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03/06/2008
Parque da Independência ganhará nova área verde, no lugar de quatro prédios
O terreno foi considerado de utilidade pública e agora será incorporado ao parque, que já tem 161.300 metros quadrados. O prefeito vistoriou a área nesta terça-feira (03/05)na Zona Sul
O prefeito de São Paulo vistoriou nesta terça-feira (03/06) área de 25.443,58 metros quadrados em processo de desapropriação pela Prefeitura, ao lado do Parque Municipal da Independência (Zona Sul).
O terreno foi considerado de utilidade pública e agora será incorporado ao do parque, que já tem 161.300 metros quadrados. Dentro do terreno desapropriado está a Capela de Nossa Senhora da Anunciação, a mais antiga da cidade, construída em 1893.
A atual administração municipal decidiu proteger a área da especulação imobiliária. A gestão anterior encaminhou projeto da incorporadora Gafisa (atual Cimob – Companhia Imobiliária), para a construção de quatro prédios no local. Os condomínios desfigurariam todo o entorno do Parque da Independência.
"Infelizmente, nas últimas décadas, o poder público não enfrentou o mercado imobiliário. É evidente que a cidade precisa de novos empreendimentos, mas a questão do meio ambiente também é fundamental, pois precisamos de qualidade de vida", afirmou o prefeito.
A Prefeitura já tem a posse do terreno. O valor da desapropriação está na Justiça. "Com o cálculo da Secretaria de Negócios Jurídicos, depositamos R$ 9 milhões. Mas o proprietário achava que área valia R$ 40 milhões e recorreu à Justiça", explicou o secretário do Verde e do Meio Ambiente. Um perito contratado pela Justiça avaliou o terreno em R$ 19 milhões. A Prefeitura contesta o valor.
De qualquer forma, a Prefeitura já administra a área. O secretário do Verde relatou que nos próximos meses terá em mãos o projeto de incorporação da área ao parque. O projeto será debatido com a comunidade do Ipiranga. Por se tratar de área tombada, órgãos de proteção do patrimônio serão consultados.
Polêmica há muitos anos
A comunidade do Ipiranga se mobiliza há mais de dez anos para evitar a construção de prédios no local. A ameaça vem desde 1995, quando o Instituto Bom Pastor, proprietário do terreno, firmou termo de comodato com a incorporadora, para a construção de quatro prédios. Em pouco tempo, demoliram um asilo e uma igreja existentes no local.
"Nós fomos surpreendidos com a demolição de imóveis tão antigos", lembrou Valdir Abdalah, então diretor da Associação Comercial de São Paulo no Ipiranga. Os moradores uniram-se contra a demolição dos demais prédios históricos e a construção das torres no terreno. Em 1997, a Justiça concedeu liminar favorável aos moradores. Está em vigor até hoje.
Em junho de 2005, o então prefeito José Serra publicou decreto declarando a utilidade pública da área. "Isso aqui não é um patrimônio somente do Ipiranga, nem de São Paulo. É um patrimônio nacional", comemorou Valdir Abdalah.
Dentro do terreno está a Capela de Nossa Senhora da Anunciação
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=23984
Parque da Independência ganhará nova área verde, no lugar de quatro prédios
O terreno foi considerado de utilidade pública e agora será incorporado ao parque, que já tem 161.300 metros quadrados. O prefeito vistoriou a área nesta terça-feira (03/05)na Zona Sul
O prefeito de São Paulo vistoriou nesta terça-feira (03/06) área de 25.443,58 metros quadrados em processo de desapropriação pela Prefeitura, ao lado do Parque Municipal da Independência (Zona Sul).
O terreno foi considerado de utilidade pública e agora será incorporado ao do parque, que já tem 161.300 metros quadrados. Dentro do terreno desapropriado está a Capela de Nossa Senhora da Anunciação, a mais antiga da cidade, construída em 1893.
A atual administração municipal decidiu proteger a área da especulação imobiliária. A gestão anterior encaminhou projeto da incorporadora Gafisa (atual Cimob – Companhia Imobiliária), para a construção de quatro prédios no local. Os condomínios desfigurariam todo o entorno do Parque da Independência.
"Infelizmente, nas últimas décadas, o poder público não enfrentou o mercado imobiliário. É evidente que a cidade precisa de novos empreendimentos, mas a questão do meio ambiente também é fundamental, pois precisamos de qualidade de vida", afirmou o prefeito.
A Prefeitura já tem a posse do terreno. O valor da desapropriação está na Justiça. "Com o cálculo da Secretaria de Negócios Jurídicos, depositamos R$ 9 milhões. Mas o proprietário achava que área valia R$ 40 milhões e recorreu à Justiça", explicou o secretário do Verde e do Meio Ambiente. Um perito contratado pela Justiça avaliou o terreno em R$ 19 milhões. A Prefeitura contesta o valor.
De qualquer forma, a Prefeitura já administra a área. O secretário do Verde relatou que nos próximos meses terá em mãos o projeto de incorporação da área ao parque. O projeto será debatido com a comunidade do Ipiranga. Por se tratar de área tombada, órgãos de proteção do patrimônio serão consultados.
Polêmica há muitos anos
A comunidade do Ipiranga se mobiliza há mais de dez anos para evitar a construção de prédios no local. A ameaça vem desde 1995, quando o Instituto Bom Pastor, proprietário do terreno, firmou termo de comodato com a incorporadora, para a construção de quatro prédios. Em pouco tempo, demoliram um asilo e uma igreja existentes no local.
"Nós fomos surpreendidos com a demolição de imóveis tão antigos", lembrou Valdir Abdalah, então diretor da Associação Comercial de São Paulo no Ipiranga. Os moradores uniram-se contra a demolição dos demais prédios históricos e a construção das torres no terreno. Em 1997, a Justiça concedeu liminar favorável aos moradores. Está em vigor até hoje.
Em junho de 2005, o então prefeito José Serra publicou decreto declarando a utilidade pública da área. "Isso aqui não é um patrimônio somente do Ipiranga, nem de São Paulo. É um patrimônio nacional", comemorou Valdir Abdalah.

Dentro do terreno está a Capela de Nossa Senhora da Anunciação
Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=23984