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Sergipe é descoberta pelo cinema

2000 Views 6 Replies 7 Participants Last post by  salengasss
Aos poucos Sergipe é desbravado pelos diretores de cinema de todo o Brasil. Por ser um cenário novo e pouco explorado pela mídia nacional, o pequeno estado está chamando a atenção das produtoras cinematográficas.


O Filme "Orquestra dos Meninos" filmado quase em toda a sua totalidade no estado de Sergipe com atores como: Priscila Fantin e Murilo Rosa, irá estrear + ou - em Agosto de 2008 e vai retratar a luta do maestro pernambucano Mozart Vieira, ao enfrentar os políticos e coronéis sergipanos. Ele enfretou os "donos da região" para conseguir retirar dos canaviais meninos potencialmente capazes de se tornarem reconhecidos internacionalmente como verdadeiros talentos da música.


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Logo após o término das gravações da novela Duas Caras, da Globo, o ator Flávio Bauraqui, que interpreta o evangélico Ezequiel na trama, se dedicará totalmente ao filme "O Senhor do Labirinto", do diretor Geraldo Mota.

O filme é uma homenagem à história do artista plástico Arthur Bispo do Rosário. Flávio fará Arthur, já aos seus 83 anos. As gravações começam no dia 16 de junho. O ator conta que teve a honra de estudar a história de toda a vida do artista, e se envolver com o personagem.

"Mesmo durante as gravações de Duas Caras, já estou trabalhando no laboratório do filme. Fui para Aracaju (SE), cidade sede das gravações, e interagi com a população local, pesquisei toda a vida do personagem, foi maravilhoso!", conta Flávio.

O ator explica o filme como uma grande obra do cinema nacional, com envolvimento de toda uma cidade. A película sediará 95% de suas filmagens em Aracaju, contando com 80% de mão-de-obra local, entre elenco, integrantes da produção e equipe técnica.

Além disso, a Tibet Filme, produtora do longa-metragem se compromete a doar, para o acervo do Governo do Estado, as reproduções das obras de Bispo do Rosário utilizados na cenografia.

“Os moradores de Aracaju estão totalmente envolvidos no filme. Todo o cenário, detalhes e a reprodução das peças de arte feitas pelo Bispo do Rosário já estão sendo produzidas pelos moradores locais. Isso é fascinante!", diz ele.

Arthur Bispo do Rosário era um sergipano da cidade de Japaratuba. Marinheiro, mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá, foi vitimado por problemas mentais e, morando em instituições de atendimento psiquiátrico, começou a produzir uma obra artística que hoje tem reconhecimento internacional.

O lançamento do filme está previsto para 2009, centenário de nascimento de Arthur Bispo do Rosário.



fonte:Emsergipe.com
Ofuxico
Globo Filmes
1 - 7 of 7 Posts
O local certo para postar isso seria em notícias regionais! :)

Sobre o filme do Mozart, eu achava que uma boa parte dele tinha sido gravada em Pernambuco também.
Legal! Muito massa!
Ainda mais por retratar a história de Mozart (pernambucano). :eek:kay:
O Nordeste nasceu para o cinema
não atoa um dos maiores cineasta brasieleiro,é o baiano Glauber Rocha(do filme "Deus e o Diabo na Terra do SOl" que ganhou até premio internacional)
Exposição: O "mundo" de Arthur Bispo do Rosário

O "mundo" de Arthur Bispo do Rosário

A exposição prossegue até o dia 16 de maio no Espaço Norcon Decide contando com banners, fotografias, réplicas de objetos confeccionados por Bispo do Rosário e uma instalação cenográfica. O Espaço Norcon Decide fica à avenida Oviêdo Teixeira, s/n. Horário de visitação: de segunda a sábado, das 9 horas às 19 horas e aos domingos, das 9 horas às 13 horas. Acesso gratuito.


Fonte: http://2008.jornaldacidade.net/2008/agenda_exibir.php?id=9




Espaço Norcon Decide abriga o ‘mundo’ de Arthur Bispo do Rosário


Texto: Suyene Correia/Foto: Maria Odília

Sua vida e obra já foi retratada em peça de teatro, em livro e, agora, deve virar um filme- O Senhor do Labirinto- a ser rodado, no próximo mês de junho em Sergipe. Sua produção artística já per-correu vários museus pelo mundo, mas mesmo assim, a figura enigmática de Arthur Bispo do Rosário ainda é desconhecida para muitos de seus conterrâneos.

Por essas e outras razões, é que o Espaço Norcon Decide, através da Fundação Oviêdo Teixeira, abrigará a partir desta quinta-feira, a exposição Arthur Bispo do Rosário composta por instalação cenográfica e réplicas das obras do artista, produzidas por presidiários, costureiras, bordadeiras, artesãos e profissionais ligados às artes plásticas que serão utilizadas como objetos de cena no longa-metragem.

Sob a curadoria de Genilson Brito e direção de arte de Sérgio Silveira- também responsável por esta função no longa-metragem, a ser dirigido por Geraldo Motta- a exposição fica em cartaz até o dia 16 de maio, revelando um pouco do mundo labiríntico do sergipano, natural de Japaratuba.

"Como havia uma pauta disponível para exposição no Espaço Norcon Decide, fui convidado para dirigir esta mostra e achei extremamente interessante essa idéia. Já tinha mixado o nosso trabalho do Bispo com bordadeiras, com costureiras daqui, com presidiários, com artistas populares, com as ruas. Depois vi que o Bispo também merecia ser mixado com o grande poder imobiliário. Ele também deveria freqüentar um espaço de elite. Achei que isso ia ser um grande acontecimento", diz Silveira.

Em meio ao mármore e às vidraças que compõem a arquitetura do Espaço das Artes sob a chancela da Fundação Oviêdo Teixeira estará um pouco do mundo de Arthur Bispo do Rosário, representado por uma réplica de sua última cela, onde viveu de 1964 a 1989. A montagem do cenário será feita de forma minuciosa, de modo que o espectador seja transportado para o seu habitat criador.

"A exposição é um fragmento do labirinto do Arthur Bispo. O que ele produzia dentro de sua cela era uma maquete de sua memória cerebral, fazia parte do corpo dele. Portanto, a grande obra do Bispo é o conjunto, o seu habitat. Acho que isso tudo em meio àquele prédio imponente, vai dar um suspiro emocional muito forte", fala Silveira.

Para Genilson Brito, curador do Espaço Norcon Decide que funciona há 14 meses, esta exposição é uma oportunidade única dos sergipanos conferirem de perto, o universo sui generis do artista contemporâneo. "Ainda que a exposição seja composta de réplicas, fotografias dos originais e banners explicativos, o que será mostrado é o que se perdeu ao longo dos anos, desde a morte do Arthur Bispo do Rosário. A proposta é muito ousada e acredito que esta exposição vai dar o que falar", comenta Brito.

Para Péricles Machado, coordenador do Projeto das Artes, a expectativa é grande com relação a este evento. "Queremos divulgar não somente a arte sergipana, mas também a arte que faz sucesso no resto do mundo. Como o trabalho de Arthur Bispo do Rosário é pouco conhecido pelos sergipanos, daí o intuito de se realizar esta exposição: o de divulgar seu nome e sua obra".

Para um melhor entendimento de quem foi esse filho de Japaratuba, nascido em julho de 1909, Bispo era um homem à frente de seu tempo. Fazia arte sem saber que era vanguardista e o tempo era seu maior aliado. Completamente alheio à passagem dos anos, trancafiado numa solitária no hospital psiquiátrico (Colônia Juliano Moreira- RJ), Arthur Bispo produzia incessantemente um emaranhado de peças, que mais tarde foram classificadas em estandartes, assemblagens (ou vitrines) e ready-made.

Ao todo, são 804 objetos criados por Bispo do Rosário e catalogados pelo museu que recebe seu nome. A produção se iniciou em 1939, quando ele foi transferido do hospital psiquiátrico da Praia Vermelha para a Colônia Juliano Moreira, com o diagnóstico de esquizofrenia paranóide e só se encerrou, por conta de sua morte, em 5 de julho de 1989, vítima de um enfarto.

Segundo Sérgio Silveira, que chegou a Sergipe, no final do ano passado, a fim de pesquisar sobre o passado do artista contemporâneo cuja importância da obra é comparada a de Marcel Duchamp, ter contato com as origens do japaratubense é se reencontrar com o próprio Bispo de uma maneira afetuosa.

"Encontrei uma parte da personalidade criativa dele nos canaviais. Detalhes dos folguedos, dos barcos da região que estão presentes em estandartes e vitrines que ele criou. A sensação de esvaziamento da cidade pelo qual Bispo passou ainda menino, quando os barões largaram suas casas, quando os padres deixaram suas igrejas, as comunidades quilombolas foram abandonando seus mocambos indo para a Bahia, sobrevive até a morte dele. E esse vazio é que ele preenche com sua arte", conclui Silveira.


Fonte:http://2008.jornaldacidade.net/2008


Quero muito visitar esta exposição. Espero também poder assistir ao filme que "retratará" a vida e obra deste sergipano e ilustre Bispo do Rosário.
Que boa notícia.
Muito bom...... cada dia que passa o despertar do cinema brasileiro vem mais a tona, e ainda gravado em lugares não amplamente divulgados pela mídia...... belíssima iniciativa! ;)
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