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Skyscrapers de Porto Alegre - Oficial

16357 Views 135 Replies 31 Participants Last post by  SirPhillip
SKYSCRAPERS DE PORTO ALEGRE-** OFICIAL **

De acordo com Materia do Jornao Zero Hora de hoje....













:)

FOTO DO APARTAMENTO NO ULTIMO ANDAR DO EDIFICIO STA.CRUZ

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Belo prédio, só achei meio estranho os maiores prédios de porto alegre nenhum ser atual, espero que construam logo um comercial(Porto Alegre já constroe vários edifícios comerciais bons) com mais de 30 andares.
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SO SERAO CONSTRUIDOS SE HOUVER ALTERACAO NO PLANO DIRETOR:

LEIA A MATERIA:



Na Porto Alegre dos anos 20, torres de igrejas eram os gigantes que dominavam de cima o panorama do Centro. Em pouco mais de duas décadas, elas estavam convertidas em anãs, ocultas no meio de um paliteiro de edifícios que chegavam a alcançar os cem metros. Essa fúria construtora que fez a cidade crescer para o alto infiltrou o germe da degradação no coração da Capital.

O oba-oba construtivo teve seu ápice entre os anos 30 e 50 e foi fomentado pelas autoridades. A legislação municipal proibiu prédios de madeira no Centro, sobretaxou edificações térreas, estabeleceu um número mínimo de pavimentos para certas áreas e foi generosa no corte de impostos para arranha-céus.


A febre vertical valorizou o Centro a princípio. Atraídas pelo modismo norte-americano da moradia em espigões, famílias de alto poder aquisitivo instalaram-se no bairro. Abrir escritório em um arranha-céu virou sinônimo de requinte. A face desagradável do processo não tardou a revelar suas feições. A concentração excessiva em um território na forma de península estrangulou o Centro pela dificuldade de acesso e de tráfego. A debandada foi a resposta diante do clima irrespirável, deixando um legado de prédios abandonados e centenas de apartamentos e escritórios vazios.

Quando isso ocorreu, o crescimento de edifícios já havia sido podado. Ainda hoje, os cinco prédios mais altos da cidades datam dos anos 50 e estão localizados no Centro. A expansão para o alto foi contida pelo primeiro plano diretor, em 1959. Passaram então a existir restrições com relação ao número de pavimentos, estabelecendo em 70 metros o limite máximo sem necessidade de recuos.

Os planos seguintes, de 1979 e de 1999, foram ainda mais restritivos. A partir dos 30 metros de altura, os edifícios devem hoje ter um recuo de dois metros por pavimento.
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É uma pena, porque acho que a localização do centro é imponente para um bom skyline. Pra mim em PoA eu acho que eles deviam construir comerciais altos e bonitos, e deixar os residenciais baixos e para o resto da cidade. Como é em paises desenvolvidos.


tem coisa errada nesses dados... tem um prédio do lado do Mercado Público q tem uns 30 andares! (tem umas paredes vermelhas, é feio, mas to falando da altura)
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Muito legal essa matéria.
Confesso que fiquei ofendido ao ler "oficial" no título do tópico.
Modéstia parte, eu sou muito mais a minha pesquisa - apesar de totalmente incompleta.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=330028
Se eu tivesse os recursos e os contatos da ZH, teria feito uma pesquisa bem mais elaborada.

Para a comparação de altura, não colocaram o principal, QUE É A ALTURA. Colocaram apenas os andares, que dependendo do pé direito, um com menos andares pode ter mais altura, enfim...

Pelo menos eles confirmaram uma coisa que eu tinha certeza: o prédio Coliseu - fica na Voluntários, logo que se entra no centrão - é o segundo mais alto! É uma pena que praticamente não se tenha fotos dele, se bem que ele é feião, como o Santa Cruz.
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Do último andar do prédio mais alto de Porto Alegre, Paulo Levacov (E) acompanha as mutações do centro da cidade (foto Júlio Cordeiro/ZH)

O senhor das alturas
Localizado em uma península estreita, o Centro não cresceu apenas para os lados, via aterros no Guaíba. Também inchou para cima, multiplicando arranha-céus. A sanha vertical do bairro é o tema de hoje, penúltimo dia da série que desde domingo expõe as feridas e sugere remédios para a área central de Porto Alegre.
ITAMAR MELO

Ninguém mora mais longe do chão em Porto Alegre do que o engenheiro Paulo Ricardo Levacov, 83 anos. Natural do Rio de Janeiro e ex-morador de metrópoles brasileiras e estrangeiras, ele escolheu o Centro de sua infância como moradia definitiva. Faz quatro décadas que reside a cem metros do solo, no 32º e último andar do Edifício Santa Cruz, o mais alto da Capital.

Do topo, olhando os quarteirões coalhados de arranha-céus, evoca o Centro preenchido por prédios de dois ou três andares dos tempos de menino. Os pais se estabeleceram no final da Rua Riachuelo em 1929, aos sete anos de Levacov. No endereço funcionava o negócio da família, uma loja de chapéus femininos, então artigo obrigatório.

- Àquela época as pessoas ainda colocavam cadeiras de palha na calçada para tomar chimarrão vestidas com pijamas listrados - recorda.

Sob um retrato que pendia de uma parede da chapelaria brilhava o dístico jamais esquecido: "Riograndessizemos o Brasil votando em Getúlio Vargas". Tempos depois, a dois quarteirões de sua casa, na Praça do Portão, o menino acompanhou a partida das tropas getulistas que fariam a Revolução de 1930.

Outra lembrança marcante é a do imenso receptor arredondado, ligado a uma antena da vizinha Confeitaria Rocco, pelo qual acompanhou transmissões radiofônicas pioneiras que eletrizavam os porto-alegrenses.

Pouco do Centro daquela época existe fora da memória de Levacov. Quando percorre as ruas, ele reconhece raros prédios remanescentes, como o Chalé da Praça 15 e o edifício do Banco Safra, antes endereço da Farmácia Carvalho e do restaurante Ghilosso, de massas famosas. Não há sombra da elegância da Rua da Praia onde presenciava o footing.

- As moças, bem-vestidas e com chapéus, desfilavam pelas calçadas, e os rapazes permaneciam parados na rua, olhando para elas - descreve.

Como engenheiro, ele se engajou na verticalização

Em 1946, depois de um período prolongado fora do Rio Grande do Sul, o já engenheiro Levacov retornou a Porto Alegre por causa da mulher, gaúcha. Surpreendeu-se com um Centro em plena efervescência, no qual surgiam avenidas, viadutos e arranha-céus, como o suntuoso Sulacap, então o maior da cidade, que viu erguer-se do nada. Como engenheiro, logo estaria engajado nesse processo de verticalização.

- Nos anos 50, quando construía um edifício na Rua da Praia, em frente ao cinema Cacique, encontrei na escavação um antigo atracadouro de navios, prova de que o Guaíba chegava até ali. Achei também garrafas de vinho muito antigas, que guardei até há pouco tempo.

Levacov mudou-se com a família para o topo do Edifício Santa Cruz em 1966, quando o apartamento de 200 metros quadrados ficou pronto. Era um desejo da mulher, que queria morar junto à agitação da Rua da Praia, mas Levacov encantou-se com a vista espetacular que alcança até 150 quilômetros de distância: dos janelões vislumbra a área central, todo o Delta do Jacuí, a entrada da Lagoa dos Patos e a Serra Geral.

Apesar da degradação do Centro (Levacov foi assaltado quatro vezes nas oito décadas de vida, todas elas ao longo do último ano, por batedores de carteira da região), ele não cogita de deixar o bairro.

- Todo fim de tarde vejo buzinarem furiosamente os automóveis. São pessoas que levam 30 minutos, uma hora ou até duas para chegar em casa. Morando no Centro não tenho esse problema - diz.


1905: Há 101 anos, uma das edificações mais altas que se podia ver do Guaíba era a Igreja das Dores


2006: Hoje é um desafio identificar o templo católico em meio ao concreto que se impôs na área central


Saída paulista
A maior cidade do país combate a deterioração do seu Centro arrasando edifícios. No final de 2005, a prefeitura de São Paulo declarou de utilidade pública uma área 105 mil metros quadrados.

Essa saída radical pode servir de exemplo para Porto Alegre? Segundo o arquiteto Carlos Maximiliano Fayet, sim. Um exemplo: ele sugere transformar a "cidade-fantasma" que se estende entre o Largo Visconde do Cairu e a rodoviária em um grande condomínio de qualidade.
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Achei!
No site do nosso amigo, Porto Imagem, achei a foto do Edifício Coliseu, é o mais alto desta foto.
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Muito legal, 50 anos depois(agora), bem que podiam ir mais alto ainda!
Desvio para o passado
O Centro e o automóvel não se entendem. Esse rompimento e suas conseqüências funestas são o tema de hoje da série que mostra por que a área central de Porto Alegre se degradou e aponta o caminho para resgatá-la. Iniciadas no domingo, as reportagens serão publicadas até a sexta-feira.
ITAMAR MELO

O acesso direto entre as duas faces do Centro por meio da Avenida Borges de Medeiros habitou o sonho dos porto-alegrenses durante um século e meio e consumiu duas décadas de esforços tremendos até se concretizar.

Esse sacrifício, que incluiu dinamitar um morro e demolir quase uma centena de prédios no miolo da Capital, está comprometido desde os anos 70, quando o bloqueio da avenida para o tráfego voltou a secionar a região em duas metades que se repelem. O destino da Borges de Medeiros exemplifica como a demonização do automóvel levou ao desvirtuamento de algumas das maiores obras já realizadas na cidade e empurrou o Centro para a degradação.

Porto Alegre tinha 3 mil carros quando o morro começou a ser rasgado para dar lugar a uma avenida que ligava o cais à Zona Sul em linha reta. Na cidade de hoje, com mais de meio milhão de veículos, esse caminho ágil não é mais possível. A Borges de Medeiros foi fechada para carros da Salgado Filho até a Rua da Praia, afastando público de maior poder aquisitivo do Centro e criando um vazio urbano logo preenchido por camelôs, meninos de rua e mendigos.

- A explicação que herdei é a de que a Borges está fechada na altura da Salgado Filho porque não se quer facilitar a vida do automóvel no Centro. A cidade é como um organismo vivo. Se não tem circulação, gangrena. Foi o que aconteceu com áreas do Centro por causa da dificuldade de acesso - reconhece secretário municipal da Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna.

Por sua topografia, a península na qual se estabeleceu o núcleo original de Porto Alegre já gerava dificuldades de acesso aos primeiros povoadores, ainda no século 18. O deslocamento de um lado ao outro implicava vencer o morro que se ergue entre as duas margens do Guaíba e em cujo topo está hoje a Rua Duque de Caxias.

A difícil transposição concentrou por longo período o desenvolvimento da cidade a apenas uma das faces da colina, em direção ao cais. O problema fazia parte do dia-a-dia da população até as primeiras décadas do século 20. Incapazes de vencer o aclive, linhas de bonde precisavam contornar toda a península, mesmo caminho imposto ao trânsito de mercadorias.

O obstáculo começou a ser enfrentado em 1924, quando uma via estreita que concentrava crimes e prostituição, a General Paranhos, foi apagada do mapa para dar origem a uma larga avenida que partia do Mercado Público e atravessava o Centro até a Zona Sul. A abertura da Borges de Medeiros, considerada por arquitetos a obra de engenharia mais arrojada da história da cidade, significou abrir com explosões um vão no meio do morro, desapropriar quarteirões e construir o monumental viaduto Otávio Rocha.

- A Borges de Medeiros abriu o Centro para o tráfego de veículos e se tornou a principal avenida da cidade. Ela era um símbolo de modernidade - explica a professora de Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) Nara Helena Machado, que fez sua tese de doutorado sobre as transformações do Centro nos anos 30.

Bloqueio da Borges converteu a Salgado em terminal de ônibus

O fechamento dessa rota ocorreu apenas três décadas mais tarde e significou separar de novo as duas faces do Centro, como no tempo dos açorianos. O bloqueio se inseria na estratégia, desencadeada a partir dos anos 70, de expulsão do automóvel e fechamento de ruas e a criação de calçadões. O objetivo era desafogar a área.

- A administração repensou a circulação no Centro e chegou à conclusão de que a Borges não podia ter tráfego. Tiraram os carros e aquilo virou um espaço de ninguém. Lutou-se muito para a cidade ter aquela avenida. Era melhor então que não a tivessem feito. A situação é gravíssima. Se não deixam a Borges atravessar a cidade, as perimetrais perdem a razão - critica a professora de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Célia Ferraz de Souza.

O fechamento da Borges de Medeiros foi fatal para a Salgado Filho, outro exemplo de grande obra desvirtuada que gerou degradação na área central. Pouco mais do que um beco no passado, a avenida foi construída em tempo recorde, no período entre 1939 e 1940, sob a inspiração dos bulevares parisienses. Segundo a professora Nara Machado, trata-se de um outro marco da abertura do Centro para o tráfego: acolhia o fluxo da Azenha, unia-se à Borges e levava ao cais.

A Salgado Filho nasceu como uma via elegante, abrigando lojas e serviços sofisticados e atraindo moradores de alto poder aquisitivo. Com o bloqueio da Borges para os veículos, ônibus oriundos da Zona Sul e da João Pessoa não puderam mais chegar até a região do Mercado. A solução foi transformar a avenida em um grande terminal a céu aberto. Estavam criadas as condições para a decadência.


Construção do viaduto mudou a cidade


1934: A Borges de Medeiros, uma custosa obra, rasgou o morro que obrigava bondes a darem uma volta (mapa abaixo)


2006: Hoje o trânsito na avenida não é utilizado como o previsto (mapa à direira)
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"Do topo, olhando os quarteirões coalhados de arranha-céus"

só um brasileiro mesmo pra dizer uma BESTEIRA dessas...
^^^ahuahuahahaha




@Gerson, Isso foi uma reportagem do Jornal???

Muito bacana!!!

Não sei se lamento ou parabenizo POA por não ter prédio altos ... são pocas as cidades brasileiras q possuem um plano diretor seguido a risca ... se for liberado a contrução no centro poderá ocorrer q nem com era aqui em Belém que predios hidtóricos vem a baixo para dar lugar a prédios comerciais .... hj o plano diretor da cidade proibe qualquer construção a cima de 4 andares na parete central da Cidade!!
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Cadê os mapas?
Estão em arquivo PDF e faltou habilidade da minha parte para postar.
MUITO legal! O Sulacap é certamente o mais charmoso! Uma pena essas restrições brasileiras.... eu as ODEIO profundamente!
(Hed)Sprung said:
Estão em arquivo PDF e faltou habilidade da minha parte para postar.
abre o PDF. Aperta a tecla PRINT SCREEN. Abre um editor de imagens, cola a imagem e dá um CROP nela (pra ficar soh o mapa ao invés de toda tela do windows). Dae hospeda a imagem salva no imageshack.us
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