Festival de Jardins passa ‘fortes mensagens’ ambientais
Ministro do Ambiente elogiou ontem o Festival Internacional de Jardins como uma iniciativa notável que engrandece Ponte de Lima e Portugal.
Teresa Marques Costa
O ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, considerou ontem “absolutamente notável” o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.
O ministro, que presidiu à inauguração do certame, sublinhou as “mensagens fortes” dos 12 jardins que dão forma à edição deste ano do festival.
As energias foram o mote para projectar os 11 jardins (o 12.º ano é repetente da edição do ano passado), um tema que o ministro do Ambiente reconheceu de “extrema actualidade e que faz parte da crise da nossa civilização”.
Nunes Correia realçou o trabalho que Ponte de Lima tem vindo a realizar, associando as preocupações ambientais ao concelho, dando-lhe projecção, assim como ao país.
O ministro do Ambiente esteve ontem pela segunda vez na abertura do Festival Internacional de Jardins, mas confessou que já visitou o concelho e o certame umas três ou quatro vezes a título pessoal e privada, com a família.
Na visita inaugural, o ministro percorreu cada um dos 12 jardins e ouviu da boca de quem os projectou as explicações.
Destaque ainda para a
presença de um representante da Embaixada do Ja-pão em Portugal, país de onde vem a ideia de um dos jardins desta quarta edição do Festival.
O presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Daniel Campelo, homenageou “os jardineiros anónimos que contribuem para a construção desta paisagem” que constitui “um dos grandes eventos que o país tem”.
O autarca limiano sublinhou que o festival tem vindo a ganhar notoriedade, o que está patente nos 43 projectos de vários pontos do globo apresentados para a edição deste ano.
Daniel Campelo deixou também uma “palavra especial” para os patrocinadores, já que o festival não custa nada hoje ao município, são as empresas que o pagam.
Mas o edil deixou também um recado: é que “algumas grandes empresas foram convidadas e não quiseram”.
“Ainda não há em Portugal uma cultura de contribuir para projectos de sustentabilidade ambiental” e as empresas seguem apenas a lógica do lucro, denunciou Daniel Campelo.
O Festival Internacional de Jardins tem portões abertos até 30 de Outubro.
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