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Pará hospedará nova reunião sobre projeto do príncipe Charles

1131 Views 0 Replies 1 Participant Last post by  dricobel
Será no Pará, ainda em 2008, a segunda etapa da discussão iniciada esta semana em Londres por iniciativa do príncipe Charles, entre um grupo de empresas e instituições que apóiam o projeto do príncipe sobre florestas e clima, por um lado, e trinta políticos, empresários e representantes da sociedade civil brasileira, do outro. O foco diz respeito a como utilizar pagamentos da comunidade internacional em prol do desenvolvimento local na Amazônia.

Em suas palavras de despedida, o príncipe sinalizou que deseja colocar sua capacidade de 'convocação' ao serviço da redução do desmatamento no mundo, como principal tarefa pessoal antes de vir, futuramente, a assumir o trono britânico. 'Seria maravilhoso poder ir para a Amazônia e encontrar também com o presidente Lula', comentou para alguns dos convidados brasileiros, privadamente, durante a recepção que concluiu o encontro, em sua residência de Clarence House. Executivos de grandes empresas como Google, Rio Tinto, Shell, Deutsche Bank, Goldmann Sachs, Morgan Stanley e MacDonald's - entre outras - se juntaram à mesa com ambientalistas de instituições como Greenpeace, WWF, Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e o Comitê para Democratização da Informática, ou líderes indígenas como Almir Suruí, da COIAB.

Alguns dos convidados brasileiros deixaram perplexos os participantes britânicos ao defender iniciativas tidas como pouco compatíveis com o desenvolvimento das populações locais, foco principal do encontro: é o caso do governador José de Anchieta Júnior, de Roraima, que afirmou ter 'apoio de 80% da população indígena' para promover o cultivo de arroz no leste de seu Estado e do secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann, que defendeu a realização de grandes projetos para barrar os principais rios da região, como o Madeira, o Xingu e o Tapajós.

Houve também certo desconforto em relação à aparente falta de participação ativa por parte do governo federal brasileiro na discussão. O embaixador brasileiro em Londres, Carlos Augusto Santos Neves, acompanhou toda a reunião, porém sem se manifestar em nome do governo, que não enviou um representante oficial. Nesse contexto, coube ao ex-governador do Acre Jorge Viana, hoje coordenador de um fórum empresarial, resumir para o príncipe os principais desafios para o desenvolvimento na região. Já a governadora paraense Ana Júlia foi a mais enfática em chamar para investimentos externos. 'Foi um grande resultado aquele de conseguir ter um grupo tão heterogéneo se reunindo sobre uma agenda comum', comentou Jorge Pinheiro Machado, empresário brasileiro que ajudou o projeto do príncipe Charles a montar o encontro.

(Fonte: Amazonia.org.br)


Pará terá apoio da França para debater economia florestal

Paris (Agência Pará) - A Embaixada do Brasil na França vai apoiar o governo do Pará na organização de um seminário para discutir com lideranças francesas a pauta ambiental do Estado. A realização do seminário foi proposta pelo embaixador José Maurício Bustani, durante visita da governadora Ana Júlia Carepa à Embaixada, nesta sexta-feira (2).

A visita integra o trabalho do governo do Pará visando o fortalecimento da agenda internacional, pautada pela busca de apoio aos projetos de desenvolvimento do Estado.

Nessa estada na Europa, Ana Júlia Carepa esteve em Londres (Inglaterra), onde se reuniu por dois dias com outras lideranças da Amazônia, entre as quais os governadores José de Anchieta Júnior (de Roraima) e Waldez Góes (do Amapá), e executivos das fundações do príncipe Charles.

Ao encerrar o evento, o príncipe sinalizou que poderá visitar o Pará ainda este ano, numa segunda etapa das discussões sobre a preservação do patrimônio ambiental da Amazônia.

Receptividade - Em Paris, o embaixador Bustani disse que, além do Reino Unido e da França, os temas relacionados à Amazônia encontram receptividade em países como Alemanha, Holanda, Suécia, Noruega e Dinamarca. Segundo ele, o Pará poderá buscar o apoio desses países para suas iniciativas voltadas ao meio ambiente.

A data do seminário ainda será definida, mas poderá ser no mês de novembro. O evento será elaborado junto com a Embaixada Brasileira, devendo reunir empresários, organizações sociais e instituições de pesquisa, dentre outros.

No contato com o embaixador Bustani, Ana Júlia Carepa enfatizou que o Pará quer implantar uma economia florestal sustentável, com base no reflorestamento, cujo programa está sendo concluído, e na recomposição florestal. 'Só vamos conseguir combater o desmatamento se oferecermos uma opção tão atraente quanto a oferecida pela atividade madeireira, sobretudo a ilegal, que hoje remunera em cerca de 240 mil dólares por quilômetro quadrado', enfatizou a governadora.

Ainda em Paris, a governadora do Pará se reuniu com lideranças ligadas a movimentos sociais, que propõem realizar no Pará um seminário para discutir as tendências desse segmento.

Estratégia - A produtividade da floresta plantada na Amazônia é 10 vezes superior à do Canadá, por exemplo, grande produtor de madeira do mundo. Além do programa de reflorestamento e recomposição florestal de áreas degradadas de Reserva Legal e Área de Proteção Permanente (APP), também com finalidade econômica, a governadora propôs na reunião de Londres subsidiar preços de produtos não-madeireiros, como óleos essenciais, fibras e frutas, uma estratégia para manter a floresta em pé.

A proposta da governadora é taxar as transações do mercado financeiro internacional (bolsas, câmbios, ações) em um percentual ínfimo, já que a atividade movimenta trilhões de dólares por dia, e com isso criar um fundo mundial para financiar as florestas tropicais do mundo. 'Seria um mecanismo para remunerar pelos serviços ambientais que essas florestas prestam à humanidade', enfatizou.

Ana Júlia Carepa defende a proposta afirmando que quem pressiona os recursos naturais é o consumo, não a pobreza. 'Nada mais justo que taxar o capital, que é quem paga e tem dinheiro para pagar', reiterou.

A proposta de financiamento das chamadas comodities florestais ainda requer uma ampla discussão política, iniciada pela governadora paraense. Ela confirmou ao embaixador Bustani que pretende tratar do assunto nos próximos dias com o presidente do Branco Central, Henrique Meireles, já que o assunto requer uma engenharia financeira.

Fonte: Pará Negócios
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