Maravilha :banana::banana:
É fantástico ver todas essas obrar acontecendo. Para pessoas quem, como eu, só tinha vivido as "décadas perdidas" isso tudo é muito "exciting" (no bom sentido é claro)
:down: me animei cedo demaisEssa semana fiz o trecho São Paulo - Curitiba duas vezes.
Na quarta-feira a descida desses 30km demorou 1:30h.
O que a OHL vai duplicar é um trechinho na planície, antes do começo da subida, que tem topografia boa, e um trechinho de planalto, poucos antes do começo da descida.
O trecho de planície já tem inclusive um pedacinho duplicado que não está sendo utilizado há anos pois há um monstruoso deslizamento de terra boqueando a pista sentido norte. Até hoje não tiveram a capacidade de tirar a terra.
O mais caro, complicado e importante, que é a transposição da Serra e seu desnível de aproximadamente 700m, sabe-se lá quando vai começar.
Todas essas regras que você cita existem e os órgãos são fortes e competentes o bastante para aplicá-las. O que acontece é que não só nós, mas também os governantes e demais interessados nas obras, precisam culpar alguém pelos atrasos, quando a culpa é normalmente deles mesmos. Cito como exemplo, não é ambiental mas é um tipo de legislação semelhante, a reconstrução do Largo da Batata, pela Prefeitura de São Paulo: foi paralisada porque a obra não teve cuidados arqueológicos mínimos. Mas aí, quem é que acabou pagando o pato? Os arqueólogos e órgãos de preservação histórica!! É conveniente para o governo que a população não o culpe. Mas a culpa foi sim do governo, como o é na maioria absurda dos casos. Projetos mal feitos são tocados em ritmos impossíveis para satisfazer a agenda política dos políticos em exercício. Eventualmente são paralisadas por conta de algum dos vários defeitos que possuem. E convenientemente a culpa é jogada para cima de quem paralisou a obra, e não para quem fez um projeto ruim desde o início.O problema é que os órgãos ambientais barram toda e qualquer obra de infraestrutura e fazem vistas grossas para as agressões que as cidades provocam no meio-ambiente, agressoões essas que são milhares de vezes mais graves que as de uma estrada.
Os córregos tomados por esgoto e lixo, os imóveis que não fazem a ligação correta do esgoto apesar da rede passar ao lado, o desmatamento para construção de imóveis irregulares, os imóveis com fossas fora dos padrões ambientais, a impermeabilização do solo dos imóveis urbanos acima do permitido por lei, etc, etc, etc.
Com isso ninguém está preocupado. Agora, com o pau seco que o passarinho sentou tem um monte de gente perdendo o sono.
É claro que ninguém quer destruir todo o meio ambiente. A sociedade já amadureceu a ponto de minimizar os impactos de uma obra de engenharia.
Como assim o projeto é mal feito? A estrada tem que passar por um lugar que tem árvores, e essas árvores terão que ser derrubadas.
Porém, o que os órgãos ambientais querem em algumas situações inviabiliza a obra. Eles querem um túnel de 20km para essa duplicação. Isso é inviável do ponto de vista econômico
E as centenas de vidas humanas que foram perdidas durante todas essas décadas de embromação para fazer esse trecho, nada valem?
O que falta na verdade são regras claras e instituições fortes. Um órgão não pode barrar uma obra dessa importância porque um cara acha o projeto é ruim. Deve haver uma regra para elaboração de projetos. Essa regra deve contemplar o que pode e o que não pode ser feito em uma obra de estrada. O projeto deve atender esses requisitos. Deve ser objetivo, e não depender da boa vontade de um zé mané qualquer.