A Serra da Arrábida é uma elevação de Portugal Continental, com 500 metros de altitude situada na Península de Setúbal.
Aí se localiza o Convento de Nossa Senhora da Arrábida.
O seu clima é temperado mediterrânico, apresentando portanto, uma flora rica em espécies mediterrânicas, tais como a azinheira, sobreiro, carvalho.
Faz parte do Parque Natural da Arrábida, o qual tem uma área aproximada de 10 800 hectares.
Fauna
A sua fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX.
Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados.
Da fauna actual fazem parte, entre outros, o gato-bravo (Felis silvestris), a raposa (Vulpes vulpes), a lebre (Lepus capensis), o morcego, a águia de bonelli (Hieraetus fasciatus) o bufo real (Bubo bubo), a perdiz (Alectoriz rufus) e o andorinhão real (Apus melba).
Flora
A vegetação da Serra da Arrábida é, normalmente citada como um dos elementos mais importantes deste Parque Natural. O seu valor científico, e o de conservação em que se encontra leva com a inclusão desta área protegida na Rede Europeia biogenéticas, programa no conselho da Europa que têm como objectivo a protecção dos elementos mais representativos da flora, fauna, e zonas naturais Europeias.
A Serra da Arrábida formou-se um relevo acidentado permitindo a diferenciação de microclima e a existência de uma grande diversidade de espécies, que nos locais mais favoráveis atingem um porte inigualável, são disso exemplos o folhado, a murta, a anoeira, o medronheiro o zambugueiro, o aderno, e o lentistico. Murta (Myrtus) é um género botânico que compreende uma ou duas espécies de plantas com flor, da família das Myrtaceae, nativo do sudoeste da Europa e do Norte de África. São plantas arbustivas ou arborescentes, com muitos ramos, de folha persistente, que podem crecer até 5 m de altura. As suas folhas, coriáceas e verde-escuras, medem 3 a 5 cm de comprimento e cerca de 1,5 cm de largura, com um cheiro geralmente considerado agradável quando esmagadas devido ao seu óleo essencial disposto por diversas pontuações ao longo do limbo. As folhas são inteiras, ovado-lanceoladas, agudas, em filotaxia oposta-cruzada ou decussada (o par de folhas superior encontra-se em situação cruzada com o inferior, e cada par encontra-se disposto ao mesmo nível, pecíolo contra pecíolo). As flores, geralmente brancas (podem ter também uma coloração rosada), têm cinco pétalas e um número elevado de estames. O fruto é uma pseudobaga carnuda, elipsóide, azul-escura ou negra, contendo várias sementes. A polinização é feita por insectos e a dispersão das sementes é efectuada por pássaros que se alimentam das bagas.O seu habitat preferencial é xerofílico (seco) e em solos sem calcário.
A exposição do sol, o abrigo da nortada fria, e a influencia combinada com a humidade de mar e a seara inferior, a natureza dos solos e a acção humana explicam a fisionomia actual da vegetação da Arrábida.
A sua origem prende-se com a historia da evolução natural, que teve o seu inicio há cerca de 180 milhões de anos, quando ainda estava submersa.
A mata do Solitário, a mata do Vidal e a mata da Coberta constituem as três reservas integrais do Parque Natural onde a par das espécies mencionadas se encongra uma espécie de carvalho.
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