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Mara Hope completa 25 anos encalhado
Estados Unidos, 7 de novembro de 1983. Um navio petroleiro ancorado no Texas sofre por quatro dias um incêndio. A embarcação, chamada de Mara Hope, ficou condenada ao desmonte, a ser feito em Taiwan, na Ásia, para onde seria levada por um rebocador. Mas a viagem acabaria na América, após problemas mecânicos, com um naufrágio em Fortaleza, há 25 anos.
A embarcação rebocadora apresentou problemas em 6 de março de 1985, na costa brasileira. Ainda em março, ancorado no Porto do Mucuripe, o petroleiro derivou uma milha em meia a uma forte chuva, com maré alta, e veio a encalhar. Todas as tentativas de reflutuação foram frustradas. Parte de sua estrutura ainda foi resgatada pela empresa proprietária.
A sucata do Mara Hope hoje está encalhada a aproximadamente 700 metros da Ponte Metálica. Um dos melhores pontos de visualização é a Igreja de Santa Edwirges, na avenida Leste Oeste. Frequentemente, banhistas e curiosos seguem até os restos do navio para mergulhar e contemplar a cidade por outro ângulo, mesmo com a estrutura precária.
De acordo com a Capitania dos Portos, o Mara Hope hoje é propriedade da União, assim como qualquer outro navio naufragado na costa brasileira. Mas não há intenção de resgatá-lo. Seria até possível tecnicamente, mas os custos são muito elevados, conforme a Capitania dos Portos.
O mergulhador Marcus Davis, 26, lembra que começou a frequentar o Mara Hope há seis anos, época em que somente moradores de comunidades próximas mantinham este hábito. Hoje o número de visitantes é maior, inclusive com marcação de encontros entre turmas de amigos. Marcus, no entanto, dá advertências. Um dos alertas é sempre fazer o passeio acompanhado de uma pessoa que conheça o navio.
Marcus também explica que não é recomendável tentar chegar ao Mara Hope a nado. Uma das dicas é pagar um pescador para fazer o transporte em ida e volta, em uma embarcação segura. O serviço pode ser procurado próximo à Ponte Metálica, segundo Marcus Davis.
``É muito bacana o visual, principalmente o por do sol. E, para quem gosta de mergulhar, também. É muito bonita a vida marinha lá``, resume um frequentador Thiago Vieira, 26. ``Apesar de ser uma sucata é legal para quem nunca subiu em um navio``.
O Mara Hope foi fabricado em 1967 por um estaleiro espanhol e passou por quatro proprietários. Tinha comprimento em torno de 150 metros antes do desmonte. De acordo ainda com a Capitania dos Portos, a atual posição da sucata poderia causar riscos ao tráfego aquaviário, mas o naufrágio está inserido em cartas náuticas, de conhecimento dos navegadores.
http://opovo.uol.com.br/opovo/fortaleza/958407.html
Estados Unidos, 7 de novembro de 1983. Um navio petroleiro ancorado no Texas sofre por quatro dias um incêndio. A embarcação, chamada de Mara Hope, ficou condenada ao desmonte, a ser feito em Taiwan, na Ásia, para onde seria levada por um rebocador. Mas a viagem acabaria na América, após problemas mecânicos, com um naufrágio em Fortaleza, há 25 anos.
A embarcação rebocadora apresentou problemas em 6 de março de 1985, na costa brasileira. Ainda em março, ancorado no Porto do Mucuripe, o petroleiro derivou uma milha em meia a uma forte chuva, com maré alta, e veio a encalhar. Todas as tentativas de reflutuação foram frustradas. Parte de sua estrutura ainda foi resgatada pela empresa proprietária.
A sucata do Mara Hope hoje está encalhada a aproximadamente 700 metros da Ponte Metálica. Um dos melhores pontos de visualização é a Igreja de Santa Edwirges, na avenida Leste Oeste. Frequentemente, banhistas e curiosos seguem até os restos do navio para mergulhar e contemplar a cidade por outro ângulo, mesmo com a estrutura precária.
De acordo com a Capitania dos Portos, o Mara Hope hoje é propriedade da União, assim como qualquer outro navio naufragado na costa brasileira. Mas não há intenção de resgatá-lo. Seria até possível tecnicamente, mas os custos são muito elevados, conforme a Capitania dos Portos.
O mergulhador Marcus Davis, 26, lembra que começou a frequentar o Mara Hope há seis anos, época em que somente moradores de comunidades próximas mantinham este hábito. Hoje o número de visitantes é maior, inclusive com marcação de encontros entre turmas de amigos. Marcus, no entanto, dá advertências. Um dos alertas é sempre fazer o passeio acompanhado de uma pessoa que conheça o navio.
Marcus também explica que não é recomendável tentar chegar ao Mara Hope a nado. Uma das dicas é pagar um pescador para fazer o transporte em ida e volta, em uma embarcação segura. O serviço pode ser procurado próximo à Ponte Metálica, segundo Marcus Davis.
``É muito bacana o visual, principalmente o por do sol. E, para quem gosta de mergulhar, também. É muito bonita a vida marinha lá``, resume um frequentador Thiago Vieira, 26. ``Apesar de ser uma sucata é legal para quem nunca subiu em um navio``.
O Mara Hope foi fabricado em 1967 por um estaleiro espanhol e passou por quatro proprietários. Tinha comprimento em torno de 150 metros antes do desmonte. De acordo ainda com a Capitania dos Portos, a atual posição da sucata poderia causar riscos ao tráfego aquaviário, mas o naufrágio está inserido em cartas náuticas, de conhecimento dos navegadores.
http://opovo.uol.com.br/opovo/fortaleza/958407.html