A minha modesta e leiga opinião.
Em 98, e já aqui o disse, votei a favor dos mapas propostos e contra a regionalização. O meu voto contra prendeu-se única e exclusivamente com o facto de não saber para que serviriam essas regiões, e que, presumívelmente, estas iriam buscar competências aos municípios, o que só por si é contrário á ideia de descentralização, haveria sim uma aglomeração de competências a um nível superior aos municípios.
O tempo passa, as ideias alteram-se, e hoje provavelmente também votaria contra o mapa proposto em 1998. Sou totalmente e frontalmente contra a criação de tachos, tachinhos e eiras para os nossos políticos. No entanto, continuo mais próximo de um modelo federalista, oposto ao modelo administrativo previsto na CRP, por isso, hoje votaria num modelo minimalista, menos regiões, e regiões mais abrangentes.
Seriam estas:
- AMP, Distrito do Porto + Norte do Distrito de Aveiro;
- AML, Distrito de Lisboa + península de Setúbal;
- Norte, Distritos de Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real e possívelmente parte do distrito de Viseu, a sede administrativa em Braga;
- Centro, Distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, sul do Distrito de Aveiro, Sul do Distrito de Viseu e Norte do Distrito de Santarém, com sede administrativa em Coimbra;
- Sul, Distrito de Beja, Distrito de Évora, Sul dos Distritos de Setúbal e Santarém, com sede administrativa em Évora;
- Algarve, distrito de Faro, com sede administrativa em Faro.
Em caso algum defendo a transferência de competências do Estado Social previsto na CRP (Saúde, Educação, Segurança, planos rodoviário e feroviário, etc) defendo no entanto que estas regiões devessem assumir algum papel deliberativo oposto apenas a um modelo administrativo. Ou seja, seriam sempre regiões de estatuto inferior ás regiões autónomas até porque a integridade Nacional, acho eu, é um bem que temos e deve ser preservado.