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PESQUISA
População do Norte costuma ler menos de 4 livros por ano
BRASÍLIA
Da Sucursal
A população da Região Norte é a que menos lê livros no País. A média de livros lidos por ano nos Estados nortistas é de apenas 3,9, bem inferior à média nacional de 4,7, que já é considerada muito baixa. Os dados divulgados ontem, em Brasília, são da pesquisa 'Retratos da Leitura no Brasil', encomendada pelo Instituto Pró-Livro ao Ibope. No total, foram entrevistadas mais de cinco mil pessoas – população acima de cinco anos de idade – em 311 municípios brasileiros em todos os Estados e no Distrito Federal. A constatação é de uma imensa disparidade regional entre os leitores brasileiros. Enquanto o Norte amarga o fim da lista, com menos de quatro livros lidos por habitante/ano, a Região Sul, no topo, tem uma média de 5,5. A pesquisa considera a leitura tanto dos livros indicados pela escola – didáticos ou não –, quanto a que é feita por pessoas que não freqüentam mais estão mais a escola. Considerando somente esse último caso, a média nacional é de 1,3 livro por ano.
A principal razão dessa desigualdade é apontada pelo grau de instrução das populações. Conforme o gerente executivo da pesquisa, Maurício Garcia, o baixo índice de pessoas com nível superior na Região Norte reflete um ensino precário, que acarreta no pouco número de leitores. 'Se comparar apenas o público com nível superior completo das Regiões Norte e Sul teremos uma equiparação na média de leitura. No entanto, o número de leitores com nível superior no Norte é muito inferior ao do Sul. Não há como negar que existe uma deficiência de ensino nessa região que acarreta nesse número reduzido de leitores', explica. Da média de 3,9 livros por ano no Norte, 3,7 correspondem aos leitores que estão na escola e, apenas, 0,2 dos que estão fora dela. Já no Sul, a média dos alunos leitores se equipara a do Norte (3,7), entretanto 1,8 é a média de leitores que já passaram dessa etapa.
EXPLICAÇÕES
Para o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, o problema dos números da Região Norte também passa pelo ensino médio. Ele ressalta que a falta acessibilidade aos livros e a ausência de uma política de estímulo à leitura na formação do indivíduo provocam esse cenário. 'Estamos buscando redistribuir os recursos pelo Brasil inteiro, porque essas diferenças regionais são a grande mazela do País. É preciso qualificar as escolas básicas do Norte porque o problema começa lá. Além de resolver o problema da acessibilidade ao livro. São poucas bibliotecas e as que existem são depósitos de livros apenas. Temos que mudar isso, transformando elas em estimuladoras de leitura', ressaltou.
A pesquisa revela ainda que os nortistas têm preferência pela leitura religiosa. Foi na Região Norte a maior incidência da Bíblia como principal referência literária. A obra é disparada a preferida dos leitores brasileiros. Cerca de 45% dos entrevistados assinalaram a Bíblia como o livro recentemente lido (últimos três meses) ou preferido. Na seqüência, 34% apontaram os livros didáticos, 32% os romances, 31% livros infantis e 28% as poesias.
Fonte: Portal ORM
População do Norte costuma ler menos de 4 livros por ano
BRASÍLIA
Da Sucursal
A população da Região Norte é a que menos lê livros no País. A média de livros lidos por ano nos Estados nortistas é de apenas 3,9, bem inferior à média nacional de 4,7, que já é considerada muito baixa. Os dados divulgados ontem, em Brasília, são da pesquisa 'Retratos da Leitura no Brasil', encomendada pelo Instituto Pró-Livro ao Ibope. No total, foram entrevistadas mais de cinco mil pessoas – população acima de cinco anos de idade – em 311 municípios brasileiros em todos os Estados e no Distrito Federal. A constatação é de uma imensa disparidade regional entre os leitores brasileiros. Enquanto o Norte amarga o fim da lista, com menos de quatro livros lidos por habitante/ano, a Região Sul, no topo, tem uma média de 5,5. A pesquisa considera a leitura tanto dos livros indicados pela escola – didáticos ou não –, quanto a que é feita por pessoas que não freqüentam mais estão mais a escola. Considerando somente esse último caso, a média nacional é de 1,3 livro por ano.
A principal razão dessa desigualdade é apontada pelo grau de instrução das populações. Conforme o gerente executivo da pesquisa, Maurício Garcia, o baixo índice de pessoas com nível superior na Região Norte reflete um ensino precário, que acarreta no pouco número de leitores. 'Se comparar apenas o público com nível superior completo das Regiões Norte e Sul teremos uma equiparação na média de leitura. No entanto, o número de leitores com nível superior no Norte é muito inferior ao do Sul. Não há como negar que existe uma deficiência de ensino nessa região que acarreta nesse número reduzido de leitores', explica. Da média de 3,9 livros por ano no Norte, 3,7 correspondem aos leitores que estão na escola e, apenas, 0,2 dos que estão fora dela. Já no Sul, a média dos alunos leitores se equipara a do Norte (3,7), entretanto 1,8 é a média de leitores que já passaram dessa etapa.
EXPLICAÇÕES
Para o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, o problema dos números da Região Norte também passa pelo ensino médio. Ele ressalta que a falta acessibilidade aos livros e a ausência de uma política de estímulo à leitura na formação do indivíduo provocam esse cenário. 'Estamos buscando redistribuir os recursos pelo Brasil inteiro, porque essas diferenças regionais são a grande mazela do País. É preciso qualificar as escolas básicas do Norte porque o problema começa lá. Além de resolver o problema da acessibilidade ao livro. São poucas bibliotecas e as que existem são depósitos de livros apenas. Temos que mudar isso, transformando elas em estimuladoras de leitura', ressaltou.
A pesquisa revela ainda que os nortistas têm preferência pela leitura religiosa. Foi na Região Norte a maior incidência da Bíblia como principal referência literária. A obra é disparada a preferida dos leitores brasileiros. Cerca de 45% dos entrevistados assinalaram a Bíblia como o livro recentemente lido (últimos três meses) ou preferido. Na seqüência, 34% apontaram os livros didáticos, 32% os romances, 31% livros infantis e 28% as poesias.
Fonte: Portal ORM