5.1.2. NOVA MODALIDADE PROPOSTA DE TRANSPORTE
(1) Volume de transporte e a quantidade de usuário do ônibus em relação à modalidade de transporte
A via existente de maior concentração de usuários de ônibus é a Avenida Almirante Barroso e o total do volume de usuários conforme resultado de levantamento realizado em 2009 é de aproximadamente 39.000 passageiros/hora/sentido. Mesmo que venha a introduzir o novo sistema de transporte, como os pontos de embarque e desembarque, desses 39.000 usuários, não será possível oferecer o serviço troncal a todos esses usuários. Com base na análise realizada no EV/2003 sobre o ponto de início e concentração de deslocamento da Área de Estudo, estima-se que aproximadamente 65% (25.000 passageiros) do total serão atendidos pelo novo sistema de transporte (sistema troncal de ônibus). Baseado na demanda do volume de ônibus acima, será exigido, no mínimo, a garantia da capacidade de transporte de 20.000 passageiros/hora/sentido da nova modalidade de transporte. Dentro do ponto de vista da capacidade de transporte, seja através da modalidade de transporte de VLT (aproximadamente 6.000 passageiros/hora/sentido), da modalidade de transporte monorail (7.000 passageiros/hora/sentido) ou da modalidade de transporte como ônibus convencional (6.000 passageiros/hora/sentido) todos ficarão abaixo da capacidade de transporte necessária. Para tanto, partindo do ponto de vista da capacidade de transporte, o sistema troncal de ônibus e a modalidade de transporte ferroviário foram indicados como candidatos.
(2) A flexibilidade geral do sistema
O sistema de ônibus comparado com o sistema férreo possui o sistema operacional mais simplificado. Pois é fácil realizar a distribuição dos veículos, gerenciar a operação, ajustar a operação com o intervalo de 1 minuto e é possível realizar a operação de maneira simplificada sem a introdução de um sistema moderno de tecnologia. Principalmente em caso de incidente com os veículos, estes poderão ser abandonados no local, sendo simplesmente ultrapassados pelos outros veículos que os estão seguindo. E, ainda, tem a flexibilidade de liberar ônibus extras de forma relativamente fácil. Sendo que, em caso de VLT ou monorail, caso aconteça algum acidente, demandará um tempo razoável para a sua restauração, não tendo também a flexibilidade da liberação de extras em comparação ao ônibus. Como a ampliação futura da via de ônibus será construída sobre a via já existente, outra vantagem do sistema de ônibus é que o custo da obra de ampliação de vias poderá ser bem reduzido.
(3) Considerações da administração/manutenção e gestão
Quando comparado os meios de administração/manutenção e gestão da modalidade de transporte troncal de ônibus e de transporte ferroviário, fica evidente que o sistema troncal de transporte seria bem mais simplificada e vantajosa.
(4) Previsão do custo de construção
O custo da estrutura para VLT, monorail ou modalidade férrea, conforme demonstrado na Tabela 5.1-1 poderá variar conforme sua forma de construção, porém deve ficar em torno de 30 a 50 milhões de dólares/km sendo um sistema muito caro. Por outro lado, caso o sistema de via troncal de ônibus for operar através da melhoria da via já existente, o custo poderá ser de apenas 5 milhões de dólares/km que é relativamente baixa.
(5) Considerações da situação da estrutura das vias existentes
Como a maioria das vias principais do centro da cidade de Belém é estreita medindo entre 15m a 17m, há a regulamentação do trânsito através da introdução do sistema de via de mão única. E na maioria das vias de pedestres encontra-se plantadas as mangueiras (árvores com diâmetros de 60cm) onde será cujo corte será difícil (as mangueiras de Belém não podem ser derrubadas, pois são consideradas patrimônio). Além disto, ambos os lados das vias são tomadas por altos edifícios onde dificultará a ampliação da lateral das vias. Neste sentido será extremamente difícil a introdução de VLT, monorail e outra modalidade de transporte ferroviário nesta região devido às condições de estrutura viária.
(6) Experiências na operação de ônibus
Em relação à modalidade de transporte a ser introduzida na RMB, o Governo do Estado e as prefeituras já tem experiência em operação de ônibus e, em relação à introdução do sistema troncal, é de fácil participação das empresas locais de ônibus e, como tem poucos problemas de conflitos com elas, obterá sua compreensão. Portanto, para a introdução do novo sistema de transporte a obtenção da concordância das empresas locais de ônibus já existentes é mais fácil comparada com a introdução de um sistema de transporte de passageiro sobre trilho, como por exemplo, o VLT. Além disso, mesmo para o Estado do Pará e as prefeituras participantes, a experiência adquirida, incluindo a gestão operacional, facilitará a sua introdução.
(7) Considerações sobre a preservação ambiental
Em relação a providências voltadas para o combate ao aquecimento global, fica evidente que a modalidade de transporte sobre trilhos há uma grande vantagem, porém o sistema troncal vai trazer redução da quantidade de ônibus em circulação e irá amenizar o desordenamento do trânsito, o que irá contribuir fortemente para redução da poluição da atmosfera.
ESTUDO PREPARATÓRIO PARA O PROJETO DE SISTEMA DE TRANSPORTE DE ÔNIBUS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, cap 5, pags 2 e 3. Disponível em
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=capacidade%20de%20transporte%20a%C3%A7%C3%A3o%20metropole&source=web&cd=2&ved=0CDQQFjAB&url=http%3A%2F%2Fagenciapara.com.br%2Facaometropole%2FRelatorioA4%2FCapitulo_5_FINAL.pdf&ei=r5kdUZKTOofe9ASOkYFw&usg=AFQjCNHghVQw5yAQo2ewfVitHFgaYqujAw&bvm=bv.42553238,d.eWU