EDIVALDO MENDES
Correspondente em Castanhal
A polêmica e combatida saída de gado vivo pelo porto de Belém rumo ao Líbano e à Venezuela, com seus odores desagradáveis para quem trabalha ou está visitando a cidade pode ter, finalmente, uma solução para acabar com os problemas vividos pelos pecuaristas do nordeste paraense.
Ela fica a cerca de 90 quilômetros da capital, no porto de Pernambuco, município de Inhangapi e onde, apesar da pouca estrutura na sua área de embarque e desembarque, e das estradas ruins que ligam Castanhal e Inhangapi ao porto, já existe uma considerável movimentação, principalmente de gado de corte, vindo da região da Transamazônica e de outras regiões, inclusive do Marajó, além de tijolos, telhas e madeira.
Em visita feita na semana passada ao porto, o secretário de Transporte, Valdir Ganzer, disse considerar o porto de Pernambuco 'um local estratégico, com 100% de viabilidade'. Ganzer informou que a Setran e a Companhia Docas do Pará (CDP) já vêm montando um projeto, analisando as várias saídas e alternativas para o escoamento do boi em pé. 'Essas alternativas apontam para um porto de embarque em Tucuruí, e depois em Marabá, quando as eclusas estiverem funcionando, para receber o gado do sul e sudeste do Estado, outro em Vitória do Xingu, recebendo o gado da Transamazônica, e no porto de Pernambuco, para o gado da região nordeste', explicou o secretário.
Ele disse que a idéia é fazer o gado embarcar no porto de Pernambuco em balsas, e de lá seguir para o porto da Sotave, em Belém, onde o gado embarcaria em navios para os países compradores. Isso evitaria que centenas de carretas invadissem o centro de Belém trazendo o gado, e, ao mesmo tempo, o esterco e o mau cheiro. 'Hoje o porto (de Pernambuco) está sendo utilizado mais para o transporte de gado. Mas ele também é viável para cargas gerais, que atravessariam o rio Guamá', disse Valdir Ganzer.
Fonte: Portal ORM