Agronegócio já impactando na economia de Itaituba;
Itaituba fervilha com promessa de desenvolvimento
Até 2022, bacia do Tapajós deve receber oito terminais portuários e seis usinas hidrelétricas! (isso me deixa um pouco preocupado

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Uma aliança entre prefeitura, empresas do setor de logística que vão operar os terminais portuários e a ONG ambientalista The Nature Conservancy (TNC) já está sendo articulada, com o objetivo de preparar Itaituba e região para o novo ciclo econômico que está chegando com os empreendimentos de infraestrutura. O plano é canalizar parte dos recursos financeiros que serão injetados na economia local para a preservação dos recursos naturais e para o desenvolvimento sustentável da região.
As seis hidrelétricas que serão construídas no Tapajós devem gerar em torno de R$ 400 milhões em compensações pelo uso dos recursos hídricos - só Itaituba deve receber R$ 157 milhões por ano em compensações. "A expectativa em relação aos empreendimentos já causa efeitos como a especulação imobiliária, que exerce pressão extra sobre as áreas de conservação no entorno do município", afirma Gustavo Pinheiro, coordenador de infraestrutura inteligente da TNC.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na região cresceu 28% entre 2012 e 2013.
Com a construção dos primeiros empreendimentos logísticos, como o terminal de cargas da Bunge, alguns acordos já estão sendo assinados entre a prefeitura e o setor de logística. Seis empresas associadas à Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Hidrovia Tapajós (Atap) firmaram o compromisso de desembolsar R$ 12 milhões, em 15 parcelas, como forma de compensar o município pelo impacto das obras.
Entre elas, Bunge, Cargill, Hidrovias do Brasil, Cianport e Chibatão Navegações. Além dos recursos, as empresas devem auxiliar a prefeitura de Itaituba na execução de uma série de tarefas, como a elaboração de um plano de saneamento básico para o município, a instalação de uma unidade do Corpo de Bombeiros e de um centro de referência em assistência social, e na compra de equipamentos como semáforos e uma ambulância. "Temos uma agenda mínima com a prefeitura, que inclui treinamento da mão de obra local, melhorias na área de saúde e no abastecimento de água. Juntas, as empresas do segmento podem harmonizar a gestão das demandas socioambientais", diz Kléber Menezes, presidente da Atap.
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