não deveria ter mais do 150m. Dizem que ele não terá impacto na imagem da cidade. Com 205,3m não, mas sim pelo significado. É um projeto de luxúria de classe alta, que exclui 98% da população da cidade. Não vai atrair nenhum cliente de classe média, por que ninguém vai se sentir bem naquele shopping! E todo mundo vai se sentir humilhado por esse projeto de dimensões enormes. Infelizmente, ele foi aprovado, e podem começar ainda este ano.

Não sou patético nem invejoso: Mas nem cidades do 1º Mundo tem coisas assim, até parece que São Paulo precisa! :bash:
A Emurb é muito a favor de verticalização, e conseguiram até um novo padrão para o Brás, Cambuci, Pari, Belém e Barra Funda, para terem até arranha-céus de grande porte. Mas esse tal de Cidade Jardim é um pecado - a Marta Suplicy o recusou! Agora ele foi aprovado... :bash: :bash: :bash: :bash: :bash: :bash: :runaway:
Festejam se quiserem, mas eu acho isso uma vergonha! Muito mais na região onde será construido. Mesmo eles tendo pago um montão para construir Cingapuras!
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Que mania de chamar esses edifícios de "neo-clássicos"... No máximo"neo-ecléticos" ficaria adequado.
Depois ainda dizem que os arquitetos destas construções que não estudaram história e teoria... Blé.
Detesto esta lavagem cerebral que fazem nos estudantes de arquitetura. [sou um deles o_O oh!]

Acabam saindo todos iguais: odeiam neo-ecléticos (e ainda, de mal informados, acham que são neo-clássicos), abominam que se reconstrua o patrimônio destruído, preferindo mesmo uma caixa de concreto ou uma auto-construção de pedreiros no lugar.
Teorias por teorias, se estudassem a fundo, veriam as porcarias que estão dizendo e fazendo, dizendo ser "arquitetura".

Qualquer pessoa em sã consciência prefere um prédio neo-eclético do que um caixote de concreto... Quem vai se importar com "técnica construtiva ser relativa à época da construção", quando se trata dos prédios horrendos e sem graça que saíram e tem saído?
Quem abomina os neo-ecléticos, deveria fazer o favor de se dar ao respeito e criar prédios com estética realmente MODERNA, que atraia as pessoas, e não um caixote "modernista". Afinal, os prédios são projetados para PESSOAS!

Pena que se esquecem disso. Antes algo supostamente "cafona" mas bonito do que torres lisas de concreto...

Não sou nenhum "passadista", sou apaixonado por vários tipos de prédios modernos, mas não consigo engolir os caixotes de concreto (incrível como insistem nesta praga arquitetônica há décadas!).
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Otis LA said:
O projeto é horrível! É anacrônico: uma mistura de neo-clássico com qualquer coisa pós-moderna... que coisa kitsch, uma vergonha para a arquitetura da cidade mesmo se tivesse 20m de altura...
Estamos no século XXI! Campanilles, frontões e ordens gregas não pertencem a seu tempo. Esta febre de edifícios "neo-clássicos franceses" em São Paulo é uma vergonha para a cidade (vejam http://www.arcoweb.com.br/debate/debate65.asp)! O pior que este lixo está sendo exportado para outras cidades (vejam também http://www.arcoweb.com.br/memoria/memoria59.asp).
O problema não é a sua altura, nem se é feito para pobres ou ricos, mas seu "estilo"... seria anacrônico construir algo assim até no mais rico país do mundo (ou... por que não se constroem coisas assim na França?).
Olha só, os concretões niemeyerianos também não pertencem ao nosso tempo, já são totalmente ultrapassados e também são uma vergonha pro Brasil inteiro ainda os construirem, mas ninguém está reclamando.
(vai dizer que o "museu nacional" parece algo atual? parece sim um futuro do pretérito, assim como aquele pórtico ridículo na Praça do Patriarca, idealizado por outro passadista)

Ah, e esse negócio de "ordens gregas" e etc não pertencerem ao nosso tempo, não confere. Ninguém tem obrigação de limitar sua criatividade por que meia dúzia de criaturas, a maioria sem talento, decidiram "abolir o ornamento nas edificações". Tudo bem pra quem gosta de construções sem ornamentos, mas há necessidade de ABOLIR os elementos decorativos? Cada um na sua praia, oras.
Se um pintor quiser pintar com técnicas ou estética renascentista, ele pinta, bem como um arquiteto pode muito bem utilizar colunas ou quaisquer elementos que queira (há lei contra isso? só tem objeções arquitetos modernistas atrasados, com medo de perder clientes). Agora, se a pessoa vai utilizar com coerência tais ornamentos, sabendo não tornar a construção brega ou bizarra, é outra história.

Está mais do que na hora de perceberem que, se os "neo-clássicos" (que NÃO são neoclássicos, esse período da história da arte já passou) são ultrapassados, os concretões brasileiros também são (continuam construindo como nos anos 30, isso é bom?).

PS: Apesar de tudo isso, sinceramente não gostei do projeto, e também não acho muito coerente prédios altos com características historicistas.
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Também não concordo com essa mania de "espelhamento", quando não bem usado em jogo com outros elementos em um prédio.

Acho que o problema é que, saídos de uma era de caixotões de concreto, os prédios com vidros espelhados são colírio para os olhos. Podem alguns não ter "presença", não marcarem, mas pelo menos eles refletem algo mais belo: o céu. Melhor do que um paredão branco encardido, sem dúvida alguma!
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